Hoje vesti-me toda enroupada, carreguei-me de repelente de insetos mesmo por dentro da roupa e lá vou eu de Uber para o importante Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Percebi logo que tive razão, pois a menina que picava os bilhetes deu um berro, esfregou uma perna e desatou a resmungar contra os bichos que picam… tenho-me safado bem, com o repelente que comprei nas Canárias, depois de ter sido dolorosamente picada nas Canárias.
O Jardim começou a ser feito pelo nosso rei D. João VI, bem como uma fábrica de pólvora, tudo junto. Participou, claro, das imensas disputas, descobertas e experiências que levaram as árvores e plantas de um continente para outros. Uma história que agora é muito narrada em romances por exigir conhecimento, astúcia, coragem, capacidade de risco, ao levarem mudas de plantas no lombo de burros pelas montanhas av8ma e abaixo, em navios transatlânticos com falta de água doce, etc…
Enfim, foi o próprio rei que plantou a primeira palmeira imperial do Brasil e de grande parte do mundo, mas mandou que queimassem as sementes. Esta ordem levou o roubo e contrabando das sementes a alturas homéricas, toda a gente rica queria ter uma; mais tarde a Palma Mater foi fulminada por um raio e substituída pela Palma Filia, na foto, depois de ter sido “mãe” de milhões de árvores.
Exemplares de mogno e de pau Brasil, nas fotos e da plantinha de que mais gostei, a bromélia, que cresce e dá flor em cima de qualquer árvore. Aquelas florinhas nos troncos…
Foi uma manhã bem passada, duas horas a caminhar num tempo tórrido, com um ótimo guia, um rapaz culto e apaixonado pela botânica.
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