quarta-feira, dezembro 21, 2016

Votos de ...

Caros amigos do blogue e outros:
Uns enviam-me votos de feliz Natal por email, outros por Message, outros por Facebook.
Estou como uma rapariga marroquina que conheci em Marrocos e da qual fui amiga por uns tempos.
Porquê desejar-me só um dia feliz, quando, na verdade nem sou muito católica nem muito devotado à família e o dia Natal pouco significa para mim?
Desejo-vos a todos, como resposta, uma vida longa e feliz, o mesmo que desejo para mim.
O mesmo que me desejava em todas as cartas e postais a rapariga marroquina.

sábado, dezembro 17, 2016


Quando eu era pequena e depois muito jovem, era tão magra que dificilmente encontraria uma pessoa mis fraca, considerando mais fraca uma pessoa menos robusta, fisicamente. 
Ainda assim, o meu pai, que morreu nos meus 19 anos, disse-me muitas vezes:
- Nunca batas numa pessoa mais fraca do que tu. 
Creio que nunca o fiz, até hoje. Considerando as palavras fraca e forte como metáforas, na maior parte dos casos. Ou no seu sentido real.
Pelo contrário, tenho "batido" nos mais fortes, às vezes com prejuízo de mim mesma. Mas foi a educação que recebi. 
É a educação que tenho transmitido e que só hoje me lembrei de agradecer. ao meu pai, que pouco conheci.

Nunca "bater" numa pessoa mais fraca

Quando eu era pequena e depois muito jovem, eu era tão magra, que dificilmente encontraria uma pessoa mais fraca, considerando mais fraca uma pessoa menos robusta, fisicamente.

Ainda assim, o meu pai, que morreu nos meus 19 anos, disse-me muitas vezes:
- Nunca batas numa pessoa mais fraca do que tu!

Creio que nunca o fiz, até hoje. Considerando as palavras fraca e forte como metáforas, na maior parte dos casos. Ou no seu sentido real, desde que ganhei peso.

Pelo contrário, tenho "batido" nos mais fortes, às vezes com prejuízo de mim mesma. Mas foi a educação que recebi.

É a educação que tenho transmitido sempre e que só hoje me lembrei de agradecer. 

Como homenagem ao meu pai, que pouco conheci.
Faz este mês muitos anos que morreu, tinha eu 19.

sexta-feira, dezembro 16, 2016

fazer fretes? Nunca foi obrigatório

Nunca fiz fretes. Sempre disse o que pensava, sem qualquer receio.
Mas já cheguei a uma idade em que posso dizer: já não tenho idade para fazer fretes.

Fim da Cornucópia?


Fui uma vez a Cornucópia, fora outras vezes, convidada como delegada de português, ou seja, esperavam se que eu comprasse uns duzentos bilhetes. 
Trataram-me como se fosse uma fã do tipo Luís Miguel Cintra, como se toda a gente fosse fã dessa criatura, como se fosse eu a agradecer por lhes ir dar uma grana. Arrogância, prepotência...  
Eu era a única convidada do género que estava presente e diverti-me imenso a conversar com a Beatriz Costa, que se encontrava entre o público.
Voltei lá outras vezes, outras tantas secas.
Para que público representavam estas criaturas? Para mártires? Para submissos? Para proletários eruditos?
No dia que menciono apareceu uma professora, não convidada, que se mostrou muitíssimo honrada e orgulhosa por poder falar com a criatura. Elogiou, elogiou, mas foi tratada como aquilo que era e como aquilo que se mostrava: como um ser inferior.
Nem sei como esta companhia teatral aguentou tanto tempo. 
Não, seguramente, pelas receitas próprias. Nem talvez por méritos próprios.
Muito menos pelo público.

A Cornucópia foi agora encerrada: VER NOTÍCIA NESTE LINK

terça-feira, dezembro 13, 2016

Sugam-nos o sangue e o dinheiro e a vergonha


Nos filmes e livros em que tudo é simples e fácil, os bons são parvos e os maus são espertos. ou seja, os maus são bons e os bons são parvos.
Nem sei dizer como me sinto com mais este caso de corrupção, desta vez com sangue humano, e outra vez relacionado com o Sócrates. Não é por eu ser dadora de sangue. É porque todos nós somos dadores de maravilhas para esta gente que nos rouba tudo; dinheiro,, credibilidade para o país e até mesmo sangue.
Também me impressiona que ninguém se importe muito com nada disto e que ninguém faça nada.
VER A NOTÍCIA, CLICANDO AQUI

domingo, dezembro 11, 2016

Convento dos Cardães



Cardães porque existiam muitos cardos no sítio onde foi construído, as terras eram cardais. Ou cardães.

Começou por sere um convento de carmelitas descalças, devotado, portanto,a  Santa Teresa de Ávila. Os azulejos representam a sua vida: os da igreja, encomendados de Itália, reproduzem com fidelidade as imagens do livro da sua biografia. Os do coro, produzidos em Portugal e muito mais bonitos, são uma versão livre dos mesmos.


quarta-feira, dezembro 07, 2016

Resultados PISA? Tão tortos e tão a cair ao chão como a Torre de Pisa



PISA: Portugal estava numa situação miserável no PISA quando os alunos eram muito melhores, está agora por cima, quando os professores mal conseguem dar aulas. Obrigada pelos parabéns aos professores. Não os merecemos, tal como não merecíamos as injúrias.
O ensino mudou muito, sim. Para pior.
Ainda existem alunos fantásticos, mas são cada vez mais raros.


Não devemos ser parvos e sim, lúcidos.

domingo, dezembro 04, 2016

As Horas do Douro - filme

Passa ás vezes na televisão o belíssimo e muito espiritual filme "As horas do Douro".


É um documentário poético sobre o Alto Douro, interpretando como atitude religiosa, quase monástica, a construção da paisagem e a constante invenção do vinho, o qual é sempre diferente, dependendo do tempo atmosférico e do tempo do trabalho do homem. 

As horas do douro constituem-se como uma sucessão de peregrinações a caminho da perfeição. Do homem, da paisagem e do vinho.

Um filme, creio que o único, de António Barreto.

sábado, dezembro 03, 2016

Os portugueses não dizem bom dia? Sim, dizem. Muito. E de muitas maneiras

Bom dia? Bom dia!!! BOM DIA!!!!!

Um estrangeiro, num site da BBC, elogiou, ou melhor, comentou, com alguns elogios, a vida em Portugal.
Faz uma estranha afirmação: "os portugueses não dizem bom dia".


Ao ler este comentário, ficamos surpreendidos, pois é suposto o bom dia ser obrigatório, parece ue todos dizemos e repetimos bom dia, ainda que nas cidades só a algumas pessoas, mas muito há a dizer sobre este assunto.

Tipo 1 - Existe um bom dia interrogativo, utilizado nas lojas e nas repartições públicas, que significa: "O que é que você quer?"
Como este bom dia não quer dizer bom dia, não é obrigatório, ou não deveria ser obrigatório, responder bom dia.

Sobretudo se não nos apetece estabelecer comunicação com aquela criatura, que disse um bom dia num tom interrogativo agressivo. Às vezes, trata-se de um empregado (ou empregada) que prefere não vender nada, o que lhe dá menos trabalho do que vender alguma coisa. O que se encontra sobretudo aos fins de semana, de gente que faz uns biscates, mas não só. Nesse caso:

- Bom dia?!
- Bom dia. Vende este produto? 
- Não!!!
- Oh, que pena, disseram-me que vendiam aqui essa coisa...  Mas... estou a vê-la... ali!
- Porque é que não disse logo que era aquilo o que queria?!  Eu não adivinho!!!

Tipo 2- Existe um bom dia agressivo, podendo ser às vezes também interrogativo. Este bom dia quer dizer: 

"Você tem obrigação de me dizer bom dia. Porque é que não disse? "

Como este bom dia também não quer dizer bom dia, não é obrigatório responder bom dia.

Exemplo: um dia, entro numa loja das Amoreiras ao sábado. Ao contrário da maioria, esta loja tem uma cadeira para as empregadas, num local elevado, como se fosse um trono.
Entro para ver as carteiras. A rapariga, espapaçada no trono, diz-me de longe um bom dia interrogativo, como quem quer dizer:
- Olhe lá, porque é que não vai a outra loja e não me deixa em paz? Acha que tenho obrigação de a aturar? 

Um bom dia pode querer dizer muita coisa, dependendo do tom. 
Não respondi, claro. Pois aquele bom dia não queria dizer que a rapariga me desejava bom dia. Aliás, raramente quer dizer isso, pelo menos aqui, em Lisboa. 

Como não respondi, a menina repetiu o bom dia, desta vez no tom agressivo e interrogativo de quem Pergunta: 
-Ó sua malcriada! Eu disse bom dia e você não responde? 
Não respondi.
A cachopa repetiu a pergunta várias vezes e cada vez mais alto, passando pela fase de me julgar surda, ultrapassando essa fase, ao ver-me olhar para ela, ao ponto de lhe poder ler os lábios. "Read my Lips".

Finalmente, apriximei-me da criatura e perguntei-lhe, em voz baixa:
- Porque é que você está sempre a dizer bom dia?... 

Voltei no dia seguinte, domingo, pois no fundo, não tinha visto bem as carteiras, com tanto bom dia, bom dia, bom dia.

Estava lá a mesma rapariga, que, obviamente, tinha feito queixa de mim à patroa, ou supervisora, ou lá como é que se diz e tinha sido esclarecida. Levantou-se do pedestal, pela primeira vez desde a véspera, aproximou-se de mim e perguntou, delicadamente:
- Bom dia. Posso ajudar? 
- Olá, bom dia! 
Desta vez, tudo bem. Mas este "Posso Ajudar?" -  também tem muito que se lhe diga. 
Mas isso fica para outro post. 

Americanices! 



sexta-feira, dezembro 02, 2016

Sim, a democracia é gira! Mas o respeitinho é tão bonito...

Não, eu não sou intransigente, mas presto muita atenção aos símbolos e aos indícios, que tento interpretar.
Nestes dias que passaram, alguns dias de homenagem aos reis de Espanha, não por acaso chamado ele Filipe, como os execrandos Filipes, seguidos, estes dias, do dia da restauração da independência em relação à Espanha e aos Filipes de Espanha, tudo são símbolos.
Que, ou são dramáticos no sentido teatral, ou são caricatos. 

E concordo com estas palavras de Francisco Louçã:"

"Enfunados, preparam agora uma revisão constitucional cirúrgica para impor a obrigatoriedade do aplauso de todos os parlamentares, sobretudo contra os toscos que acham que podem discordar de palavras régias, era o que faltava que a plebe se armasse em direito de opinião, no que isso poderia dar se lhes damos rédea solta."

Outr citação:
"Mas foi então que caiu a bomba da desilusão. A SIC revelou, numa peça em hora de ponta, que a rainha afinal tinha usado num destes jantares de gala o vestido que já envergara num casamento no Luxemburgo. "


ver texto integral Aqui: