Quem frequenta as Amoreiras assiduamente, nunca viu o que este fim de semana se pôde ver, no âmbito do Open Day. Visitas guiadas que levaram os visitantes ao cimo das torres, por exemplo.
E explicações.
Integrando-se na Pop Art, como a arte de Warhol e outros, as torres conjugam elementos arquitetónicos modernos e antigos, como a Cruz de Santo André do Gótico, as colunas gregas ou as portas abobadadas.
Numa inspiração medieval, as três principais estão dispostas do seguinte modo: duas de aros retangulares e quadrados, uma de cada lado de outra de formas arredondadas, simbolizando os guerreiros que protegem a dama. A dama é da altura dos cavaleiros e um nadinha mais avantajada :)
Para poupar espaço e abrir perspetivas, não estão colocadas com as paredes paralelas, mas sim como se tivessem rodado sobre si, com as esquinas voltadas umas para as outras.
Também nos interiores foram feitas muitas inovações, atitudes que eram inéditas em Portugal. Para dar um exemplo: os escriórios ocupam um piso totalmente em open space. São alugados e o inquilino pode mandar dividir esse espaço como preferir, mas, ao entregá-lo, deverá deixar tudo como estava.
As cores interiores, que eram o cor-de-rosa e o azul, como no exterior, foram quase todas substituídas por beijes e outras cores mais suaves. Quando as Amoreiras foram fundadas, era um dos aspetos que mais chocava, o terem cores muito garridas.
É uma arquitetura que integra tudo, até mesmo os reflexos de tudo: sol, por do sol, luzes da cidade...
Há muito tempo queria fazer um post sobre as Amoreiras.
(Os dois guindastes que se vêem, pertencentes à torre da quarta imagem, entrada do Centro Comercial, servem para içar os lavadores das janelas).