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quinta-feira, janeiro 09, 2014

Você sabe quem é a criatura que dá nome à sua rua?

Rua Ferreira Borges, Mercado Ferreira Borges, Escola Ferreira Borges. Sabem quem é esta criatura, Ferreira Borges? É necessário renomear as ruas e os sítios das nossas cidades.

Muitas das nossas ruas têm nomes que eram importantes há cerca de 100 anos, como hoje existem nomes importantes nas revistas Caras e VIP. Hoje, toda a gente sabe onde fica determinada rua, mas ninguém sabe quem é a criatura que lhe deu o nome.

No Porto, quem não sabe o que é o Mercado Ferreira Borges? E em Lisboa, muitos estudaram ou trabalharam na Escola Secundária Ferreira Borges e conhecem bem a Rua Ferreira Borges. Hoje, a Escola Ferreira Borges já não existe. Fundiu-se com a escola Rainha Dona Amélia. A própria Rainha Dona Amélia é uma figura pouco relevante da nossa história, a que os americanos chamariam "looser" :)
E quem sabe quem foi essa criatura, Ferreira Borges? Resposta: foi um jurista da 1ª República, que escreveu o primeiro código comercial português. Decalcado, evidentemente, do código comercial francês e muito diferente do inglês.
Aliás, os nossos códigos de leis têm muito que se lhes diga. Como quando uma corveta portuguesa capturou piratas mas teve de os libertar, porque a lei portuguesa não contempla a pirataria, considerando-a coisa do passado remoto. Ou como quando um "crime" informático não existe, ou não existia há uns anos, por não estar nos códigos de leis, que não previam modernices.
A justiça anglo-saxónica vai pelos princípios e nunca tem destes entraves.

Vamos ter uma Avenida Eusébio? Muito bem. E alguém sabe onde ficam as ruas Sophia de Mello Breyner ( não existe em Lisboa) , Rua Natália Correia, um beco, Rua José Saramago, Rua Eça de Queirós, Rua Camilo Castelo Branco, Rua Cesário Verde, um dos poetas de Lisboa...

Você sabe quem é a criatura que dá nome à sua rua?

Já morei, em Lisboa, nas ruas: Engenheiro António Maria Avelar (um beco giríssimo, um nome tão grande, uma rua tão pequena...) General Pimenta de Castro...  não me lembro das outras, mas depois digo.





quarta-feira, janeiro 08, 2014

DESENTERREMOS OS MORTOS.

DESENTERREMOS OS MORTOS.
ENTERREMOS OS VIVOS.
DESTERREMOS OS OUTROS VIVOS MAIS JOVENS: OS JOVENS -  PARA BEM LONGE!


DESENTERREMOS OS MORTOS. POR EXEMPLO, O EUSÉBIO. PARA OS ENTERRARMOS NOUTRO SÍTIO. EM FUNÇÃO DOS NOSSOS INTERESSES.

DESENTERREMOS OS MORTOS. POR EXEMPLO, O EUSÉBIO.

EXPLOREMOS OS APOSENTADOS. ROUBEMOS TUDO ÀQUELES QUE AINDA NÃO SE APOSENTARAM. DESEMPREGUEMOS OS EMPREGADOS.
DESENTERREMOS OS MORTOS. PARA OS ENTERRARMOS NOUTRO SÍTIO. EM FUNÇÃO DOS NOSSOS INTERESSES.


(Após a sessão contínua do"enterro" de Eusébio, fiz uma profecia: depois de o enterrarem, vão desenterrá-lo e enterrá-lo outra vez.) O jeito que nos dão estes eventos! Cavaco disse que o amava, todos o amaram...


quarta-feira, maio 30, 2012

Mentalidade contra a incompetência

Todos os dias nos deparamos neste país à beira-mar e à beira de um ataque de nervos, com a mais descarada das incompetência em toda a espécie de profissões. Será só a mim que acontee às vezes deparar-me com várias situações confrangedoras, todas no mesmo dia? de fazer perder a paciência a uma santa...

Mas os portuguesinhos, quando criticam, é toda a classe médica, todos os professores (incluindo todos os graus de ensino), todos os condutores da carris, etc.

Não passa pelas nossas pobres moleirinhas que devemos agradecer a alguns destes por serem bons ou mesmo ótimos, apesar de não ganharem nada com isso, nem ganharem mais do que os outros.

Começa  logo por haver pessoas que tiraram cursos superiores a copiar, a plagiar ou a comprar trabalhos feitos por encomenda e há mesmo quem se gabe disto. Estas pessoas não estão, obviamente, preparadas para a profissão que desempenham e, além disso, trabalham pouco (e mal) e faltam muito.

Até recentemente e mesmo agora, não é possível despedir esses trabalhadores, sobretudo se trabalham para o Estado. Com os últimos governos, aconteceu mesmo algo imprevisível: se essas pessoas são funcionárias públicas, com a nova avaliação, têm notas superiores às dos colegas. 

Estranho? Porquê? É fácil. Sendo o portuguesinho tão frágil e delicado, sente uma indestrutível necessidade de ser elogiado. Estas criaturas incompetentes, baldas e oportunistas, muito naturalmente tecem os mais generosos e rasgados elogios aos avaliadores, para, nas suas costas, lhes fazerem as críticas mais inconcebíveis.
Ter caráter? Isso já não se usa. Mas alguma vez se usou nesta terra? Basta ler a literatura antiga..

E tudo passa, assim, nesta massa acrítica e acéfala que é a sociedade portuguesa. 

Até nos darmos conta de que está tudo a correr mal e que já não vamos a tempo fazer nada.

terça-feira, abril 24, 2012

Les paradis artificiels / les enfers artificiels







Os paraísos artificiais, Les Paradis Artificiels, título de um livro de Baudelaire, (homem que vivia muito à frente da sua época), os paraísos artificiais são também, no mínimo, infernos artificiais.


Vejamos o caso da Disneyland, que só conheci recentemente e por motivos alheios à minha escolha.


A criatura que desempenha o papel de Minnie é todos os dias aclamada mais do que uma vez por milhares de pessoas, mas nenhuma olha para ela. Só para a máscara.
Que inferno será sentir os olhos da multidão postos em nós, sorrindo, meigos, doces, admirativos, mas  sem nos verem...
E ouvir o patrão, ou alguém do género, criticar:
- Tu não és engraçado / a
- Tu já faltaste duas vezes neste mês. Tu pensas que eu ando a roubar?!


A Minnie não pode vacilar, the show must go on...


- Ouve, eu já não suporto aquele gajo! Salta-me para a espinha, eu até cedo, mas depois ele quer o quê? O quê?! - diz a Minnie, ainda vestida com as vestes da dita.


- Eu estou estafada de andar aqui a dançar, cheia de speed, toda a gente me diz adeus, dançam comigo... e depois, quando saio daqui, ninguém me conhece!
- Fora daqui! já foste substituída!
- Substituída? Eu sou a Minnie... como me podem substituir a mim? A mim?
- A outra Minnie já lá vai. Atrasaste-te. Rua!


Disneyland, lugar onde os adultos vão brincar como crianças... para poderem esquecer e para poderem deixar passar as fraudes, as corrupções, as rebaldarias, que nos fazem cada vez mais pobres e cada vez mais idiotas. 

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

O que é um blogue?

Comecei por descobrir uma máquinas fotográficas chamadas Lomo e o conceito de Lomografia: fotografar o mundo.
As máquinas eram baratas e a ideia era genial: em vez de o Gogol ou o Balzac andarem a descobrir e a inventar e a escrever a comédia humana, ou o drama, ou as duas coisas, simplesmente um rapazito fotografava o jantar em casa dele e o baile na discoteca onde ia, ou mesmo o baile dos bombeiros, se os houver.
Depois, é simples... apareceram os blogs... ou talvez já existissem.
Antes disso, o bom senso e o bom gosto eram feitos pelos jornalistas ou por alguém por eles, nos jornais. Os jornais mais cultos eram os mais chatos, intragáveis, mas tinham autoridade:a prova disso era que não era qualquer um que os entendia... muito menos era qualquer um que os punha em causa de forma séria...
Agora os blogs: os jornais e os jornalistas tentam controlá-los, mas duvido que consigam...
Todos os jornais publicam a lista dos melhores blogs, mas o que é isso dos melhores blogs? Os mais chatos?
Em Portugal, os melhores escritores e os melhores artistas , ou estiveram presos, ou foram ignorados no seu tempo.
Vamos continuar a confiar nessa gente? Nos que fazem o bom senso e o bom gosto? E que se enganam por sistema, precisamente nesse aspecto?
Eu penso que não. Vamos ignorar essa gente e fazer a nossa vida e o nosso caminho.
Afinal de contas, o resultado de tanta opinião sábia e de tanto bom gosto, foi e é a Massa Acrítica!