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sábado, junho 17, 2017

Falar outras línguas sem um erro e com a pronúncia da capital? Provincianismo!

Este artigo faz-me lembrar o tempo em que, em sítios como a Gulbenkian, após uma palestra em francês, as pessoas receavam dar algum erro e, por isso, só se exprimiam brutamontes que não tinham percebido coisa alguma, causando imenso embaraço aos conferencistas. Era um vergonha, nesse tempo, dar o mais pequeno erro em francês ou inglês. Era uma sociedade muito provinciana, aqui em Lisboa, há 20 ou 30 anos.
Sim, como dizia Eça, como Fradique Mendes: “Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: – todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro. (…) Falemos nobremente mal, patrioticamente mal, as línguas dos outros! “

domingo, dezembro 21, 2014

Língua Portuguesa






Muitos temem que a língua portuguesa deixe de existir por causa do acordo ortográfico.
Pena que a nossa língua seja tão resistente, ao ponto de aguentar o contacto com outras muitas línguas e civilizações, de aguentar o analfabetismo dessas civilizações incluindo a nossa, de aguentar a palermice ou talvez o oportunismo dos que assim a julgar à beira do abismo, só por causa do acordo ortográfico. E isto durante, pelo menos, 800 anos!

Ficam aqui algumas fotos com palavras muito engraçadas criadas como corruptelas dos nossos imigrantes chineses. Palavras muito engraçadas, que só vêm enriquecê-la, sem o menor receio de a destruírem.

Queridos, vocês não podem acreditar numa língua, originária de perto de um milhão de pessoas, que é hoje falada por 200 milhões, enriquecida por todos os contributos desses falantes de além e de aquém mar? 


Legendas das fotos: 



Ceborinha - toda a gente entende que é cebolinho, o único problema é o que está por cima não corresponder.

Rrabenete, ou mesmo RRabeneta - claro, rabanete. Pergunta: porquê os dois rrs?

Cebola beiqueno - cebola pequena. 


A resposta a esta pergunta deve ser gira.

sábado, junho 28, 2014

Afinal foi um rei "moribundo" que pariu a Língua Portuguesa




Alguns senhores importantes, com o acordo das autoridades portuguesas, decidiram recentemente mandar muitas criancinhas soltar muitos balõezinhos junto ao Padrão dos Descobrimentos, para comemorar um facto importante e que ninguém sabia: 

Segundo eles, a  Língua Portuguesa nasceu no dia em que o rei D. Afonso II assinou o seu testamento, a 27 de junho de 1214. Verifica-se, ao ler esse testamento, algo que arrepia qualquer republicano convicto: dizia que o país era todo dele.

Queriam fazer esta comemoração no Brasil, na Copa do Mundo, mas os brasileiros não estiveram para aí virados. Que lhes interessa um rei Português que deixa Portugal aos filhos? Ou às filhas, caso não tenha filhos machos.

As dúvidas, é claro, são muitas:

Então a  Língua Portuguesa não existia antes de o testamento ter sido escrito? Então como conseguiu escrevê-lo numa língua que ainda não tinha nascido? 
Julgaríamos nós, ignorantes, que foi o povão, ao alterar o latim enquanto falava, dando pontapés na gramática a torto e a direito, com influências de outros falares, que foi aos poucos parindo esta nossa bela língua, segundo os processos normais da evolução fonética, semântica, etc... mas não.

Outra dúvida: até há pouco tempo, considerava-se que o primeiro documento conhecido escrito em língua portuguesa era a "Notícia do Torto" (de 1212). Numa visão mais romântica e mais consentânea com outros símbolos e mitos nacionais, houve mesmo quem dissesse que o primeiro texto foi um poema. Talvez de amor. 


Enfim, o povo português ignorou regiamente a data e a efeméride e continua a dar pontapés na gramática, com risco de inventar ainda uma nova língua.

Senhores importantes: já que a realidade pouco importa para esta coisa de mitos e de símbolos, como se comprova ao terem escolhido o terceiro texto mais antigo, em vez do mais antigo que se conhece (o que dava muito jeito por coincidir com o Mundial de Futebol), escolham antes um poema e digam que foi um poeta que pariu a língua portuguesa, tal como aconteceu com a Italiana, a mais bela do mundo. 
Dadas as atuais preferências musicais portuguesas e brasileiras, talvez um poema erótico-satírico seja o mais indicado. Parecido com as cantigas do Quim Barreiros. 

Há muitos desses e até piores, na Idade Média.

P.S.: A língua portuguesa está maravilhosa, não precisa para nada do Mundial de Futebol e recomenda-se - ao contrário das sua congéneres europeias, encontra-se em expansão, ao fim de 800 ou 900 anos: nas ex-colónias portuguesas, as pessoas deixam de falar os pequenos dialetos locais, trocando-os pelo português, língua de comunicação universal e língua de cultura.

Quem precisava muito de uma promoçãozinha mundial eram os senhores muito importantes, porque, assim, ainda ficavam mais importantes.


sexta-feira, dezembro 20, 2013

Acordo / Desacordo Ortográfico : Mentiras, aldrabices e outras maluquices


Esteve agendada para hoje, 20 de dezembro de 2013, uma discussão na Assembleia da República Portuguesa sobre o acordo ortográfico, resultante de uma petição, no sentido de o anular. Foi adiada.

Os que propalam estas opiniões contra o acordo (AO) são useiros e vezeiros em transmitir informações falsas e absurdas.

A aldrabice mais comum, pois não tem outro nome, é afirmar que o AO ainda não está em vigor no Brasil e que os brasileiros não o querem. Está em vigor desde 2009, no Brasil e o que está agora em causa, vários anos depois, é o fim do prazo de transição (período durante o qual podem ser usadas a sduas ortografias sem que nenhuma seja considerada errada) e talvez um balanço sobre o que pode ser ainda mais simplificado.
De facto, estiveram cá dois linguistas brasileiros (foram recebidos também pelos deputados), um dos quais, Ernani Pimentel, propõe que se escreva xuva e ábito. Tem pouca ou nenhuma aceitação no Brasil.

Para esclarecer esse e outros pontos, fica aqui a declaração do diretor executivo do Instituto Internacional da Língua Portuguesa aos deputados portugueses, publicada no site de referência

Ciberdúvidas da Língua Portuguesa





quarta-feira, novembro 13, 2013

BOAS NOTÍCIAS

Português é a língua da moda e do emprego na China



"Português já é a segunda nota mais alta de entrada em algumas universidades chinesas. Dentro de cinco anos, depois dos países Lusófonos, será a China quem mais fala português."


Ler mais: http://expresso.sapo.pt/portugues-e-a-lingua-da-moda-e-do-emprego-na-china=f838497#ixzz2kY0HkBhJ


(KALAFONA: ESPERO QUE NÃO ESTEJA DOENTE. VOCÊ DESCOBRE NESTE BLOGUE O SPSOTS DEQ UE ME TINHA ESQUECIDO, COMO O DA LUA CHEIA... VOU APROVEITAR AQUELAS FOTOS.)


segunda-feira, abril 01, 2013

Vermelho, encarnado, na França, em Espanha

Tenho visto na net estas dúvidas, que penso poder esclarecer, ou pelo menos, contribuir para o seu esclarecimento.

Vermelho ou encarnado? - a questão aqui é de conotação: vermelho evoca o comunismo. Encarnado evita essa conotação. Mas a carne nem sempre é vermelha,  há-a cor-de-rosa, branca...

Em França, em Espanha, ou na França, na Espanha? - A regra seria na, sendo o país de género feminino, mas existe a diferença que, geográfica e culturamente, são os países mais próximos de Portugal. Daí existir a variante em França, em Espanha. E Marrocos, geograficamente, razão pela qual não se diz aqui, no Marrocos.

Na verdade, a principal razão destas variantes diz respeito ao nível social do falante. Designa-se este fenómeno por variante diastrática.

Assim, sendo a alta burguesia portuguesa de Portugal inteiramente avessa às ideias comunistas ou mesmo socialistas, só diz encarnado. 

Os alunos daquela professora que é amiga da Nadinha respeitam muito a setôra, exceto quando ela diz "vermelho". Aí, como são, ou julgam ser, originários de classes elevadas, caem-lhe todos em cima: 
- "A palavra vermelho não existe. É encarnado que se diz!"
A própria Nadinha ouviu um pai ensinar ao filho:
- Vermelhos são os comunistas. Vermelho é um apalavra que não existe. É encarnado que se diz.
(Pois, algumas pessoas pensam e afirmam que certas palavras não existem, como por exemplo, os palavrões)

Quanto à diferença: em França ou na França: Como já foi dito, tem a ver com proximidade geográfica e cultural com Portugal, mas essa diferença é tanto menor quanto maior é o nível socio-económico-cultural: sendo assim, utiliza-se em, em vez de na. Até mesmo para dizer: em Itália, em Inglaterra, claro que também se diz em França, em Espanha, em Marrocos, mas não em Alemanha: lá está a diferença: distância cultural, que tem relação com a história recente deste país - diz-se: na Alemanha.


Ou seja, se um português diz vermelho, na França, na Espanha, não está cometer um erro, mas, em certos meios, pode ser considerado parolo *. O que é muito pior do que ser ignorante! :)
Ou seja, um tipo de nível social considerado elevado pode ser ignorante, pouco inteligente, pouco instruído, mas, nessas famílias, isso é muito menos grave do que ser culto, inteligente, instruído, mas pertencente a um nível social "inferior". É assim neste pequeno país à beira mar plantado e à beira da bancarrota.

À beira da bancarrota, por estas e por outras. 

O que se passa no Brasil? Não sei, aguardo comments, mas creio que nada disto faz qualquer sentido no português do Brasil ou no português de outros países de expressão portuguesa, nem  me parece que o português europeu sirva de norma para estes casos. As diferenças, nestes casos, designam-se por variantes diatópicas.

Gostaria de ver aqui comentários, sobretudo sobre este último ponto.


* Parolo = caipira. A palavra desta variante diastrática, em Portugal, é possidónio. Talvez nem por acaso, um dos mais conhecidos autores portugueses contemporâneos chama-se, precisamente: Possidónio Cachapa. Nome verdadeiro, que não substituiu por pseudónimo.

segunda-feira, junho 25, 2012

Acordo ortográfico: Ó seus pactectas! Para que querem vocês o c?

(Correção do título - também pode ser assim: Ó seus pateptas! Para que queriam vocês o p?)


Pouco tempo passado sobre a entrada em vigor do acordo ortográfico, surpreendemo-nos com o não acontecimento que foi  a adesão rápida, sem dor e sem história ao que, para alguns, parecia vir a ser o fim do mundo e o fim da língua portuguesa.
Já quase não me lembro que objeto tinha c e pergunto-me para que servia tal coisa, a não ser para confundir, baralhar e levar o pobre escrevente a dar erros. A razão é conhecida, no entanto: o c servia para abrir o e. Então e na palavra veto, para só dar um exemplo, não era necessário o c para abrir o e?
E pateta, que nunca se escreveu com c? 

Ó seus patectas! Digam lá para que queriam vocês o c!

Recentemente, ao limpar o teclado do computador, estraguei a letra c. Ainda usei o teclado durante bastante tempo, em parte pela experiência invulgar: pouca falta me fazia essa letra, escrevendo de acordo com o Acordo Ortográfico (AO), sobretudo se compararmos com a falta que teria feito antes do AO. Era também engraçado ver as palavras que apareciam quando lhes faltava um c, ou mesmo dois. 

Também ao ler textos escritos por estudantes se nota que há muito menos erros por este motivo, exceto quando decidem colocar um c onde ele nunca existiu.

É muito mais fácil e descomplicado escrever assim. 

P.S.: No Terra Imunda, há já muito tempo que se usa o AO, ao ponto de terem pedido para colocar um link para ele no blogue Em Português Grande, que também aqui foi colocado nos favoritos.

A razão da imediata adesão, foi ter a Nadinha lido há muito tempo e recentemente relido as polémicas que se fizeram ouvir aquando da reforma ortográfica de 1911, hoje absolutamente ridículas. Ou melhor, engraçadas. Digamos, risíveis.

terça-feira, maio 22, 2012

Língua Galega ou galaico-portuguesa. Porque não?




Tenho um amigo novo no Facebook que me deu a conhecer este vídeo e este projeto.

"Um novo guiom para a língua" (galega). 

quinta-feira, maio 03, 2012

Eu não sou pugilista!

- Eu não sou pugilista!
- Ai o Senhor não é pugilista?
- Não.
- Mas então, o Senhor já foi pugilista?
- Eu, não.
- E gostava de ser?
- Eu não. Eu não sou mesmo nada pugilista! Entende a menina? 
-Ah!

Este diálogo passava-se há alguns anos, dentro de um táxi lisboeta, entre a Nadinha e um taxista. Intrigada por estas misteriosas afirmações, a Nadinha, que se dirigia, no táxi, a caminho de um local identificado com ideias e pessoas feministas e tendo explicado isto ao taxista, estando já um nadinha baralhada com esta do pugilismo, acaba por lhe perguntar:
- Mas afinal, porque é que o senhor me diz que não é, nunca foi e nem quer ser pugilista?
- Então, menina, eu estou-lhe a dizer que não sou pugilista dessas mulheres femininistas! 

- AH!!! Não é apologista do feminismo?
- Eu, não. 

Esta portuguesa língua de Camões!  Que já era tão complicada no tempo do grande épico...



segunda-feira, março 05, 2012

Vocês verão, no próximo verão


Já fui hoje à Baixa Lisboeta, comprar arroz basmati indiano no supermercado indiano, (muito bom porque o arroz vem do oriente e lá não é branqueado) e morri de calor. 

Embora estejamos no início de Março, está verão (quero dizer, verão estação, não verão de vereis) - ai este acordo... tantas palavras homónimas. Poupa-se, ao menos, o trabalho de escrever os cs e de clicar no shift para as maiúsculas... mas o problema é mesmo a língua. Por que não dizemos vós vereis, em vez de verão? THINK!

Uma língua cheia de tiques e de truques. Sobretudo tiques sociais.
Vou referir alguns.

1. Porquê vocês em vez de vós, já disse.
2. Não devemos repetir o sujeito na frase, ela, ela, ao contrário dos ingleses e franceses, por exemplo, que obrigam a  fazer isso. Eu sei, eu sei... é que nós em português temos uma forma verbal diferente para cada pessoa... não precisamos de repetir. 
3. Os ingleses e franceses também dizem vós em vez de vocês, claro, esta coisa do você vocês... e dizer vocês até é pouco respeitoso, devemos dizer "os senhores", mas vós ainda é menos respeitoso... ou talvez seja mais...

Mas também há casos em que não podemos dizer ele ou ela, porque é falta de respeito, ex: Camões, ele... (não, never)
Ou um estudante dizer a outro, a respeito da professora, ouvindo ela a conversa, se ainda não estiver surda, "derivado" ao ruído no trabalho: 
- Ela disse...
- Rua! Você está a faltar-me ao respeito!
- Eu, Setôra? Que é que eu fiz?
- Trataste a setôra por ela. 
- Cala-te, Ricardo!
- Ó Setôra, o Ricardo está-lhe a mostrar o dedo do meio!!!
- Eu?!!! Ó Setora, eu não lhe mostrei o dedo do meio!!!
- Claro, Ricardo. Eu não vi, nem acredito! O Ricardo nunca faria uma coisa dessas.

Tratar a setôra por ela ou mostrar-lhe o dedo do meio, é quase igual. Mas muitos não sabem isso, o que complica as coisas ainda mais, e tão complicadas são elas já...

Uma língua marcada por ditaduras, por subserviências, pela superioridade de umas criaturas sobre as outras, indiscutível e indesmentível... honras falsas, ouro falso...

Tenho aprendido muito com a minha nova empregada de limpeza, caboverdiana. 

É ótima, inteligente, trabalhadora, tem um cancro, nunca falta ao trabalho, nunca se queixa, eu trato-a por senhora, ela trata-me por tu. Em posts anteriores, referentes à minha última viagem a Cabo Verde, já contei que os autóctones me tratavam por tu...

Esta portuguesa língua!!!

SUS!


Bem, este texto podia ficar melhor, mais irónico, mais trabalhado, mas nos blogues sou imediatista. já está! Beijinhos. Aqui vai o meu contributo (anarquista?! Quem disse anarquista?! Eu?!) para o entendimento do acordo ortográfico e outros desacordos do mesmo género.

terça-feira, dezembro 21, 2010

Linguagem de emigrante e jogos do Facebook

Dou comigo a  a falar pelo telefone com uma amiga:
- Serias capaz de unwither os meus crops?
Bem, isto tem a ver com um jogo do Facebook. As minhas abóboras estão secas e ressequidas, mas vai lá um amigo, rega-as e elas ficam viçosas e óptimas. Como se diz isto em português? Como dizer algo que não acontece, algo seco tornar-se viçoso? Reavivar? Revitalizar? Desmurchar.
- Ok. - diz ela - E então, apanha-me um stump e um skull (tudo pronunciado como se fosse português: setumpe, sekule).


Ela quer dizer que lhe arranque uma raíz de uma árvore e que lhe apanhe um esqueleto do chão... talvez o esqueleto dum animal... como se diz isto em português?
- Apanha-me esse esqueleto!


Bem, é assim que falam normalmente os emigrantes portugueses: já não sabem, ou nunca souberam, dizer em português certas coisas e portanto, dizem-nas numa miscelânea de português e outra línguas.
Caro amigo: Sem sair de casa, sinta-se emigrante na sua terra, como se estivesse num país anglófono! Talvez lhe sirva para o futuro!

segunda-feira, setembro 13, 2010

A Pilota





Pelo menos em Cannes foi giro: tivemos uma pilota.
É assim: ao desembarcar e ao zarpar, precisamos dum rebocador e dum piloto da barra.
Parece que alguns navios modernos (e enormes) já conseguem manobrar sem nada disto, porque têm hélices colocadas de lado, que lhes permitem uma abordagem sempre na vertical, mesmo que seja de lado. Não é o caso do Navio Funchal, em que naveguei na última viagem marítima que fiz.
Há o piloto da barra, que neste caso nem chega a entrar no navio, limitando-se a dar instruções (por telemóvel?). Como era a vida quotidiana antes de haver telemóveis?
Há o rebocador, que puxa o navio para o lado direito ou esquerdo, para a frente ou para trás, fazendo o trabalho do leme dos barcos pequenos e dos grandes quando têm espaço de manobra. O que não é o caso: o porto não permite a velocidade nem fornece espaço para manobrar. Neste caso nem estávamos no porto, apenas ao largo da terra, mas há regras a cumprir...

Ficou todo o mundo muito feliz e a dizer adeus a Madame la Pilote, que retribuiu os adeuses.
Bem, os franceses são realmente evoluídos no que diz respeito aos direitos da mulher, nomeadamente em relação aos muito equívocos direitos sexuais... mas a gramática francesa não tem o feminino de termos como professor ou doutor... pode?
Ou piloto. Ou capitão, ou coronel. As profissões nobres não existem no feminino.

Dizer que uma mulher tem o direito de fazer amor quando e com quem lhe apetece, como dizem e acham os nossos vizinhos franceses, terra da liberdade, talvez seja, de certa forma, obrigá-la a fazer amor quando não quer ou com quem não lhe apetece.
Pois se é assim tão saudável, agradável e bom, como recusar? Com que argumentos? Antes será caso para agradecer...

Vocês não acham?

domingo, julho 18, 2010

A Turquia é o Peru dos ingleses. E americanos. Etc....

Há dois países chamados Peru. Para nós e para todo o mundo de expressão portuguesa, o país chamado Peru é o Peru.
Para os ingleses, americanos e demais gente de expressão inglesa, o país chamado Peru é a Turquia. Turkey, que quer dizer Turquia, pronuncia-se e escreve-se da mesma maneira que Turkey, ou seja, peru. Para eles, o país chamado Peru não lhes faz lembrar nenhum peru. Só a Turquia é que lhes faz lembrar um peru.
A Turquia é o Peru dos ingleses. E amaricanos. Etc....

Depois não digam assim:
- Ah! Nunca tinha pensado nisso!
Ou então não digam assim:
- A Nadinha é maluca. Imaginem, confundir a Turquia, que fica na Ásia Menor ou Médio Oriente, com o Peru, que fica na América do Sul...
Ou até mesmo na capoeira...
Ah! Sabiam que os perus não são capazes de sair de dentro de um círculo de giz desenhado no chão? E muita outras criaturas também não.
Não são só as pessoas do Peru nem são só as da Turquia que não são capazes de sair de dentro de um círculo de giz desenhado no chão. De forma visível. Ou mesmo invisível.
Mas algumas conseguem.


segunda-feira, junho 07, 2010

河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハ

河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ
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河昇鎮はハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハハッハッハ

E aqui vai também uma sonora gargalhada em Japonês.
Ocorreu-me que, logo depois de ter sido rei da China, talvez eu tenha sido Samurai no Japão, daqueles das espadas sagradas. Se calhar matei mais umas centenas de pessoas, mas, mais centena menos centena... não é por aí...

sábado, junho 05, 2010

哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈

Agradavelmente, a minha reacção em relação ao narrado no post anterior, tem sido esta:

哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈哈

Ver tradução, a partir do Chinês, no Google Translator.

(Ou seja: uma grande gargalhada, em chinês.)


sexta-feira, dezembro 25, 2009

Falar Línguas Estrangeiras

Um pássaro Mainá, que julgo ser um estorninho, na China, aprendeu a miar para impor respeito a dois papagaios que o dono tinha. Percebeu que os bichos têm medo do gato da vizinha e toca de falar a língua dele.
Não é giro?
VER AQUI