quinta-feira, abril 20, 2006

Espécies de mau tempo

Fui ontem à manifestação convocada pelo blog http://ruadajudiaria.blogspot.com.
Fazia 500 anos sobre o massacre de milhares de judeus, no largo de S. Domingos.
Foi há muito tempo. Pois foi! E por isso estava lá pouca gente. E também porque ninguém sabia a que horas era. Podemos ir lá a qualquer hora, o que não é comum, entre os dias 19 e 21 de Abril.(Por esta data, abre o casino de Lisboa, o que distrai a atenção) (onde irei quando tiver tempo.)
Foi há muito tempo, 500 anos. Foi há pouco tempo. A prova disso é que apareceram lá uns tipos a falar alemão e a dar vivas ao Hitler.
Foi assim há tão pouco tempo???
Foi há relativamente pouco tempo que todos os canais de televisão noticiaram a notícia falsa de que tinha havido um arrastão de negros. E logo a seguir houve manifestações contra os negros. E depois toda a gente percebeu ( finalmente!!!!) que era mentira!
No caso dos judeus, há 500 anos, foi assim: como havia peste em Lisboa e a família real estava fora, o povão entendeu que tinha havido um milagre na igreja de S. Domingos. Alguém disse que não era milagre, mas apenas ilusão de óptica. Alguém achou (talvez dois frades de S. Domingos, que foram condenados à morte por terem achado), que os judeus deviam ser todos mortos.
Nessa época (como agora) não havia judeus em Portugal (todos tinham sido baptizados à força e transformados em cristãos-novos). Sendo assim, fizeram uma fogueira com vivos e mortos no Rossio e em são Domingos!!! Que fica ao lado do Rossio.
Terra Imunda

Citando o Dalai-Lama:
"Só existem dois dias em que não podemos fazer nada: ontem e amanhã, viva o presente" - Dalai Lama

quinta-feira, abril 06, 2006

Espécies de bom tempo

Aprendi ontem, no filme Casanova, que existem várias espécies de bom tempo. Gostei da ideia.
Hoje está uma espécie de bom tempo:
Chuva

quarta-feira, abril 05, 2006

Escrevedoiros e Maluquices

A minha maior amiga tem um blogue novo, chamado Escrevedoiros e Maluquices:
http://escrevedoiro.blogspot.com/

Lisboa: o chão do mundo visto do chão


A terra vista da terra

Mundo Imundo e Muito Belo





Devo confessar que, enquanto passava a ponte a pé, na Mini-Maratona, nem me lembrei, quase que não me lembrei, das pessoas que se atiraram de lá abaixo e que foram muitas.

Terá sido esta a última imagem que levaram deste mundo imundo e belo…
Para mergulharem nas águas que purificam das misérias do corpo e da tremenda monotonia da terra.

segunda-feira, abril 03, 2006

Secção de Culinária Part II

Prometido é devido:

http://tascadaelvira-links.blogspot.com/2005/09/blogs-en-portugais.html

Experimentem estas receitas, que eu depois provo.

Gruta no Tibete

Pela minha parte, apetece-me muitas vezes ir viver para uma gruta no Tibete, em vez de andar no meio desta gente toda.
Depois começo a pensar: a gruta no Tibete talvez tenha aranhas... e até mesmo cobras... acho que prefiro esta gente.
Depois penso assim: se calhar nem tem máquina de lavar roupa... nem Internet para eu fazer o meu blogue! Então é melhor ficar aqui sossegadinha e comunicar com esta gente através da net!

terça-feira, março 21, 2006

Secção de Culinária

Filhas:

Como, na minha última encarnação, eu fui um carroceiro irlandês (ver entrada de 20 /3 /2006), nunca fui muito dotada para a culinária.
É natural: a Irlanda não é conhecida pela sua cozinha (nem por nada, aliás… (a não ser a Irlanda do Norte que é curtida (mas eu, se calhar, era da Irlanda do Sul)))…
Por outro lado, os carroceiros irlandeses não sabem cozinhar, são as esposas que cozinham, e só sabem beber whiskey irlandês (a principal diferença é que eu agora prefiro o escocês), dizer palavrões e bater nas mulheres (evoluí muito nestes dois últimos aspectos) (só bati uma vez numa mulher, mas isso são águas passadas).
Enfim, refiro-me à culinária, porque agora está na moda (por mal dos meus pecados), misturar a literatura com a haute cuisine. É o que fazem, por exemplo, aquelas galdérias da Laura Esquível e da Joahne Harris, que mal sabem ler nem escrever… (isto não é inveja!) (eu não sou invejosa!)
Bem, admito que escrevem mais ou menos, mas não devem cozinhar nada de jeito! Eu não comia nada feito por elas! Nem morta! (Tenho lido os livros todos, mas isso é um segredo nosso.)

Enfim… as minhas amigas têm-me dado receitas, mas hoje a Margarida deu-me uma óptima!
Depois conto, primeiro vou experimentar.

segunda-feira, março 20, 2006

Vivendo e aprendendo!

Filhas:
Talvez este slogan pareça muito comum, mas eu acabo de descobrir que na minha última encarnação fui um carroceiro irlandês!
E eu a pensar que tinha sido alguma espécie de rainha... enfim, talvez na Papua Nova-Guiné, ou assim...
O pior é que isso já foi no século XVII. e então por onde terei andado entretanto???!!!
Eu preferia ter sido alguma princesa há menos tempo!
Se vocês querem obter informações como esta, vão ao seguinte endereço: http://planetadinamica.terra.com.br/site/

Gripe das Galinhas

Eu, como sou uma mulher moderna, quero morrer com uma doença moderna e esquisita. De preferência, uma que ainda não tenha sido inventada.
Outro dia li numa revista uma lista de sintomas duma doença estranhíssima. Estranhamente, eu sentia-os todos. Talvez exceptuando um ou dois…
Depois, para meu alívio, estava escrito no fim que aquela doença era genética e própria dos boxímanes. Respirei aliviada umas duas ou três vezes, mas imediatamente me surgiu o raciocínio lógico: talvez eu seja descendente dalgum bosquimane! Bem, o meu antepassado poderia ter vindo para a Europa, talvez como curiosidade a ser exibida nas feiras, como a mulher-serpente, ou assim. Parece que os bosquimanes são muito pequeninos, se não me engano… como eu não sou muito pequena, então, logicamente, ele deve ter-se casado com alguma sueca. Alta e loira.
Mais tarde, li outra revista sobre saúde e acabei por descobrir que a minha doença era outra, enfim, geneticamente própria dos esquimós…
Fiquei com a impressão de que o meu problema não é tão raro como parece, quando noutro dia, no meu trabalho, vi toda a gente a fitar, com um ar aterrorizado, uma pombinha branca, muito querida, que estava pousada em cima dum automóvel, com um ar doente, cansado, ou talvez apenas aborrecido, digamos, blasé. Talvez fosse estrangeira.
Eu ainda disse timidamente: talvez a pombinha esteja doente, mas com outra doença qualquer, talvez própria das pombinhas… mas ninguém me ouviu. Estava toda a gente à espera de a ouvir espirrar.
Já não nos bastava ter medo do Bin Laden, agora também morremos de medo das pombinhas brancas!

terça-feira, fevereiro 28, 2006

Carnaval

Parece que hoje é Carnaval.
Segundo a etimologia, talvez isso queira dizer que é um carro naval, tal como havia alguns nas festas gregas de Diónisos e nas romanas Saturninas.
Então eu andei hoje e ando sempre num carro naval, a passear por esta cidade na cauda da Europa, numa das sete caudas da europa. Como me orgulho disso!
Viva o Carro Naval!!!!

Quantas caudas tem a Europa?


Quantas caudas tem a Europa?
Como toda a gente sabe, a Europa, na mitologia, era uma vaca.
Há quem pense agora que a Europa é um bicho de sete cabeças, mas a mim parece-me mais uma bicha de sete caudas, talvez uma vaca...
Senão, vejamos...
Esta fotografia foi tirada na Ilha de Malta, recentemente, onde vemos uma alimária, meio cavalo meio burro, a competir com as novas tecnologias...
As quais, como vereis, quase não competem com o dito animal, que eu voltei a fotografar na mesma pose em 2004, ou talvez fosse outro parecido.
E nós é que estamos na cauda da Europa???
E quem mais??????????
Quantas caudas tem a Europa? E quantas cabeças????????
Eu hei-de mostrar-vos a mais recente fotografia, em que eu estou a estilar... oh, não, parece mal... tenho vergonha... e depois, vê-se a minha cara... oh!

O mundo


Como devia ser feio o mundo há uns séculos atrás. Feio, nojento, imundo.
Mas o mar ainda devia ser mais puro e talvez fosse considerado mais belo.
As pessoas razoavelmente inteligentes talvez já tenham entendido que este blog é a respeito da realidade.
Fora os que pensaram que eu era a Nandinha (quem é a Nandinha?) Que nick mais arcaico!


Esta é a ilha de Capri, talvez a paisagem mais maravilhosa do Mediterrâneo.
Quem quiser saber mais sobre ela, poderá ler o espantoso livro O Livro de S. Michele de Axel Munthe. O tio Munthe era um médico sueco que descobriu as maravilhas desta ilha e o seu passado, ligado ao romano Tibério, que persistia em tudo e também na memória dos autóctones, que falavam vagamente dum tal Timbérnio e que acreditavam mais em Santo António, o nosso Santo António, do que em Cristo.
A procurar num alfarrabista ou numa biblioteca e a ler com calma...
É da Editora Livros do Brasil.

sábado, fevereiro 11, 2006

Terra e mundo

Esta é uma propriedade da terra desabitada: absorver a sujidade alimentando-se dela. E criar beleza com o mal.
A terra habitada não absorve nada. É um lugar imundo.