E Agora recebi este mail (o meu computador está a consertar o vírus, estou a escreveu numa estação para turistas):
ONTEM POR TIMOR, HOJE PELO TIBETE ! - 4ª, dia 19, 18.30 - Concentração e Vigília frente à Embaixada da China Concentração e Vigília em frente à Embaixada da República Popular da China, 4ª feira, 19 de Março, a partir das 18.30 (R. São Caetano, 2, Lisboa, à Lapa)
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
quinta-feira, março 20, 2008
quarta-feira, março 19, 2008
Povo do Tibete
Recebi isto poe email e aqui vai a resposta ao pedido de "divulgar"
está on line uma petição para que a Assembleia da República aprove, de acordo com os princípios fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa, uma moção de censura à sistemática violação dos Direitos Humanos e das Liberdades Política e Religiosa no Tibete, por parte do Governo Chinês.
http://www.PetitionOnline.com/Tibete08/petition.html
P.f. assinem e divulguem !
está on line uma petição para que a Assembleia da República aprove, de acordo com os princípios fundamentais consagrados na Constituição da República Portuguesa, uma moção de censura à sistemática violação dos Direitos Humanos e das Liberdades Política e Religiosa no Tibete, por parte do Governo Chinês.
http://www.PetitionOnline.com/Tibete08/petition.html
P.f. assinem e divulguem !
segunda-feira, março 17, 2008
Todos os Ingredientes para quê?
Um conhecido jornalista e também escritor de romances históricos fez um comentário na capa dum romance que se pretende tão histórico e tão "best-seller" como os dele (cito de cor):
"Este romance tem amor, sexo, traição, dinheiro e espionagem, enfim, tem todos os ingredientes".
Pergunto: Tem todos os ingredientes para quê?
Para ser uma obra literária original? Para apresentar um novo rumo da literatura nacional e mundial? Para apresentar algo de novo e ou de construtivo?
Para vender muitos livros?
Era a isto que Garrettt chamava: "receita para fazer literatura original com pouco trabalho". Da lista de ingredientes de Garrett não constavam o sexo nem a violência... outros tempos... mais ingénuos...
Esses autores que Garrett criticava e que ganhavam também muito dinheiro, desses não reza a história e nunca nenhum de nós ouviu falar deles.
De facto, o romance histórico já data dessa época, ou seja, é algo quase arcaico; de facto, o cinema nem sequer acompanha esta tendência economicista das livrarias, das editoras e dos autores... o retorno ao passado, aos tempos idílicos em que ainda não existiam os males do nosso tempo; quanto às artes plásticas: nunca estiveram tão a milhares de léguas da literatura, na sua (dela) ambição de ganhar dinheiro.
"Este romance tem amor, sexo, traição, dinheiro e espionagem, enfim, tem todos os ingredientes".
Pergunto: Tem todos os ingredientes para quê?
Para ser uma obra literária original? Para apresentar um novo rumo da literatura nacional e mundial? Para apresentar algo de novo e ou de construtivo?
Para vender muitos livros?
Era a isto que Garrettt chamava: "receita para fazer literatura original com pouco trabalho". Da lista de ingredientes de Garrett não constavam o sexo nem a violência... outros tempos... mais ingénuos...
Esses autores que Garrett criticava e que ganhavam também muito dinheiro, desses não reza a história e nunca nenhum de nós ouviu falar deles.
De facto, o romance histórico já data dessa época, ou seja, é algo quase arcaico; de facto, o cinema nem sequer acompanha esta tendência economicista das livrarias, das editoras e dos autores... o retorno ao passado, aos tempos idílicos em que ainda não existiam os males do nosso tempo; quanto às artes plásticas: nunca estiveram tão a milhares de léguas da literatura, na sua (dela) ambição de ganhar dinheiro.
O mesmo conhecido jornalista e também escritor acaba de vender os seus livros a editoras americanas, tendo para isso feito algumas alterações para agradar ao "gosto" amaricano, nomeadamente retirar todas as descrições de comida: os americanos não gostam de comida europeia. Esperemos que as personagens históricas europeias não tenham todas começado a comer hamburgers e a beber Coca-Cola.
sábado, março 15, 2008
Tibete: Espírito do Mundo
Comparem:
Alguns extremistas islâmicos fazem atentados suicidas: matam-se a eles mesmos e a muitos.
O Ocidente não sabe como lidar com isto: os ocidentais que se matam não têm nenhuma ideia política ou religiosa, fazem-no em solidão e por causa da solidão... Nós consideramos que não sabem o que fazem nem o que querem... Que fazer com esta gente diferente? Como é possível que gente religiosa queira assassinar multidões?
Comparem.
Monges Budistas do Tibete cortam os pulsos como atitude política. Ferem o peito. Assistidos nos hospitais, talvez morram: provavelmente não deixaram qualquer margem para outras hipóteses.
Nós, ocidentais, não sabemos como lidar com isto: os ocidentais que se suicidam não têm nenhuma ideia política ou religiosa ou grandiosa... fazem-no em solidão e por causa da solidão... muitas vezes desejam ser socorridos e fingem tomar medicamentos sem os terem tomado... Nós consideramos que não sabem o que fazem nem o que querem... Que fazer com esta gente do Tibete que age de modo totalmente diferente?
APOIÁ-LA, CLARO
Alguns extremistas islâmicos fazem atentados suicidas: matam-se a eles mesmos e a muitos.
O Ocidente não sabe como lidar com isto: os ocidentais que se matam não têm nenhuma ideia política ou religiosa, fazem-no em solidão e por causa da solidão... Nós consideramos que não sabem o que fazem nem o que querem... Que fazer com esta gente diferente? Como é possível que gente religiosa queira assassinar multidões?
Comparem.
Monges Budistas do Tibete cortam os pulsos como atitude política. Ferem o peito. Assistidos nos hospitais, talvez morram: provavelmente não deixaram qualquer margem para outras hipóteses.
Nós, ocidentais, não sabemos como lidar com isto: os ocidentais que se suicidam não têm nenhuma ideia política ou religiosa ou grandiosa... fazem-no em solidão e por causa da solidão... muitas vezes desejam ser socorridos e fingem tomar medicamentos sem os terem tomado... Nós consideramos que não sabem o que fazem nem o que querem... Que fazer com esta gente do Tibete que age de modo totalmente diferente?
APOIÁ-LA, CLARO
sexta-feira, março 14, 2008
quinta-feira, março 13, 2008
segunda-feira, março 10, 2008
Marcha da Indignação
A própria mão da figura escultórica também parece estar a dar uma opinião sobre o assunto...
Está um rapaz a tentar tapá-la com um lenço branco.
(Pormenor do conjunto escultórico chamado "Estátua de D. José", no Terreiro do Paço ou Praça do Comércio em Lisboa, no decurso de manifestação de professores em 8 de Março de 2008).
Já agora, uma adivinha: qual é a pata direita do cavalo de D. José? É a esquerda, porque a direita está dobrada, tal como a deste. Se vocês me pedirem eu vou lá tirar uma foto. Assim como assim, tudo ó que é importante em Lisboa acontece lá (incluindo o terramoto).
A despropósito, vou contar aqui um mito urbano relacionado com uma outra estátua de Lisboa, a de D. Pedro, no Terreiro do Paço:
Dizem as más línguas e os guias turísticos que a estátua não é de um rei português e sim dum tremendo ditador da América Latina. A história seria assim: encomendámos uma estátua ao estrangeiro e eles tinham lá uma já feita dum líder latino-americano que já tinha caído. Como já ninguém dava nada por ela, impingiram-na aos "idiotas dos portuguesitos".
Os guias turísticos de todo o mundo são obrigados a inventar idiotices como esta, destinadas aos idiotas dos turistas de todo o mundo.
Modéstia à parte, a foto está gira?!
domingo, março 09, 2008
Mil igual a Cem Mil
Esta Ministra da Educação faz-me lembrar uma senhora muito velhinha que conheci no passado (e outras senhoras velhinhas que não conheci, também no passado). Essa senhora não sabia distinguir 20 escudos de 20 contos. Ou seja, não sabia distinguir 10 cêntimos de 100 Euros.
Esta ministra, perguntada sobre o significado dos números da monstruosa manifestação de professores de que foi objecto, só soube dizer que cem mil é um número que não quer dizer grande coisa, porque mil já eram muitos.
Pois.
E também se saiu com uma piada gira: quando lhe perguntaram se falou com o Sócrates, ela perguntou: e você falou? Claro que a resposta é não. Ninguém o viu... será isto uma crítica, mais uma?
Esta ministra, perguntada sobre o significado dos números da monstruosa manifestação de professores de que foi objecto, só soube dizer que cem mil é um número que não quer dizer grande coisa, porque mil já eram muitos.
Pois.
E também se saiu com uma piada gira: quando lhe perguntaram se falou com o Sócrates, ela perguntou: e você falou? Claro que a resposta é não. Ninguém o viu... será isto uma crítica, mais uma?
sábado, março 08, 2008
Marcha da Indignação
Hoje é o dia da mulher.
É também o dia da Marcha da Indignação dos professores portugueses. Que são maioritariamente mulheres.
Vamos a ver o que sai daqui...
Esperemos que saia uma mudança, mas esta marcha é já, só por si, uma mudança.
É também o dia da Marcha da Indignação dos professores portugueses. Que são maioritariamente mulheres.
Vamos a ver o que sai daqui...
Esperemos que saia uma mudança, mas esta marcha é já, só por si, uma mudança.
quinta-feira, março 06, 2008
Oposição?
Este governo não tinha oposição.
Agora já tem.
Não tem tido oposição, diz-se mesmo que só corre o risco de perder a maioria absoluta, mas os indicadores são claros: o desemprego nunca foi tão grande, Bruxelas diz que a nossa situação económica é grave, Miguel Cadilhe pinta um cenário negro de recessão.
Este país das maravilhas sem relação nenhuma com esta realidade será talvez o resultado da cativante beleza dos governantes que, quais estrelas de cinema, mantêm o público siderado?
Finalmente o país está a mexer.
Se não acreditam no que eu disse sobre economia,
Vejam Aqui
Agora já tem.
Não tem tido oposição, diz-se mesmo que só corre o risco de perder a maioria absoluta, mas os indicadores são claros: o desemprego nunca foi tão grande, Bruxelas diz que a nossa situação económica é grave, Miguel Cadilhe pinta um cenário negro de recessão.
Este país das maravilhas sem relação nenhuma com esta realidade será talvez o resultado da cativante beleza dos governantes que, quais estrelas de cinema, mantêm o público siderado?
Finalmente o país está a mexer.
Se não acreditam no que eu disse sobre economia,
Vejam Aqui
domingo, março 02, 2008
Blogues giros
Estes blogues estão óptimos:
http://idolatrica.blogspot.com/index.html
e
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/
http://idolatrica.blogspot.com/index.html
e
http://wehavekaosinthegarden.blogspot.com/
Bons Tempos!
Ouvi esta conversa num transporte público em Lisboa.
- Agora ninguém quer saber dos velhos para nada! Ninguém quer os velhos em casa! Os velhos cheiram mal! Fora, velho! Antigamente não era assim!
- Pois não!
- Antigamente vivia toda a gente apinhada numa casa: pais, filhos, avós. A gente mais nova estava sempre morta que a velha morresse para lhe ficar com o quarto...
- Antigamente era assim...
E digo eu agora: bons tempos. A solidão dos velhos (e dos novos) não existia. Vivia toda a gente apinhada numa casa, os velhinhos rodeados dos netinhos: Ó velha, você nunca mais morre para eu ficar com o seu quarto! Rodeados de carinho: A velha come demais, quando você morrer sobra mais comida para cada um.
-Sua bênção, avozinha. Então, está melhorzinha?
Como dizia o nosso querido Fernando Pessoa, que viveu nesse tempo.
" Maravilhosa gente humana que vive como os cães
Que está abaixo de todos os sistemas morais,
Para quem nenhuma religião foi feita
Nenhuma arte criada
Nenhuma política destinada para eles!
Como eu vos amo a todos, porque sois assim,
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus,
Intangíveis por todos os progressos,
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida! "
in "Ode Triunfal", vv 171 e segs.
- Agora ninguém quer saber dos velhos para nada! Ninguém quer os velhos em casa! Os velhos cheiram mal! Fora, velho! Antigamente não era assim!
- Pois não!
- Antigamente vivia toda a gente apinhada numa casa: pais, filhos, avós. A gente mais nova estava sempre morta que a velha morresse para lhe ficar com o quarto...
- Antigamente era assim...
E digo eu agora: bons tempos. A solidão dos velhos (e dos novos) não existia. Vivia toda a gente apinhada numa casa, os velhinhos rodeados dos netinhos: Ó velha, você nunca mais morre para eu ficar com o seu quarto! Rodeados de carinho: A velha come demais, quando você morrer sobra mais comida para cada um.
-Sua bênção, avozinha. Então, está melhorzinha?
Como dizia o nosso querido Fernando Pessoa, que viveu nesse tempo.
" Maravilhosa gente humana que vive como os cães
Que está abaixo de todos os sistemas morais,
Para quem nenhuma religião foi feita
Nenhuma arte criada
Nenhuma política destinada para eles!
Como eu vos amo a todos, porque sois assim,
Nem imorais de tão baixos que sois, nem bons nem maus,
Intangíveis por todos os progressos,
Fauna maravilhosa do fundo do mar da vida! "
in "Ode Triunfal", vv 171 e segs.
sábado, março 01, 2008
Comentários a este blogue
Só agora me apercebi de que foram feitos vários comentários a este blogue, que eu não li.
Neste momento o blogue tem muitos visitantes, como se pode ver no "Sitemeter", mas tem muitos mais no contador Google Analytics, pois o "sitemeter" não abrange aqueles que têm o computador muito protegido. Enfim, às vezes não tenho tempo para ver tudo.
Mesmo assim, quero fazer uma declaração: aparecem por vezes comentadores a dizer que concordam comigo, embora eu não concorde com eles. Não é evidente eu concordar com toda a gente que concorda comigo...
Entendamo-nos: este blogue não é político. Ao contrário do Escrevedoiros, fala sobre generalidades e sobretudo sobre o aspecto negativo do real. Daí o título, Terra Imunda. Se eu só visse esse aspecto, não teria outro blogue que enfatiza a beleza do mesmo real e que nunca se refere à política...
Neste caso, às vezes meto-me na política e critico o governo, mas faço-o como pessoa de esquerda. Se o PS não é de esquerda o erro não é meu... e não concordo com críticas de direita, embora as deixe aqui, pois raramente apago um comentário e nunca por divergências de opinião.
Neste momento o blogue tem muitos visitantes, como se pode ver no "Sitemeter", mas tem muitos mais no contador Google Analytics, pois o "sitemeter" não abrange aqueles que têm o computador muito protegido. Enfim, às vezes não tenho tempo para ver tudo.
Mesmo assim, quero fazer uma declaração: aparecem por vezes comentadores a dizer que concordam comigo, embora eu não concorde com eles. Não é evidente eu concordar com toda a gente que concorda comigo...
Entendamo-nos: este blogue não é político. Ao contrário do Escrevedoiros, fala sobre generalidades e sobretudo sobre o aspecto negativo do real. Daí o título, Terra Imunda. Se eu só visse esse aspecto, não teria outro blogue que enfatiza a beleza do mesmo real e que nunca se refere à política...
Neste caso, às vezes meto-me na política e critico o governo, mas faço-o como pessoa de esquerda. Se o PS não é de esquerda o erro não é meu... e não concordo com críticas de direita, embora as deixe aqui, pois raramente apago um comentário e nunca por divergências de opinião.
Hoje não existe
Hoje é aquele dia que não existe. É um dia a mais no nosso ano.
Parabéns a todos aqueles que fazem anos hoje e que, em rigor, só podem festejar o aniversário de 4 em 4 anos!
As coisas invulgares devem ser celebradas. E o tempo deve ser todo vivido.
Love from
Nadinha
Parabéns a todos aqueles que fazem anos hoje e que, em rigor, só podem festejar o aniversário de 4 em 4 anos!
As coisas invulgares devem ser celebradas. E o tempo deve ser todo vivido.
Love from
Nadinha
Professores tomam o freio nos dentes
Professores portugueses tomaram o freio nos dentes.
Normalmente as lutas, as greves, as manifs e todas as manifestações de protesto acontecem quando as leis ainda estão em fase de discussão, antes, portanto, de serem aprovadas. Normalmente não vale a pena lutar depois disso, depois do facto consumado.
Houve recentemente em Portugal um estranho fenómeno, que se arrisca a ser exportado...
Os professores aceitaram resignadamente as várias derrotas a que foram sujeitos. Deixaram aprovar tudo quanto é lei, sem concordarem com nenhuma. Já diziam, com masoquismo, que os professores são uma classe que não reivindica nada e aceita tudo. O presidente da República, apenas preocupado com a sua reeleição incondicional, (seria uma vergonha se não fosse reeleito como foram os antecessores e rivais), assinou tudo de cruz, embora haja indícios de que tenha hesitado muito. E estava tudo bem... "no mais perfeito dos mundos possíveis"
Eis senão quando sai um estudo internacional e idónio, o Estudo Gallup. Diz ele que, se perguntarmos aos portugueses a quem entregariam eles preferencialmente a condução do país, 42 por cento responde: aos professores, 7 por cento responde: aos políticos. Ou seja, àqueles a quem a entregaram...
Este resultado é idêntico em todo o mundo, com excepção da África muçulmana, que confia em primeiro lugar nos seus líderes religiosos e em segundo lugar nos professores.
Adivinhem o resultado: os professores portugueses começam a pensar: confiam muito mais em nós do que nesta cambada? Ai sim?!
Então vamos ver, esperem aí...
Estão já convocadas algumas manifestações espontâneas de professores e pais de alunos. Depois virão as de professores e alunos. Tão temidas!
Esperem...
Recentemente Sócrates resolveu elogiar muito os professores portugueses, a despropósito, e a Ministra da Educação (Xau Lulu!) mandou publicar no site do Ministério que nunca ninguém de lá chamou "professorzecos" aos professores. Toda a gente ouviu essa curiosa palavra, mas...
Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos. Xau Lulu!
Ver Aqui Estudo Gallup
Normalmente as lutas, as greves, as manifs e todas as manifestações de protesto acontecem quando as leis ainda estão em fase de discussão, antes, portanto, de serem aprovadas. Normalmente não vale a pena lutar depois disso, depois do facto consumado.
Houve recentemente em Portugal um estranho fenómeno, que se arrisca a ser exportado...
Os professores aceitaram resignadamente as várias derrotas a que foram sujeitos. Deixaram aprovar tudo quanto é lei, sem concordarem com nenhuma. Já diziam, com masoquismo, que os professores são uma classe que não reivindica nada e aceita tudo. O presidente da República, apenas preocupado com a sua reeleição incondicional, (seria uma vergonha se não fosse reeleito como foram os antecessores e rivais), assinou tudo de cruz, embora haja indícios de que tenha hesitado muito. E estava tudo bem... "no mais perfeito dos mundos possíveis"
Eis senão quando sai um estudo internacional e idónio, o Estudo Gallup. Diz ele que, se perguntarmos aos portugueses a quem entregariam eles preferencialmente a condução do país, 42 por cento responde: aos professores, 7 por cento responde: aos políticos. Ou seja, àqueles a quem a entregaram...
Este resultado é idêntico em todo o mundo, com excepção da África muçulmana, que confia em primeiro lugar nos seus líderes religiosos e em segundo lugar nos professores.
Adivinhem o resultado: os professores portugueses começam a pensar: confiam muito mais em nós do que nesta cambada? Ai sim?!
Então vamos ver, esperem aí...
Estão já convocadas algumas manifestações espontâneas de professores e pais de alunos. Depois virão as de professores e alunos. Tão temidas!
Esperem...
Recentemente Sócrates resolveu elogiar muito os professores portugueses, a despropósito, e a Ministra da Educação (Xau Lulu!) mandou publicar no site do Ministério que nunca ninguém de lá chamou "professorzecos" aos professores. Toda a gente ouviu essa curiosa palavra, mas...
Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos. Xau Lulu!
Ver Aqui Estudo Gallup
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
Pobres dos pobres
Quem se interesa por economia sabe que está a acontecer algo de invulgar, com aspectos positivos e negativos: o enorme aumento do preço dos cereais.
Aspectos positivo: ele deve-se em grande parte ao facto de os povos dos países asiáticos terem melhorado a sua alimentação em quantidade e qualide; em qualidade porque os cereais são necessários para produzir carne.
Aspecto que não é necessariamente negativo: o aumento da produção de milho para ser transformado em combustível, substituindo o petróleo.
Espera-se, assim, um progressivo agravamento de bens alimentares, como pão, arroz, massas, etc.
Vejo agora na televisão que o pão vai aumentar em Portugal 50 por cento e que muitos idosos, que quase só têm dinheiro para comer pão e leite, vão comer menos pão.
Não haverá outra solução? Estamos assim tão na miséria, que para os chineses comerem mais arroz os nossos idosos vão comer menos pão? São os pobres que têm que pagar tudo, enquanto os bancos se enchem apesar da crise, enquanto fazemos obras megalómanas e não urgentes?
É incrível! Que terra é esta? Que socialismo é este?
terça-feira, fevereiro 26, 2008
Salvemos o Priolo
Vocês sabem o que é o Priolo? eu também não. Ou melhor, não sabia...
É um passarinho lindíssimo que só existe nos Açores e que está em vias de extinção.
Não é nada parecido com a Lulu. Xau Lulu!
Para saber mais sobre o Priolo e ver fotos,
Clicar Aqui
É um passarinho lindíssimo que só existe nos Açores e que está em vias de extinção.
Não é nada parecido com a Lulu. Xau Lulu!
Para saber mais sobre o Priolo e ver fotos,
Clicar Aqui
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Finalmente a Sociedade Civil
Finalmente as pessoas começam a reagir...
Pode parecer irrelevante mas é importantíssimo: foram feitas várias manifestações espontâneas de professores contra o governo e uma delas teve mil pessoas.
A ministra da educação disse muitas vezes que não dialoga com os sindicatos, que a seu ver nao representam os professores, daí a "justificação" dessas manifs.
É finalmente a Sociedade Civil a despertar! É natural que sejam os professores a dar o exemplo.
Pode parecer irrelevante mas é importantíssimo: foram feitas várias manifestações espontâneas de professores contra o governo e uma delas teve mil pessoas.
A ministra da educação disse muitas vezes que não dialoga com os sindicatos, que a seu ver nao representam os professores, daí a "justificação" dessas manifs.
É finalmente a Sociedade Civil a despertar! É natural que sejam os professores a dar o exemplo.
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