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sexta-feira, junho 27, 2014

"Portugueses" que nunca ouviram falar de Portugal



São completamente desconhecidos em Portugal os factos referidos neste livro: Os Filhos Esquecidos do Império.

Existem, no Oriente, várias comunidades que se consideram e são consideradas portuguesas, porque constituídas por católicos luso-descendentres. Algumas sofreram a perseguição por isso, no Tsunami uma delas foi exterminada, facto muito noticiado no Oriente e ignorado em Portugal, só preocupado com o menino que foi encontrado com uma camisola da seleção portuguesa...

Muitas dessas pessoas não sabem onde fica Portugal nem sabem falar português, mas comovem-se e até choram quando vêm um português "verdadeiro". 
Eles também são verdadeiros portugueses, apesar de nós os consideramos chineses, indonésios, malaqueiros, etc.

O autor do livro, Joaquim Magalhães de Castro, um viajante, acompanhará e guiará algumas viagens a esses locais, através da agência de viagens Jade Travel. Viagens sempre diferentes, nunca repetidas, com início no próximo ano.


Há pequenos momentos que nos enriquecem por dentro. 
Há pequenos e grandes momentos que nos fazem sentir orgulho na aventura portuguesa de existir  e de se expandir pelo mundo.
O lançamento deste livro foi, para mim, um desses pequenos momentos. Que me fez imaginar outras vidas, tão estranhas e tão próximas, como se as pudesse tocar só de as evocar.

Conto mais quando tiver lido mais.

sábado, abril 17, 2010

100 anos


Nem de propósito, no dia do meu aniversário, descubro no Facebook uma mulher que, aos 100 anos, renovou o passaporte para o caso de lhe apetecer partir outra vez à aventura. E porque não, diremos nós?
Não é que eu tenha depressões com a idade, mas se tivesse...
É uma grande exploradora, do século XX e creio até que já li um livro dela, sobre uma viagem ao Tibete.
Desse livro guardei sobretudo a recordação da imundície que refere constantemente, dentro das casas onde dormiu e que me parece ser, hoje em dia, o principal obstáculo às viagens assim.
Conheci recentemente uma jovem francesa que fez uma viagem à Índia como todo o mundo gostaria de fazer, a não ser as dondocas que não podem viajar a não ser em hotéis de 5 estrelas, como conheço algumas. Perguntei-lhe se não teve problemas com a higiene: sim, esse era exactamente o principal problema: andou a vomitar sangue muito tempo, sobretudo enquanto andou por lá, mas acha que depois disso se tornou resistente às doenças.
Mas é claro que o livro é muito interessante, passado numa época antiga e que parece mais antiga ainda, como se estivéssemos quase no princípio dos tempos. Um exotismo que quase já não existe em lado nenhum.

e Aqui:

End of story: morreu aos 101 anos, em 1969. A esperança de vida era, então, bem inferior à de hoje.
A fotografia é interessante: não está nos olhos dela o desejo de fazer grandes e diferentes coisas? No entanto, seria talvez normal que acabasse por fazer apenas o mesmo que fazem todos...