Mostrar mensagens com a etiqueta Preguiça. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Preguiça. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, fevereiro 17, 2017

Todos os portugueses que não estão reformados (aposentados) gostariam de estar

Os portugueses a partir dos 40 anos, em vez de sonharem com a realização profissional, com promoções e etc., só pensam na reforma. Em parte por José Sócrates ter subido de forma astronómica a idade da reforma.
De tanto verem pais, avós e tios só pensarem na reforma, os estudantes acham cansativo carregar livros, cadernos e até mesmo lápis e canetas. Esses ainda não sonham com a reforma: já estão a gozar uma reforma antecipada.


O Governo não deveria fazer alguma coisa para mudar a atitude dos portugueses perante o trabalho?

terça-feira, julho 24, 2007

E ainda a propósito...

Mas talvez o problema mais grave seja este:
Encontramos hoje em dia raparigas inteligentíssimas, sensíveis, ultra-trabalhadoras, que sabem cozinhar e lavar a loiça e que são óptimas no desporto. Não é raro ver-se uma rapariga assim.
E como é que uma miúda destas vai encontrar um namorado entre os palermas que conhece e que nem lêem um livro, porque acham uma seca?
Estarão condenadas a não se reproduzirem? Ou a reproduzirem-se a que custos, aos níveis emocional, económico, de carreira e de paciência de Job?

quarta-feira, julho 18, 2007

Yá! Tá-se bem, meu

Tenho escrito aqui uns posts sobre a preguiça nacional, mas esses posts foram procurados e encontrados por pessoas que não procuravam nada disso. A Juanolla aconselhou-me até a escrever um post sobre pesquisa incríveis que trazem as pessoas aqui. Lá iremos.


E aqui vai:




- Ó mãe, traz-me um pedaço grande de pizza e uma coca-cola!
- Pede à mãe que também traga para mim um pedaço grande de pizza e uma coca-cola.
- Pede tu!
- Acho aborrecido falar tão alto.
- Fala baixo!
- E se falar baixo ela não ouve, porque a nossa televisão está com o som muito alto e a dela também!
- Fala no telemóvel
- Chega-me o telemóvel
- Ai eu não acredito! Tu só tens que estender o braço para pegar nele e queres que eu me levante do sofá para to chegar!
- Está, mãe? Traz-me um pedaço grande de pizza e uma coca-cola grande. Tá-se bem?
- Olha lá! Então tu chumbaste outra vez este ano e tu ainda tens a lata de mandares em mim? Traz-me um pedaço grande de pizza e uma coca-cola das grandes? Olha que porra! querias?!
- Ó mãe, eu não mandei em ti, eu disse "Tá-se?"
- "Tá-se?" E tu, que estás aí a falar no telemóvel e a gastar dinheiro? Não podes ir à cozinha, ou vir aqui ao meu quarto, ou mandar um berro como faz a tua irmã?
- É que a televisão está muito alto e os phones da música também...
- Então se estão muito alto, põe-nos mais baixo, olha que porra! Seu preguiçoso! E os vizinhos que estão fartos de resmungar que não conseguem dormir porque a música está muito alto e a televisão também!
- Tá-se...
- Tá-ser muito bem aí deitado no sofá, não é? E a moura que alombe!
- Também não exagere! A mãe também tá deitada na cama e é de dia...


etc.,


Filhos: o que diria o nosso rei Afonso Henriques, o fundador da pátria, se ouvisse ou lesse isto? Que a preguiça é hoje a característica principal dos jovens mancebos lusos? E das mães? (O pai não estava em casa).
Felizmente, creio que não sabia ler, como era normal à época. E espero bem que ainda não tenha aprendido, para não ler isto e não dar voltas no túmulo escandalizado com estes descendentes lusitanos! E com as mães! (O pai estava no futebol).

sábado, junho 23, 2007

Quero ir para casa! Por favor!!!!!!! (Part 2 (Two))

Todos se queixam de que, hoje em dia, ninguém quer assumir compromisso nenhum a respeito de coisa nenhuma. Talvez seja uma epidemia nacional, com laivos de pandemia (mundial).
Marca-se uma consulta no médico ou no dentista. Segundo dizem, nem se aparece, nem se diz "chus nem mus".
Convida-se gente para uma festa? toda a gente diz que talvez vá, talvez não vá. Os que dizem que vão de certeza, faltam, e "nem chus nem mus".
Diz-me assim a Isabel: devem estar à espera que lhes apareça coisa melhor. (A Isabel gosta de fazer festas, eu cá sou um tanto misantrópica (ver dicionário)).
- Estás enganada, Isabel! Estão mas é todos em casa, ou metidos na cama, ou estendidos no sofá da sala. Nas festas que tu fazes não há camas que cheguem...


(to be continued)

quinta-feira, abril 19, 2007

O homem preguiçoso: Conto popular

Era uma vez um homem que não gostava de trabalhar.
Um dia, o homem chegou à conclusão de que não valia a pena viver, se para comer e beber era necessário tanto esforço como trabalhar toda a vida, muitas horas por dia. Sendo assim, decidiu ser enterrado.
Ia o enterro a passar, com o caixão ainda aberto e o morto ainda vivo, portanto, a respirar... e toda a gente compungida, a chorar... enfim.
Nisto, passou o homem rico e perguntou:
- O que é isto?!
Lá lhe explicaram e ele disse:
- Parem o enterro! 
Pararam o enterro e o homem rico prometeu que ia sustentar o pobre do homem, sem que ele precisasse trabalhar.
Parem o enterro, que eu dou de comer ao morto durante toda a vida! o homem não precisa de ser enterrado, porque eu dou-lhe o pão!
Nisto, o defunto senta-se no caixão, deita a cabeça de fora e pergunta ao homem rico:
- E esse pão que me dá lá, vem mastigadinho já?
Surpreendido, o homem rico diz:
- Não, isso não! Dou-lhe o pão durante toda a vida, mas não o mastigo, isso não. Era o que faltava!
Enfadado, o defunto faz um gesto com a mão, volta a recostar-se no caixão e diz:
- Siga o enterro!


Se vocês também souberem contos populares desconhecidos como estes, podem contá-los aqui.
Estes são do Norte de Portugal, da região do Douro Litoral, também designada por Entre Douro e Minho. Estes posts têm muita procura, sobretudo no Brasil, enfim, estes conto desconhecidos, do meu avô, já são conhecidos através deste blog.

(Ver "A Mulher Preguiçosa" neste blogue) Clicar AQUI

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.
Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)

terça-feira, abril 17, 2007

A mulher preguiçosa Conto popular

Um pobre homem tinha uma mulher muito preguiçosa.
Um dia, o homem disse à mulher que fizesse sempre as necessidades num cesto grande, num “gigo”, e ela assim fez.
Ao fim dum mês, o homem chamou os vizinhos todos das redondezas e mostrou-lhes, numa mão, um novelinho muito pequenino de lã de ovelha, que a mulher tinha dobado. Com a outra mão, mostrou-lhes o gigo cheio de… (vocês sabem o quê) e disse-lhes:
- Trabalho de um ano, cagança de um mês. Aqui está o trabalho que a minha mulher fez.


Moral da história: as mulheres devem trabalhar. Desculpem a má palavra, mas não ficava bem se a alterasse, porque é um conto popular do Norte. Do mesmo sítio de onde veio O Ancinho, de que todos os leitores deste blogue gostaram.

Outra moral da história: nós, mesmo quando não produzimos nada material (a esmagadora maioria), produzimos mesmo assim muita....(vocês sabem o quê).
Ver também neste blogue "O Homem preguiçoso"


P.S.: Num comentário posteriormente apagado pelo autor, perguntam-me se sou eu a autora do conto. Claro que não, já disse que é um conto popular português - apenas o redigi à minha maneira.

(Contos narrados pelo meu avô Manuel Daniel de Sousa, transcritos após a sua morte, com contribuições de várias pessoas da família. O avô contava estas historias milhares de vezes, enquanto os primos piscavam os olhos entre si, sentados em escabelos, na espreguiçadeira, ou deitados na carqueija, antes de ser queimada na lareira.

Estes contos eram inéditos, antes de terem sido partilhado neste blogue, sendo muito procurados por pessoas do Brasil.
São contos do Douro Litoral, também chamado de Entre Douro e Minho, Portugal)