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domingo, agosto 05, 2018

Lisboa e suas fases urbanísticas.







Quando vim morar para Lisboa, há bués, pode custar a crer, mas a baixa da cidade, ou seja, o centro de Lisboa era intransitável à noite, perigosíssimo.

Quase só havia prédios degradados, habitados por velhinhos e as ruas estavam infestadas de ladrões, de carteiristas, de traficantes. 

Antes de vir viver para cá e de passagem, estando eu instalada no Hotel do Chiado, no Chiado, fui a uma farmácia aberta à noite para comprar algo, creio que gotas para os ouvidos. O farmacêutico informou-me que eu estava a arriscar muito, aquele zona era péssima, corria sérios riscos... seria o Rossio, ou o Martim Moniz ou algo assim. 

Como nunca fui medrosa, ou já não era nessa época, considerei um exagero, tal aviso. 

A certa altura, andei à procura de casa para morar e encontrei uma que me pareceu razoável,  na Avenida da Liberdade. Era uma casa mobilada e partilhada, com espaços comuns. Como há agora para estudantes estrangeiros, mas não era o caso.

A senhora que ma mostrou incidiu muito na informação de que os colchões tinham proteção de plástico. 

Como eu vivia noutro planeta, e apesar de a senhora me parecer um pouco grosseira, disse-lhe que não via vantagem nenhuma em tal coisa. Proteção de plástico?! para quê? Respondeu: 

- Você é uma menina muito ingénua e muito bem educada, não é pessoa para viver aqui, mantenha-se a milhas da Avenida da Liberdade, é o conselho que lhe dou. Isto não é para si.

Alguns anos depois, a Avenida da Liberdade era uma das zonas mais caras e mais chiques de Lisboa. 

Neste momento, Lisboa ainda se encontra com casas degradadas, prédios inteiros devolutos, como se vê nas fotos que tirei, caminhando dois ou três minutos numa zona central. 

Especulação imobiliária? Gentrificação? 
Outra fase. 

(CONTINUA)

quarta-feira, agosto 01, 2018

Especulação imobiliária ? Que é isso?



Curiosamente, o Presidente da República Marcelo, abreviatura de Marcelo Rebelo de Sousa, não conhece um diploma de que todos os portugueses ouviram falar e que limita, até certo ponto, a especulação imobiliária.

Apesar de não o conhecer e de não ter opinião sobre o assunto, o mesmo Marcelo anda a estudá-lo com os seus conselheiros e tenciona vetar a lei.

Não admira, é uma medida de esquerda. 

Pelo meio fica um "escândalo"  com um deputado do BE, com muitas notícias de jornal, em que tudo é narrado entre aspas, ou seja, em sentido figurado.

A lei vai acabar por ser vetada, o Bloco de Esquerda, em vez de ficar como defensor dos inquilinos pobres, vai ficar mal visto, visto como igual aos partidos do poder, que é a pior visão possível. 

O povão embarca na patetice desta Silly Season, incapaz de raciocinar por ele mesmo, encordoado numa massa acrítica que parece não ter fim à vista.

Não espero que o meu blogue tenha muitos fregueses, quando exprime opiniões destas e constatações óbvias. 

O deputado Robles, do Bloco de Esquerda, já demitido, não por corrupção, mas por "incoerência ideológica" (conceito muito inovador na política portuguesa), agora sem emprego, poderá dedicar-se à vontade à especulação imobiliária, para a qual tem obviamente muito jeito. 

A comunicação social aplaude. E participa.

Presidência da República desmente Catarina Martins

Belém nega que haja um diploma sobre o direito de preferência dos inquilinos à espera de promulgação. BE esclarece que diploma está em trânsito.



Marcelo vai vetar lei : Primeira página do Jornal I, 31de julho de 2018

VER TAMBÉM no Expresso, 31de julho de 2018

Marcelo deverá vetar lei que deu polémica com o BE

Ou aqui

Marcelo prepara veto a lei que deu polémica com o BE

Projeto de lei sobre habitação, aprovado a 18 de julho na Assembleia da República, deverá ser recebido esta semana ou na próxima e, vetado pelo Presidente da República.