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quinta-feira, março 08, 2018

Dia Internacional da Mulher: recordar e esquecer



No dia Internacional da Mulher, 8 de março, recordar as que nos precederam na luta pelos direitos, como estas duas senhoras que reclamavam o direito ao voto, esquecer que houve um tempo em que as mulheres nem se queixavam, ou em que erra necessário queixarem-se de pequenas coisas como esta.

Ou de pequenas coisas como terem o direito de não serem vítimas de violência, doméstica ou outra. 

Quando esquecermos porque nos parece impossível ter havido tempos tão atrasados...

sábado, setembro 24, 2016

Amor de mãe? De pai? Distração? Preguiça?

Uma minha amiga contou-me isto:

"Trabalhei como professora em duas escolas em que o nível sócio-económico dos alunos é elevadíssimo. 
Um dia, uma aluna do oitavo ano escreveu-me numa redação que tinha sempre perante os olhos aquele momento em que viu o irmaozinho, dizia o nome, morto na piscina da casa, por culpa dela e da irmã, que se distraíram a ver a telenovela. 
Meses depois, conta-me noutra redação que ela e a irmã escaparam por pouco de morrer num incêndio numa estância de esqui. Aqui, a culpa não era delas: o hotel tinha dois prédios, elas estavam num, os pais no outro. Foram salvas por um camareiro, ficaram muito felizes quando se juntaram todos. Por acaso, estas meninas chegaram a adultas."


"Uma outra minha aluna contou-me que os pais se adoram um ao outro e que a veem como uma intrusa à sua intimidade. Detestam-na, embora não façam nada de concreto para o demonstrar: demonstram-no todos os dias, várias vezes por dia."

terça-feira, março 08, 2016

Dia da Mulher - Professora de mulheres no Paquistão



Quero hoje homenagear as mulheres, através das professoras de mulheres em países em que a educação é desprezada e a das mulheres chega a ser proibida.
A mulher aqui homenageada sempre quis ser professora, mas a família considerava essa pretensão ridícula. Quando se formou, a família cortou relações com ela. 
Foi o marido que a incentivou, que a sustentou, num casamento moderno em que ele cozinha enquanto ela dá aulas. Não só a meninas, também ensina costura e bordado a mulheres adultas.

VER AQUI

domingo, março 08, 2015

Dia da Mulher



A mesma mulher (Nadinha)
- Nasci e era uma menina.


Esta frase pode ser terrível para muitas mulheres do planeta. 



Ser uma menina quando se nasce pode resultar em extermínio, submissão para toda a vida, enclausuramento, castração, vulgo "excisão", escravidão, etc...



Nós europeias, nós europeus, não imaginamos sequer estas situações.

Usemos a nossa liberdade para conquistarmos a liberdade de outras mulheres (parafraseando Aun Su Kyi, líder política birmanesa, prémio Nobel da Paz)

Dia da Mulher, ou o que quiserdes

Para comemorar o dia da Mulher, nada menos nem nada mais do que esta extraordinária notícia:

Que a capital do Iraque, o país que já foi referência do fundamentalismo islâmico, tem agora como presidente da câmara da capital (Bagdad), uma mulher.

Engenheira civil é a primeira mulher presidente da câmara de Bagdad



quinta-feira, março 08, 2012

Dia Internacional da Mulher: mito e contra-mito



(Foto original da Nadinha, na torre de Belém)


Feliz dia da Mulher para todas as mulheres e para todos os homens que gostam de mulheres: há muitos modos de gostar.. e muitos modos de não gostar. E de fingir que se gosta e de fingir que não se gosta...

Um pouco de História: a realidade

Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto.

 Ou então, o mito


Neste dia, do ano de 1857, as operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque entraram em greve, ocupando a fábrica, para reivindicarem a redução de um horário de mais de 16 horas por dia para 10 horas. Estas operárias que, nas suas 16 horas, recebiam menos de um terço do salário dos homens, foram fechadas na fábrica onde, entretanto, se declarara um incêndio, e cerca de 130 mulheres morreram queimadas. Em 1910, numa conferência internacional de mulheres realizada na Dinamarca, foi decidido, em homenagem àquelas mulheres, comemorar o 8 de Março como "Dia Internacional da Mulher". De então para cá o movimento a favor da emancipação da mulher tem tomado forma, tanto em Portugal como no resto do mundo.


Ou a reposição da (Talvez), verdade


A lenda do Dia Internacional da Mulher como tendo surgido na sequência de uma greve, realizada em 8 de Março de 1857, por trabalhadoras de uma fábrica de fiação ou por costureiras de calçado - e que tem sido veiculada por muitos órgãos de informação - não tem qualquer rigor histórico, embora seja uma história de sacrifício e morte que cai bem como mito.




Mito com base na realidade comunista e contra-mito falso, baseado na realidade norte-americana. Não faz bué de sentido?

segunda-feira, março 08, 2010

Dia da Mulher


Para celebrar o Dia da Mulher, desejo a todas as mulheres que se renovem com a Primavera, por se lembrarem que são também seres da natureza.
Que a renovação seja interior e exterior, um renascimento!

segunda-feira, março 30, 2009

Mãe odeia filha

Achei curioso um caso que li no MSN, no Slate. É a carta de uma mulher para uma conselheira de maneiras e de moral chamada Prudence.
Conta que abandonou uma filha à nascença, para adopção e resolveu ir conhecê-la agora que a jovem tem 23 anos e a outra filha, que criou, 19. Não gostou nada dela, quanto mais a conhece menos gosta, acha indecente que ainda viva com os pais adoptivos (que diferença da América para cá!, aos 23 anos ser indecente viver com os pais), acha-a grosseira, malcriada e egoísta. E sente-se culpada por não gostar da sua própria filha.
A Prudence responde-lhe que deve ser de família porque a mãe também está a ser egoísta e pouco delicada. Está escrito em inglês
AQUI
Parece que já está provado há uns anos que o instinto maternal não existe, sendo prova disso que muitas mulheres não o têm, nem mesmo em relação aos próprios filhos. Quem o diz é Elisabeth Badinter, no livro Le Conflit, La Femme et La Mère, onde afirma:"L'environnement, les pressions sociales, l'itinéraire psychologique semblent toujours peser plus lourd que la faible voix de "notre mère Nature".
Para não falar daqueles pais e mães que tratam os filhos tão mal como as pessoas comuns não tratariam um inimigo. Mas espanta sempre, este tema.


quarta-feira, março 07, 2007

Dia da Mulher: 8 de Março

Em vésperas de eu nascer, o meu pai, que já tinha duas filhas granditas, resolveu espalhar aos quatro ventos que queria um rapaz e que bateria na minha mãe se lhe nascesse outra menina.
Nasci eu e era uma menina.


A minha entrada neste mundo não foi gloriosa e triunfante nem invejável, mas, felizmente para nós, o meu pai viveu e morreu sem bater em ninguém, muito menos na minha mãe ou em mim. E amou-me muito.


Vejo as pessoas à minha volta sorrirem até à alma quando está para nascer ou já nasceu uma criança, seja menino ou menina, filha, sobrinha, neta, vizinha, filha da amiga...
- É natural - dirão vocês. - É o instinto maternal, paternal...


Todos os anos morrem, segundo o Jornal DN, talvez de 19 ou 20 de Março, enfim...
Repito: Todos os anos morrem dois milhões e meio de meninas na Índia, vítimas de:
- Meio milhão por aborto selectivo (Ver o que é) - Dois milhões por infanticídio, provocado pela família, ou com a sua conivência...
- É natural - dirão alguns. Algumas pessoas acham tudo natural...




A Ministra da Mulher, da Índia, resolveu criar berços onde as meninas possam ser abandonadas, como a antiga roda dos enjeitados.


Muitas pessoas no Ocidente, incluindo Portugal, tratam um cão ou um gato como se fosse um filho, sofrendo horrores quado o bicho morre. Porque não podemos nós, portugueses, adoptar uma destas meninas? Até se combatia o decréscimo de natalidade...
Mas em Portugal, o que conta é a maternidade / paternidade biológica. Mal podemos adoptar os portugueses, quanto mais as meninas do Oriente?