Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
domingo, setembro 23, 2012
O MONSTRO DA DESPESA: AS FUNDAÇÕES
DE COMO RECEBER E GASTAR O DINHEIRO DO ESTADO: POR EXEMPLO, A FUNDAÇÃO JOSÉ CARDOSO
CONHECI UMA FUNDAÇÃO QUE NEM CHEGOU A SER FUNDADA, MAS CHEGOU A TER UMA ENORME DÍVIDA. TINHA O NOME DE UMA ESCRITORA QUE ACABARA DE MORRER. E MAIS NÃO DIGO.
DUVIDO QUE A FUNDAÇÃO INEXISTENTE TENHA PAGO AS SUAS DÍVIDAS...
sexta-feira, setembro 21, 2012
TODO O DINHEIRO CHEIRA A ROSAS
Nesta manifestação / vigília de 21 de setembro, frente aio Palácio de Belém, enquanto o Conselho de Estado debatia a situação política, as palavras de ordem subiram de tom.
Eram muito simples, como estas: ladrões, ladrões, ladrões!
Filhos de... filhos de... filhos de...
Esta última palavra de ordem pareceu-me demasiado dura e agressiva: as meretrizes só vendem o que têm e o que fazem, a quem tenha dinheiro para comprar, de acordo com a velha máxima: "Quem não tem dinheiro, não tem vícios".
Bem ao contrário, os políticos, portugueses e outros, vendem o que não lhes pertence, a quem não tem dinheiro para comprar, por exemplo, eles mesmos, ou políticos como eles, mas de outras terras.
A Isabel dos Santos e respetivo pai, por exemplo, andam a comprar tudo em Portugal com um dinheiro que todos sabem não lhes pertencer. Compram Portugal aos nossos políticos, com um dinheiro que lhes cheira a rosas.
Porque todo o dinheiro lhes cheira a rosas.
Cadeia com todos eles!!!
John Perkins: “Portugal está a ser assassinado, como muitos países do terceiro mundo já foram”
John Perkins assume-se como antigo "assassino económico" e denuncia os que fazem agora o que ele fazia, em livros que publicou e nesta entrevista no jornal i.
in Ionline
Excerto da entrevista
No fim do ano passado escreveu um artigo onde afirmava que a Grécia estava a ser atacada por assassinos económicos. Acha que Portugal está na mesma situação?
Filósofo José Gil sobre Manif anti-Tróika
"Que significa: "Queremos a nossa vida?" Portugal, país atravessado por um medo de existir, deixou de ser um lugar de não-inscrição. Começou a deixar de ser esse lugar no dia 15 de Setembro. Contra o quê se manifestaram os portugueses no sábado passado?, além da TSU e das concretas medidas de austeridade? Foi por quê, além de ser contra quê? O que é que fez o povo sair à rua? O povo que "não é estúpido". Que sabe, sem provas, da "corrupção avassaladora"? Que ergueu bandeiras onde se lia "Basta!" Antecâmara de uma revolução? Sob que palavras de ordem? José Gil, filósofo, tem Portugal no centro da sua reflexão. Está farto de bom senso, de palavras como "sabedoria", de excessiva prudência. "
"As pessoas votaram sobretudo contra Sócrates , diz José Gil em entrevista ao Negócios. "Não votaram por Passos Coelho. Passos nunca foi a esperança. Nem promoveu a imagem da mudança. Foi uma coisa muito ténue, rápida, que passou: que ia mudar Portugal".
Já agora, as pessoas, da primeira vez, também não votaram a favor de Sócrates e sim contra Santana Lopes. Contra o PSD.
terça-feira, setembro 18, 2012
Os cornacas dos coelhos são muito piores do que os cornacas dos elefantes
Oh! Se todos os meus problemas fossem equilibrar-me em cima dum elefante! Como era tão bom!
E aturar o elefante e o respetivo cornaca*, que "só" pretende uma gorgeta salomónica! Para aí uns 5 dólares, ou mesmo 100 dólares, sem ter direito a coisa nenhuma, porque a viagem já está paga. A polícia indiana até pede que se denunciem os casos de aceitação de gorgetas indevidas! Corrupção, claro.
Alguns até passam recibo... e até recebem, como foi o caso deste.
Como eu estava distraída e ligeiramente enjoada, paguei 4 dólares indevidos.
Mas é pouco... É mesmo muito pouco...
Senti-me explorada e enganada, ao pagar 200 rupias quando não devia pagar nada, explorada e enganada talvez por estar num país diferente, num país demasiado tropical, demasiado a sul.
Mas quando cá cheguei... OH!!! OH REALIDADE!
É bem mais difícil aturar os coelhos e os cornacas dos coelhos.
Abençoado outono, preciso de trabalhar para descansar.
VER AQUI, por exemplo
* Cornaca: condutor de elefantes
Maria Teresa Horta: com uma cajadada mata dois, ou mesmo três, coelhos
A escritora Maria Teresa Horta acaba de se recusar a receber o prémio D. Dinis, das mãos do Primeiro Ministro Português, Passos Coelho.
É caso para dizer que com uma cajadada mata dois, ou até mesmo três, coelhos:
1º coelho - Todo o mundo fica a saber que ganhou um prémio;
2º coelho - conquista a simpatia do povo português;
3º coelho- o Passos Coelho;
VER AQUI, NO EXPRESSO
A escritora conquistou, pela primeira vez, a simpatia e a admiração dos leitores e principalmente das leitoras portuguesas, ao publicar, durante a ditadura de Marcelo Caetano, o livro Novas Cartas Portuguesas, de que foi co-autora. Nessa altura foi julgada, pois o livro não foi considerado conveniente, pelo regime. A editora era Natália Correia.
segunda-feira, setembro 17, 2012
"Temos fantasmas tão educados que adormecemos no seu ombro"
Muitos muito se orgulham pela manif do dia 15.
Por terem sido muitos. Por ter sido muito pacífica. Porque a a polícia se portou bem.
Aliás, portámo-nos todos tão bem, que até a imprensa francesa afirma que nos comportámos como "bons enfants" - em francês, no original, isto será o oposto de "enfants terribles"
Mas não é como meninos bem comportados que lá chegaremos.
Esta demonstração ainda foi só o princípio, quando ainda não há desespero e parece haver esperança.
Quanto à polícia, é óbvio que teve instruções para não mexer um dedo. Se não tiver servido para mais nada, serviu para constatar isso o desafio e a provocação que alguns jovens lhe fizeram em são Bento.
Tão mal visto e em maus lençóis que parece estar o governo, só lhe faltava reagir de forma violenta.
Os polícias fazem o que lhes mandam. Ou irá repetir-se o romantismo dos cravos de Abril?
O romantismo é giro, mas devemos ser perspicazes.
Poesia de Natália Correia - Queixa das almas jovens censuradas
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
Natália Correia (Poetisa portuguesa, 1923-1993)
Dão-nos um lírio e um canivete
e uma alma para ir à escola
mais um letreiro que promete
raízes, hastes e corola
Dão-nos um mapa imaginário
que tem a forma de uma cidade
mais um relógio e um calendário
onde não vem a nossa idade
Dão-nos a honra de manequim
para dar corda à nossa ausência.
Dão-nos um prémio de ser assim
sem pecado e sem inocência
Dão-nos um barco e um chapéu
para tirarmos o retrato
Dão-nos bilhetes para o céu
levado à cena num teatro
Penteiam-nos os crânios ermos
com as cabeleiras das avós
para jamais nos parecermos
connosco quando estamos sós
Dão-nos um bolo que é a história
da nossa historia sem enredo
e não nos soa na memória
outra palavra que o medo
Temos fantasmas tão educados
que adormecemos no seu ombro
somos vazios despovoados
de personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
e um pacote de tabaco
dão-nos um pente e um espelho
pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
e uma cabeça presa à cintura
para que o corpo não pareça
a forma da alma que o procura
Dão-nos um esquife feito de ferro
com embutidos de diamante
para organizar já o enterro
do nosso corpo mais adiante
Dão-nos um nome e um jornal
um avião e um violino
mas não nos dão o animal
que espeta os cornos no destino
Dão-nos marujos de papelão
com carimbo no passaporte
por isso a nossa dimensão
não é a vida, nem é a morte
Natália Correia (Poetisa portuguesa, 1923-1993)
domingo, setembro 16, 2012
Manifestação: que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas - Continuação II
Intervenção final dos organizadores da Manifestação: "que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas".
Ninguém ouviu o que disseram, nem sequer foram vistos, no meio de tanta gente e sem espaço logístico para protagonismos.
Muitos prosseguiram a pé e em manifestação para São Bento, embora poucos tenham chegado, por ser longe, porque não se ouviu isto.
VER A PARTIR DE 7 MINUTOS.
Manifestação: que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas - Continuação
Muitas pessoas não levaram o material necessário para bater tachos e panelas, tampas e colheres. Os poucos que levavam eram fotografados.
Mesmo assim, havia demasiado barulho e algumas vuvuzelas.
Helicópero sobrevoando a Manif, momentaneamente em sintonia de cores com a grua, o cartaz outdoor e o céu. Lisboa é sempre bela!
A propósito, o Expresso tem uma galeria de fotos para os leitores, tem a que tirei ao cão e que está no post anterior.
AQUI
Também se viam pessoas gorduchinhas e simpáticas, daquelas que só sabem sociabilizar de forma ingénua e doce. Apostaríamos que nunca souberam o que era estar numa MANIF!
sábado, setembro 15, 2012
Manifestação: que se lixe a Troika, queremos as nossas vidas
A manifestação em Lisboa realizou-se com uma multidão. Algumas pessoas tocavam panelas e colheres.
Houve mesmo quem levasse os cães, vários, incluindo este grande Grand Danois, de cravo ao pescoço.
E quem estava em casa também se manifestou.
E quem estava em casa também se manifestou.
Alguns manifestantes prosseguiram a pé para São Bento, pelo meio das ruas, que não estavam cortadas ao trânsito. Não muita gente: é longe. Também fui, mas pareceu-me que estava pouca gente e vim para casa. Neste momento, prossegue a manifestação em são Bento, com pessoas que se dirigem para lá. Está muitíssimo mais gente do que quando eu saí.
Ainda não acabou, vamos ver como acaba.
(Últimas duas fotos: ocupando as ruas, que não estavam cortadas ao trânsito, incluindo a Rotunda do Marquês, na manifestação espontânea que foi da Praça de Espanha até São Bento. A polícia tentou impedir, mas acabou por deixar passar.)
22 horas: A night lisboeta transferiu-se para a Assembleia da República. está todo o mundo lá, ou a caminho.
Coloquei no Expresso, na galeria de fotos dos leitores, as fotografias do cão e da senhora da varanda Clicar. Com os números 101 e 102.
Ainda não acabou, vamos ver como acaba.
(Últimas duas fotos: ocupando as ruas, que não estavam cortadas ao trânsito, incluindo a Rotunda do Marquês, na manifestação espontânea que foi da Praça de Espanha até São Bento. A polícia tentou impedir, mas acabou por deixar passar.)
22 horas: A night lisboeta transferiu-se para a Assembleia da República. está todo o mundo lá, ou a caminho.
Coloquei no Expresso, na galeria de fotos dos leitores, as fotografias do cão e da senhora da varanda Clicar. Com os números 101 e 102.
sexta-feira, setembro 14, 2012
Não deu um tiro no pé, deu um tiro nos... legumes redondos. Ou assim...
Será que a criatura enlouqueceu de vez?
VER AQUI:
Depois de ler este texto, só podemos supôr ou imaginar esta hipótese: será que o nosso primeiro ministro, passos coelho, enlouqueceu de vez? Tadinho, é interná-lo.
VER AQUI:
Passos Coelho garante que pensões mais altas não vão acumular cortes
Ainda bem, todos estávamos em pânico: será que os ricos vão ficar pobres? Será que os pobres e os ricos já nem se distinguem pelo seu vestir? E pelo seu comer?
Será que os de Massamá já mal se distinguem da Escumalha?
Cenas dos próximos capítulos:
É claro que não. O Super Coelho repõe a legalidade. E a moral.
Depois de ler este texto, só podemos supôr ou imaginar esta hipótese: será que o nosso primeiro ministro, passos coelho, enlouqueceu de vez? Tadinho, é interná-lo.
Que se lixe a Troika: Queremos as nossas vidas
Sr. primeiro ministro:
Eu não tenho filhos e não ando aqui a trabalhar para os seus.
Quero ter dinheiro para viver a minha vida da maneira como escolhi vivê-la e não como o sr. acha que a devo viver.
Se ganho muito, ou mesmo demasiado, na sua modesta opinião, é porque lutei por isso.
O muito que ganho é pouquíssimo, comparado com o que ganham, por debaixo do pano, os políticos como o sr. e os seus amigos. Incluindo aqueles que compraram um diploma, como o seu amigo Sócrates e o vosso amigo Relvas. E outros de que não ouvimos falar, porque ainda não se tornaram famosos. Aguardamos notícias.
Vão todos pentear macacões e respetivos filhos, que não fazem falta nenhuma nesta terra.
Emigrem. De preferência, para outro planeta. Parece que há vida em Marte. Se não houver, paciência...
É claro que vou à manifestação, amanhã.
Locais e horários, no país
(Lista atualizada às 19:37, 13 de Setembro
Lisboa: Praça José Fontana às 17h
Porto : Avenida dos Aliados às 17h
Portimão: em frente à Câmara Municipal às 16h
Viseu: Rossio às 17h
Aveiro: Rua Carlos Aleluia às 17h
Guarda: Praça Luís de Camões às 17h
Braga: Avenida Central às 15h
Coimbra: Praça da República às 17h
Loulé: Mercado de Loulé às 17h
Vila Real : junto à Câmara Municipal às 17h
Covilhã: Pelourinho às 17h
Marinha Grande: Parque da Cerca às 17h
Moncorvo: Torre de Moncorvo - Largo da Corredoura às 17h
Leiria : Fonte Luminosa às 15h
Caldas da Rainha: Largo da Câmara (em frente ao tribunal) às 15h
Faro: Largo da Pontinha às 17h
Portalegre: Praça da República às 17h
Castelo Branco: em frente à Câmara Municipal às 17h
Beja: Praça da República às 17h
Figueira da Foz: em frente à Câmara Municipal às 15h
Santarém: em frente ao W Shopping às 17h
Évora: Praça do Giraldo às 17h
Cascais: Baia de Cascais 17 h
Lamego: Monumento ao Soldado Desconhecido "Chico do Pinto"às 17h
Mogadouro: Parque da Vila às 17h
Peniche: Praça Jacob Rodrigues Pereira às 17h
Santa Maria da Feira: em frente à Câmara Municipal às 17h
Setúbal : Praça do Bocage (em frente ao município) às 17h
Sines : Rossio às 17h
Nisa: Praça da República (junto à Biblioteca) às 17h
Ponta Delgada: Portas da Cidade às 16h
Funchal : Praceta do Infante às 17h
Berlim (Alemanha): Zimmerstrasse, número 56
Fortaleza (Brasil): Rua Desembargador Leite Albuquerque, 635 Sala 402
Londres (Inglaterra): Embaixada Portuguesa (11 Belgrave Square London)
Paris (França): Embaixada de Portugal (3 Rue de Noisiel)
Nos EUA e Canadá não haverá uma manifestação presencial, mas cada um é convidado no evento a fazer cartazes de indignação e fotografias e colocar durante o dia de amanhã no Facebook.
VER NO PÚBLICO
Bem, apareceu-me aqui, também, este link (LOL):
VER NO PÚBLICO
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Fuck Troika! Wir wollen unser Leben! Que se ...
terça-feira, setembro 11, 2012
Como gastaram o dinheiro que nos falta e porquê?
PETITION: Responsabilização civil e criminal para os politicos portugueses (Criminal and civil responsabilisation for portuguese politicians)
Como vêem por aqui, há uma petição para responsabilizar os causadores da crise, como fizeram na Islândia
ASSINAR AQUI
segunda-feira, setembro 10, 2012
A crise e as medidas do PM
Entramos num dos restaurantes bons de Lisboa. Há uns meses, digamos 20 meses, estaria cheio de clientes, sem lugares vagos. Hoje, porém, encontramo-lo às moscas.
Um cartaz, colocado em local central por relação com o olhar, apresenta esta surpreendente declaração: "Pedimos desculpa pelos nossos preços, mas você paga 23% de impostos (IVA). "
Quase me espanto. Há uns meses, quando eu protestava contra a política de Sócrates, que iniciou esta crise, proprietário e empregados discordavam, até ao ponto de me enfadarem. Estava tudo bem, no melhor dos mundos possíveis...
Até recentemente, ou até agora, os portugueses tinham o hábito de ir regularmente ao restaurante, ao contrário de quase todos os outros europeus.
Deve-se esta situação, sobretudo ao facto de os empregados de restaurante ganharem pouco.
Imaginemos os seguinte: funcionários públicos e trabalhadores do setor privado vão perder um ou dois meses de salário, pagar mais impostos, etc... como foi anunciado pelo mais recente primeiro ministro (e que não deve aquecer o lugar).
Quem vai gastar dinheiro em restaurantes?
Os empregados informam-me, desolados, que não vão perder muito, nos salários: ganham tão pouco, que ficam excluídos dos aumentos de imposto e das supressões de subsídios.
Só correm o risco de perder o emprego.
domingo, setembro 09, 2012
Islândia defende investigação ao Governo português
"Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu País eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro", diz o responsável.
Ou ainda
(SE GOSTAM DESTE BLOGUE, É FAVOR TORNAREM-SE SEUS SEGUIDORES, OU PELO FACEBOOK, AO CIMO DA PÁGINA, OU PELO BLOGGER, AO MEIO DA PÁGINA)
sábado, setembro 08, 2012
Mais austeridade para o povo, mais impunidade, mais descaramento, etc...
Cavaco Silva deu a entender o que parece óbvio: as medidas da Troika não deram grande resultado, portanto, ela que assuma os erros e os corrija.
Pelo contrário, o primeiro ministro vem afirmar que está tudo a correr bem, no melhor dos mundos possíveis e oferece mais do mesmo. Prossegue uma estratégia que não deu frutos, a não ser para o grande capital, que se safa sempre lindamente.
No aspeto político também falhou: os trabalhadores do setor privado estavam contra os do estado, achando muito bem que fossem sacrificados, agora também o foram e o governo tem todos contra ele.
Quando vamos aprender com esta gente e eleger um governo que não tenha ninguém do PSD, muito menos do PS e também não do CDS? Nunca? Então, não nos queixemos. Estes 3 partidos protegem-se entre si, ou melhor, os partidários do topo têm interesses em comum.
Como diz José Gomes Ferreira neste vídeo, assistimos a "uma transferência de capital das famílias para as empresas"
sexta-feira, setembro 07, 2012
Mais austeridade para os pobres
Mais austeridade para os pobres, a mesma imunidade para os corruptos. As mesmas parcerias público-privadas, que já esgotaram o orçamento para o ano inteiro.
Ainda a Índia
Acrescentei aos Favoritos deste blogue um de fotos de viagens a preto e branco.
Fiquei a conhecê-lo por ter sido contactada pelo seu autor. Tem belas fotografias da Índia, de viagens mais demoradas e menos turísticas, como espero vir a fazer um dia.
A primeira viagem que fazemos à Índia, convém que seja guiada, pois não podemos imaginar o que vamos encontrar. Especialmente se somos muito brancos, muito diferentes e chamamos logo a atenção por esse motivo.
Fotografías en branco e negro
Fiquei a conhecê-lo por ter sido contactada pelo seu autor. Tem belas fotografias da Índia, de viagens mais demoradas e menos turísticas, como espero vir a fazer um dia.
A primeira viagem que fazemos à Índia, convém que seja guiada, pois não podemos imaginar o que vamos encontrar. Especialmente se somos muito brancos, muito diferentes e chamamos logo a atenção por esse motivo.
Fotografías en branco e negro
Índia: Deuses
A religião é, simultaneamente, o melhor e o pior que a Índia tem para oferecer. A Índia exporta religiões, misticismos e espiritualidades que são a principal ameaça à religião católica e outras cristãs.
Talvez porque leva a sério o espírito religioso, ao contrário da nossa civilização, que o submeteu às políticas, aos interesses, aos materialismos...
Chega a ser paradoxal assistir a um culto em que homens e mulheres se rojam pelo chão, às vezes chorando, na presença destas figuras, que, neste caso, têm enormes dimensões, impondo-se pela sua grandeza física. E também pela sua estranheza.
Não, para eles, o homem não é semelhante a Deus e Deus não se assemelha ao homem.
Creio que é esta a grande novidade dum país tão velho e tão tradicionalista. Foi, pelo menos, a grande novidade para mim.
Quem quer um Deus parecido com o homem?
Estas imagens são da religião hindu, maioritária com 80 % de crentes: representam os deuses Vishnu e Hanumani.
Também foi neste país que nasceu o Ioga e o Budismo, decorrente do Ioga, estes realmente exportados para o Ocidente.
Se, por um lado, somos surpreendidos por esta iconografia de deuses, muito teatral e mesmo muito cinéfila, por outro lado, o Budismo, o Bramanismo e o Jainismo não consideram haver necessidade de um deus como figura central. O espírito do Universo é espírito. Comum a todos os seres do universo.
Há também Muçulmanos, Siques, e, claro, católicos.
Tolerância religiosa? Sim, a um nível que nos é inimaginável. Mas também conflitos e crimes com motivo religioso, a um nível que podemos imaginar, porque conhecemos bem. Da nossa história.
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