terça-feira, abril 11, 2017

Lisboa, a serena revolução

Há vinte anos seria impossível dizer tal coisa. Houve uma modernização geral, desde a pavimentação das ruas até a decoração e higiene no interior dos edifícios, restaurantes, etc. E, sim, desapareceram muitíssimos restaurantes fracos e imundos, com a crise.
É também perdemos um certo falalismo é uma certa propensão para a retórica.
E os vinhos, os queijos, os cozInheiros gourmet, etc., isso foi uma revolução.


É o que permite lermos agora opiniões internacionais, como está da CNN 


Lisboa é a cidade mais cool da Europa. As sete razões da CNN



https://www.publico.pt/2017/04/10/fugas/noticia/as-sete-razoes-que-levam-a-cnn-a-considerar-lisboa-a-cidade-mais-cool-da-europa-1768375

segunda-feira, abril 10, 2017

Ainda os estudantes portugueses expulsos de Espanha por mau comportamento.

Afinal já se percebeu o que aconteceu em Torremolinos, vendo e ouvindo múltiplas declarações.

Segundo um pai, os miúdos nem sequer tinham sopa, às refeições. E todos sabemos que os "miúdos" não podem passar sem sopa, portanto, revoltaram-se.


Não é nada falta de chá, é só mesmo falta de sopa.

E os estudantes não viram nada estragado: só uma frase escrita numa parede, uma outra parede riscada, um tecto falso destruído, coisas a arder dentro do hotel (que coisas?), mesas de cabeceira e sofás nos elevadores, só um extintor destruído, etc.. De resto, tudo bem.
Assim, os estudantes dizem o mesmo que o hotel, se somarmos as suas declarações, a diferença é não terem qualquer noção das responsabilidades ou dos custos monetários e morais dos estragos praticados.

E já têm mais que idade para terem a noção da responsabilidade.

É claro que nem todos colaboraram, mas os que nada fizeram de mal e que são vítimas dos outros têm a vergonha, o bom senso e os conselhos dos pais, que os levam a não se manifestarem em público.

domingo, abril 09, 2017

Pais e aluno portugueses castigados por polícia espanhola

Mil estudantes portugueses, que haviam pago alguns dias de estadia em Espanha, foram expulsos do país, por terem praticado distúrbios como: deitar televisores dentro de banheiras, partir portas e janelas de vidro, etc., num quantidade tal, que o seguro da agência de viagens não pode  cobrir estes prejuízos, segundo as notícias. 

Isto deve merecer uma reflexão púbica de todos: pais, professores, sindicatos, governo, alunos, etc., sobretudo numa ocasião em que o Ministério da Educação propõe um perfil do aluno tão exigente, que é muito semelhante ao que o Vaticano propõe para alguma criatura ser canonizada.

Tudo isto é um sinal dos tempos: são tantos os estudantes que pagam estas viagens, que é evidente a explicação: os pais sacrificam-se para pagar estas viagens, tal como se sacrificam ao usar os telemóveis velhos e de vidro partido dos filhos, para oferecerem Iphones aos piores alunos, sem qualquer consideração pelo mérito ou demérito dos mesmos. 

Sim, não são os pais que disciplinam o filhos, é a polícia espanhola que disciplina os pais e os filhos portugueses.

Não, não são os professores portugueses nem a polícia portuguesa a fazer o que fez a polícia espanhola.

É muito óbvio, por outro lado, que nem metade dos cerca de mil estudantes portugueses participou dos distúrbios que deram origem à expulsão. E isto levanta um novo problema, dos qual também ninguém fala.

Em cada turma de trinta alunos, haverá, na maioria dos casos, um máximo de 10 que boicotam as aulas, às vezes dois ou três, outras vezes um ou dois. As meninas raramente fazem grandes asneiras, mas as poucas que as fazem, conseguem ser piores que os rapazes.

Mas aqui, todos nós, elementos da sociedade portuguesa, pais, professores, alunos, tios e tias e vizinhos estamos de acordo: os colegas de estudo devem proteger-se uns aos outros. Quando um faz uma grande asneira, os outros devem ocultá-lo e nunca o denunciarem. 

É a chamada camaradagem, tão apreciada por todos nós.

Essas meninas que têm uma formação moral e humana normais na nossa sociedade tão humanista, juntamente com muito meninos que têm uma formação moral e humana normais na nossa sociedade tão humanista, têm o dever ético e moral de proteger os colegas, ainda que estes colegas os impeçam de estar com atenção nas aulas, de terem boas notas, de poderem escolher os cursos que querem. 

Como estes rapazes e raparigas se regem por valores, incluindo o da camaradagem, nunca denunciarão aqueles que o impedem de perseguir ou de cumprir os seus próprios sonhos...

Quando eu, Nadinha, aprendi a falar, creio que a primeira frase que disse, foi esta:

- Eu não suporto a estupidez desta gente! De quase toda a gente!


VER AQUI A NOTÍCIA

E AQUI

E aguarda-se conferencia de imprensa sobre o assunto, amanhã

Os pais dos alunos têm o direito de usar telemóveis novos, modernos, topo de gama?

Dito por um professora que conhecemos bem:

Como sou muito distraída, acontece às vezes o meu telemóvel tocar durante as aulas. Pedindo desculpa aos alunos, a sorrir, desligo-o sem atender. 

A reação deles é sempre de espanto, de tal modo que o recordam anos depois. Espanto, porquê? : porque o meu telemóvel é sempre da última geração, ao contrário do dos pais e restantes professores (também pais) que usam os telemóveis velhos que os filhos já não querem, ou seja, é muito estranho que um adulto, trabalhador e pagador de impostos que sustentam o ensino obrigatório, tenha um telemóvel tão bom como o dos miúdos. 

Os piores alunos têm mesmo telefones muito melhores do que os meus, sobretudo Iphones, mesmo quando os pais são pobres. E utilizam-nos para boicotar as aulas, impedindo os colegas de estarem com atenção, impedindo os professores de darem aulas.

sexta-feira, abril 07, 2017

Romance Dona Barbara do autor venezuelano Rómulo Gallegos


Não me sendo possível comprar todos os livros que leio, comprei este por um euro numa loja de caridade. Se não gostar, ofereço-o de volta, grátis. O mesmo se aplica a antigualhas, objetos. Mas estou a adorar. 
Passado na Venezuela, bebe da América latina a sua especificidade. Longe do realismo fantástico é anterior à ele, procura explicar a bruxaria pelo seu efeito nos ignorantes que não a põem em dúvida. Algum realismo, as saudades do "matão", que todos temos, mesmo sem sabermos que temos e a explicação filosófica e psicológica: se as gentes acreditam no efeito mágico, então há pessoas que manipulam esse efeito.




Excerto









quarta-feira, abril 05, 2017

Quantos géneros existem? Cinco, é claro!


Os índios da América não tinham 2 géneros: masculino e feminino, mas sim cinco: fémea, macho, fémea com dois espíritos, macho com dois espíritos, transgénero.
Quem tinha os dois géneros era considerado dotado pela natureza e capaz de ver os dois lados de cada coisa 




VER AQUI, em Inglês



Só é pena este artigo considerar que os espanhóis não são europeus brancos como os ingleses.

terça-feira, abril 04, 2017

Morreu um homem bom: Mujica, ex-presidente do Uruguai: Tudo o que os outros políticos se recusam a ser.

Morreu um homem bom, um exemplo hoje em dia raro para quem ser um homem bom.

José Mujica, ex-presidente do Uruguai.
Governou-o até há muito pouco tempo, com humildade, modéstia, espírito de serviço.
Tudo o que os outros políticos se recusam a ser.

sábado, abril 01, 2017

Picnick na arte e na fotografia



Muito interessante este artigo sobre o picnic na arte. 
Partilho.


http://www.npr.org/sections/thesalt/2015/04/24/400184632/sexy-simple-satirical-300-years-of-picnics-in-art

sexta-feira, março 31, 2017

segunda-feira, março 27, 2017

Nomes de pássaros nos aeroportos, em vez de nomes de passarões


E se déssemos nomes de pássaros aos aeroportos?

Não foram os pássaros que no despertaram o sonho de voar?
Não andamos nós a imitá-los, sempre que apanhamos num avião, mas sem conseguirmos ainda voar como eles?

Aeroporto Rouxinol em ves de Mário Soares, Aeroporto Papagaio em vez de Cristiano Ronaldo, Aeroporto Pica-pau, em vez de Aeroporto Cavaco ou Cavaca, Aeroporto Gaivota, Aeroporto Beija-flor...

Sugiram vocês outros nomes de Aeroportos.

domingo, março 26, 2017

Ir contra o nossos princípios: a brincar, sério...





Acho que nunca vos contei isto: faço há tempos este jogo de estratégia, Forge of Empires. Evoluí, até agora, desde a Idade da pedra até ao futuro. Como vêm na imagem.

Mas um dos requisitos para evoluir é assaltar os mais fracos, de preferencia e roubar-lhes recursos. Nunca fiz isso. Só ataco um mais fraco se ele me atacar a mim primeiro.

Por isso, sou muito assaltada, pois não evoluí ao nível militar.

Será possível jogar um jogo durante meses ou anos, indo sempre contra os nossos princípios? é só um jogo...

sábado, março 25, 2017

Trabalhar 48 anos. Ou mais



"Apresentaram-me" há tempos uma mulher que foi minha colega na escola primária. Como todas as outras, foi trabalhar depois disso, pelos 10 anos. Foi vender leite pelas portas, nas madrugadas de inverno, com a chuva a cair por cima da lata do leite, chuva e leite a escorrerem-lhe pela cara e pelo corpo.
É justíssimo que se reforme mais cedo ou que ganhe mais por ter trabalhado mais.
Mas não creio que descontasse para a reforma, nessa época. As outras trabalhavam na lavoura com os pais. Também não descontavam para a reforma, claro.
Mas, ao contrário do que se diz, estas pessoas não são poucas.

sexta-feira, março 24, 2017

Quaresma e Aimsha

Sem ser particularmente católica, desde o ano passado decidi que nas sextas feiras da Quaresma só comeria comida vegetariana, contribuindo para a não violência (conceito budista de Aimsha). E outras sextas feiras, já agora.
Descubro que pode ser bom. Hoje: canja de soja, cogumelos shitake com espinafres, salteados.
Semana passada: massa no forno: macarrão com cogumelos shitake e 4 queijos.

Reflexão da Quaresma


A Igreja Católica, ao deitar para trás das costas o pecado da gula, ofereceu-nos as melhores culinárias do ocidente ou mesmo do mundo (italiana, francesa, portuguesa, espanhola), só rivalizando com algumas do Oriente. 

E sem páreo com a cozinha dos países de religiões protestantes. Culinária inglesa? Norueguesa, Alemã? Não, estes europeus não gostam de cometer o pecado da gula. 

A Igreja Católica, ao deitar para trás das costas o "mandamento" da lei de Deus que proíbe fazer imagens de escultura, ofereceu ao mundo as mais maravilhosas imagens de escultura, seguida de perto pela religião hindu e sem paralelo com as religiões protestantes. 

Ainda bem que os católicos só na Quaresma se preocupam com certas coisas, como por exemplo, os pecados. 

Aqueles que não fazem mal a ninguém e que nos fazem felizes!!!

Reflexão da Quaresma

Reflexão da Quaresma:

quinta-feira, março 23, 2017



Ao entrar para a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, inscrevi-me logo no Coral de Letras, dominado, à época, pelo estilo do Lopes Graça. 
Mas eu era muito baldas. Adoro cantar, dizem e digo que canto bem, mas parecia-me chato estar ali de pé a repetir a mesma frase sempre. Tive um desgosto quando o maestro não me deixou cantar no primeiro espectáculo público. )O tipo tinha carradas de razão, claro, mas fiquei triste...) 
Mas não me apetecia ir todos os dias aos ensaios... que seca! 
É claro que eu gostaria de ter sido cantora, mas talvez só na minha ultima encarnação. 
E há tantas coisas a ser. E a ter sido!
E a maravilhosa língua portuguesa sabe marcar a diferença, pois tem tantos tempo verbais!!!!

Acordai!!!

Há quem lhe chame o Santo Detestável, mas é uma freguesia de Lisboa. Por acaso, é a minha...



Querido Daniel: vou contar-lhe uma coisa. Tinha eu poucos anos, ou mesmo nenhuns, aparece na minha terra uma comitiva com uma procissão. 

Não me lembro dos pormenores, pois era pequenina. Lembro-me muito bem disto: a minha mãe levou-me pela mão ver uma coisa sinistra, que eram uns ossitos do santo condestável alegadamente em peregrinação pelo pais. 

Espantada da minha vida, pergunto algo assim: Santo?! Então os santos têm ossos como as galinhas? 

Muitos anos depois, um dia sem exemplo fez-me lembrar dessa campanha, totalmente esquecida . Eu e a minha irmã sabíamos de cor as letras e as músicas e começamos a cantar desalmadamente estas canções. 

Vou ver se as encontro.

Taboo


Não costumo ver séries na televisão porque me esqueço dos horários, mas ando a ver uma: Taboo.


Muito esquisita e violenta, óptimas imagens. Bonita, reconstituição de época histórica, nem sempre exata, mas promete ainda melhorar, porque vão todos de Inglaterra para América selvagem. 

Adoro locais quase paradisíacos, mas é claro que estes vão ser infestados pelo mal. 
Ou pelos males e bens, pois tudo isto parece ser muito plural.

A diferença entre o mal e o bem pode ser interessante em termos éticos, estéticos, mas sobretudo em termos de horizonte expectacional.
Bem. Vamos ver.