Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
terça-feira, maio 12, 2009
sábado, maio 09, 2009
De como vender livros e papel
Ando a ler um livro que comprei na estação dos correios e que comecei a ler enquanto esperava. Boa ideia, esta de vender livros nos correios e até mais baratos!
Chama-se A Pirata e o autor é o americano Hugo Gerstl, que vende livros por uma pá velha.
Interessou-me o tema da mulher pirata, que também tem inspirado outros autores e até filmes, como um dos meus favoritos, neste caso uma pirata chinesa, sendo o filme italiano: "Cantando por detrás das cortinas".
Neste caso, a pirata existiu mesmo, foi um daqueles corsários que os ingleses consideraram heróis por terem andado a roubar para eles aos portugueses, espanhóis, franceses e quejandos. Chamou-se Grace O'Malley ou Granuaille e era irlandesa. Pode ver-se na Internet a sua biografia.
A heroína já era rica antes de andar a roubar, o que faz por vocação, mas é muito favorecida pelo autor, muito simpática, etc.
Agora espantem-se: a certa altura ficou desfigurada por ter sido atingida na cara. Meteu-se em casa com uma depressão e engordou muito (o que era um problema naquele tempo, claro). Mas o pai encontrou a solução: trouxe-a a Portugal, onde o Dr. António Manso Pinheiro e a enfermeira Maria Correia lhe fizeram uma operação plástica, com anestesia geral, claro. Substituíram-lhe a pele da cara por outra de outro sítio e ela ficou ainda mais bonita do que era antes. E feliz. Fez uma dieta e exercício e já foi para a terra dela com umas roupas vermelhas que se usavam aqui, como aquelas dos ranchos folclóricos.
Quando, mais tarde, o marido teve um cancro, o mesmo médico e os netos operaram-no e extraíram o tumor com anestesia geral, o que fez com que ele vivesse mais uns anos largos.
É porreiro ler um livro assim, em que é tudo tão moderno, apesar de se situar no SEC. XVI.
E a pirata adora Portugal, o que é simpático da parte dela.
quarta-feira, maio 06, 2009
Surpresas renovadas
Tive que reler o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente, que já não lia há tempos e dou comigo a rir às gargalhadas, como se não conhecesse a peça.
Uma minha amiga professora diz que chora sempre uma lágrima na parte da obra Os Maias em que morre o avô Afonso.
Também me ri a bandeiras despregadas agora ao ver o blogue, que já não via há muito, mas que está aqui nos favoritos
Farinha Amparo
vejam a parte sobre o cão de água do Obama e sobre a cantora revelação. E já agora, sobre o padre.
Uma minha amiga professora diz que chora sempre uma lágrima na parte da obra Os Maias em que morre o avô Afonso.
Também me ri a bandeiras despregadas agora ao ver o blogue, que já não via há muito, mas que está aqui nos favoritos
Farinha Amparo
vejam a parte sobre o cão de água do Obama e sobre a cantora revelação. E já agora, sobre o padre.
segunda-feira, maio 04, 2009
Sopas de Vinho
Há já bastante tempo que não vejo os telejornais e que só leio a parte dos jornais que não fala de política, pois gosto de me afastar da mesquinhez da realidade prosaica.
Ontem, falando com uma amiga, concluímos que uma determinada mulher tem capacidades para ir muito mais além do que já foi. Diz-me a amiga:
- Ir aonde? É uma mulher demasiado bem formada para se meter em política.
Vi-me quase obrigada a não discordar desta formulação.
Disseram-me que o José Pinto e um tal Moreira (Moreia?) foram vítimas de agressão na figura de um copo de vinho que lhes foi arremessado.
Ai sim? Mas que horror! A quem devo eu pagar uns garrafões do melhor, mesmo que o arremesso fosse do carrascão?????????!!!!!!!!!!!!!
Existe uma antiga cantiga, anterior aos Pimbas, que diz assim ( confesso que tenho boa memória, sobretudo para palavras e especialmente para cantigas, pois gosto de cantar):
Sopas de vinho não embebedam
Se não há vento nem chuva
Se as botas não escorregam
Que diabo é que me empurra?
Simpaticamente, foram-me fornecidas em comentátio as palavras que faltavam.Abençoadas sopas de vinho, que afinal até escorregam!
Ontem, falando com uma amiga, concluímos que uma determinada mulher tem capacidades para ir muito mais além do que já foi. Diz-me a amiga:
- Ir aonde? É uma mulher demasiado bem formada para se meter em política.
Vi-me quase obrigada a não discordar desta formulação.
Disseram-me que o José Pinto e um tal Moreira (Moreia?) foram vítimas de agressão na figura de um copo de vinho que lhes foi arremessado.
Ai sim? Mas que horror! A quem devo eu pagar uns garrafões do melhor, mesmo que o arremesso fosse do carrascão?????????!!!!!!!!!!!!!
Existe uma antiga cantiga, anterior aos Pimbas, que diz assim ( confesso que tenho boa memória, sobretudo para palavras e especialmente para cantigas, pois gosto de cantar):
Sopas de vinho não embebedam
Se não há vento nem chuva
Se as botas não escorregam
Que diabo é que me empurra?
Simpaticamente, foram-me fornecidas em comentátio as palavras que faltavam.Abençoadas sopas de vinho, que afinal até escorregam!
sábado, maio 02, 2009
sexta-feira, maio 01, 2009
Doenças muito chatas: porque não são nada dramáticas
Há duas doenças que eu não quero ter: a das vacas loucas e a gripe dos porcos. Não são nada dramáticas nem nada estéticas. Imaginem.
- Coitadinha! Tinha a doença das vacas loucas e acabou por morrer com a gripe dos porcos!
- Ah Ah Ah! E não teve a gripe das galinhas?
Como vêem, não é dramático.
- Coitadinha! Tinha a doença das vacas loucas e acabou por morrer com a gripe dos porcos!
- Ah Ah Ah! E não teve a gripe das galinhas?
Como vêem, não é dramático.
domingo, abril 26, 2009
Santos e pecadores
Ainda a propósito do Santo Condestável, achei interessante o que o Papa afirmou sobre o assunto, por ser idêntico à opinião de Fernando Pessoa, embora este último projecte todas essas ideias num futuro Quinto Império liderado por Portugal.
Então, disse o Papa que os portugueses se tornaram independentes devido ao Santo e que, por desígnio divino atravessaram os oceanos para levarem aos confins da terra a mensagem de Cristo.
Será que se inspirou em Pessoa para falar assim?
Ou é simplesmente verdade e por isso muitos chegam à mesma conclusão? Não podemos excluir essa hipótese, entre outras.
Só foi pena que o Vaticano lhe tenha chamado Alvarez, que é um nome espanhol...
Se assim for, os Santos e os pecadores tiveram uma missão em comum.
Então, disse o Papa que os portugueses se tornaram independentes devido ao Santo e que, por desígnio divino atravessaram os oceanos para levarem aos confins da terra a mensagem de Cristo.
Será que se inspirou em Pessoa para falar assim?
Ou é simplesmente verdade e por isso muitos chegam à mesma conclusão? Não podemos excluir essa hipótese, entre outras.
Só foi pena que o Vaticano lhe tenha chamado Alvarez, que é um nome espanhol...
Se assim for, os Santos e os pecadores tiveram uma missão em comum.
sábado, abril 25, 2009
Santos
Já disse no meu perfil que me interesso pela vida dos santos, mais ainda pela dos santos medievais, que tem mais de ficção que de realidade.
Quanto ao Santo Condestável, não é figura que me desperte qualquer simpatia.
Os santos em geral são figuras rebeldes e extravagantes, que chocam a mentalidade da época e sobretudo os seus pares, que não os consideram superiores. Às vezes chocam a mentalidade da sua época por parecerem retrógradas, mas se têm sucesso em termos de futuro, é porque estão à frente do seu tempo e não atrás, como parece.
É o caso de Santa Teresa de Ávila, sobre a qual vi ontem um filme. Quando entrou para o convento, as mulheres como ela andavam vestidas de sedas e cetins e tinham como criadas freiras pobres, esfarrapadas e descalças. Reagindo contra isto, fundou uma ordem que se regia pelas regras "antigas": todas as freiras eram iguais, todas se vestiam da mesma maneira, todas faziam voto voluntário de pobreza.
Isto nunca foi antigo, nem o é agora.
Quanto ao Santo Condestável, não entendo como consideram renúncia aos bens terrenos ter abdicado da maior fortuna do país em favor, não dos pobres, mas sim dos parentes. Quer isto dizer que os seus parentes eram a família mais rica do país e que o santo não estava propriamente ao deus-dará, até porque continuava a ter poder. É não menos verdade que no seu tempo muitos entravam para o convento após uma vida rica e até de pecado, como deve ter sido a de alguém que matou e mandou matar tanta gente. Era um costume da época.
Li agora que o Cardeal Policarpo afirma que D. Nuno poderia ter sido rei e que abdicou do trono em favor de D. João. Isso é um caso a ser estudado, pois nada disso se sabe ainda...
Também diz e é verdade, que esta personagem inspirou Camões e Fernando Pessoa. Assim é. Mas no caso de Camões talvez mais pelos feitos heróicos...
Não confundir heroismo militar com santidade.
Muitas pessoas como eu não gostam da personagem, por ter sido aproveitada por Salazar. Este tipo tinha tão pouco sentido estético, que sujava tudo aquilo em que tocava, ao contrário do rei Midas que transformava em oiro tudo aquilo em que tocava.
Como é que existe perto de mim uma igreja dos anos quarenta chamada Santo Condestável, se o santo não era santo nem é, ainda hoje?
Quanto ao Santo Condestável, não é figura que me desperte qualquer simpatia.
Os santos em geral são figuras rebeldes e extravagantes, que chocam a mentalidade da época e sobretudo os seus pares, que não os consideram superiores. Às vezes chocam a mentalidade da sua época por parecerem retrógradas, mas se têm sucesso em termos de futuro, é porque estão à frente do seu tempo e não atrás, como parece.
É o caso de Santa Teresa de Ávila, sobre a qual vi ontem um filme. Quando entrou para o convento, as mulheres como ela andavam vestidas de sedas e cetins e tinham como criadas freiras pobres, esfarrapadas e descalças. Reagindo contra isto, fundou uma ordem que se regia pelas regras "antigas": todas as freiras eram iguais, todas se vestiam da mesma maneira, todas faziam voto voluntário de pobreza.
Isto nunca foi antigo, nem o é agora.
Quanto ao Santo Condestável, não entendo como consideram renúncia aos bens terrenos ter abdicado da maior fortuna do país em favor, não dos pobres, mas sim dos parentes. Quer isto dizer que os seus parentes eram a família mais rica do país e que o santo não estava propriamente ao deus-dará, até porque continuava a ter poder. É não menos verdade que no seu tempo muitos entravam para o convento após uma vida rica e até de pecado, como deve ter sido a de alguém que matou e mandou matar tanta gente. Era um costume da época.
Li agora que o Cardeal Policarpo afirma que D. Nuno poderia ter sido rei e que abdicou do trono em favor de D. João. Isso é um caso a ser estudado, pois nada disso se sabe ainda...
Também diz e é verdade, que esta personagem inspirou Camões e Fernando Pessoa. Assim é. Mas no caso de Camões talvez mais pelos feitos heróicos...
Não confundir heroismo militar com santidade.
Muitas pessoas como eu não gostam da personagem, por ter sido aproveitada por Salazar. Este tipo tinha tão pouco sentido estético, que sujava tudo aquilo em que tocava, ao contrário do rei Midas que transformava em oiro tudo aquilo em que tocava.
Como é que existe perto de mim uma igreja dos anos quarenta chamada Santo Condestável, se o santo não era santo nem é, ainda hoje?
O segredo e as andorinhas
Desde que li o segredo, começo a encarar alguns aspectos negativos como muito positivos e mesmo necessários. Este é um deles.
Desde que existem máquinas digitais, tive três. Antes disso não me dedicava nada à fotografia, tinha umas maquinetas porque toda a gente tem e esquecia-me de as levar. A primeira digital que tive, andava sempre com ela porque comecei a gostar e parti-lhe o écran. Ainda funciona, mas não dá. A segunda era óptima, gostei dela, mas deixei-a cair e parti-a.
Noutro tempo teria achado que isto são coisas más, ou mesmo que sou desastrada (não, é mentira), mas agora acho que foi uma grande coisa. Esta é muitíssimo melhor, para além de ser mais actualizada e moderna, mas nunca a teria comprado se não tivesse estragado as outras. E esta fotografia, por exemplo, com uma andorinha e com Lisboa do outro lado do rio nunca seria possível com as máquinas velhas.
quarta-feira, abril 22, 2009
domingo, abril 19, 2009
De como a vida selvagem
De como a vida selvagem na Patagónia não é tão selvagem como a vida dos políticos em Lisboa
VER AQUI
Deve dar para pôr o écran inteiro, é só clicar com o lado direito do rato em Full Screen
VER AQUI
Deve dar para pôr o écran inteiro, é só clicar com o lado direito do rato em Full Screen
sexta-feira, abril 17, 2009
Aposenta(ção)(doria)
Aqui está uma boa notícia.As muitas pessoas que hoje se reformam com saúde e às vezes também com dinheiro, é bom que façam alguma coisa de útil para a sociedade e, neste caso, para o país. Vejam!
Miranda do Corvo: Universidade Sénior vai a Madrid reclamar devolução do "Tesouro de Chão de Lamas"
Miranda do Corvo: Universidade Sénior vai a Madrid reclamar devolução do "Tesouro de Chão de Lamas"
quinta-feira, abril 16, 2009
16 de Abril
Estou com medo de ver o noticiário, sobretudo o de amanhã.
Não sei porquê, mas este dia 16 de Abril, meu aniversário e do Papa de Roma, é recordado por acontecimentos terríveis.
Houve dois anos em que puseram bombas em discotecas portuguesas, uma em Lisboa e outra no Norte. Lembro-me que um dos massacres de Timor foi neste dia. Houve uma noite em que eu nem conseguia dormir porque estavam a bombardear o Kosovo com bombas medonhas e muitas.
Recentemente, falando com um amigo moçambicano que me perguntou o dia do meu aniversário, ele respondeu-me assim:
- Nunca mais me esqueço. É no dia do Massacre de Moeda, em Moçambique.
Ora bolas!
P.S.: Afinal não aconteceu nada de muito mau este ano. Ah! Vi agora na Wikipedia: já me esquecia do massacre de há dois anos (2007) Massacre de Virginia Tech.
E também foi fundada neste dia a ordem dos Franciscanos.
A Wikipedia tem todos os dias.
Não sei porquê, mas este dia 16 de Abril, meu aniversário e do Papa de Roma, é recordado por acontecimentos terríveis.
Houve dois anos em que puseram bombas em discotecas portuguesas, uma em Lisboa e outra no Norte. Lembro-me que um dos massacres de Timor foi neste dia. Houve uma noite em que eu nem conseguia dormir porque estavam a bombardear o Kosovo com bombas medonhas e muitas.
Recentemente, falando com um amigo moçambicano que me perguntou o dia do meu aniversário, ele respondeu-me assim:
- Nunca mais me esqueço. É no dia do Massacre de Moeda, em Moçambique.
Ora bolas!
P.S.: Afinal não aconteceu nada de muito mau este ano. Ah! Vi agora na Wikipedia: já me esquecia do massacre de há dois anos (2007) Massacre de Virginia Tech.
E também foi fundada neste dia a ordem dos Franciscanos.
A Wikipedia tem todos os dias.
terça-feira, abril 14, 2009
Páscoa no Norte
A tradição, como se diz, ainda é o que era em certas terras do Norte de Portugal. E há outras tradições futuras a serem inventadas. A terem sido inventadas.
Com as opas vermelhas é a visita pascal em Castelo de Paiva. Em branco, em Espiúnca, uma lindíssima e pequeníssima aldeia do concelho de Arouca.
É assim: algumas pessoas, em substituição do padre, que ia antigamente mas já não vai, vão a casa dos leigos, transportando a cruz a ser beijada e também chocalhando as campainhas da Páscoa. Atiram água-benta para cima das pessoas, com toda a descontração, alegria e descaramento.
Devo avisar de que a água-benta, ou seja, água sagrada, é igual à outra água no sentido de ficarmos encharcados. Bem, se calhar eu fiquei encharcada da água sagrada, mas, como estava muito frio, pareceu-me esta água igual à outra. Seria???!!!
Infelizmente, não é possível ouvir aqui as campainhas da Páscoa, um som alegre, feliz e auspicioso.
Pelo menos para mim e para o Papa de Roma, que fazemos anos no próximo dia 16 de Abril, quinta-feira próxima futura. Ele para aí uns 80, eu menos. Juro! Muito menos!Ambos temos tido os presentes de aniversário misturados com as amêndoas da Páscoa, que muitas vezes é neste dia.
Para quem pouco entende de geografia: estas terras ficam no Douro Litoral e na Beira Litoral.
sábado, abril 11, 2009
terça-feira, abril 07, 2009
Alcochete: a nave dos patos
Alcochete ficará para mim, talvez para sempre, como a terra das aves.
Ou até mesmo (como sevê na foto) como a nave dos patos.
domingo, abril 05, 2009
Esperando pelo mar
É assim que os barcos esperam pelo Tejo ou pelo mar. Pousados na terra. por exemplo, vistos do Miradouro Amália Rodrigues, de manhã e de tarde.
Vou contar isto porque algumas pessoas não sabem: O rio Tejo, dentro de Lisboa, chama-se Mar da Palha, embora me pareça que a expressão está a cair em desuso, porque antigamente a palha era utilizada para acondicionar as mercadorias nos navios, para não se partirem ou deteriorarem por outra forma. Então essa parte do Tejo estava sempre coberta de palha. Como parece um mar...
Em Alcochete chamam-lhe mar, com todo o descaramento e dão uma enorme importância às marés. A razão pode ser vista na imagem.
sábado, abril 04, 2009
Alcochete
Alcochete, uma vila simpática e muito fotogénica, que se orgulha de ser o berço do mui importante rei D. Manuel, o primeiro de seu nome.
As pessoas são hiper simpáticas e sem stress. Dá vontade de vir morar para cá.
O Rio Mar
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