segunda-feira, janeiro 05, 2009

Faianças Bordalo Pinheiro

Interrompendo este ciclo, nem é para falar da guerra na Faixa de Gaza, dado que nós pouco podemos fazer por isso.
É para falar da próxima falência da Fábrica de Faianças Bordalo Pinheiro. Que, a meu ver, se deve a falta de informação e de publicidade.
Com peças belíssimas, concebidas pelo próprio Bordalo Pinheiro e actualmente reproduzidas, são realmente muito baratas, sobretudo se comparadas com o original, que vale hoje muito dinheiro.
As pessoas que percebem do assunto, compram-nas como alternativa de algo bom, bonito, barato e talvez mesmo (agora de certeza) com tendência a valorizar.
Vai fechar por falta de clientes portugueses e porque perdeu os americanos que tinha, por causa da crise. Como muitíssimas outras que vão fechar e que deveriam ser sustentadas por um governo que sustenta bancos fraudulentos.
Sugestão: comprar o mais possível, não só para sustentar a empresa, mas também para ter peças bonitas com tendência a valorizarem-se. Pode ser comprado nas Caldas da Rainha e nas principais cidades, em lojas próprias.
Creio que um dos erros desta empresa foi publicitar peças que são hoje demasiado populares no mau sentido da palavra, como umas folhas de couve, muito conhecidas mas pouco apreciadas... Tem outras muito mais belas e sem concorrência.
VER AQUI

quinta-feira, janeiro 01, 2009

Austrália


Hoje, em Lisboa, o dia Um de Janeiro nasceu moribundo e assim mesmo se extinguiu.
"Negro como um tição", sem "pinga de sol", chovia continuamente e havia uma névoa inusual nesta terra.
Gosto de dias assim, sobretudo porque aqui são raros.
Não havia nada aberto, nem mesmo os chineses que vendem terra, para eu plantar esta plantinha selvagem (só uma) que trouxe e que está provisoriamente num vaso emprestado.
Nada mais me restou, a não ser ir ver o filme Austrália.
É um dos melhores filmes que vi na vida, dentro do estilo cinema americano, ou seja, de acção, de romance, de suspense e com uma estrutura narrativa própria do romance do Sec. XIX e dos actuais romances, que, à americana, se escrevem para vender. Embora o filme seja australiano, ou pelo menos é-o o seu realizador.
Curiosamente, a actriz principal pareceu-me demasiado magra, o que me teria agradado muito quando eu própria era demasiado magra, mas que agora me pareceu inverosímil. Tão fraca, tão pálida, onde foi buscar tanta força, pergunto, sendo verdade que eu também tinha uma saúde de ferro, mas força física, nem vê-la.
Penso que o cinema, se quer ser uma arte, deve evoluir e não copiar o que vende bem. Penso que não devemos imitar o cimema americano, nem confundir arte com entretenimento.

O problema actual é entreter milhões de pessoas que não são capazes de ler um livro, nem de se sentarem à lareira a conversar com os filhos e netos, nem de inventarem um modo de se sentirem bem sem se aturdirem. O Know how existe, mas não se transmite de geração em geração: os avós ou bisavós não viam televisão nem eram mais infelizes por isso; talvez sofressem menos de tédio. Mas não podem transmitir essa capacidade, sob pena de serem considerados arcaicos.
Mas, dentro do estilo americano, este é dos melhores filmes que já vi.

Também fala do saber que se transmite de geração em geração e que é considerado ignorância. É um filme épico, romanesco, idealista, de acção e muito belo. Só não percebi se a personagem principal existiu mesmo, ou se é inventada.

Fazlembrar o "África Minha", de que é digno sucessor.Posted by Picasa

Que 2009?



Festejo hoje, não apenas o 1º dia do ano de 2009, mas também o 3º aniversário deste blogue e de mim como blogger.

Escrevo ainda sob a maravilhosa impressão que me causaram alguns dias passados à beira-mar, uns com chuva torrencial, outros com sol, mas sempre com temperatura amena, para esta época.
Este meu novo projecto, completamente despretensioso, é o de fotografar pássaros. Nasceu quando comprei uma máquina apropriada para isso, há um mês. Há-as muito melhores, mas são muito grandes. Como gosto de fazer viagens de aventura, não desejo ser degolada para me tirarem a máquina. Esta serve, para já e pode ser discretamente levada.
As minhas primeiras experiências não foram nada más.
Mostro, para já, muitos patos bravos no Rio das Maçãs, rio ou riacho que deve o nome a passar por pomares e a, antigamente, chegar carregado de maçãs à Praia das Maçãs, que também lhes deve o nome, mas onde chega agora como um fio de água que só não atravessei a pé e no Inverno porque não me apeteceu tirar as pequenas botas que levava. E sem maçãs.
Tem uma prodigiosa fauna em seu redor. Também vi uma cegonha e um pássaro do tamanho de uma pequena galinha e muito colorido, com patas altas, não percebi se voava ou corria. Não pude fotografar esses, o que fica para a próxima.
E mais estes patinhos e outros pássaros que vos mostrarei depois.
E até mesmo este coelho bravo. Eram dois, mas o outro fugiu.

Como não tinha a intenção de fotografar coelhos, considero este como um bom augúrio.

É assim que devemos encarar 2009. Se acreditarmos que vai ser bom, já começou a ter sido bom!

Que vos saiam também inesperados coelhos!

terça-feira, dezembro 30, 2008

Praia Grande


O mar outra vez




Felizmente, as pessoas ainda não entenderam que é muito mais belo estar à beira-mar no Inverno, sem referir que é muito mais barato e muito inspirador para escrever.


Estou aqui na Praia Grande, que ainda não conhecia e que é maravilhosa por si e pela fauna e flora envolvestes. É realmente fantástico.


Estou num hotel Arribas, onde vários alemães vêm todos os anos passar o Natal. Alemães tão latinos e tão simpáticos, como só alguém que ama o sol de Inverno sobre ujm mar invernal. Não tenho conseguido postar fotos, mas vou tentar outra vez.


segunda-feira, dezembro 22, 2008

Três anos


Em breve, no dia um de Janeiro de 2009, este blogue fará três anos, tendo atingido cerca de vinte mil visitas.
Não é pouco.
Não é muitíssimo.
Parece-me que está bem assim.
O Escrevedoiros tem apenas cerca de cinco mil, embora toda a gente goste mais dele. Tem visitantes fiéis. Não me incluo nessa toda a gente. O Terra Imunda corresponde a uma minha faceta que não quero perder, embora oposta à do Escrevedoiros. A de protestar e de reclamar e de ser rebelde.
Agradeço a todos os que me leram e que comigo fizeram estes dois blogues.
Alguns abandonaram o percurso, outros apareceram, todos poderão regressar, pois ainda tenho muito para dizer.
A maioria dos bloggers desiste ao fim de poucos meses, por ter esgotado o assunto.
Curiosamente, há temas que são cíclicos e é suposto ir acrescentando sempre algo de novo.
É como o Verão e o Inverno. Esta é a minha imagem do Inverno. Ainda não o Inverno da vida, só o do ano.
Feliz Natal para todos!
Bom ano para todos nós!

Baixa Lisboeta




Na mesma rua da loja da sorte e do santeiro, para todos os gostos e fregueses: inhame (sabem o que é?), Mandioca, etc.

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quinta-feira, dezembro 18, 2008

Estamos na Europa? Socialismo Nacional

Socialismo Nacional: não confundir com Nacional Socialismo, o partido de Hitler!
Duas notícias me despertam hoje a atenção nos jornais. Vejam.
1ª Notícia inquietante:
O Governo emprestou milhões de Euros ao banco BPP, mas o banco BPP informa os investidores que não os pode reembolsar dos seus investimentos, porque... pouco importa porquê. Foram ou vão ser os nossos impostos.
2ª Notícia, não menos inquietante:

Assim se compreendem os comentários que fazem online a esta notícia, dizendo que este governo expolia os pobres, doentes e deficientes, para encher os bolsos aos banqueiros, amigos, etc.
Quem pode negar?
Já várias atitudes foram tomadas contra os deficientes...
Isto é socialismo, ou é nacional-socialismo?

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Estamos na Europa


Dizia um brasileiro muito animado, com os braços abertos em direcção a este Arco da Rua Augusta:
-Estamos na Europa!!!!!!!
Perante o sorriso feliz e orgulhoso da companheira como única resposta, abriu os braços ainda mais, encolheu os ombros e acrescentou:
-Morando!!!!!!!!!!

Ao ver e ouvir isto, até eu me senti feliz e orgulhosa por estar na Europa. Morando!
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terça-feira, dezembro 16, 2008

Sorte e prosperidade



Pequena rua da baixa lisboeta.
Casa da prosperidade chinesa, que vende toda a espécie de coisas que podem dar sorte, na opinião dos chineses. Caríssimas, quase todas.
Nas instalações de uma antiga casa Havaneza, loja que vende santinhos (para dar sorte... baratos).
A cultura portuguesa e a cultura chinesa, frente-a-frente nesta rua da baixa, serão assim tão diferentes?

(Estas fotos podem ser muito ampliadas.)

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domingo, dezembro 14, 2008

Ai os piratas!

Quando eu comecei a navegar, comecei a ter, como digo no princípio deste blogue, um problema e um receio que nunca tinha tido: os tubarões.

Mas ainda nem imaginava este, talvez mais premente e ameaçador: os piratas.

Vocês já imaginaram piratas neste tempo? Eu pensava que nem existiam...

Ainda por cima, gosto daquele filme "Piratas das Caraíbas" e do Jack Sparrow.

A imagem é da polícia marítima indiana a capturar piratas na Somália, estava no msn.com

http://www.msnbc.msn.com/id/28209525/?GT=43001


Na minha terra, no norte, a palavra pirata significa avarento, egoísta e mau, tudo junto.

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Direito à Felicidade

Em tempo em que se fala de direitos humanos, dado que faz agora 60 anos da sua Declaração Universal, convido os leitores (vedores) deste blogue a lerem um post que escrevi em tempos, a que respondeu uma japonesa de origem brasileira, a Jubi.
Faço isto, em parte, porque os mais recentes visitantes deste Blogue ainda não andavam por aqui nessa época.
Há também um assunto que merece a nossa atenção, um direito ainda não consagrado na Declaração, O Direito à Felicidade.
Vamos pensar neste assunto, Ok?

http://terraimunda.blogspot.com/search?q=Achas+para+a+fogueira

O post aparece a seguir a este

quarta-feira, dezembro 10, 2008

Vejam bem este cão

Não tenho animais domésticos de estimação, vulgo "Pets" (nós nem temos palavras para designar isto, distinguindo os bois e as galinhas dos gatinhos e outras doçuras), não porque não goste de bichos, gosto imenso, mas porque eles são contrários à liberdade que tanto prezo. E isto é para nem falar da higiene, que também prezo.
Vem isto a propósito de inúmeros vídeos que há na net a respeito dos Pets. Tenho enmviado alguns por email a alguns fanáticos de animais, com a mensagem explícita ou implícita:
- Vocês não têm vergonha de os vossos cães e gatos não saberem fazer nada? Vejam só este cão a andar de Skate, ou mesmo este gato a aspirar a casa!
Esta preferência minha vem do meu tempo de infância, em que fui colega de escola, só por uns meses, de duas artistas de um circo ambulante, que tinham um cão capaz de dançar e de fazer várias coisas assim, além de guardar a única roulotte do circo. Tadinho, que era minúsculo! As minhas colegas também faziam coisas impressionantes, que nos deixaram a nós com torcicolos e tudo partido ao tentar imitá-las a fazer contorcionismos. Este aspecto foi para esquecer. Esqueçam! Forget, no caso dos estrangeiros.
Vem isto a propósito, repito, de um vídeo comovedor de um cão vadio, no Chile, que tenta salvar outro cão, tirando-o de uma auto-estrada, correndo ele mesmo sérios riscos de vida.
VER AQUI

Afinal, não consegui colocar este blogue a comentar o vídeo e a notícia do Público, não sei porquê.

terça-feira, dezembro 09, 2008

Corrupção Consentida

Durante quanto mais tempo é que nós vamos aguentar esta gente que está no topo, a "crème de la crème" da nossa sociedade, e que é constantemte acusada e às vezes, ainda que raramente, até é condenada pelas maiores vigarices?
Durante quanto mais tempo é que nós vamos ignorar que um país que aceita estes governantes é uma merda de um país, que ninguém pode e nem sequer deve respeitar? Uma cambada de ignorantes e de conformistas e de masoquistas e, como disse o poeta Byron de forma inesquecível, "um país de escravos", como ele disse? E ainda para mais, um país da Europa... Desde sempre para o bem e para o mal... quando se fala das descobertas e conquistas dos portugueses além-mar, diz-se apenas: os europeus deixaram aqui a sua marca...
E também a sífilis, claro... ( como diz Chico Buarque).

domingo, dezembro 07, 2008

Dias sem nome e sentido de observação

Estes últimos dias não têm tido muita história, pelo menos para mim: são dias sem nome.
Devido ao terrível e repentino frio, comprei muita roupa nova: casaco, camisola ou lá o que é, num estilo muito diferente do que tenho usado ultimamente.
Aproveitei o muito tempo que tive livre (feriados e greve) para arranjar o cabelo e pintá-lo num cabeleireiro muito caro.
Para completar a pintura, comprei um lencinho de seda muito barato numa loja chinesa.
Várias pessoas, quando me vêem assim renovada, dizem:
- Está muito gira! Fica-lhe muito bem esse lencinho!
- Obrigada!
Algumas corrigem-nas:
- O lencinho e o cabelo e o casaco e a blusa e as botas e...
Ah, pois!

O meu espírito de observação não é muito melhor, neste aspecto, por isso costumo confessar que acho a pessoa mais gira, mas não sei qual é a diferença. Sempre é melhor do que aquilo que me aconteceu no Verão. Depois de ter pintado o cabelo pela primeira vez na vida (já tinha mais cabelos brancos do que achava engraçado), e de ter mudado também o estilo do vestuário, diziam-me simpaticamente:
- Está muito gira. Está mais gordinha!
Simpático!!!!!!!!!