Ninguém exige coerência aos partidos que estiveram no poder, pois seria acusado de ingenuidade.
O passos coelho foi eleito por prometer acabar com a austeridade, depois gabou-se de ter ido para além da troika e não se demitiu nem foi demitido, apesar de o próprio FMI ter confessado que exagerou na austeridade. *
O Sócrates fez o que se sabe, os submarinos estão até hoje como anedota, as pessoas sorriem quando se fala disso, embora graça não seja nenhuma.
A corrupção política e a inoperância da justiça estão no auge, mas os problemas graves parecem ser o estacionamento da Madona e o robles ter comprado uma casa.
Quanto ao PCP, é muitíssimo coerente em termos políticos e mesmo nada a defender os direitos humanos, quando estes são violados por ditaduras comunistas.
E nada se diz quanto a outra incoerência gritante, que nunca deu celeuma em Portugal, embora dê noutros países: a pedofilia dos padres. Que exigem a castidade, a contenção, a abstinência entre adultos, em graus diversos, desde a abstinência total entre adultos gay, à continência de casais catolicamente casados, enquanto eles mesmos abusam sexualmente de crianças. Moralistas imorais que passam impunes na opinião pública e publicada.
Todos nós nos sentimos envergonhados só de falar nisto, portanto é assunto tabu.
Não devia ser, sendo Portugal um dos países mais católicos do mundo, até pela sua história de levar esta religião para os outros continentes.
Mas os assuntos a discutir em Portugal fazem parte de uma agenda, gerida não se sabe muito bem por quem...
Ou sabe?
Não há nada em Portugal que não seja partidário.