Continuando o post anterior, são de facto vários os escritores e mesmo as escritoras que foram autores de best-sellers a meados do século XX e que, algumas décadas depois, foram já inteiramente esquecidos.
Ouviram falar da escritora portuguesa Virgília Vitorino? Ainda são muitos os que sabem ou souberam de cor os seus poemas, mas são muitos mais aqueles que nunca ouviram falar de tal personagem.
E o livro famosíssimo "John o Chauffer Russo"? Li-o, assim que ouvi falar dele, comprado num alfarrabista, isto já há uns anos. O autor é Max du Veuzit.
Pessoalmente não tenho memória destes escritores, apenas sei que foram uma coqueluche do seu tempo, uma nacional e a outro internacional.
De quem me lembro bem é do Lobsang Rampa. Muita gente ainda tem a obra completa deste autor, que se dizia tibetano mas era um inglês que nunca tinha ido sequer, ao Tibete. Afirmava, logo no início, que o livro era verdadeiro e finalmente, para explicar todas estas incongruências, disse que tinha sido todas aquelas personagens em encarnações anteriores.
A própria mulher, senhora qualquer coisa Rampa, chegou a publicar uns livros sobre gatos, sobre as reencarnações do seu gato, livro que também foi best-seller.
Parece que estamos sempre no mesmo ponto.
Pessoalmente, estou a reler pela eneésima vez um livro da Pearl Buck "Mulheres": Não é o meu preferido, mas não posso ler sempre "Terra Bendita" e "Os Filhos de Wang Lung (Estes último livro é a continuação do primeiro referido). De certa forma, é um dos poucos escritores que ganhou o prémio Nobel da Literatura e que o mereceu.
Seguramente, Winston Churchill não foi um dos outros, apesar de o ter ganho com a sua autobiografia. Para só dar um exemplo. Há neste momento um movimento na Internet contra a sua atribuição ao dramaturgo italiano Dario Fo, para dar outro exemplo.
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
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quarta-feira, julho 29, 2009
terça-feira, novembro 06, 2007
Senhor Saramago
Será possível que o Senhor Saramago esteja à espera que o Senhor Cavaco Silva lhe peça desculpa por não concordar com ele??????? Isto foi notícia de primeira página dos jornais, resultado de uma entrevista televisiva que não perderei tempo a ver.
Ele há cousas!
Todos os anos há alguém que ganha o prémio Nobel da Literatura, mas poucos prémios Nobel foram tão pedinchados e tão chorados como o do Senhor Saramago.
Valendo-se da sua fama internacional, talvez mundial, Mário Soares fartou-se de proclamar aos quatro ventos que era uma vergonha nunca ter havido um prémio Nobel da Literatura para um escritor de língua portuguesa. E acabaram por nos dar um...
Muitos anos volvidos, continua a ser uma vergonha só terem dado um único prémio para a língua portuguesa! Há muitos outros escritores portugueses e brasileiros que o merecem ou mereceram e só cito dois exemplos: Fernando Pessoa e Jorge Amado. E há outros dos PALOP que o merecem por razões políticas.
Em vez disso e inacreditavelmente, este prémio foi ganho (por razões políticas) por pessoas tão desapropriadas como por exemplo Winston Churchil, pelas suas por suas memórias de guerra . Não acreditam? Então investiguem.
a actual vencerdora, Doris Lessing, algum de vocês gosta dos livros dela? Ando a ler um e acho que temos muito disso...
Mas é natural que quem ganhou o Prémio Nobel não tenha qualquer sentido crítico a respeito do assunto... mesmo se era hipercrítico antes de o ter ganho...
Depois de tudo o que os portugueses fizeram, da importância que tiveram na descoberta do mundo, do que lutaram para se verem livres do domínio político espanhol, que disparate dizer que deveríamos voltar a juntar-nos a Espanha. E já agora, não poderemos também reanexar Angola e o Brasil?
Ele há cousas!
Todos os anos há alguém que ganha o prémio Nobel da Literatura, mas poucos prémios Nobel foram tão pedinchados e tão chorados como o do Senhor Saramago.
Valendo-se da sua fama internacional, talvez mundial, Mário Soares fartou-se de proclamar aos quatro ventos que era uma vergonha nunca ter havido um prémio Nobel da Literatura para um escritor de língua portuguesa. E acabaram por nos dar um...
Muitos anos volvidos, continua a ser uma vergonha só terem dado um único prémio para a língua portuguesa! Há muitos outros escritores portugueses e brasileiros que o merecem ou mereceram e só cito dois exemplos: Fernando Pessoa e Jorge Amado. E há outros dos PALOP que o merecem por razões políticas.
Em vez disso e inacreditavelmente, este prémio foi ganho (por razões políticas) por pessoas tão desapropriadas como por exemplo Winston Churchil, pelas suas por suas memórias de guerra . Não acreditam? Então investiguem.
a actual vencerdora, Doris Lessing, algum de vocês gosta dos livros dela? Ando a ler um e acho que temos muito disso...
Mas é natural que quem ganhou o Prémio Nobel não tenha qualquer sentido crítico a respeito do assunto... mesmo se era hipercrítico antes de o ter ganho...
Depois de tudo o que os portugueses fizeram, da importância que tiveram na descoberta do mundo, do que lutaram para se verem livres do domínio político espanhol, que disparate dizer que deveríamos voltar a juntar-nos a Espanha. E já agora, não poderemos também reanexar Angola e o Brasil?
terça-feira, outubro 30, 2007
Pearl Buck
Estou a acabar de ler o livro "Mulheres" de Pearl Buck. Curiosamente, descobri que tinha dois exemplares desse livro, ambos ainda com ãs folhas coladas, o que significa que nunca foram lidos. Estranho! Mas é claro que eu já tinha lido um outro exemplar qualquer, porque me lembro bem de algumas cenas... enfim, antes deste li "Debaixo do Céu", da mesma autora e vou parar por aqui, senão não paro. Mas os meus favoritos são: Terra Bendita (ou Boa Terra) e os filhos de Wang Fô, se não me engano, que é a continuação de Terra Bendita.
Esta autora, que ganhou o Nobel, é talvez um dos poucos nobelizáveis que ainda se lêem com prazer.
O exotismo faz-nos evocar e despertar recantos escondidos da nossa alma, as tremendas injustiças, parece que as conhecemos pessoalmente, embora nada de semelhante se tenha alguma vez passado connosco... é apenas a compreensão humana, o grande equiparável ao pequeno, ou "o que está em cima é igual ao que está em baixo", da Tábua da Esmeralda.
Neste, que acabei de ler, nota-se claramente que pode haver algumas ou muitas vantagens para a primeira esposa no facto de o marido ter 1 ou 2 concubinas. Pelo prazer da solidão...
Mas, quem nunca experimentou as delícias secretas da solidão, aqueles e aquelas para quem a solidão é um terror, como entenderão este prazer? Resposta: sim. Entenderão. Conseguirão sentir tudo isto, mesmo que não o compreendam racionalmente.
É isto que distingue a grande literatura: o que nos irmana a todos.
Esta autora, que ganhou o Nobel, é talvez um dos poucos nobelizáveis que ainda se lêem com prazer.
O exotismo faz-nos evocar e despertar recantos escondidos da nossa alma, as tremendas injustiças, parece que as conhecemos pessoalmente, embora nada de semelhante se tenha alguma vez passado connosco... é apenas a compreensão humana, o grande equiparável ao pequeno, ou "o que está em cima é igual ao que está em baixo", da Tábua da Esmeralda.
Neste, que acabei de ler, nota-se claramente que pode haver algumas ou muitas vantagens para a primeira esposa no facto de o marido ter 1 ou 2 concubinas. Pelo prazer da solidão...
Mas, quem nunca experimentou as delícias secretas da solidão, aqueles e aquelas para quem a solidão é um terror, como entenderão este prazer? Resposta: sim. Entenderão. Conseguirão sentir tudo isto, mesmo que não o compreendam racionalmente.
É isto que distingue a grande literatura: o que nos irmana a todos.
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