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domingo, dezembro 23, 2012

Gare de São Bento








Tem azulejos ilustrativos da dramática e sisuda história de Portugal, aligeirados com uns mais leves sobre costumes das regiões.

domingo, abril 29, 2012

Donos de Portugal




Aqui fica um vídeo, demonstrando que o grande capital português e as "grandes famílias" foram promovidos pelo salazarismo.
Por aqui já podemos entender a preferência dessas famílias e apaniguados por Salazar. E por um catolicismo arcaico e obsoleto.
Mas... e as crianças, senhor? Porque é que também defendem Salazar e esse catolicismo salazarento?
Demonstra também que essas empresas dependiam da repressão política. Mas nunca pagaram por isso, pois não???

quarta-feira, abril 25, 2012

Filme português Tabu: quem é o meu vizinho?

Fui ver este filme, Tabu, que é uma seca razoável a preto e branco, com a moda do preto e do branco numa paisagem africana que deve ser muito colorida, mas que imaginamos a preto e branco por ouvirmos falar e por ter ficado registada em vídeos sem cor, nessa época colonial.

Tem alguma graça, às vezes, e sobretudo a graça de podermos imaginar que a velhinha que é a nossa vizinha do lado talvez seja uma criatura aventurosa que teve uma fazenda em África, ou mesmo uma antiga passionara e assassina...
E o velhinho do lar de velhinhos talvez tenha sido um mata-corações, caçador de leões e de jacarés em África... ao ponto de uma mulher cometer um crime por ele.

Ele há cousas!!! 

Sempre que as personagens se deslocam, vão acompanhadas de vários negros que fazem tudo, com toda a submissão. Provavelmente reflete a realidade da época, mas faz impressão.

quinta-feira, dezembro 08, 2011

A cobardia dos costumes brandos: ainda a ditadura


Barros Basto: o militar judeu que foi expulso do exército português em 1937 por praticar actos próprios da religião judaica.


É assim que se manifesta a segregação racista e anti-semita em Portugal, por épocas de perseguição aos judeus na Europa. Como o Capitão Barros Basto tentou reinstaurar em Lisboa a prática da religião judaica, entretanto quase desaparecida do país, foi difamado, sob uma acusação falsamente moralista, relacionada com o facto de praticar a circuncisão em rapazes, tendo sido, por esse motivo, destituído das honras militares. Porque é assim que funcionam os brandos costumes: por consenso. Ninguém é perseguido por ser judeu ou judaizante, apenas por ser imoral ou "imoralizante". Como aconteceu com o filósofo grego Sócrates. A neta do militar judeu tem um blogue que pretende ser uma forma de luta pela sua reabilitação e pela reposição da justiça, comparando-o ao famoso caso de Dreyfus, que ocorreu em França. 


Este assunto é também importante para a escrita da nossa história recente.




Mais desenvolvimentos deste assunto em 29 Fevereiro 2012


VER AQUI

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Abaixo a Independência de Portugal e a restauração da Independência

Num passado remoto que já deveria ter sido esquecido, D. Afonso Henriques e mais tarde d. João IV meteram na cabeça a ideia peregrina de que Portugal deveria ser um reino independente de Espanha.
Actualmente todos nós desejaríamos pertencer a Espanha, para ganharmos mais dinheiro e vivermos melhor, mas os espanhóis não nos querem.
- Ide para a vossa terra, "galegos ciganos"! - que é como nos chamam. - Fora do euro e da CEE!
Mas agora, com a extinção das comemorações da Independência, já pode ser que nos queiram.

segunda-feira, maio 09, 2011

O 1º País a abolir a escravatura?

Há vários blogues portugueses a denunciarem os erros históricos cometidos no vídeo que a Câmara de Cascais fez, para enviar aos Finlandeses. E vai fazer mais. *
A acreditar nesses blogues, quase nada, nesse vídeo, corresponde à verdade.

O que me saltou à vista, numa primeira visualização, foi a ideia peregrina de que Portugal aboliu a escravatura 100 anos antes dos Estados Unidos. De facto, é usual dizer-se que Portugal foi o 1º país a abolir a escravatura. Tenho discutido este assunto, que a princípio me despertou muita perplexidade. É um dos muitos mitos em que se baseia o orgulho português e quase que a própria identidade portuguesa.

O Marquês de Pombal aboliu a escravatura em 1761, mas só no papel. Aboliu-a em Portugal Continental e na Índia Portuguesa, quero dizer, nas colónias portuguesas na Índia, deixando bem claro ser muito importante que não faltassem escravos no Brasil.

Portugal tem uma das histórias mais vergonhosas do mundo no que diz respeito à escravatura e precisa duma mentira deste calibre para se branquear. É esta a origem dos mitos, quase todos inventados por Salazar e apaniguados.

A escravatura só foi abolida no Brasil muito depois da independência do Brasil, mais exactamente em 1888. Em território português, ela existiu na prática, ainda durante o Salazarismo e até ao 25 de Abril.
Não há muitos portugueses que saibam estes factos: quando, nas colónias africanas portuguesas, um "criado" negro não queria continuar a trabalhar para o português branco (eram ambos considerados portugueses, mas...), muitas vezes porque era espancado por ele, fugia.
Depois de fugir, era procurado e normalmente apanhado por uma polícia especial só para negros, constituída por negros e mulatos. Era espancado pela polícia por ter fugido e logo entregue ao antigo patrão.
Isto não é escravatura?

O romance "Equador" de Miguel Sousa Tavares explica bem, baseado numa investigação histórica, como a escravatura persistiu no Sec. XIX, com alguns disfarces legais, pouco disfarçados e nada legais.
Para não dizer que os portugueses se destacaram pela negativa no tráfico negreiro, até mesmo quando ele era proibido nos mares.
Quando se estudava, durante o Estado Novo, décadas de 60 e 70, aprendia-se que, entre as nossas muitas colónias, tínhamos Goa, Damão e Diu. Já não tínhamos. Era mentira.

Pobre da Terra Imunda que precise destas mentiras demasiado descaradas para se orgulhar de si mesma. Há-de haver motivos mais válidos.
Portugal pode orgulhar-se do que fez bem, não precisa de se orgulhar do que fez mal.

* N.B.: O vídeo está neste blogue, é o penúltimo post antes deste (Maio de 2011).

Ver blogues que apontam os erros


COMO ESTE POST TEM DESPERTADO MUITO INTERESSE E MUITA POLÉMICA, APAGUEI MESMO ALGUNS COMENTÁRIOS POR DESCABIDOS E / OU OFENSIVOS, DECIDI ATUALIZÁ-LO EM 25 /  9 / 2015, COM BASE EM NOTÍCIAS DE COLÓQUIO SOBRE O ASSUNTO

Como falar de escravatura sem ser antiportuguês

Uma história da escravatura sem heróis (incluindo o escravo)http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia/como-falar-de-escravatura-sem-ser-antiportugues-1708787


(Ver outros posts deste blog sobre escravatura, clicando no link abaixo.)

segunda-feira, novembro 06, 2006

Shiatsu V (Ver cenas dos capítulos anteriores)

- Ó Sancho, tu estás outra vez todo escaqueirado, todo esbodegado, todo arranhado. Foi o Mem?
- Não, foram os mouros.
- Ah, até que enfim. Costuma ser sempre fogo amigo, ou seja, o Mem.
- Porque é que as mulheres não gostam do Mem?
- Porque ele é um trapalhão e dá cabo de vocês…
- Fica a saber que o Mem é um dos nossos melhores guerreiros!
- Contra vocês!
- E além disso, é o que bebe mais! Aguenta como um cavalo.
- Ai ele bebe assim?
- Ele é muito raro ficar em coma alcoólico...
- Enfim, isso de lutar contra os mouros é uma coisa um bocado antiga… nunca percebi.
- Nós lutamos contra os mouros porque eles não acreditam em Deus!
- Nem eu!
- Tu não acreditas em Deus?
- Eu não. E tu, acreditas?
- Sei lá! Nunca pensei nisso.
- Então pensa.
- Está bem!
- Já estás a pensar? Estás a ouvir? Ouves? Ele, logo que começa a pensar, começa logo a ressonar!
- O meu também é assim.
- O teu? Qual deles?
- O Mem.
- Ah! Eles são parecidos.