Já escrevi aqui vários comentários sobre o livro, que me deixou um sentido de incompletude, ao ponto de imaginar que, provavelmente, o filme seria muito melhor.
Com grande entusiasmo, fui ver o filme e por pouco não saí a meio.
O filme acentua e multiplica por mil o defeito do livro, que, alegadamente, pretendendo ser uma viagem espiritual, passando da matéria concreta (comer) para o espírito (orar) e depois para o amor, a grande energia que transforma a matéria em espírito (é esta a ideia). Esta de a matéria se transformar em energia é aquela fórmula conhecida do Einstein. A energia ser o espírito é a base das teorias filosóficas e místicas do Oriente, na sua posterior tradução para o Ocidente, o qual precisa de fórmulas e de Einsteins, quanto mais incompreendidos e marginalizados melhor.
Tanto o livro como o filme dão a ideia (talvez errada?:)) de que a tipa, afinal, só andava à procura dum homem. Ou de que a única coisa importante neste mundo é que uma tipa gira encontre um tipo. E desde que haja sexo, tudo bem... faz bem à saúde, etc.
O único problema é que, tanto o livro como o filme parecem querer demonstrar exactamente o oposto de tudo isto. E negar que as americanas só pensam em sexo.
É chato. Como se diz agora: um flop. Pior: um flopezinho.
1 comentário:
Vi ontem o filme e também o achei péssimo, cheio de lugares-comuns e sem uma história consequente: a protagonista vai da Itália para a Índia e daí para Bali porque assim o tinha decidido, mas não me pareceu que qualquer dessas estadias fosse um verdadeiro enriquecimento pessoal levado até ao fim.
É verdade, Nadia, apesar dos protestos sempre pareceu que ela andava simplesmente à procura de homem.
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