quinta-feira, agosto 23, 2012

Taj Mahal - Parte IV











Este é o Forte Vermelho de Agra (também há um com o mesmo nome em Nova Delhi), construído com pedra arenisca vermelha, como quase tudo na Índia, por ser o material mais vulgar e ainda por ser resistente e fácil de trabalhar.

Nele viveram o rei que mandou construir o Taj Mahal e também a mulher que lá foi sepultada. Já depois de ter construído o mausoléu, o imperador Shah Jahan, que adorava o mármore branco, construiu uma nova parte do palácio nesse material. Onde viveu prisioneiro os últimos 8 anos de vida, vendo ao longe o Taj Mahal. Enquanto este último está incrustrado de pedras semi-preciosas, o palácio tinha nas paredes pedras preciosas, que foram roubadas.
Na penúltima foto, uma pequena mesquita para mulheres, nesse palácio, vendo-se uma mulher no Mirabe.

(Segunda e terceira fotos: não podendo, por ser muçulmano, representar animais na decoração, mas querendo agradar à sua esposa hindu, um imperador mogol anterior mandou executar estas imagens estilizadas - são e não são animais).

Índia: Taj Mahal - Parte III





As colunas foram feitas de maneira a não caírem para cima do edifício central em caso de terramoto, sendo visível a sua inclinação.

E lá está um pássaro a cantar na réplica da mesquita, este como outros que terão ouvido o imperador Shah Jahan  e a sua amada (Mu)taj Mahal


Parte traseira, voltada para o rio


 Entrada do mausoléu. O que parece janelas é feito de mármore recortado.



Decoração com frases escritas do Alcorão e com flores

quarta-feira, agosto 22, 2012

Índia: Taj Mahal Parte II







Fotos: lado direito, frente, lado esquerdo, etc

O Taj Mahal é sempre igual, visto dos quatro lados, com a única diferença das quatro entourages. Um dos lados é voltado para um pequeno rio (que também banha Nova Delhi). O rei quis que tudo fosse simétrico, ficando como única exceção o seu próprio túmulo, que quebra a simetria. O da Mum Taj Mahal  (nome que deu à amada terceira esposa, significando a jóia ou a coroa do palácio) fica exatamente no centro da construção, o seu próprio túmulo fica um pouco à esquerda e é muito maior, por ser de homem e por serem muçulmanos.

Mas é preciso ver que este rei morreu no cativeiro, em prisão domiciliária, refém de um dos seus inúmeros filhos, aquele que conquistou o poder. tal como ele mesmo tinha assassinado dois irmãos e deixado em prisão o seu pai. Quase somos levados a dizer: ainda bem... Cala-te, boca!
Do lado esquerdo do mausoléu, mandou construir uma mesquita em pedra vermelha, do lado direito mandou construir outro edifício igual ou exatamente simétrico, mas que não podia ser considerado uma mesquita, dado que o Mirabe não estava voltado para Meca e sim para o lado oposto. Usavam-na como habitação temporária. Como se fosse um hotel. Só existe para prolongar a simetria e, portanto, a grande harmonia do conjunto.

(Os muçulmanos limitam-se a decorar as paredes com desenhos simétricos e frases escritas do Alcorão, sendo proibidas representações de seres humanos ou de animais). Quando entramos num mausoléu ou numa mesquita, estamos à espera de encontrar algo que não existe lá. Só paredes, incluindo o Mirabe. Neste caso, existem também os túmulos, mas noutros casos são apenas réplicas, pois os verdadeiros estão ocultos.



Mesquita, do lado esquerdo e o seu duplo, do lado direito, na última foto.

O conjunto foi construído no Sec XVII, durante o Império Mogol, ou seja, com imperadores descendentes de Gengis Khan . Em português antigo, esse império era designado por Grão Mogol.

Índia: Taj Mahal - Parte I





Taj Mahal, Uma lágrima na face do tempo, para parafrasear o grande poeta indiano Tagore (Ravindranat Tagore). No poema que está na terceira foto.

Ou desvanecendo-se na distância.

A segunda foto foi tirada a partir do Forte Vermelho, local onde residiu e mais tarde foi aprisionado e depois morreu, o  imperador Mogol que mandou construir este mausoléu, Shah Jahan, em homenagem à sua querida terceira esposa, a quem chamava (Mum)taz Mahal ("A jóia do palácio").

Das janelas do forte, da parte branca que mandou fazer em mármore, vê-se o Taj Mahal, mudando com as colorações da aurora, da tarde, do crepúsculo, com a presença ou ausência de nuvens, até quase desaparecer em branco, no branco incerto da manhã.

Aparentemente, Shah Jahan teria três esposas e 300 concubinas, o que torna mais espantosa esta manifestação de amor e de saudade.

segunda-feira, agosto 20, 2012

Ramadan (continuação)








Ao sabor da viagem, umas fotografias ficam melhores e outras piores.

Estas são ainda do festival do santo, que este ano coincidiu com o fim do Ramadan. Depois posso dizer qual é o santo, pois tomei nota.

A última imagem mostra uma das janelas com fitinhas. Muitas fitinhas.

Na segunda, as mulheres estão a rir-se à nossa custa e a gozar entre si, como fazem as mulheres de todo o mundo.

Uma caraterística desta religião (muçulmana) na Índia é não haver separação entre homens e mulheres dentro do templo.

Ramadan








Nos últimos dias do Ramadão, quando os muçulmanos já podem comer à vontade e à farta, tivemos a sorte (no entender dos indianos com quem falamos, ou a pouca sorte, no entender de alguns) de ter ido visitar uma mesquita da Cidade Fantasma, perto de Agra.

A cidade foi construída por um rei, tal como a mesquita, para homenagear um santo. O rei só tinha meninas. O santo fez com que tivesse meninos.

A cidade foi rapidamente abandonada porque não tinha água. O culto do santo manteve-se, contudo. Até aos dias de hoje.

As pessoas amarram fitinhas como pedido para terem um filho rapaz, creio que alguns já se contentam com uma rapariga, porque as vi lá. Se a graça for concedida, oferecem lenços, que colocam sobre o túmulo e deitam pétalas de rosas vermelhas por cima do lenço. Vi a mãe a pôr o pano e uma menina pequenina a deitar as flores. Os lenços são quase tantos como as fitinhas, o que significa que resulta.
Os muçulmanos dormem serenamente no templo. Eu era incapaz de dormir numa igreja católica, mas ali, não sei...


A minha cama

O que terá a minha cama de tão maravilhoso que me parece mil vezes melhor do que todas as outras do mundo, incluindo as dos hotéis de 5 estrelas, por exemplo, o Sheraton?
Estou a pensar vendê-la por uma fortuna e comprar uma nova e mais cara. E com um colchão daqueles caríssimos.

sábado, agosto 18, 2012

India



Comida que vendem nas ruas



Fica tambem estacuriosidade, ainda em Delhi. Ja tinha lido sobre isto.E um objecto nao explicado, uma coluna de ferro que, segundo dizem, nunca oxidou, em seculos. Fica nas ruinas de uma mesquita que foi construida com os destrocos de trinta e tal templos, destruidos de proposito para a construir

sexta-feira, agosto 17, 2012

India







Este e o palacio dos Marajas de Samode, perto de Jaipur, agora transformado em hotel. Fica no meio de uma aldeia girissima, muito autentica e e bom para descansar.
As pessoas, sobretudo inglesas, vem de Delhi numa viagem tao complicada como a que fizemos ontem, uma especie de corrida maluca numa auto estrada minuscula, a meias com vacas sagradas, cabras e burros (amanha fazemos outra e depois de amanha uma ainda pior...) wish me luck!

Vao num autocarro direto para esse hotel, ou entao em transportes publicos e ficam la todo o tempo.
E um sitio maravilhoso com um palacio de contos de fadas. Uma aldeia girissima com pequenos porcos que parecem javalis a passear nas ruas, carrinhos com altifalantes para casamentos, depois mostro, estou com dificuldades logisticas na Internet.
Beijinhos. Nem tudo sao rosas, mas as rosas existem.

quinta-feira, agosto 16, 2012

India










O dia de hoje foi dedicado a viagem Delhi – Jaipur. São apenas 250 Km, pela auto-estrada. Tempo estimado para a sua duração: 7 ou 8 horas. Tanto como de Londres a Delhi de avião. O guia insiste que a culpa é dos camionistas, que se julgam os reis da estrada, mas na verdade, há outros motivos, como se pode ver pelas fotos.


Pessoas que atravessam a pé, de forma caótica e sobretudo fugindo a frente dos veículos, minúsculas viaturas carregadas de gente, autocarros com pessoas empoleiradas em cima (não consegui fotografar, mas ainda vou fazer mais duas viagens como esta).

E, é claro, muitíssimas vacas sagradas por toda a parte, que nao podem ser incomodadas se quiserem atravessar a estrada ou deitar-se na berma. Ou onde quiserem. Para além das vacas há também os burros, as cabras, que circulam à vontade.

E carroças puxadas por camelos.

É um espetáculo alucinante. Adorei. Mas não me apetecia nada repetir.

quarta-feira, agosto 15, 2012

Índia



Um dos aspetos mais bonitos da Índia é os animais não terem medo das pessoas. Quase que posam para a fotografia. Há muitos esquilinhos, alguns brancos, todos muito pequeninos.





Hoje foi o dia Nacional da Índia, 15 de Agosto. Está tudo fechado e é proibido beber ou servir bebidas alcoólicas.

É um dia muito importante, pois a Índia é independente há pouco tempo. Disem que se pode comparar ao nosso Natal. Em todo o lado havia muitos indianos a gozar o feriado.

Vemos aqui o local onde foi cremado Mahatma Gandhi, transformado em jardim. Aliás, o que há mais aqui são jardins. Dentro da cidade estamos sempre a ver grandes áreas com árvores tropicais, as mais variadas.

O que mais me impressiona na Índia é que não há nada a fingir. É tudo autêntico.
Vê-se também um mausoléu que serviu de modelo ao Taj  Mahal.

V

Índia



Hoje fui ver outras coisas de Delhi, pronuncia-se Dili e nunca dizem nova. Os habitantes chamam-se Dilidis. Nome bom para gato. Anda cá, Dilidi.



Hoje não me chatearam nada para entrar nos templos, só tive de vestir esta vestimenta para entrar na maior mesquita da Índia. Que me fica a matar, como se vê pela gravura junta. Tive sorte: algumas cheiravam muito  mal. Os homens que andassem de calções tinham de vestir uma espécie de saia.

Muitos rapazes me pediram para tirar fotografias com eles, no telemóvel. Pedi a alguns que tirassem também com a minha máquina. O guia diz que os indianos apreciam muito a pele branca: “vocês são os nossos modelos”.



Mas é uma religião muçulmana temperada pelo espírito indiano.

Como estamos no Ramadan, muitos muçulmanos dormem no chão, dentro da mesquita.