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sábado, julho 08, 2023

Estamos sozinhos no universo?

 


Nunca gostei de contemplar as estrelas, mesmo quando em criança fazia isso com o meu avô e a minha família, nas noites quentes de verão, porque imaginava sempre um imenso vazio. Além do vazio, imaginava um tempo infinito, nenhum deles com espaço para nós. Um tempo que não podemos viver, um espaço onde não há outros seres como nós.

Imaginando agora que no espaço estelar existem outros seres, ao olhar para a noite estrelada sinto-me mais acompanhada do que alguma vez me senti. 

Imagino esses seres distantes e talvez muito estranhos a olharem para as estrelas e a imaginarem o vazio ou a pressentirem-nos a nós e a outros como eles… 

E as noites de verão com muitas estrelas visíveis mudaram completamente para mim.

quinta-feira, julho 14, 2022

Mas é aos seres humanos, e não a Deus, que compete construir a terra

 


É ao contemplar esta luz, em miríades de tons, que faço um voto de paz para a humanidade. Para a Ucrânia, para a Síria, para a Palestina, para o Iémen. Para todas essas terras e essas pessoas igualmente iluminadas pelo esplendor deste pôr-do-sol. E tudo parece tão fácil e tão simples. Mas é aos humanos, e não a Deus, que compete construir a terra. 

O canto dos pássaros, ora harmonioso, ora aflito,  que ouço desta janela, indica-me que todos lutamos pela vida. Todos os dias. 

E se lutássemos todos em conjunto pela vida de todos e ainda pela vida dos pássaros? 

E se lutássemos contra a hipocrisia, usando como armas a sabedoria, a justiça e a bondade? E o perdão e a coragem? Ou o amor?

E se usássemos a inteligência e a luz para lutar contra a escuridão e a sombra? 

Peçam comigo hoje e sem pensar em mais nada: que a ideia da paz ilumine os nossos pensamentos e a nossa vida.


Talvez um dia tenhamos de responder a esta pergunta: o que foi feito da inteligência que te foi dada como ser humano que és? Do discernimento, da perspicácia, da capacidade de intervenção? Da coragem que te foi dada, como ser humano que és? 

Graciete Nobre

sábado, julho 31, 2021

Ofender ou proteger os mais fracos?

 Há umas décadas, as pessoas consideravam que podiam abusar dos fracos, desde crianças a deficientes e pobres. Era vulgar ver gente a gozar com os cegos ou com os surdos e havia (ainda há) expressões como esta: “bater no ceguinho”. Quer dizer outra coisa, mas implica a ideia de que é fácil bater num cego, que não se pode defender e não pode acusar o agressor porque não sabe quem foi. 

Hoje em dia é impensável, para muitíssima gente, fazer algo deste género e existe a ideia generalizada, até mesmo ao nível político e social, de que temos obrigação de defender e proteger os mais fracos.

Quer isto dizer, claramente, que a nossa sociedade evoluiu muito em termos espirituais. Deu um salto “quântico”.

domingo, maio 03, 2015

Parar para meditar






No dia 1 de Maio realizou-se uma meditação pela paz no Terreiro do Paço, também chamado Praça do Comércio. Um evento proposto via Facebook.

A ideia é mesmo ficar sentado a meditar em silêncio. E foi assim.

Ficou combinado as pessoas que quiserem irem meditar todos os domingos pelas 18 h no Terreiro do Paço. Hoje, primeiro domingo e com chuva, foram 9 pessoas. 
Mais um, que apareceu, sentou-se uns minutos e foi embora.

Os animais também são bem vindos, eles sabem melhor do que nós sentarem-se no chão, partilharem o espaço, etc...



VER AQUI

sexta-feira, janeiro 16, 2015

Papa Francisco, Eclesiastes e Marguerite Yourcenar

Papa Francisco diz que os cães também vão para o céu

A afirmação foi feita no Vaticano para consolar um rapaz que estava triste por o seu cão ter morrido


Ler, a propósito, O tempo, esse grande escultor, de Marguerite Yourcenar, capítulo: "Quem sabe se a alma dos bichos vai para baixo?". A autora invoca o capítulo da Bíblia "Eclesiastes".

"Papa Francisco durante sua pregação na praça São Pedro, confirmou que todos os animais vão para o céu. Tentando consolar um garoto com o coração partido pois seu cão de estimação tinha morrido, o pontífice fez uma confissão: " um dia, nós veremos nossos animais novamente na eternidade de Cristo. O paraíso está aberto para todas as criaturas de Deus." A fala do Papa foi aplaudida por diversos grupos de proteção animal presentes no momento. A fala do Papa contraria um dos dogmas da Igreja q dizia que os animais não iriam para o paraíso pois não teriam alma".


sábado, dezembro 08, 2012

O Apocalipse vem aí, excepto: "Numa pequena aldeia gaulesa..."


(Bugarach, foto da Net)

Como só faltam poucos dias para se cumprirem, ou não, as profecias apocalípticas, (12 ou 21 de Dezembro, conforme as opiniões), tem havido algumas movimentações, talvez discretas.

Há uma pequena aldeia em França, Burgarachcom 200 habitantes, que, segundo as profecias, é o único lugar da terra onde será possível escapar ao apocalipse, porque está lá, dentro da montanha, uma nave espacial, nova e moderna arca de Noé.

Como tem sido noticiado nas cadeias de televisão de todo o mundo, as terras estão a ser compradas por preços, também eles, apocalíticos. LOL.


Existem no local muitas grutas e um rio subterrâneo.

O  presidente da junta, ou da câmara, receia que apareçam 10 000 pessoas num local preparado para 200.  VER AQUI.


terça-feira, abril 10, 2012

O ovo místico






O milagre da vida realiza-se todos os dias. O ovo que se transforma em ser. O ser que se transforma em ovo. E tudo recomeça.

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

Quaresma: abstinência ou vegetarianismo?

Nunca fiz abstinência na Quaresma, por duas razões: não me identifico com o catolicismo e acho ridículo comer lagosta em vez de frango como modo de ser místico... nada contra a lagosta, nada contra o frango... 

Há muitos anos, alguém que me ia avaliar (já naquele tempo) queria obrigar-me, num almoço de trabalho, a comer camarão em vez de meio bife com batatas fritas. Como eu era muito magra e muito teimosa, lá foi o meio bife. A nota baixou um nadinha, mas, como eu era também algo contestatária, subiu outra vez um nadinha... ficou um nadinha abaixo das católicas ferrenhas - isto aconteceu na cidade do Porto, uma das razões, a menor de todas, que me levaram a mudar para aqui.

Sou religiosa sem ter religião, mas, mesmo que não fosse religiosa, com ou sem religião, consideraria importantes os jejuns e as restrições de comida impostos pelas religiões. Por razões espirituais e físicas. Hão-de reparar que todas as religiões têm também uma ginástica e não é pequena para alguns o ajoelhar e levantar e sentar e ajoelhar da católica. Sobretudo se o padre for daqueles que diz a missa em 100 rotações... em 10 minutos, como conheço bem um.

Este ano, decidi cumprir as restrições da Quaresma, nos dias assinalados e outros, ora fazendo jejum, ora consumindo alimentação vegetariana. 

A ideia é cumprir, pelo menos às vezes, o preceito budista de Ahimsa: não violência. Ghandi aplicou este conceito da maneira que conhecemos, os vegetarianos ampliam-no para a ideia de não matar animais.

E tem um lado egoísta: faz bem à saúde. O colesterol não existe na matéria vegetal. Mas isso é o menos. Jejuar às vezes, abster-se de carne às vezes, fazer exercício físico sempre, tudo isto faz bem à saúde. E à alma.




sábado, outubro 23, 2010

Extasiarmo-nos com a beleza do mundo

Há tempos iniciei o que pretende ser um percurso espiritual. E de repente, descobri que não estava no princípio do caminho, mas talvez a meio de qualquer coisa: tanto os místicos cristãos, que praticam a meditação em silêncio, como os místicos orientais e outros, consideram que o mais importante é extasiarmo-nos com a beleza do mundo. 
Sim, extasiarmo-nos com a beleza do mundo, como eu sempre fiz, desde que me lembro. 


A maluca genial da minha médica naturista diz mesmo que vivemos no Paraíso. É tudo tão belo! O mar, a terra, diz ela.
E essa atitude de êxtase deverá conduzir-nos à alegria, à felicidade e finalmente à saúde física e mental. 


Fica, no entanto, um problema: extasiarmo-nos com a beleza do mundo, está bem, mas como fazer para não ficar completamente alheado e não deixar passar sem protesto estas políticas e estes políticos oportunistas, que empobrecem todo o mundo?
Como resposta a esta pergunta, criei este blogue, que contrasta completamente com o Escrevedoiros, onde me dou ao luxo de não criticar nada nem ninguém, de me encantar com tudo o que é belo ou bom.


E esta minha dúvida talvez não tenha razão de ser: a maior parte das pessoas que conheço conforma-se com tudo, não contesta nem protesta e também não se extasia com a beleza do mundo. Não é alegre nem feliz...


Procurar alguma coisa, seja lá o que for, é bom. 
Encontraremos o que existir

sábado, outubro 02, 2010

Filme Comer, Orar, Amar

Já escrevi aqui vários comentários sobre o livro, que me deixou um sentido de incompletude, ao ponto de imaginar que, provavelmente, o filme seria muito melhor.
Com grande entusiasmo, fui ver o filme e por pouco não saí a meio.
O filme acentua e multiplica por mil o defeito do livro, que, alegadamente, pretendendo ser uma viagem espiritual, passando da matéria concreta (comer) para o espírito (orar) e depois para o amor, a grande energia que transforma a matéria em espírito (é esta a ideia).  Esta de a matéria se transformar em energia é aquela fórmula conhecida do Einstein.  A energia ser o espírito é a base das teorias filosóficas e místicas do Oriente, na sua posterior tradução para o Ocidente, o qual precisa de fórmulas e de Einsteins, quanto mais incompreendidos e marginalizados melhor.
Tanto o livro como o filme dão a ideia (talvez errada?:)) de que a tipa, afinal, só andava à procura dum homem. Ou de que a única coisa importante neste mundo é que uma tipa gira encontre um tipo. E desde que haja sexo, tudo bem... faz bem à saúde, etc.


O único problema é que, tanto o livro como o filme parecem querer demonstrar exactamente o oposto de tudo isto. E negar que as americanas só pensam em sexo.
É chato. Como se diz agora: um flop. Pior: um flopezinho.

segunda-feira, setembro 20, 2010

Feira Alternativa no Jardim Tropical de Belém




Foi giríssimo. Fui lá várias vezes. Das primeiras gastei dinheiro, não propriamente a comprar coisas, embora houvesse muitas coisas para vender. E a entrada era cinco euros (ou 5 aérios, como agora dizem alguns e que me agrada). Realizou-se sexta, sábado e domingo.


Depois vi que havia muita coisa grátis, como seria de esperar. O melhor era grátis.

Na primeira imagem, vê-se:

Do lado direito, o rapaz é um especialista em cristais, talvez americano, pois falava através daquela tradutora, do lado esquerdo, vestida de verde, uma americana que fala com os animais, não só com os vivos, mas até mesmo com os mortos. LOL!


Após a palestra do rapaz, de que pouco entendi porque cheguei atrasada, juntámo-nos para falar com a Dra. Pouquíssimas pessoas.

Como não tenho animais, não perguntei nada, embora me tenha apetecido falar com um meu antigo gato, chamado Comboio. Uma senhora chorou muito quando a doutora lhe transmitiu as mensagens dos cães e gatos que teve, dizendo, contudo, que costuma ter dificuldade em comunicar. Logo a seguir, todos fizemos uma meditação de agradecimento à senhora, o que a fez chorar muito mais ainda. Mas deve ter-lhe feito bem, até porque a Dra. é psicóloga de gente, por formação. Uma querida! Iluminada!


Uma mulher contou que a sua gata trata muito bem uma pessoas e outras muito mal. Basta dizer o nome (se souber o nome ou se o bicho o tiver), disse ela que os animais comunicam por telepatia, não precisam de email. Mas também fala com animais selvagens, sem nome.

Fez-me muito lembrar o Dr. Doolitle. Jovem e bonita.


Bem, após uns segundos de meditação, disse que essa gata sabe mais do que muitas pessoas. Mas há um pormenor que a dona queria perguntar à gata:

- Porque é que a minha gata morde os dedos dos pés dum homem que vai às vezes lá a casa?

A mocinha concentra-se, pouco tempo, após a tradução da pergunta. E dá logo a resposta.

A gata quer chamar a atenção do homem, gosta dele (ao contrário do que julgava a dona) e quer dizer ao homem que ele deve concentrar-se (focuse) nas pessoas: é um homem que não pára em lado nenhum, não dá atenção a ninguém, não se foca, não se concentra nas pessoas, um aéreo (aérios?).

A dona da gata fica um pouco surpreendida e diz que faz todo o sentido. Realmente o homem é assim (embora não houvesse nada na pergunta que o desse a entender).


Não sei se os gatos falam. Mas, sentada ou deitada na erva do jardim, entre árvores frondosas e belas, com sombras extensas num dia de muito sol e muito calor, senti-me regressar à infância. E senti a alegria completa e imotivada que há muito havia esquecido.

E também quando regressei, uma hora depois, estava ela a cantar e a tocar viola, com crianças felizes e

adultos felizes a ouvir. Poucos. Se fossem muitos, eu não teria ficado lá.


Esqueci-me de dizer que a feira também tinha artefactos ecológicos, alimentação natural e vegetariana, medicinas alternativas, etc...


Doutora dos animais

VER AQUI

E AQUI


Depois foi uma mulher que disse que lhe aparecem muitas borboletas. Perguntou logo às borboletas porque é que aparecem à mulher e elas responderam logo. Querem dar-lhe alegria (quase todos os animais querem dar-nos alegria, segundo ela). Querem que ela veja agora a luz muito bela que há-de ver quando chegar a sua hora de partir. Querem retirar-lhe a ilusão das coisas de que a mulher já não precisa, mas que lhe parecem necessárias e importantes.


Pelo menos isto faz sentido: tantas coisas de que não necessitamos e que nos pesam nas costas!

domingo, julho 25, 2010

Alimentação

Pouco ou nada entendemos de alimentação, a não ser quando nos interessamos por certas dietas... e mesmo assim pouco ficamos a saber.
Há quem considere que a alimentação, só por si, é capaz de curar quase todas as doenças, é mesmo esse o princípio de certas medicinas, como a Ayurvédica que está hoje a ser imitada por muitos ocidentais.
Na sua autobiografia, Mahatma Gandhi conta as muitas experiências que fez com a comida e o modo como se curou ou curou alguém desse modo. Também conta que, estando a sua esposa muito mal, recusou autorização para que o médico lhe desse caldo de carne, que considerava indispensável, mas que era contra a s suas convicções religiosas, por ser vegetariano. Levou-a para casa e curou-a à sua maneira, usando leite em vez de carne.
Também conta os muitos votos que foi fazendo ao longa da vida. De cada vez que fazia um, renunciava a quase tudo, ou a tudo mesmo, diríamos nós. Mas depois fazia outro em que renunciava ainda mais a tudo... o que antes parecia impossível.
Quando fez o voto de castidade, concluiu que, para não ter pensamentos libidinosos, teria de renunciar ao leite. Quando nos passaria a nós pela cabeça que o leite tivesse esse efeito? Acabou por comer só fruta e mais tarde decidiu ainda que só poderia comer 5 variedades diferentes num dia, para evitar que as pessoas lhe oferecessem banquetes de fruta, com muita variedade.
Ainda narra como a sua mãe passava muitos dias inteiros sem comer, na intenção de fazer jejum. Por exemplo, fazia o voto de só comer quando o sol surgisse visível. Gandhi e os irmãos ficavam à espera que o sol nascesse para a chamarem, mas , na época das monções (agora), às vezes o sol não chega a estar visível vários dias: resignada, dizia "Deus não quis que eu comesse hoje"
O que nós chamaríamos uma pessoa anoréxica, mas não era assim que a consideravam e antes alguém com grande espírito de sacrifício...

Descobri também recentemente que pessoas que se dedicam intensamente à meditação julgam necessário fazerem uma alimentação especial, de onde são também retirados alimentos como cebola, alho e cogumelos. Alho e cebola são excitantes e os cogumelos são considerados por eles parasitas de coisas imundas, para além de poderem ser alucinogéneos. Para nem falar do álcool, claro.
(Continua)

sábado, junho 12, 2010

O Teólogo Joseph Ratzinger

Ando a ler com prazer e entusiasmo um livro do teólogo Ratzinger antes de ser Papa. Escrito na década de 80, considera, no prefácio posterior, haver dois períodos importantes para a religião no Século XX. O Maio de 68, ou seja, 1968, em que a utopia passou para o lado do humano, desligando-se das religiões e negando-as, e a queda do muro de Berlim, em que a utopia deixou de se colocar ao nível humano, por falência dos ideiais políticos (a seu ver, eles também baseados no Cristianismo e tomados também como uma fé).
O Papa leva muito a sério a importância especial dada actualmente à parte mística das religiões, nomeadamente à expansão das ideias budistas no ocidente e outras...
E diz algo que me surpreende num Papa, já que o livro foi reeditado agora. E que ainda estou a ler no princípio. Passo a citar.
"... Assim como o fiel se sabe constantemente ameaçado pela incredulidade que o acompanha como uma tentação sem fim, também a fé constitui para o incrédulo uma ameaça e uma tentação para o seu mundo aparentemente completo. " p.32

E prossegue nesta ideia
" ... Tanto o fiel como o incrédulo participam, cada qual à sua maneira, da dúvida e da fé, desde que não se escondam de si mesmos e da verdade do seu ser. Nenhum deles consegue fugir totalmente à dúvida, nem à fé..." p.33

Chamam fanático e retrógrada a este homem? Gosto particularmente da frase "desde que não se escondam de si mesmos e da verdade do seu ser".

O que me leva também a reflectir sobre isto: há hoje inúmeras pessoas que afirmam ver Cristo e falar com ele, ver anjos, santos, espíritos, etc. Nem todos me parecem charlatães, antes me parecem estar noutra onda qualquer e, se enganarem alguém , fazem-no primeiro a eles mesmos.
Pergunta: por que razão não vêem os Papas a Deus? Por que razão são eles também assaltados pela dúvida, perante o silêncio e a invisibilidade de Deus? Invisibilidade de que este livro fala muito, também.
Acreditaremos nestas pessoas porque não nos enganam, sendo racionalistas e promovendo o racionalismo, ou acusamo-las de excesso de racionalismo e de falta de iluminação?
Comoveu-me e espantou-me, pelas mesmas razões, a confissão do Papa em Fátima, afirmando que é fácil um crente ter inveja de Francisco porque ele viu e o crente não vê. Inveja: refere-se a ela muitas vezes neste sentido.

Parece-me um alma torturada pelo silêncio de Deus, a invisibilidade de Deus, pela inveja de quem o vê, pela dúvida e pela fé.
Sempre gostei deste Papa, por me parecer, tal como outros Gurus, que tem algo para transmitir a toda a humanidade. Nem que seja a sua humilde e pobre humanidade, revestida de vestes douradas. Talvez de ouro falso.

P.S.: Os livros deste autor lêem-se com agrado,porque têm sempre uma feição narrativa.
Livro: Introdução ao Cristianismo, Joseph Ratzinger. - Estoril: Principia, 2006.

sexta-feira, abril 30, 2010

Deus Mãe

Acabo de descobrir um conceito místico de que nunca tinha ouvido falar nestes termos e que me agrada profundamente:
Deus Mãe
Não é deusa mãe, em inglês é também Mother God e nas outras línguas também deve ser.
Creio que, neste sentido, existe Deus Pai e Deus Mãe.
Eu já tinha conhecimento de que o Espírito Santo pode ser considerado o lado feminino de Deus, mas não conhecia este termo. Aposto que nenhum de vocês ouviu nunca falar de tal.
A título de exemplo,

terça-feira, março 30, 2010

O Amor

"Se você pode amar a si mesmo com todas as suas imperfeições, você será capaz de amar os outros seres humanos com todas as suas imperfeições."

domingo, janeiro 24, 2010

O meu avô era jovem

Uma amiga ficou de me dar apontamentos que tirou, em inglês, da Tara Ghandi, bisneta de Ghandi de que falei aqui.
Lembro-me agora duma intervenção que me pareceu também interessante:
Um rapazinho perguntou-lhe se Ghandi pensava que os jovens tinham alguma coisa a fazer para mudar o mundo, uma revolução, ou assim.
Creio que não entendeu muito bem a pergunta, o que é natural e respondeu:
- O meu avô era jovem. Sempre foi jovem.

Gostei. Há de facto pessoas que são sempre jovens, não há dúvida de que o avô da senhora (a neta tem 77 anos) era jovem. E ela também.
A outra questão é esta: de facto, nós, ocidentais, temos tendência para pensar que os jovens é que deviam mudar o mundo e agir para isso, mas a pergunta que faço, depois de ter pensado no assunto, é esta: quem é que não tem nada a perder? Os jovens actuais, que vivem uma intensa competição? Ou as pessoas mais velhas, muito mais?
No Oriente acontece às vezes um homem de idade rico dar tudo o que tem e tornar-se asceta até morrer.

Creio que a ideia de Tara Ghandi era que todos nós podemos ou devemos agir para mudar o mundo. Os jovens também.

quarta-feira, janeiro 20, 2010

O Segredo do Segredo

Bem, todos nós lemos o segredo, mesmo aqueles que não acreditam em nada e mesmo aqueles que não lêem livros. Então, nada como fazer "revisões da matéria". Vejam!

Conquístate a ti mismo....(Susana Grossi)

Hoy deseo sugerirte que hagas una experiencia contigo mismo, para beneficio de tu propia vida y de los que te rodean. Se trata de que te decidas a pensar y actuar durante sólo una semana:

“Hoy seré feliz. Expulsaré de mi espíritu todo pensamiento triste. Me sentiré alegre. No me quejaré de nada. Hoy agradeceré a Dios la alegría y felicidad que me regala. Trataré de ajustarme la vida. Aceptaré el mundo como es y procuraré encajar en este mundo.

Si sucede algo que me desagrada, no me mortificaré ni me lamentaré, más bien agradeceré, de mis impulsos, pues para triunfar debo superarme, debo tener el dominio de mí mismo.

Trabajaré alegremente, con entusiasmo, haré de mi trabajo una diversión. Comprobaré que soy capaz de trabajar con alegría. Resaltaré mis éxitos grandes o pequeños y no pensaré en mis fracasos. Seré agradable. No criticaré a nadie. Olvidaré los defectos de los demás y concentraré mi atención en sus virtudes. No envidiaré nada.

Tendré presente que muchos no tienen lo que yo tengo y que el destino feliz pertenece a los que luchan y que el futuro se resolverá, en función de la actuación de mis Hoy.

No pensaré en el pasado negativo. No guardaré rencor y practicaré el perdón.”

in Evolución, Consciencia, Crecimiento Personal y Global ♥ LuxVitae.com

terça-feira, janeiro 19, 2010

Tara Ghandi

Fui à Gulbenkian ouvir falar a neta do Ghandi, Tara Ghandi.
É uma mulher sábia, que tenta difundir e também pôr em prática o legado do avo^.
Disse algumas coisas que me impressionaram, senão totalmente originais, pelo menos interessantes no contexto.
- Qual é o contrário do amor? - disse ela. - O ódio? A indiferença?
- Não, é o medo.
Exprimindo amor e respeito por todos e também pelos animais, disse que em todas as línguas que conhece, os homens se insultam chamando uns aos outros nomes de animais. Além de os comerem, de tirarem deles alegria, companhia, etc...
"As vibrações do silêncio - é essa a melhor linguagem".
Uma mulher sábia, a que devemos prestar atenção: é provável que dê entrevistas a jornais...

sábado, dezembro 19, 2009

Conto Sufi

Este vídeo inclui, no final, outros relacionados, contos sufis, da religião Sufi, ou Sufismo. Aparecem como imagem e é só clicar. Para ver com écran completo, clicar no "rectângulo redondo". Bem, perceberam?

domingo, dezembro 13, 2009

A Mudança






No mesmo tipo de sítio onde encontrei o vídeo do post anterior, no Facebook, encontrei também estas duas fotos incríveis, destinadas a provar que todos, mas todos, se podem entender.