terça-feira, janeiro 05, 2010

Poupilos... O que será?




De repente, vi um maciço de poupilos. Como não tinha máquina fotográfica, fui à procura no dia seguinte e encontrei estes, naquela borda da cruz.
Não sei o que são poupilos, nem os encontro na Internet. Ou têm um nome inteiramente diferente, ou são desconhecidos.
Fazem parte das plantas da minha infância. Bonitos, estranhos, agradáveis ao tacto.
Da infância passada no campo costumo guardar os sabores de todas a coisas e também das ervas. Sabor amargo, desagradável.
O que será?
Agradeço ao autor do blogue, muito interessante
o esclarecimento que deu aqui em baixo, em nota:
"São conchelos, e um dos nomes comuns que lhe dão é Umbigo-de-Vénus."

sexta-feira, janeiro 01, 2010

Quarto aniversário deste blogue

Faz hoje quatro anos que decidi fazer este blogue e que o passei à prática. No dia um de Janeiro, por me parecer essa uma maneira boa de começar o ano, a fazer algo de diferente e de definitivo.
Muita água correu no entretanto no leito das águas.
A minha relativa filiação budista Zen nunca aparecia aqui, mas através do Facebook descobri muitas mensagens budistas interessantes, que decidi partilhar convosco.
Ver este vídeo com écran completo, descontrair, não dar muita importância à mensagem escrita com palavras: ouvir por dentro.
Nestes 4 anos, tive visitantes muito frequentes e muito participativos, que desapareceram e deram lugar a outros. Não sei se desapareceram para sempre, pois alguns deixaram de comentar mas continuaram presentes.
Orgulho-me muito dos que tenho agora como assíduos participantes.
Obrigada a todos, os leitores e os comentadores, pois é para vocês que escrevo, não só os blogues mas também muitas outras coisas!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Procure um trevo de quatro folhas

UMA DÉCADA DE 2010 MUITO FELIZ!!!
QUE REALIZEMOS OS NOSSOS SONHOS
E QUE SONHEMOS OUTROS PARA REALIZAR DEPOIS
Procure um trevo de quatro folhas para dar sorte para este Novo Ano

terça-feira, dezembro 29, 2009

"Caim" livro de José Saramago

Foi com surpresa que li o livro "Caim" de José Saramago nestes dias de Natal.
Tanta celeuma, tanta polémica, tudo por causa dum livrinho aparentemente sem grandes ambições e até mesmo cómico?
Mais uma vez, depois de ter feito o mesmo em "O Evangelho Segundo Jesus Cristo", Saramago vai à Bíblia importar histórias magníficas e conta-as à sua maneira, ganhando muito dinheiro com essas histórias que lhe não pertencem, enquanto procura ridicularizá-las.
Gostei do livro, ri-me muito, mas não me parece que seja para levar a sério.
Caim, depois de matar o irmão Abel, como toda a gente sabe, viaja no tempo e assiste aos grandes episódios da Bíblia em que o Deus do Antigo Testamento mata ou manda matar milhares de pessoas ou mesmo todas (no caso do Dilúvio), sem que se veja um motivo para tal, se interpretarmos a Bíblia literalmente.
O interesse do romance é sobretudo o humor de Sramago, que só se lhe conhece dos livros, parecendo não o ter na vida "real" e a magnificiência dos episódios bíblicos "tomados de empréstimo", como este senhor costuma fazer.
Notar que o livro "O Evangelho Segundo Jesus Cristo" foi publicado , mais ou menos em simultâneo com o livro dum escritor americano designado "O Evangelho Segundo o Filho" e numa época em que muito se fala muito dos Evangelhos apócrifos: "O Evangelho Segundo São Tomé", etc.
Fez-me lembrar aqueles filmes de Mel Brooks em que, usando hilariantes anacronismos, o cineasta conta a sua versão da História da Humanidade. Confesso que não me lembro do título do ou dos filmes. Se alguém se lembrar...
É caso para pensar se não será uma atitude de procura de fé por parte do autor, ainda o veremos dizer como Bocage: "Rasga meus versos [livros] /crê na Eternidade".

domingo, dezembro 27, 2009

O Caminho de Ferro





Nesta pequena localidade do Douro Litoral já referida, houve um dia o grandioso projecto de fazer um caminho de ferro, com comboios que chegassem lá e a ligassem à civilização.
Se observarem bem as fotos verão... não, não pode ser... será?
Por vicissitudes da política, que tão bem conhecemos hoje em dia, o caminho de ferro não se fez e os habitantes locais ficaram a ver navios...
A ver navios não, por duas razões: a primeira é que a terra não fica à beira-mar, a segunda é que o povão foi buscar os carris de ferro que estavam amontoados à espera de melhor sorte e fez com eles...
Ramadas para videiras de uvas para fazer vinho verde tinto. Para além dos postes / esteios de granito, impensáveis hoje em dia, reparem na configuração da secção dos ferros que seguram os arames, que por sua vez seguram as videiras.
Ampliar. Vê-se melhor na terceira fotografia. Chama-se a isto ramada ou latada, conforme a terra.
Também se chama caminho de ferro aéreo. Chão que deu uvas. Esperteza saloia. Aceito outras sugestões.
Agora fala-se do TGV...

sábado, dezembro 26, 2009

Cruzes!


Posted by Picasa
Aqui, no Douro Litoral onde me encontro agora, ainda se vêem algumas cruzes como esta na berma das estradas. E são bermas bonitas, agora no Inverno, com tanta vegetação. Adivinhem o que significa a cruz: que morreu aqui um homem, talvez há cinquenta, sessenta anos, creio que caiu. Imaginem se agora puséssemos ainda cruzes em todas as bermas de estrada onde morreu gente: era tudo cheio de cruzes em toda a parte.

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Falar Línguas Estrangeiras

Um pássaro Mainá, que julgo ser um estorninho, na China, aprendeu a miar para impor respeito a dois papagaios que o dono tinha. Percebeu que os bichos têm medo do gato da vizinha e toca de falar a língua dele.
Não é giro?
VER AQUI

terça-feira, dezembro 22, 2009

Beijos, abraços e assim...

Vou às Amoreiras quase todos os dias, mas hoje, desde que entrei até que saí, dir-se-ia que conhecia todo o mundo: beijos, abraços, há que tempos, adeus com a mão, com o braço, outros fingiam que não me viam... é giro.
Nestas alturas percebe-se quem são as pessoas que nos dizem algo ou nós a elas e as que zarparam da nossa vida, talvez para sempre.

Suponho que andava todo o mundo a comprar umas prenditas... e uma roupita... e uns sapatitos...

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Este tempo parece um doce semi-frio. Encasacamo-nos por causa do frio e vem uma chuvada fortíssima. Embotamo-nos para o temporal e fica um tempo azul e morno...
Espero que o Natal seja quente, o que raramente acontece, apesar do aquecimento global.
Viva o aquecimento global!

sábado, dezembro 19, 2009

Conto Sufi

Este vídeo inclui, no final, outros relacionados, contos sufis, da religião Sufi, ou Sufismo. Aparecem como imagem e é só clicar. Para ver com écran completo, clicar no "rectângulo redondo". Bem, perceberam?

sexta-feira, dezembro 18, 2009

O suspeito do costume

Então nós já pagamos o Magalhães e agora ainda vamos ter de pagar uma multa à CEE por erro de atribuição desta obra sem concurso? Que pague a multa quem lucrou com o dinheiro!

Outra ainda pior: o Estado Português vendeu imóveis onde tinha alojados tribunais e outros que tais, para agora os alugar às empresas a quem os vendeu, pagando balúrdios por mês, todos os meses. Quem lucra com isto? O estado?
Porque é que você não vende a sua casa, para depois a alugar pagando renda?
- Porque ficava a perder. Ora, Nadinha!

Quem será que fica a lucrar?

quinta-feira, dezembro 17, 2009

Sismo no ninho da Renata


Senti o sismo nesta madrugada, mas nem me assustei, aqui em Lisboa sinto quase sempre estes pequenos sismos.
O Público, que tem estado a dar em directo um ninho de cegonhas, mostra a Renata um pouco baralhada com o estremecimento do ninho.
Tadinha!

quarta-feira, dezembro 16, 2009

Notícia de Telejornal RTP 1

Roubaram o burro do presépio da Basílica dos Mártires.
Que horror! Haverá gente assim tão má? :)
Ou talvez tenha sido o suspeito do costume.

"O Palhaço" de Mário Crespo

Acabo de ler um excelente texto de Mário Crespo, ignoro onde foi originalmente publicado, mas está em toda a parte na net. Está escrito no estilo do Manifesto Anti-Dantas.
Vejam:

O palhaço

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

Publicado no Jornal de Notícias, como Crónica

terça-feira, dezembro 15, 2009

Viagens: por exemplo, fim de ano

Nós portugueses, só sabemos viajar de duas maneiras: indo à aventura como imigrantes para os bairros da lata de todo o mundo (menos à aventura do que atrás da família ou dos conhecidos da mesma terra) ou periplando o mundo em hotéis de luxo, com guias turísticos e tradutores-intérpretes, dos quais nos tornamos dependentes até ao ridículo.

Uma vez na Grécia, vendo que eu viajava sozinha, alguns patrícios tentaram impingir-me uma criatura que também viajava sozinha (alegadamente tínhamos isso em comum) e que não falava nenhuma das línguas do mundo, para além do português básico e bacoco que era o seu idioma.

Isto aconteceu-me algumas vezes: se eu viajo sozinha, obviamente se conclui (à portuguesa) que gostaria de viajar acompanhada. E mesmo acompanhada por uma série de atrasados mentais e, como falo algumas línguas e me desenrasco bem, nada mais natural do que tomar conta deles.
Não gosto de ser indelicada. E muito menos de fazer fretes.

Como é óbvio, nós não sabemos mesmo viajar, tal como não sabemos conviver, nem estar sozinhos.
E por isso, na maior parte das agências de viagens, de que se exclui a espanhola Halcon, não existe a hipótese de alguém viajar sozinho. Ou então existe, pagando o dobro.

Esquecem ou não sabem que, hoje em dia, será perfeitamente natural, como era há décadas para os aristocratas, duas ou três ou mais pessoas viajarem acompanhadas, dormindo em quartos separados, claro.

A mim não me apetece esta promiscuidade de partilhar o quarto com ninguém. Mesmo. Quando tinha 18 ou 20 anos vivi num lar de estudantes e adorei. Mas já não tenho essa idade nem esse gosto intemperado pela boémia. Já não considero, obviamente, que basta viver algo de diferente para se viver de modo aventuroso. Diferente de quê?

Solução: marcar uma viagem pela net ou então, na Halcon. Como em Espanha há muita gente e muitos tipos de pessoas, a agência considera todas estas hipóteses.

segunda-feira, dezembro 14, 2009

Notícia má e boa

Tenho a dar duas notícias, uma má e a outra boa, ou melhor, tenho a dar uma notícia, simultaneamente boa e má.

A livraria Bucholz, uma livraria mítica de Lisboa, fechou porque foi à falência. Essa é a parte má, mas já conhecida.
A notícia boa é esta: quem comprou a livraria resolveu fazer saldos da existência da Bucholz, que era uma das melhores, senão mesmo a melhor livraria de Lisboa, antes da Fnac e da concorrência desleal...

Enfim: grande parte das obras estão a 1 Euro, o máximo que vi creio que foi 15 euros para livros de arte ilustrados. Como a procura tem sido muita, a promoção termina a 18 de Dezembro de 2009.

Fui lá hoje ao fim da tarde e comprei: um livro do Papa de Roma (o actual) sobre os doutores da Igreja nos primórdios do Cristianismo, um livro sobre vidas de santos (sei que pode parecer chato, mas eu interesso-me por coisas destas), dois volumes dum livro do Padre António Vieira chamado a "História do Futuro", mais um romance da Charlotte Bronte, em original no inglês e um romance, no original em francês de Gerard de Nerval... Tudo isto custou-me 16 Euros, no total.

Tive também uma surpresa: o meu romance "Imaginália" estava lá à venda, também por um Euro, mas eu creio que recebi por ele dois euros de direitos de autor... ou nem pagaram...
Se algum(a) de vocês gostaria de adquirir esse meu livro por um Euro, está do lado esquerdo de quem entra, na parte de baixo.

Ainda não me habituei a ver os meus livros nas livrarias: fico com a impressão de que posso pegar neles e trazê-los, porque são meus...
Não são? Pois.