Esta foto ficou tremida, mas dá uma ideia
Quando pensamos em ir navegar no rio Tejo, a partir da aldeia de Escaroupim, do concelho / vila de Salvaterra de Magos, várias perguntas se colocam.
A principal: ir e vir no mesmo dia? De Lisboa é fácil, até se pode ir de transportes públicos, os autocarros da Ribatejana. Mas nova interrogação se coloca: depois da tranquilidade absoluta, da paz serena, do silêncio entrecortado do canto das aves, regressamos de imediato ao bulício do trânsito e da capital? Resposta:
- Claro que Não. que horror!
Fazendo uma pesquisa na net, não há muito por onde escolher, mas salta à vista uma hipótese tentadora. A ser verdade, claro, pois parece demasiado bom para ser verdade.
Trata-se de uma unidade de turismo rural, situada numa maravilhosa quinta de criação de cavalos lusitanos.
Tem uns quartos para alugar, nuns módulos em separado, uma espécie de bungalows, todos eles ao rés do chão, podendo nós sair descalços da casa e andar pela relva. Em vez de quartos ou além disso, há também umas casinhas com dois quartos, cozinha e sala, que podem ser alugado por uma família. Não é caro.
Podemos adormecer mal os passarinhos acabam de cantar e acordar quando eles acordam, pois o dono da quinta confessa não ser capaz de desligar esse despertador. Ouvem-se milhares de pássaros cantar muito alto, mas esse som inscreve-se num silêncio repousante. Muito bom para quem precisa de fugir do bulício da cidade para a tranquilidade absoluta.
Outra boa surpresa é precisamente o dono da quinta, veterinário e tratador de cavalos, muito atencioso, atento e delicado, sempre precedido por um engraçadíssimo e abelhudo cão, da raça Barbado da Terceira, chamado Café. Que se vê na imagem. E que nos raspa a pata na porta se não nos vê por ali durante muito tempo. Atrás vem o dono, se nos apetece conversar, capaz de nos maravilhar com as suas histórias. E com as suas cicatrizes, várias marcas de mordeduras na mão de vacas, de cães, etc., e de cavalos nas costas. Cada uma delas com uma história que fala de animais. E do amor pelos animais.
A quinta oferece também atividades com cavalos, não entendi muito bem, mas acho que podemos perguntar, passeios de barco pelo Tejo, concorrentes com os já mencionados da empresa Rio Adentro, uma piscina de água salgada, no verão e o que mais pudermos imaginar.
Li o livro das visitas. Toda a gente diz maravilhas. Algumas pessoas passam lá o Réveillon e adoram, mas são elas que fazem a festa, não a quinta. Há também famílias que passam lá semanas e que regressam anos mais tarde, famílias e indivíduos, portugueses e estrangeiros.
Sentimo-nos em casa.
(Os cavalos não ficaram muito bem na foto, por falta de luz). Há um branco que se confundia com a parede branca.
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