sábado, abril 09, 2011

As armas e os barões assinalados / Que não sei quê, não sei quê, não sei quê / Como dizem os nossos cultos eleitores...

E nem somos só nós a queixar-nos. Vejam:

O Governo português “tem uma grande responsabilidade” pela situação económica e financeira do país e colocou os parceiros europeus numa situação muito difícil por terem de decidir um programa de ajuda muito rapidamente e em condições tão complicadas", acusou o ministro sueco das Finanças, Anders Borg.

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Economistas, analistas e outros actores económicos de acordo: pedido chega tarde


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Nasce em Bruxelas um grupo de pressão contra o lobby bancário CLICAR


Mas, se já enrascámos a Europa inteira, pelo menos, não poderemos ao menos negociar um acordo em condições que nos sejam favoráveis? Ao menos aproveitar isso?
Estava tudo com o "credo na boca" à espera desta decisão...

Abstenção não, por favor!

E se os políticos fizessem o que têm a fazer e nos deixassem a nós a fazermos o que temos a fazer?
Por mim, tenho lutado por aquilo em que acredito, sem ligação a nenhum partido, mas gostaria de ter paz e sossego.
Vantagens dos 6 anos de governação de José Sócrates Pinto ( Sousa não, que eu ainda sou Sousa, não por ser chique, mas por causa do Rio Sousa - Nadinha Sousa):
- A legalização do aborto e do casamento homossexual - duas inovações da esquerda e da modernidade, que aprovo pois sou mesmo de esquerda, duas inovações sem as quais todos nós passávamos muito bem.
Desvantagens dos 6 anos de governação de José Sócrates Pinto ( Sousa não, que eu ainda sou Sousa, não por ser chique, mas por causa do Rio Sousa - Nadinha Sousa):
- *.* (Asterisco ponto asterisco: em linguagem informática quer dizer: tudo. Tudo mesmo). A título de exemplo:
- Gastou / Estourou o que temos e mais o que não temos.
- As políticas de direita ( com as quais os de direita não concordam, ao que parece).
- A submissão aos interesses económicos e financeiros dos bancos e quejandos.
- A legalização da corrupção ( o Boy da PT ganhou legalmente 4 milhões de Euros; um meu amigo estrangeiro pergunta-me no Facebook se a criatura está em liberdade. Qual é a resposta? Sim. Porquê? Ou melhor: porque não? Existe alguma lei que me proíba de ganhar balúrdios?)
- A ideia de que os outros políticos são tão incompetentes e tão corruptos como a criatura, o que leva muitas pessoas a absterem-se nas eleições.
- O inaudito descaramento, que leva jornalistas e adversários a calarem-se por pudor e por boa educação, 
em vez de acusarem a criatura de estar a mentir.
- A vergonha que fez corar ao rubro muitos portugas, que se consideravam até então orgulhosos de serem portugueses.
- Até mesmo aqueles que exageravam e que se consideravam superiores por serem brancos e que estão, talvez, sujeitos ao espírito de denegação: os brasileiros, maioritariamente escuros e os timorenses, maioritariamente pardos, estão a pensar ajudar-nos. E a verdade é que nós nunca fomos assim tão brancos...


Aguardamos o próximo prémio Nobel da Literatura (ganho por uma só pessoa) ou a vitória no próximo campeonato mundial de futebol (talvez do Porto ou do Benfica) para recuperarmos a ideia de que somos...
Somos o quê?
Não ouvi:
Somos o quê?
Somos, talvez, aqueles que elegem as criaturas que nos lixam ( a começar por um F)...
Somos demasiado "bem educados": afinal, todos nós desejamos ser tios e tias de Cascais, não é? E os tios são tão bem educados...


Sugestão / Proposta: e se votássemos nos outros partidos? 
Abstenção é que não, por favor!

sexta-feira, abril 08, 2011

Como justificar a impunidade?

Prefiro mil vezes um ladrão de delito comum que me assalta a casa e ainda destrói os vidros das janelas e as telhas do telhado, a um ladrão político, que me rouba o ordenado, as férias, a futura reforma e todo o dinheiro que tenho no banco, ou porque o desvaloriza, ou porque o banco e o país vão à falência.
Incluo nesta categoria todos os que voltarem a votar nas criaturas que fazem isto.


Portugal foi, alegadamente, o primeiro ou o segundo país a abolir a pena de morte, no Sec. XIX, mas foi realmente um dos últimos a fazer isso, dado que a pena de morte existiu em Portugal até ao 25 de Abril, exclusivamente para militares que cometessem crimes de guerra. Sem ser aplicada.


E se instaurássemos uma pena de morte só para crimes políticos? 
Afinal de contas, sempre houve a distinção: prisioneiros de delito comum / prisioneiros políticos, com diferenças significativas entre uns e outros.


Comparar um pobre serial-killer ou um pobre Zé dos Telhados a uma criatura que rouba o dinheiro e o orgulho dum país...
Convenhamos que somos só dez milhões. Ou mesmo menos.

quinta-feira, abril 07, 2011

A cereja do bolo



Numa altura em que se prepara para dar ao país uma das piores notícias da história, que não há dinheiro para pagar os ordenados de Maio da função pública, a não ser se pedirmos ajuda externa, com que se preocupa o nosso ilustre varão assinalado? Vejam.


A propósito, quantas vezes é que eu disse neste blogue que a ajuda externa era inevitável e quanto mais tarde pior? Não sou economista nem profeta...

quarta-feira, abril 06, 2011

Porque silenciam a ISLÂNDIA?

Este texto circula pela net, por ser muito verdadeiro e interessante.
"(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra. 
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)

Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal. 
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos. 
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições. 
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais. 
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010. 
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez. 
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo."
Por Francisco Gouveia, Eng.º

In Jornal Notícias do Douro

terça-feira, abril 05, 2011

Pourquoi me reveiller, o souffle du printemos?



Pourquoi me reveiller, o souffle du printemos? 
Sur mon front je sens tes caresses. 
Et pourtant bien proche est le temps 
Des orages et des tristesses. 
Demain, dans le vallon, 
Se souvenant de ma gloire premiere, 
Et ses yeux vainement chercheront ma splendeur: 
Ils ne trouveront plus que deuil et que misere! 
Helas! Pourquoi me reveiller, o souffle du printemps? 

Massenet

domingo, abril 03, 2011

A crise e as ervas do campo

Os franceses e alemães descobriram as ervas do campo quando passaram fome devido às duas guerras mundiais.
Que já tinham sido descobertas por toda  a tradição médica desde Esculápio ou Hipócrates. Ou mesmo pelo nosso grande Garcia de Orta, que introduziu as "drogas" da Índia na farmacopeia ocidental. Aliás, muito está para dizer sobre este autor de Os Simples ou Drogas da Índia, quase ignorado, desde que os portugueses resolveram votar em tipos que querem ser doutores e  engenheiros, sem estudar nem saber nada. Pobre terra! Pobre Terra Imunda!
Vem isto a propósito da crise. Enquanto algumas pessoas passam necessidades, vivendo embora no campo,  não lhes passa pela cabeça comer aquilo que consideram ervas daninhas, ao mesmo tempo que muitos outros, portugueses e não só, mas mais esclarecidos, as compram a preços disparatados.
Ontem, na Feira Biológica do Príncipe Real, vi umas ervas e quedei-me a ouvir as explicações. Dizia um comprador ao vendedor:
- Que é isto? ainda ontem arranquei muitas destas ervas do meu jardim e as deitei fora! Isto come-se?!!!
- Sim, como vê. Já viu a fortuna que deitou ao lixo?
Tratava-se de uma planta chamada borragem, uma erva daninha e infestante, que se vendia por um Euro num molhinho de três ervas. Sabe a pepino, pode comer-se crua, em salada, ou cozida, tem propriedades medicinais, mas não deve ser consumida em excesso.
Também havia urtigas, um molhinho por um Euro.
Perguntei na banca da Quinta do Poial, uma das melhores, senão a melhor, se havia Dente de Leão, ou Leitugas, Ou Pissenlit. Não há. Mas vai haver, porque já estão encomendadas as sementes.
No  regresso a casa, que fiz a pé, porque já estou melhor do pé, encontrei muitas leitugas na borda de ruas, junto ao Largo do Rato, por exemplo.  E até me lembrei da razão deste nome: a seiva é leitosa e pegajosa, parece leite, como a das figueiras. Era por isso que eu não gostava das leitugas.
E descobri também, ao ver umas folhas de chicória, que encontrei muitas daquelas na minha terra, quando, em criança e passeando com a minha mãe, apanhávamos algumas ervas pelos caminho e nos interstícios dos muros, para dar aos nossos coelhos e principalmente à minha coelha, de que já falei aqui, que me comia da mão. Ela e os filhos.
Ando a meditar um romance e já escrevi um conto, em que entram todas estas plantas, daí o meu interesse. E dos passeios que fazia com a minha mãe, em que colhíamos, esporadicamente algumas ervas. Essa, que julgo ser chicória, dizia ela que quando lha dávamos, "até os coelhos se riam". E de facto, a minha coelha ria-se quando eu lhe dava folhas de chicória. A minha mãe utilizava outra palavra, que não consigo recordar.

sábado, abril 02, 2011

Pissenlit / Dente de Leão





A erva daninha a que chamamos dente de leão, tem óptimos poderes medicinais, de que se destaca a acção diurética e laxativa. Pissenlit, o nome em francês, traduzir-se-ia pelo vernáculo, a culpa não é minha mas... bem... pissenlit quer dizer "mija na cama". Por aqui se vê...

Mas em França tem direito a grandes festas regionais, sem correspondência, acho eu, com as nossas romarias, onde se vende e se consome cerveja, vinho, mostarda, tudo de pissenlit. E sobretudo salada de toucinho com batatas e pissenlit. Imaginem!

Vejam bem como nós somos ricos, que não ligamos nenhuma a esta ervita daninha e andamos a comprar medicamentos caros, ou mesmo chá de dente de leão! mas agora, com a crise, podemos voltar-nos par as ervas do campo.

VER AQUI  A FESTA
Vem a propósito porque é agora que floresce e a festa do link é já no próximo domingo.

Os Índios das Américas chamavam-lhe "pegada de europeu", pois onde passassem os europeus, nasciam leitugas. Levavam as sementes, talvez nos pés, ou nos sapatos.

sexta-feira, abril 01, 2011

A receita está na água

Já repararam que alguns produtos vegetais, como cebolas e tomates, estão este ano muito melhores?
Deve ser por causa da muita chuva que caiu este Inverno.
Os italianos, para se referirem ao facto de os pratos regionais às vezes não ficam bem se forem feitos noutra região, dizem que a receita está na água.


Talvez esteja na muita ou pouca chuva que caiu naquela terra, ou na água com que fizeram a comida. 


Viva a chuva!

quinta-feira, março 31, 2011

Não pagamos!

Afinal, parece que parte da solução para a nossa crise é renegociarmos a dívida e não pagarmos uma parte dela.
Lembram-se daquela cantiga, muito melódica da "geração à rasca": não pagamos, não pagamos...?
O resto da letra era a repetição constante destas palavras...
É claro que, se fizermos isso, os bancos franceses e alemães ficam à rasca.
Sendo assim, quando a Mérkula vier para aqui querer interferir e elogiar o Socras, nós respondemos em coro e em voz de falsete:
- Não pagamos, não pagamos!

VER AQUI

Palavras de Lula da Silva sobre este poder não eleito e que se impõe a tudo e a todos:
"Que democracias temos nós que permitem o governo plutocrático de organizações sem rosto?"
ou
 "Não os critiqueis, dizem uns, pois ficam nervosos ou com stresse e furiosos e aumentam-nos as taxas de juro; votem em nós, não apoiem os incrédulos, temos de ganhar a confiança dos mercados..." 


Realmente, parece que o principal objectivo dos políticos, hoje em dia, é fazer a vontade a essas eminências pardas e sinistras, os mercados e os bancos.

domingo, março 27, 2011

Animem-se! Só falta uma semana para o fim-de-semana!

Animem-se! Está tudo mal, mas já esteve tudo pior.
Lembram-se daquela criatura, o Saddam Hussein, que tinha torneiras de ouro, uma colecção enorme de carros de luxo, outra colecção de palácios e que acabou num buraco a tremer de medo e de piolhos?
Mas não havia nenhum buraco, por pequeno que fosse, onde não fosse possível encontrar alguém que esteve tão na onda.
Boa semana. E não tenham maus pensamentos. Como por exemplo, desejar aos outros o que não queremos para nós, ou o que aconteceu ao Saddam... isso nunca! A ninguém. Nem mesmo à... ao... quer-se dezer...
Pensamento positivo!

sexta-feira, março 25, 2011

Ainda tinha mais encanto atrás das grades



Quem vai morrer de saudades é a tia Mérkula, que bastava assobiar para ter logo o seu Lulu a saltar.
Ainda vai haver mais encanto quando a tia Mérkula também for à vida e levar o seu Lulu para Timbuctu.
Estou tão inspirada que saiu tudo a rimar.

quinta-feira, março 24, 2011

Leiam e vejam isto III



Vídeo: "Durante muito tempo ninguém quis ver a realidade: ajuda sempre foi inevitável"

Vejam também como as acções da bolsa estão a subir!

In Jornal de Negócios Online

Champagne

Algumas pessoas parecem não entender o óbvio: por muito maus que possam ser os outros políticos, muito dificilmente se encontra um que seja simultaneamente tão mau e tão bom como Sócrates. Bom político na politiquice, nos discursos e nos truques, desastroso governante por não ter escrúpulos nem moral.
Quem é que não consegue tirar um curso pelas vias normais e o consegue com artimanhas?

quarta-feira, março 23, 2011

E tu morrerás na terra imunda! - Diz o Senhor

Inventei este título, Terra Imunda, por oposição à ideia que tenho do mar, que é puro e limpo, em que nem há poeira, pelo menos visível.
Mas encontrei no Google várias referências bíblicas à Terra Imunda, que vêm a propósito agora, quando os políticos, abomináveis e imundos, sobretudo um deles, podem transformar esta terra sagrada, como o são todas as terras, numa terra imunda e abominável, por contágio. mais do que nunca.


"Portanto assim diz o SENHOR: Tua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à espada, e a tua terra será repartida a cordel, e tu morrerás na terra imunda, e Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra.
Depois Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, e foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza"
in Amós

42 "Tudo o que anda sobre o ventre, tudo o que anda sobre quatro pés, e tudo o que tem muitos pés, enfim todos os animais rasteiros que se movem sobre a terra, desses não comereis, porquanto são abomináveis."
43 "Não vos tomareis abomináveis por nenhum animal rasteiro, nem neles vos contaminareis, para não vos tornardes imundos por eles."
in Levítico

terça-feira, março 22, 2011

Leiam isto II: Porquê tanto medo do FMI?

"Porquê tanto medo do FMI? 

22/03/2011 


Para muitos analistas, a persistente rejeição dos poderes públicos à "entrada do FMI" está a transformar-se numa atitude irracional, motivada por resquícios de ultrapassados julgamentos ideológicos, qual última barreira ao avanço do "neo-liberalismo". É um erro - e uma ingenuidade - pensar assim. Por um lado, aquela atitude é bem cerebral e, por outro, o descaramento das políticas da chamada terceira via há muito curou aqueles pruridos ideológicos.

Há que procurar melhor as verdadeiras razões.

De facto, a recusa em aceitar pacificamente a colaboração do 
FMI - tão frequente e veementemente afirmada - não releva nem da ideologia, nem da irracionalidade. Pelo contrário, aquela atitude repousa numa rigorosa análise das consequências previsíveis da intervenção do FMI sobre a opacidade da informação e dos processos de decisão em fundamentais aspectos da política económica. 


O medo do FMI é - antes de tudo o resto - temor da capacidade de análise e de revelação do estado real da economia portuguesa, em geral, mas sobretudo, no âmbito dos compromissos públicos constantes nos contratos das parcerias público - privadas e concessões e em todos os compromissos implícitos e não publicitados propiciados pela reinante promiscuidade entre os sectores público e privado. 


No processo, em curso, de renegociação do Fundo Europeu de Estabilização Financeira alguns viram uma certa subalternização do FMI. Viram mal.

Recordemos que, no ano passado, quando se organizou o processo de ajuda à 
Grécia, a participação do FMI, a princípio, foi muito contestada. Mas aquela participação acabou por ficar consagrada e é hoje considerada indispensável. De facto, o FMI é insubstituível devido à sua capacidade técnica, à sua independência e à profundidade do trabalho de recolha de informação das suas equipas de peritos. "

Leiam isto

"Eles pensam que é tudo estúpido
22/03/2011


Entre outras razões porque se atingiu um superávite histórico nas contas do Estado (800 milhões de euros). É chocante ver como em Portugal se trata as Finanças Públicas como um "número" de magia à lá David Copperfield ou Luís de Matos.


Comecemos pela pergunta mais óbvia: como é que um país que luta para reduzir o défice para 4,6% pode ter um superávite (excesso de receita sobre despesa)? A resposta é simples: não pode. O que tivemos em Fevereiro foi mais uma "chico-espertice" made in Ministério das Finanças: protelou-se o pagamento de despesas. As suspeitas já andavam no ar desde a semana passada mas ontem, a avaliar pelo "Negócios" e pelo "DE" elas confirmaram-se.


Isto resolve alguma coisa? Não: as despesas, mesmo que adiadas, têm de ser pagas. Ou seja, no final do ano as contas têm de quadrar. São artifícios destes (jogar com a diferença entre contabilidade pública e contabilidade nacional) que mostram o desespero do Governo: precisa de apresentar, a todo o custo, boas notícias aos mercados e ao binómio Merkel/BCE. Mas os pais da ideia não percebem que o procedimento só contribui para agravar a descredibilização da República. Porque se estas jogatanas passam ao lado do cidadão comum, nem os investidores nem o BCE, nem os assessores da senhora Merkel são tão descuidados. Senão veja-se: os juros continuam elevados e só baixam quando o BCE nos dá uma mãozinha. Assim como assim, se calhar é melhor contratar o prestigiado Copperfield, ou o não menos eficaz Luís de Matos. "

segunda-feira, março 21, 2011

Champagne

Um jovem muito jovem perguntou-me:
- Mas não acha que os outros são todos piores do que o Sócrates? Que o Sócrates ainda é o melhor deles todos?
Respondi:
- A minha mulher-a-dias seria muito melhor do que o Sócrates.
Não tenho a mais pequena dúvida a respeito deste assunto.
Espero que a D. Matilde ( nome fictício) não leia este post. Podia candidatar-se...
(Foto retirada da Internet)
Caros amigos: talvez não estejam a par, porque  a economia é uma  coisa complicada e difícil, que implica conhecimento, mas nós estamos nesta situação, em grande parte por culpa da Alemanha.
Tudo isto começou com a crise do subprime nos Estados Unidos da América. Os portugueses, como não têm muito dinheiro, nunca investiram nestes produtos subprime e é por isso que os nossos bancos estão bem, ao contrário dos da Irlanda e outros.
Mas os alemães investiram e especularam muitíssimo. Estando Portugal na Europa, sobrou para nós.
Como se não nos tivesse bastado este governo que dura há 6 anos e que destruiu a educação e a justiça.
Não fiquemos subservientes à Alemanha. Estamos todos no mesmo barco. E o FMI é inevitável. Talvez até bom.
O Pedro Passos Coelho não será grande coisa, talvez, mas não mostra a sede de poder do Sócrates. É mesmo um tanto modesto... e são as pessoas que fazem a diferença.


VER NOTÍCIA EM CONSTRUÇÃO NO PÚBLICO

OU AQUI, UMA OPINIÃO

domingo, março 20, 2011

Ainda o Holly Festival, na Índia, no Nepal, etc.


Relacionado com esta conjugação lunar, o Holly Festival, uma imensa festa em vários países do Oriente. É a festa da côr.
VER AQUI

(Como referido no post anterior.)
Foto retirada do link referido acima:
http://www.boston.com/bigpicture/2009/03/holi_the_festival_of_colors.html

sábado, março 19, 2011

"Metade" da Terra está em festa, a celebrar a lua cheia






Damos alguma importância, neste momento, a um evento que foi noticiado pelos media, o facto de a lua cheia estar hoje particularmente brilhante. Se os media não dissessem, nós nem reparávamos.

Por todo o Oriente e também entre adeptos de religiões orientais no Ocidente, celebra-se hoje o festival de Gaura Purnima ou "Holy Festival", uma festa importantíssima, que pode durar muitos dias, em que não se trabalha.

Celebra a lenda de um príncipe, adepto de Vishnu, da mitologia Hindu. Outros celebram o dia de um Guru mais recente.

Quanto ao Príncipe, trata-se duma história semelhante às das mártires do princípio do Cristianismo.

O pai, que era rei, mandou matar o filho por ser adepto de Vishnu, mas todas as tentativas falharam, pois o príncipe Prahlad não morria... então a madrasta Holika, que era imune ao fogo, desafiou-o a sentar-se com ela sobre uma enorme fogueira. Prahlad aceitou o desafio, mas a madrasta morreu queimada e ele sobreviveu sem um arranhão.




As pessoas cantam e jejuam durante todo o dia e começam a comer e a celebrar com o nascimento da Lua, que é sempre especial nesta época, a última lua-cheia do Inverno.

Na véspera há fogos de artífício, para recordar o episódio da fogueira.

Durante a festa, as pessoas atiram umas às outras com tintas de cores garridas. Nestes dias não consideram as diferenças de casta nem de estatuto.







Encontrei a referência a estes factos já no ano passado, através de amigos virtuais indianos e nepaleses, que enviam mensagens de felicitações a todos, como fazemos no Natal. Não encontrei nenhuma informação em português e, como nem todos sabem inglês, o blogue dará um contributo para os que desejarem inteirar-se.

Este post está em construção, aceitam-se informações e imagens.