terça-feira, fevereiro 28, 2006

Carnaval

Parece que hoje é Carnaval.
Segundo a etimologia, talvez isso queira dizer que é um carro naval, tal como havia alguns nas festas gregas de Diónisos e nas romanas Saturninas.
Então eu andei hoje e ando sempre num carro naval, a passear por esta cidade na cauda da Europa, numa das sete caudas da europa. Como me orgulho disso!
Viva o Carro Naval!!!!

Quantas caudas tem a Europa?


Quantas caudas tem a Europa?
Como toda a gente sabe, a Europa, na mitologia, era uma vaca.
Há quem pense agora que a Europa é um bicho de sete cabeças, mas a mim parece-me mais uma bicha de sete caudas, talvez uma vaca...
Senão, vejamos...
Esta fotografia foi tirada na Ilha de Malta, recentemente, onde vemos uma alimária, meio cavalo meio burro, a competir com as novas tecnologias...
As quais, como vereis, quase não competem com o dito animal, que eu voltei a fotografar na mesma pose em 2004, ou talvez fosse outro parecido.
E nós é que estamos na cauda da Europa???
E quem mais??????????
Quantas caudas tem a Europa? E quantas cabeças????????
Eu hei-de mostrar-vos a mais recente fotografia, em que eu estou a estilar... oh, não, parece mal... tenho vergonha... e depois, vê-se a minha cara... oh!

O mundo


Como devia ser feio o mundo há uns séculos atrás. Feio, nojento, imundo.
Mas o mar ainda devia ser mais puro e talvez fosse considerado mais belo.
As pessoas razoavelmente inteligentes talvez já tenham entendido que este blog é a respeito da realidade.
Fora os que pensaram que eu era a Nandinha (quem é a Nandinha?) Que nick mais arcaico!


Esta é a ilha de Capri, talvez a paisagem mais maravilhosa do Mediterrâneo.
Quem quiser saber mais sobre ela, poderá ler o espantoso livro O Livro de S. Michele de Axel Munthe. O tio Munthe era um médico sueco que descobriu as maravilhas desta ilha e o seu passado, ligado ao romano Tibério, que persistia em tudo e também na memória dos autóctones, que falavam vagamente dum tal Timbérnio e que acreditavam mais em Santo António, o nosso Santo António, do que em Cristo.
A procurar num alfarrabista ou numa biblioteca e a ler com calma...
É da Editora Livros do Brasil.

sábado, fevereiro 11, 2006

Terra e mundo

Esta é uma propriedade da terra desabitada: absorver a sujidade alimentando-se dela. E criar beleza com o mal.
A terra habitada não absorve nada. É um lugar imundo.

sábado, janeiro 14, 2006

Natal

Filhas:
Entendam-se. Eu já disse que não morri, quem morreu foi a Jane Bushi, uma inglesa.
Sabem, em certos países, creio até que em todos os da América, os homicidas matam sobretudo os desconhecidos. Aí, em Portugal, mata-se sobretudo a família e os amigos. Basta ver as estatísticas.
Entendam-se, minhas queridas. Tão bem, como se fossem desconhecidas.
Mares da China, Janeiro de 2006 Marcinha.

Natal

Tia Nadinha:
Eu tenho a certeza que a Márcia de Nordeste morreu comida por um tubarão, aliás, até veio nos jornais, não se lembra?
Essa que diz ser ela, pediu-lhe dinheiro? Tenha cuidado, a fotografia do cargueiro tanto pode ter sido tirada no mar da China como em Cascais (visto da terra em Portugal)!... Cuidado!
Desta que se assina: Catinha
- A minha única herdeira, Catinha, tem muito receio de que eu gaste o meu dinheiro mal gasto… E o computador novo que eu te dei no Natal? E o MP3? E o Ipode? Isso já não é dinheiro mal gasto? Ah!!!???
- E a chapada nas trombas que a tia Nadinha me deu no Natal? Ai isso não conta???!!!
- Estavas a pedi-las.
- E a lambada nas trombas que a tia deu à minha mãe no Natal do ano passado, depois da Missa do Galo? Ai isso não conta???!!!
- É que a gente só se vê no Natal…

Mares de Homeros

Eu nunca entendi a razão por que Homero diz mil vezes na Odisseia que o mar é cor de vinho. Será que o vinho nessa época era azul? Ou verde? Não é inconcebível, já que o misturavam sempre com água. Então, devia ser bem diferente do actual.
Também se refere à “aurora de róseos dedos”
Aí vai um por do sol (que original) de perto de Ítaca. Sabiam que Ítaca existe mesmo???!!! Ou de róseos dedos ou de cor de vinho… é mais ou menos assim.
Nadinha
(Falta a imagem, há-de vir depois)

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Concurso de Beleza

Os pescadores da Terra Nova ( e outros) queixam-se dos ambientalistas, que não protegem o bacalhau (e outros bichos) por não serem bichos bonitos. Pelo menos, é esse o argumento, que não me parece descabido de todo. Realmente, eu gosto mais das borboletas do que dos tubarões…
E então depois eu pensei assim, oh!:
Nós podíamos fazer aqui, na blogosfera, um concurso para eleger os peixes mais bonitos!Aceitam-se propostas para os Top 10 (em português, Tope Tene)!!!!!!! Oh!!!!!!!!
Eu sou a favor do polvo : Vejam o que diz o Padre António Vieira sobre o assunto!


"Mas já que estamos nas covas do mar, antes que saiamos delas, temos lá o irmão polvo, contra o qual têm suas queixas, e grandes, não menos que S. Basílio e Santo Ambrósio. O polvo com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma brandura, a mesma mansidão. E debaixo desta aparência tão modesta, ou desta hipocrisia tão santa, testemunham constantemente os dois grandes Doutores da Igreja latina e grega, que o dito polvo é o maior traidor do mar. Consiste esta traição do polvo primeiramente em se vestir ou pintar das mesmas cores de todas aquelas cores a que está pegado. "

"Sermão de santo António aos Peixes", Padre António Vieira.

Ora, coitado do tio polvo, filhihos! Esta “ hipocrisia tão santa”?????

1ª Epístola Portuguesa (de Márcia de Nordeste)


Nadinha:

Eu não morri comida por um tubarão. Isso foi um boato, porque me confundiram com uma inglesa que também ia no barco. Essa inglesa bebia demais, fumava demais, comia demais – todos lhe diziam que ia acabar por ter um enfarte.
Enfim… de qualquer maneira tivemos de matar o bicho, senão era ele que nos matava a todos. Ou era ele, ou éramos nós! Nem o comemos, por causa da inglesa, mas tirámos fotografias… e depois cortámo-lo às postas!
Entretanto, deixei-me de protecções dos ambientes, mas continuei a ser marinheira, uma vez que já havia descoberto a minha vocação marítima.
Esta sou eu, a bordo do navio em que agora trabalho: o outro cargueiro, que se vê na foto, ia a passar.
Um grande abraço para ti, minha grande amiga Nadinha, tu que és tão porreira! E eu até sempre gostei de ti...
Marcinha

domingo, janeiro 08, 2006

Tubarões: Os meus fantasmas mais recentes

Tive uma amiga chamada Márcia de Nordeste, que se dedicava à protecção de animais marinhos em vias de extinção. Foi comida por um tubarão que era o único exemplar da sua espécie. Como a pobre da mulher nunca fumou nem bebeu, foi, para o pobre do bicho, uma alimentação estremamente saudável.

Vi anteontem, no Corte Inglês, dois tubarões. Um já estava cortado às postas e podíamos comprar algumas postas, o outro estava inteiro e podíamos trazê-lo inteiro. Eram pequenos. Talvez não acreditem, mas é verdade.
Pensei: mais depressa vos como eu a vocês do que me comem vocês a mim.
Nem comi, mas gostei.

Francamente, não percebo essa mania de proteger bichos que comem gente! Por amor de (Aquele Que Os Cristãos Não Deveriam Invocar Nunca Em Vão) (embora invoquem todos os dias)!!! (e os ateus também)!!!!!!!

quinta-feira, janeiro 05, 2006

Em resposta a C: excessivo como algumas almas


Estas sãofotografias do estreito de Messina durante a noite. Os efeitos especiais são duma máquina Lomo. http://www.lomografiaportugal.com/

Dos burros e dos homens

Já pensaram nisto?
Os burros estão em vias de extinção porque nós já não precisamos deles.
Sendo assim, se todos nos tornássemos vegetarianos, as galinhas, os bois, os porcos, as cabras, etc., acabavam todos por ser extintos.
Então, quando eu como galinha, posso pensar assim: se eu não comesse galinhas, esta não teria sido morta. Por outro lado, se eu fosse vegetariana, ela nem sequer teria nascido.
Como eu sou meia budista, deparo-me com este trilema: como carne, não como carne, como só um nadinha de carne? Eu, Nádia.
O meu trilema resolver-se-ia facilmente se eu não apreciasse tanto os prazeres da mesa. Nesse caso, todos estes bichos ficavam tão raros como os burros e outros que tais.
Vocês perceberam mal: eu não quis sugerir nem insinuar que deveríamos começar todos a comer carne de burro.
O que eu quero dizer é que os burros são burros.