segunda-feira, novembro 25, 2019

Santo Estanislau Kostka, por Pierre Le Gros





A polémica estátua jacente de Santo Estanislau Kostka, pelo escultor Pierre Le Gros, 1713.

E, contudo, quanta beleza e quantos detalhes!!!

sábado, novembro 23, 2019

Presépio? Ainda não chegou a Belém...



Refugiados do Médio Oriente a caminho de Belém, para receberem beijinhos e medalhas. Enfrentando inúmeros perigos, presentes e futuros.

Os bonecos mais perfeitinhos vieram de Nápoles, da rua dos Presépios. Os outros são de Barcelos.

domingo, novembro 17, 2019

Desistimos da modernidade? A mim não me apetece usar Burka. Mesmo que me cortem o pescoço, que não cabe nas burkas




















Nós, ateus, agnósticos, etc... respeitamos diferença, claro. Desde que a diferença não nos destrua, nem nos engula.

Mas, e se a diferença for contra a nossa civilização e conta as conquistas da nossa cultura?
Vejam esta


Em Portugal, um menina Paquistanesa recusa-se jogar num clube portugês se não usar um "equipamento desportivo" parecido com a burka,
Fatima Habib só volta a jogar basquetebol se vestir traje muçulmano

É claro. E nós, o que faremos? Vocês sabem que sempre fui de esquerda, mas a esquerda verdadeira está ser cobarde... parva, no receio de ser incoerente. Incoerentes somo todos. Somos humanos, parvos, incoerentes e demasiado sentimentais, mas sabemos pensar, às vezes. Mesmo até muitas vezes.
Depois de termos queimado muitas bruxas nas fogueiras da Inquisição, só podemos separar a a Igreja do Estado, como fizemos no século XVIII. Mas tanta gente que ainda não percebeu nada disso... no século XXI...


Notícias de muçulmanos que querem impor as suas ideias anti-mulheres, numa Europa e num mundo onde estas ideias só podem ser consideradas arcaicas.

Desistimos da modernidade?


Imagem de : Hugo van der Ding

sábado, novembro 09, 2019

No centenário de Sophia: Praia

E a praia nunca mais será a mesma, depois de termos amado este poema



Praia


Na luz oscilam os múltiplos navios
Caminho ao longo dos oceanos frios

As ondas desenrolam os seus braços
E brancas tombam de bruços

A praia é longa e lisa sob o vento
Saturada de espaços e maresia

E para trás de mim fica o murmúrio
Das ondas enroladas como búzios.

Sophia de Mello Breyer

(Foto oficial da escritora)

No centenário de Sophia: Para Atravessar Contigo o Deserto do Mundo




"Para atravessar contigo o deserto do mundo
Para enfrentarmos juntos o terror da morte
Para ver a verdade para perder o medo
Ao lado dos teus passos caminhei 

Por ti deixei meu reino meu segredo
Minha rápida noite meu silêncio
Minha pérola redonda e seu oriente
Meu espelho minha vida minha imagem
E abandonei os jardins do paraíso 

Cá fora à luz sem véu do dia duro
Sem os espelhos vi que estava nua
E ao descampado se chamava tempo 
Por isso com teus gestos me vestiste
E aprendi a viver em pleno vento "
Sophia de Mello Breyner Andresen, in 'Livro Sexto'

(Foto oficial da escritora)

sexta-feira, novembro 01, 2019

Terramoto de Lisboa e as crenças ou as descrenças europeias


Ex-voto da época



Alegoria ao Terramoto de Lisboa, por João Gambla

A notícia do terramoto de Lisboa, no primeiro de novembro de 1755, simbolicamente o dia dos mortos que foram para o Paraíso (Todos os Santos) foi o primeiro fenómeno mediático quase global do mundo, daí que seja mencionado em livros de autores europeus tão diferentes como Dostoyevsky, ou  como Voltaire, no seu Cândido...



Há poucas imagens feitas por pintores que tenham estado presentes na catástrofe, mas há pelo menos duas: um ex-voto, em que uma senhora agradece por a filha ter sobrevivido à derrocada de uma varanda e uma grande pintura em tela de João Glama.



Como alguns dos edifícios mais destruídos foram precisamente as igrejas católicas, essa circunstância pareceu ser um sinal da decadência do catolicismo. Daí as opiniões de Kant, Rousseau, Voltaire..

Na verdade, sendo Lisboa uma cidade tão religiosa, tendo ocorrido o terramoto precisamente durante uma importante festa litúrgica,  foi mesmo colocada a questão da inexistência de Deus.

Mas fiquem-nos pelas imagens...
Na primeira, o ex-voto de autor anónimo, vê-se bem o que aconteceu.

Na segunda, o pintor, João Glama aparece representado por duas vezes, com o mesmo vestuário verde, uma do lado esquerdo, auxiliando uma senhora caída e outra do lado direito. Sendo uma obra barroca, combina o realismo das cenas representadas com uma visão alegórica, em que entram anjos, pairando sobre os destroços.

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