Uma minha amiga, professora de artes visuais, contou-me hoje isto, mais ou menos assim:
- Há uns 4 anos, levei uns meus aluno do 10º ano a uma exposição no Museu da Eletricidade, junto aos rio Tejo. As margens do Tejo, naquele local, no centro de Lisboa, são rampas de cimento.
Como marcamos encontro no Museu, pois todos moravam perto, quando chego, muito tranquila, os alunos chamam por mim as gritos.
Alguns alunos tinham feito um desafio: de mãos nos bolsos das jeans, ganhava quem conseguisse descer a rampa e chegar mais perto possível do rio. A certa altura, havia limos escorregadios.
O rapaz que ganhou este desafio caiu ao rio Tejo, que ali é o Porto de Lisboa, muito profundo, e não sabia nadar.
Alguns colegas atiraram-se à água, a tentar salvá-lo, mas não é fácil, e acabaram todos por serem salvos por um pequeno rebocador, de passagem por ali.
A funcionária da bilheteira, ao ser-lhe narrado o episódio, informou, por sua vez, que, alguns dias antes, um rapaz tinha morrido afogado ali, pelos mesmos motivos.
Isto é um caso para dizer, como Nero Wolf, detetive policial, personagem do escritor Rex Stout:
"Algumas pessoas são tão estúpidas, que eu não entendo como conseguem sobreviver até tão tarde" (referia-se a uma rapariga de 18 anos).