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sexta-feira, junho 27, 2014

"Portugueses" que nunca ouviram falar de Portugal



São completamente desconhecidos em Portugal os factos referidos neste livro: Os Filhos Esquecidos do Império.

Existem, no Oriente, várias comunidades que se consideram e são consideradas portuguesas, porque constituídas por católicos luso-descendentres. Algumas sofreram a perseguição por isso, no Tsunami uma delas foi exterminada, facto muito noticiado no Oriente e ignorado em Portugal, só preocupado com o menino que foi encontrado com uma camisola da seleção portuguesa...

Muitas dessas pessoas não sabem onde fica Portugal nem sabem falar português, mas comovem-se e até choram quando vêm um português "verdadeiro". 
Eles também são verdadeiros portugueses, apesar de nós os consideramos chineses, indonésios, malaqueiros, etc.

O autor do livro, Joaquim Magalhães de Castro, um viajante, acompanhará e guiará algumas viagens a esses locais, através da agência de viagens Jade Travel. Viagens sempre diferentes, nunca repetidas, com início no próximo ano.


Há pequenos momentos que nos enriquecem por dentro. 
Há pequenos e grandes momentos que nos fazem sentir orgulho na aventura portuguesa de existir  e de se expandir pelo mundo.
O lançamento deste livro foi, para mim, um desses pequenos momentos. Que me fez imaginar outras vidas, tão estranhas e tão próximas, como se as pudesse tocar só de as evocar.

Conto mais quando tiver lido mais.

segunda-feira, fevereiro 22, 2010

"O Viajante Cego" ou o Triunfo da Vontade

Ando a ler vários livros, mas sobretudo um que é fantástico.
É a história verídica, direi mesmo biográfica, de um dos maiores viajantes de todos os tempo.
Mas este era cego, ou melhor, ficou cego a certa altura. E continuou a viajar sozinho pelo mundo inteiro, usando meios baratos, pois não era rico, usando os meios baratos dos autóctones. É espantoso como é possível ultrapassar as limitações, todas as limitações, até porque Holman, como se chamava o viajante, tinha também graves problemas de ossos e articulações.
O livro está escrito como um romance histórico / reportagem, citando muitas vezes o O Viajante Cego, que também foi escritor e investigador, no seu tempo.

Sobretudo, sendo baseado na realidade, este livro mostra-nos triunfo da vontade sobre todas as limitações, interiores ou exteriores, pois também teve muitos obstáculos postos pela sociedade da época, sendo talvez um dos primeiros o não acreditarem que um cego pudesse fazer tudo aquilo que pretendia fazer. E não era cego de nascença, era alguém que viu bem até certa altura e que cegou repentinamente, tendo de se habituar a viver sem luz.
Ah, e era marinheiro.

Fica o desejo de ler os relatos originais, que tinham ficado esquecidos... este livro deixa um certo sabor a pouco, é pouco interessante no aspecto literário. Esperava encontrar impressões inventadas / sugeridas por alguém que sabe escrever bem, melhor do que o protagonista, talvez...