terça-feira, agosto 12, 2008

Golf Del Sur



Aquelas casinhas são alugadas por 200 Euros por semana com um quaro e 250 com dois.
Quando eu era pequena gostava de desenhar assim muitas casinhas pegadas umas às outras. No mínimo, em cada casinha havia 2 ou 3 crianças para brincarem comigo. Era assim que eu imaginava uma cidade. Ainda hoje continuo a imaginar cidades. Como sabem alguns de vocês...
Pormenor do hotel Golf Plaza.
Entre as coisas boas que fizeram nas Ilhas Canárias estão as pistas para caminhar ou correr, como esta.
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segunda-feira, agosto 11, 2008

Praias







Bem, já agora aproveito para fazer praia. Praia, piscina e tudo.
As pessoas normais, quando estão numa ilha, vão para a praia, não é?

Eu sou uma pessoa normal! Eu sou uma pessoa normal! Eu sou uma pessoa normal! Eu sou uma pessoa normal! Juro!!!

Já agora digam-me uma coisa: as outras pessoas normais conseguem aguentar isto mais do que dez minutos?



sábado, agosto 09, 2008

Destino

Imaginem só o que me aconteceu!
Já deveria estar agora em Lisboa, mas perdi o aviao.
Estava na parte Norte de Tenerife, onde nao há quase praia, até porque o tempo é meio encoberto, mas vim apanhar o aviao que perdi, ao Sul.

Vou ficar aqui, satisfeitíssima e desta vez vou mesmo fazer algo parecido com praia.
Uma francesa que aqui encontrei diz que é o destino! Será...


É a segunda vez que me acontece ir parar sem querer a uma terra de que nunca ouvi falar nem sabia que existia. É a melhor viagem que pode haver, perdermo-nos e encontrarmos algo de novo e diferente, dentro e fora de nós.

Quando nao precisamos de nada nem de ninguém, esquecemo-nos às vezes da bondade das pessoas, ao ponto de pensar que ninguém nos ajudaria. Várias pessoas de várias nacionalidades me ajudaram, ou pelo menos tentaram. Isso surpreendeu-me, já que as pessoas estao cada vez mais reservadas e discretas, nao falam umas com as outras... mas se for necessário, nao só falam como fazem muitas outras coisas. É o que eu quero dizer ao escrever que esta viagem me fez descobrir algo de novo, na terra e nas pessoas...

Se voltar às Canárias e hei-de voltar, venho logo direito para aqui, até porque é muito barato.
Hotel Golf Plaza, terra de Golf del Sur (nao parece nome de terra, mas é). É um aldeamento turístico criado de raiz há pouco tempo, provavelmente dedicado ao golf. Fica perto de tudo o que é bom, incluindo o porto e o aeroporto e as pessoas sao competentes e simpáticas, ao contrário do que me pareceram a outras que encontrei até aqui: o dono do hotel, por ser o mais próximo do aeroporto, fez-me logo um desconto de 15 Euros por dia. Imaginem, em vez de se aproveitar da situaçao, acha que deve ajudar as pessoas...

Nao posso pôr imagens, ainda nao percebi porquê.

quinta-feira, agosto 07, 2008

Sem Titulo



Que horror! Imaginem-se a viver ali!
E no entanto, uns austríacos fizeram lá ao fundo um hotel e uma quinta biológica, aonde só se pode ir de barco e organizam caminhadas por antigos trilhos da serra, para turistas. Para mim nao, obrigada.
Creio que nao é neste sítio, mas mais perto do porto. Isto nem é o sítio onde Judas perdeu as botas, porque nem o próprio Judas veio para aqui...

No tempo dos dinossauros





Na ilha de La Gomera existe um bosque de "Laurissilva" que existiu na Europa na epoca dos dinossauros, ainda a nossa avo nao era nascida, percebem? Nao e periodo que me interesse por ai alem, sendo eu toda voltada para as realizaçoes do espirito humano, mas...
E o maior bosque de laurissilva do mundo. Ha 27 espécies diferentes de árvores, incluindo 4 castas de loureiros.

Veem-se tambem aqui umas montanhas negras e nuas e imensas... sem vivalma e sem nada...

E depois eu, um tanto cansada mas ja rodeada de realizaçoes humanas, incluindo as sandalias novas..




À descoberta das Índias Orientais





Foi daqui, da cidade de San Sebastian, Ilha de La Gomera, que partiu Cristovao Colombo para a descoberta das Indias Orientais, vulgo America.

E foi neste poço que meteu agua.
Casa da Aguada, San Sebastian de La Gomera, Ilhas Canarias

terça-feira, agosto 05, 2008

domingo, agosto 03, 2008

Outra

É cada loja!
Puerto de la Cruz, Tenerife, Canarias

Adivinhem onde estou


Quem sabe nao pode responder porque saber nao é adivinhar.
Dica: o computador nao tem til para as vogais.
A Maria adivinhou. Mais ou menos...
Puerto de la Cruz, Tenerife, Canarias

quinta-feira, julho 31, 2008

Utilidade do Jornal Expresso

A última vez que utilizei o Jornal Expresso para tapar o chão porque a casa andava em obras, ele era muito maior do que é agora. Pelo menos para isso ainda servia...
Andei hoje a espalhá-lo pela casa, mas não dá jeito nenhum.
Nessa altura também este jornal não cantava hinos de louvor a Sócrates (refiro-me ao José Pinto).
Estou também a experimentar pela primeira vez a curiosa sensação de me levantar às 7 da manhã nas férias. Para descansar. E para superintender às obras... claro.


Após estas reflexões profundas e profícuas(notar a aliteração), decidi deixar de comprar o Expresso. Entendam isto como uma greve e façam o mesmo.

terça-feira, julho 29, 2008

Eu Servi o Rei de Inglaterra - Filme

Vi este filme, de Jirí Menzel e gostei.
Acho boas quase todas as alternativas ao cinema americano, mas este realizador é daqueles que fizeram história.
O filme conta as peripécias de um homem que trabalhou sobretudo como criado de mesa em restaurantes chiques da Checoslováquia. Abrange a 2ª Gerra Mundial, com a ocupação do país pelos alemães, mais tarde a libertação e posterior instalação do regime comunista.
A personagem principal é um anti-herói algo cómico, mas o filme tem uma ironia subtil que faz sorrir, não provoca aquelas gargalhadas sonoras de quem não está a pensar.
É de facto um país que foi dum extremo ao outro, antes de ser desmantelado e transformado em dois. É bem apanhada a ideia de mostrar essa sociedade sob a perspectiva do luxo, que deixa de existir no regime comunista e que assume facetas diferentes durante a ocupação nazi. Também mostra o "ridículo" das ideologias e de quem as segue de forma rígida.

domingo, julho 27, 2008

Gostar de gente... O que quer dizer isso?

Li hoje no DN que um pedófilo alemão vivia em Vila Nova de Cerveira tão feliz que era considerado benemérito. Porquê? Sobretudo porque gostava muito de crianças e até tinha adoptado algumas, de pais pobres que lhe ficaram eternamente agradecidos.

Constato que toda a gente morre de medo de ser considerada ingénua e parva. Eu, que muitas vezes fui considerada ingénua e parva, já que não morro de medo de ser considerada assim, acho que quase toda a gente é demasiado ingénua e incrivelmente parva. Senão, reparem.

Eu não gosto de crianças. Não gosto de jovens. Não gosto de adultos. Não gosto de homens nem de mulheres.

Gosto de algumas pessoas, de alguns jovens, de algumas crianças, de alguns homens, de algumas mulheres. Já agora, gosto de alguns animais. Talvez goste da espécie humana e da espécie animal em termos genéricos, mas isso é muito vago. Não gosto mesmo nada de certos seres.

Quem fingir que gosta de todos está a ser hipócrita, não acham?
E qual é o seu objectivo? Sem dúvida tomar os outros por lorpas e idiotas. Com razão, não acham? É usar a massa cinzenta.
Já agora, tenho quase a certeza de que vi muitas vezes esse tipo alemão. Onde, não sei dizer, mas provavelmente em algum local de Lisboa. A cara não me é estranha...

sábado, julho 26, 2008

A fruta do milagre

Vi isto no Expresso e depois na net.


A fruta do milagre é um fruto que torna doce o limão, se o comermos um pouco antes.


Cada vez se descobem mais coisas, sobretudo das que já tinham sido descobertas, neste caso por uma tribo, que não dispensa este fruto.

Ver aqui

segunda-feira, julho 21, 2008

"Diz-me como a chuva"


Fui à estreia da peça de teatro "Diz-me como a chuva".

Com diversos textos de Tennessee Wiliams, tem encenação de Marta Lapa e é interpretada por Isabel Medina Cucha Carvalheiro.

Assumindo quase sempre o ser humano como ferido na relação com os outros, como um pássaro de asa quebrada que só deseja fugir e esconder-se, são muito belos esses textos. Não existe a crueldade nem o mal, nas personagens, apenas uma desadaptação e incapacidade para o relacionamento, sobressaindo o homem como ser solitário, um ser que talvez nem necessite dos outros, mas que também não consegue passar sem eles.

De salientar o óptimo trabalho mimético das actrizes, que, sem mudarem de caracterização, fazem o papel de homem, de mulher e de criança, fazendo-nos despertar um sorriso neste último papel, mas sem os tiques que às vezes se notam noutros actores que imitam crianças. E sem qualquer vulgaridade na passagem de um papel a outro. Muitos actores poderiam aprender alguma coisa ao ver esta peça.

Particularmente interessantes os textos seleccionados da peça "Um Eléctrico Chamado Desejo", de "Diz-me como a chuva" e desse texto com crianças à beira da linha de um caminho-de-ferro, simbolicamente à beira de todas as passagens e de todos os perigos, "à beira-mágoa", já também marcadas pelo receio e pela rejeição.

Obrigada Isabel. E já agora, obrigada Cucha Carvalheiro.

(Em cena no Teatro da Comuna até ao dia 9 de Agosto.)

sábado, julho 19, 2008

Feira Biológica do Príncipe Real

Voltei à feira de produtos naturais do Príncipe Real, em Lisboa. Hoje, sábado, 18 de Julho.


Já aqui falei dela, mas para dizer mal. Agora já vi outras coisas que não tinha visto: nessa época pouco entendia de comida, menos de culinária e cheguei lá à hora do fecho, quando já quase não havia nada. Podemos sempre mudar de opinião, ou, como se diz agora, podemos evoluir dentro da mesma posição. Por exemplo, evoluir da posição de pé para a posição de pernas para o ar e vice-versa.


Hoje voltei lá, pelas dez e meia da manhã.


Vi cousas que nunca tinha visto. Algumas conhecia de nome, outras nem de ouvir falar ou ler. Algumas só conhecia dos livros antigos em que figuravam como remédios, outras de livros de culinária estrangeiros, sobretudo italianos, outras de lado nenhum, mesmo.


Vi ruibarbo, o tal dos livros antigos, vi flores de courgettes, machos e fêmeas. As flores machos comem-se fritas ou recheadas de compota. As fêmeas também, se bem entendi.


Receei experimentar: como tenho muita imaginação, estou a ver-me: oferecem-me um ramo de rosas e eu imagino-as e vejo-as fritas ou recheadas de compota... não me sinto preparada para comer flores e havia lá muitas de comer.


Só não comprei chá de urtigas, que parece fazer bem a muita coisa, por o achar caro. É mais barato colher as urtigas e pô-las a secar. Como aqui não há urtigas, lanço um apelo a quem o entender para me arranjar um molho de urtigas. Há uns meses andei à procura, mas confundi-as com outra erva parecida... Aquelas estavam cortadas aos bocadinhos...


Como é um bocado intelectual ir àquela feira, as pessoas comportam-se com tanta delicadeza como se estivessem numa exposição de obras de arte e outras coisas preciosas: pedem-me delicadamente desculpa por estarem à minha frente a tapar as couves.


Claro,as couves biológicas, ou, como dizem os americanos, as couves orgânicas, devem ser contempladas antes de, ou em vez de, serem compradas. As outras couves não são biológicas nem orgânicas?


Vim de lá com: um molho de rúcula, uma caixa de rebentos de alfafa, um molho de manjericão que cheira muito bem e se pode usar também como decoração - pu-lo numa jarra... e morangos. Nunca como morangos por sentir que me fazem mal. Como crescem rente ao chão e acachapados na planta, creio que devem ficar muito encharcados de pesticidas - não têm por onde fugir...


Já os provei, são melhores do que os outros, parecem os morangos silvestres que eu apanhava pelos campos em pequena, mas esses eram minúsculos. Espero que não tenham pesticidas.


Já que é intelectual ir à feira biológica, de caminho passei pela livraria Byblos, para comprar os jornais e para ver o meu livro.


E pensar que o livro é meu mas não é meu: afinal, não o posso trazer para casa...

sexta-feira, julho 18, 2008

De como os erros podem ser giros

Em resposta ao que pedi no post anterior, a Inteb enviou-me isto.

"Factura de um santeiro olhanense

"Nota: esta é uma factura de um santeiro de Olhão, chamado Joaquim Manuel Alfarrobinha, apresentada em 1853 por um conserto nas capelas do Bom Jesus de Braga, hoje arquivada na Confraria do Bom Jesus do Monte, naquela cidade."

"Por corrigir os Dez Mandamentos, embelezar o Sumo Sacerdote e mudar-lhe as fitas 170 réis
Um galo novo para S. Pedro e pintar-lhe a crista . 80 réis
Dourar e pôr penas novas na asa do Anjo da Guarda 120 réis
Lavar o criado do Sumo Sacerdote e pintar-lhe as suíças 160 réis
Tirar as nódoas ao filho de Tobias 95 réis
Uns brincos novos para a filha do Abraão .95 réis
Avivar as chamas ao Inferno, pôr um rabo novo ao diabo e fazer vários consertos aos condenados.185 réis
Fazer um menino ao colo da Senhora 210 réis
Renovar o Céu, arranjar as estrelas e lavar a Lua 130 réis
Retocar o Purgatório e pôr-lhe almas novas 355 réis
Compor o fato e a cabeleira de Herodes 35 réis
Meter uma pedra na funda de David, engrossar a cabeleira de Tobias e alargar as pernas de Saul.95 réis
Adornar a Arca de Noé, compor a burrica do filho pródigo e limpar a orelha esquerda de S. Tinoco.152 réis
Pregar uma estrela que caiu ao pé do coro 23 réis
Umas botas novas para S. Miguel e limpar-lhe a espada.255 réis
Limpar as unhas e pôr os cornos ao Diabo.185 réis
Total = 2.496 réis"

quinta-feira, julho 17, 2008

Língua Portuguesa e Petróleo

Falando de língua portuguesa, não sei se vocês leram uma notícia impressionante. Como raramente vejo o telejornal e nunca até ao fim, não sei se foi falada aí.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, que tem neste momento 8 países incluindo Timor, está a ter muitos pedidos de adesão. Adivinhem de quais países...

Argentina, Guiné Equatorial (foi colónia portuguesa, mas foi trocada com a Espanha por uma terra a sul do Brasil e parece que quer resolver agora esse problema), Ucrânia, Roménia, etc. Para não falar da Galiza e de Macau.
Uma das razões desta súbita paixão pela Língua Portuguesa é que 4 dos oito países que compóem a comunidade têm petróleo. Outra é um assunto actualmente em debate: o valor económico da língua portuguesa. Espero que a outra seja mesmo o amor à portuguesa língua.
como fomos nós, portugueses, que a inventámos e que a espalhámos pelo mundo, espero que sobre alguma coisa para aqui, apesar de não termos petróleo.
Afinal, o petróleo desaparece e a língua fica.
Um dia, com paciência, hei-de mostrar-vos que Camões em Os Lusíadas e mesmo Marco Polo no Livro de Marco Polo já falavam no petróleo, visto que ele existia em certas zonas à superfície da terra.

quarta-feira, julho 16, 2008

Continuando...

Em relação à última mensagem aqui postada, juro que nunca me teria passado pela cabeça que uma frigideira pudesse ser considerada um instrumento musical e muito menos que um jumento pudesse ser considerado uma ave canora (no caso, um pássaro de canto).
No entanto, uma minha amiga não demasiado inteligente, talvez tentasse convencer-me de que se pode fazer barulho com uma frigideira e que o jumento também emite um ruído, pelo que, apesar de não ser ave, pode ser considerado ave canora.
Por aqui se vêem várias coisas: que a língua portuguesa não está em vias de ser assassinada, já que sobreviveu em beleza a este tipo de atentado, muito mais frequente no passado que no presente. Que a falta de lógica, como eu sempre disse, não é uma questão de língua, embora se note muito facilmente através da língua. É mesmo uma questão de inteligência. Nem todos nasceram poetas.


Este texto fez-me lembrar um outro muito engraçado sobre a pintura duma igreja, em que as figuras nunca são referidas como imagens mas como realidades, por exemplo: "pintar os cornos ao Diabo e à vaca do presépio". Se alguém tiver ou encontrar esse texto, agradeço que mo envie CLICAR AQUI.
Encontrei também um muito engraçado como prefácio do autor a um livro de culinária publicado na 1ª década do século XX. Como tivemos uma reforma ortográfica em 1911, os textos desta época têm os erros ortográficos anteriores à reforma mais os da reforma. Vou procurar, mas não sei se encontro.
O diferente de hoje em dia é que os erros tinham muita graça, lidos hoje, e que eram publicados em jornais, algo impensável hoje.
Já agora, vejam os anúncios do google neste post.