Nos últimos dias do Ramadão, quando os muçulmanos já podem comer à vontade e à farta, tivemos a sorte (no entender dos indianos com quem falamos, ou a pouca sorte, no entender de alguns) de ter ido visitar uma mesquita da Cidade Fantasma, perto de Agra.
A cidade foi construída por um rei, tal como a mesquita, para homenagear um santo. O rei só tinha meninas. O santo fez com que tivesse meninos.
A cidade foi rapidamente abandonada porque não tinha água. O culto do santo manteve-se, contudo. Até aos dias de hoje.
As pessoas amarram fitinhas como pedido para terem um filho rapaz, creio que alguns já se contentam com uma rapariga, porque as vi lá. Se a graça for concedida, oferecem lenços, que colocam sobre o túmulo e deitam pétalas de rosas vermelhas por cima do lenço. Vi a mãe a pôr o pano e uma menina pequenina a deitar as flores. Os lenços são quase tantos como as fitinhas, o que significa que resulta.
Os muçulmanos dormem serenamente no templo. Eu era incapaz de dormir numa igreja católica, mas ali, não sei...
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