domingo, maio 11, 2014

Antigo Real Asilo Militar de Runa








Este asilo militar, destinadoa militares pobres e inválidos, fundado em 1827 pela princesa D. Maria Francisca Benedita (irmã, nora, sobrinha e prima de D. maria I), que viveu numa parte do edifício.

Apresenta maravilhosas peças artísticas e artesanais, pois a princesa era muito culta, sendo ela mesma também artista.

Ainda hoje lá vivem militares, esposas, viúvas.

A capela é uma jóia, com particularidades muito interessantes, sendo que o trasepto se pode circundar, como se vê nas fotos.

(Continua. Para ver mais, clicar em Runa, na tag abaixo. Para ver melhor, ampliar as fotos.)

sábado, maio 10, 2014

Convento de Varatojo II





Fantásticos azulejos, alguns deles sobre as tentações, o mal e o bem (2ª e 3ª fotos), os outros dois sobre o amor a Deus.

Esquecemo-nos de que existem lugares como este, com gente isolada num belo e antigo local, a meditar, a rezar.

Esquecemo-nos de que existem painéis de azulejo como estes.

Esquecemo-nos de que os painéis de azulejo são a arte portuguesa por excelência.

Esquecemo-nos de que os painéis de azulejo não são fáceis de roubar e que podem até ser a única arte que não desaparece de lugares como este, que foi expropriado duas vezes: na revolução liberal e na revolução republicana. 

(Para ver mais, clicar nas Tags abaixo)

Convento de Santo António de Varatojo








Este convento é muito bonito. Fundado pelo rei D. Afonso V, que lá viveu no fim da vida.
Os claustros são lindíssimos e tem impressionantes paineis de azulejos.
Vou colocar outro post sobre este convento, nesta mesma data.


(Continua: para ver mais, clicar nas Tags)

quarta-feira, maio 07, 2014

Vamos ao essencial: saída limpa...

Quando conjeturo estas questões, a mim parecem-me simples e claras:









segunda-feira, maio 05, 2014

Saída limpa? Limpíssima. Até limparam o sebo a muitos.







O presidente da república acaba de postar um comment no Facebook, afirmando, por palavras suas, sempre pobres de vocabulário,  que "está tudo bem, no melhor dos mundos possíveis"- isto para citar , digo eu, uma frase de Voltaire, do seu livro Candide, ou l'Optimisme.

Eu, Nadinha, fiz um comment no mural do sr presidente. Se vocês conseguirem descobrir qual é o comment, ganham... um balangandam.

VER AQUI

Mas talvez tenham apagado o meu comment. Quase sempre apagam os comments da Nadinha. No site do senhor presidente, em momentos críticos, fazem isto quase de 5 em 5 minutos, apagam tudo o que não seja elogio....

Mas, mesmo que tenham apagado... vejam os outros, de minuto a minuto há gente que protesta e que é apagada.

Neste caso, escrevi assim:

"E aquela fase, talvez futura, em que perguntamos aos políticos o que é que fizeram do nosso dinheiro? Senhor presidente, se não quer ser lobo, não lhe vista a pele. " 

Talvez apaguem o comment. É o que o filósofo José Gil chama um "não acontecimento", ou seja, apagamos e fica esquecido. Nunca existiu. Nós adoramos nunca termos existido, claro.
Vocês também podem comentar. Talvez apaguem os vossos comments. Mas não podem apagar tudo!




Bem, desta vez, este post do blogue aparece como comment a três notícias e reportagens do Jornal Público.  Acontece, às vezes.

domingo, maio 04, 2014

Dia da Mãe





Viver é complicado. Ser mulher é complicado. Ser mãe deve ser ainda mais complicado. Sobretudo se os filhos não forem grande coisa. Feliz Dia da Mãe. Sobretudo se os filhos forem grande coisa. E muito mais ainda, se não forem grande coisa.


Muitas vezes penso e só uma vez o disse, a uma menina que, mais tarde, fez questão de ser minha amiga no FB, apesar disso: 


- "Às vezes, quando tenho uma aluna extraordinária, penso que gostaria de ter uma filha assim, para depois refletir que se fosse minha filha, não era assim, seria provavelmente uma pessoa mais complicada, para além de ser muito diferente, fisicamente. Outras vezes, muitas vezes, olhando para certos alunos e alunas que tenho, reflito assim":

- "Graças a Deus que não tenho filhos!"

Não sei se fui boa ou má filha. Perfeita não fui, de certeza. 

Obrigada, mãe. Que perdi aos 18 anos.

quarta-feira, abril 30, 2014

Dupla Canonização RED BULL - dá-te asas!!!

Canonização RED BULL

A dupla canonização de João Paulo II e de João XXIII foi patrocinada pela Nestlé, por duas bebidas energéticas e por um banco.


Um papa acusado de ser conivente com  pedofilia e com o Banco Ambrosiano e outro mais consensual, foram recentemente canonizados, com o alto patrocínio da Nestlé e de duas bebidas energéticas.

Esperemos que o Papa Francisco se tenha sentido amarrado a compromissos anteriores e não se sinta agora conivente com este absurdo.

VER AQUI:


La double canonisation a été sponsorisée par Nestlé, deux groupes énergétiques, et une banque




    Saída limpa: "Uma reviravolta extraordinária para um país que ainda há seis meses parecia destinado a pedir um novo resgate”, diz o “Financial Times”




    Por aqui se vê que até a astróloga Maia faz previsões mais científicas do que a Troika ou as agências de rating:

    Portugal vai optar por uma saída limpa, que o Financial Times descreve assim:

    “Naquela que é uma reviravolta extraordinária para um país que ainda há seis meses parecia destinado a pedir um novo resgate”, diz o “Financial Times” na sua edição online.


    VER AQUI


    E AQUI


    A carta da imagem é O Enforcado (CLICAR), colocado de cabeça para baixo. Quer dizer (entre outras coisas):

    - Espere: você agora não pode fazer nada.


    segunda-feira, abril 28, 2014

    Ainda sobre a Guerra Colonial

    ANGOLA É NOSAS GRITAREI
    É CARNE É SANGUE DA NOSSA GREI








    Ainda sobre a Guerra Colonial, correndo o risco de atrair maldições :) Vem a propósito do 25 de abril e da ignorância de muitos sobre o tema.

    É ESPANTOSO FINGIRMOS QUE NÃO ACONTECEU UMA GUERRA COLONIAL, ao ponto de afirmarem muitos, agradecidamente,  que Salazar nos livrou da Segunda Guerra Mundial. 
    Participamos heroicamente na Primeira Guerra Mundial, não é nada nobre não termos lutado contra Hitler, onde está a tão propalada coragem do povo português?
    Talvez em Angola...
    Como se vê aqui.


    Letra

    Sérgio Godinho

    Chega-te a mim 
    mais perto da lareira 
    vou-te contar 
    a história verdadeira

    A guerra deu na tv 
    foi na retrospectiva 
    corpo dormente em carne viva 
    revi p´ra mim o cheio aceso 
    dos sítios tão remotos 
    e do corpo ileso 
    vou-te mostrar as fotos 
    olha o meu corpo ileso

    Olha esta foto, eu aqui 
    era novo e inocente 
    "às suas ordens, meu tenente!" 
    E assim me vi no breu do mato 
    altivo e folgazão 
    ou para ser mais exacto 
    saudoso de outro chão 
    não se vê no retrato

    Chega-te a mim 
    mais perto da lareira 
    vou-te contar 
    a história verdadeira

    Nesta outra foto, é manhã 
    olha o nosso sorriso 
    noite acabou sem ser preciso 
    sair dos sonhos de outras camas 
    para empunhar o cospe-fogo e o lança-chamas 
    estás são e salvo e logo 
    "viver é bom", proclamas

    Eu nesta, não fiquei bem 
    estou a olhar para o lado 
    tinham-me dito: eh soldado! 
    É dia de incendiar aldeias 
    baralha e volta a dar 
    o que tiveres de ideias 
    e tudo o que arder, queimar! no fogo assim te estreias

    Chega-te a mim 
    mais perto da lareira 
    vou-te contar 
    a história verdadeira

    Nesta outra foto, não vou 
    dar descanso aos teus olhos 
    não se distinguem os detalhes 
    mas nota o meu olhar, cintila 
    atrás da cor do sangue 
    vou seguindo em fila 
    e atrás da cor do sangue 
    soldado não vacila

    O meu baptismo de fogo 
    não se vê nestas fotos 
    tudo tremeu e os terremotos 
    costumam desfocar as formas 
    matamos, chacinamos 
    violamos, oh, mas 
    será que não violamos 
    as ordens e as normas?

    Chega-te a mim 
    mais perto da lareira 
    vou-te contar 
    a história verdadeira

    Álbum das fotos fechado 
    volto a ser quem não era 
    como a memória, a primavera 
    rebenta em flores impensadas 
    num livro as amassamos 
    logo após cortadas 
    já foi há muitos anos 
    e ainda as mãos geladas

    Chega-te a mim 
    mais perto da lareira 
    vou-te contar 
    a história verdadeira 
    quando a recordo 
    sei que quase logo acordo 
    a morte dorme parada 
    nesta morada.


    Obrigada, António Gomes, por me teres dado a conhecer esta música. 

    sábado, abril 26, 2014

    Foi bonita a festa, pá



    Nunca ouvimos a voz dos combatentes. Porquê? Só o eco distante... Valeu a pena? NÃO, não valeu, pá!





    Encontrada no Facebook, esta confissão inconfessada, presente na mente e muitos portugueses, homens, completamente ignorada das portuguesas (mulheres), ausente de todas as  comemorações:


    "NÃO, NÃO VALEU A PENA, PÁ! HÁ 40 ANOS, EU ESTAVA NO MATO, OBRIGADO, A MATAR QUEM EU DESCONHECIA E QUE DEFENDIA A SUA PRÓPRIA TERRA E FAMÍLIA. A REVOLTA É ENORME E, INFELIZMENTE, JÁ NÃO HÁ VOLTA a DAR."

    Finalmente, ouvimos a verdade. UMA DAS VERDADES.
    FOI BONITA A FESTA, PÁ?
    - NÃO, PARA ALGUNS DE NÓS, NÃO FOI!

    PARECIA BONITA A FESTA, PÁ, MAS NÃO.
    NÃO FOI BONITA.


    A MINHA HOMENAGEM AOS HOMENS PORTUGUESES QUE ESCONDERAM DENTRO DE SI A TRISTEZA E A VERGONHA. QUE NOS POUPARAM À VERDADE.

    QUE NÃO NOS DEVERIAM TER POUPADO A TRISTEZA, A  VERGONHA E A VERDADE.



    http://www.publico.pt/politica/noticia/vasco-lourenco-diz-que-quem-esta-no-poder-assumese-como-herdeiro-dos-vencidos-de-abril-1633584


    http://www.publico.pt/politica/noticia/os-desafios-de-portugal-nao-se-esgotam-na-dimensao-orcamental-avisa-cavaco-1633590

    sexta-feira, abril 25, 2014

    POLÍTICOS E POLÍTICAS COMEMORARAM NÃO SEI O QUÊ NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, ORGULHOSAMENTE SÓS






    POLÍTICOS E POLÍTICAS (RESPONSÁVEIS) COMEMORARAM NÃO SEI O QUÊ NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA, comemoração da qual estão ausentes os protagonistas: os capitães de abril, Mário Soares, etc.
    Tudo isto aconteceu no meio de uma profusão de cravos vermelhos, que custaram umas centenas de Euros aos meus impostos.


    Parece mal incluir estes revolucionários, despenteados e / ou já carecas (os capitães de abril, Mário Soares, etc.), numa celebração tão bonitinha. 
    Isto não é para contestar ou protestar. Apenas para confabular, confraternizar e estabelecer cumplicidade. Claro. 

    Para mostrar que o 25 de abril já foi há bué!




    http://www.publico.pt/politica/noticia/os-desafios-de-portugal-nao-se-esgotam-na-dimensao-orcamental-avisa-cavaco-1633590

    quarta-feira, abril 23, 2014

    MÁRIO SOARES, FIGURA DE PROA DA DEMOCRACIA: O PROBLEMA DA CORRUPÇÃO EM PORTUGAL É ELA SER GENERALIZADA, ENTRE RICOS, POBRES E MISERÁVEIS.

    Mário Soares é uma figura de proa da Democracia. Talvez mesmo A figura de proa da democracia portuguesa. Talvez a única figura de proa da democracia portuguesa, com consistência e coerência. 

    Por isso foi muito injuriado, caluniado.


    Soares era um esquerdista convicto. 

    Não é santo? Não. Mas estamos a falar de religião?


    VER AQUI  MÁRIO SOARES, nos 40 anos da revolução.


    Soares é um nome europeu e universal. Não pactuou com a ditadura do proletariado. Não pactuou com ditadura nenhuma. Não pactuou com muita coisa.

    Nós, portugueses, adoramos infernizar as pessoas que nos incomodam. Depois de mortas, contudo, venerámo-las.

    O dramático, que neste caso coincide com o ridículo, é desprezarmos os vivos e adorarmos os mortos. Porque estes já não nos fazem sombra. E os vivos vão continuar a chatear-nos. A confrontrar-nos com as nossas idiossincrasias.

    Com esta mesquinhez e com estas esfarrapadas desculpas, com este eliminar os bons e promover os medíocres, vamos deixar passar a Revolução Mundial. 

    Vamos deixar passar tudo ao lado.

    O PROBLEMA DA CORRUPÇÃO EM PORTUGAL É ELA SER GENERALIZADA, ENTRE RICOS, POBRES E MISERÁVEIS. 

    quinta-feira, abril 17, 2014

    Páscoas Felizes






    BOA PÁSCOA

    O meu querido amigo Eduardo Alves Marques (CLICAR POR CIMA DO NOME) lembrou-me dos ovos de Páscoa Fabergé. 

    Para nos fazerem sonhar com navegações por mar e com as viagens por terra dos tempos antigos, em coches de esmeraldas, talvez noutra dimensão do tempo e do espaço.

    Boas navegações de Páscoa. Boas Páscoas.

    Ou como dizem, não sei qual a origem, "Um Natal cheio de Páscoas".

    Acrescento: uma Páscoa cheia de Natais, daqueles que são quando nós queremos.

    sexta-feira, abril 11, 2014

    Rosarinho Rodrigues revela um herói de La Lys









    Rosarinho Rodrigues recebeu, como presente da sogra, o espólio de um tio da mesma, morto precocemente na Batalha de La Lys, com milhares de outros portugueses. *


    Eduardo da Fonseca Guerreiro tinha uma forte ligação afetiva à sua mãe, o que o levou a escrever-lhe um postal enm todos os dias da sua breve vida, desde a partida de Portugal até dois dias antes da sua morte, que partilhou com cerca de sete mil portugueses. Foram todos posteriormente considerados heróis, bem como os sobreviventes, o último dos quais morreu há pouco tempo, com mais de cem anos.


    É uma história bonita de amor. Filial e maternal. 
    Mas é, não menos, um testemunho da época, constituído por centenas de documentos. Escrevia todos os dias um postal, alguns com imagens alusivas à guerra, feitos de propósito para a ocasião, outros não, num total de 527

    Às vezes escrevia sobre a imagem, algumas vezes apenas a data, para dizer à mãe que estava vivo nessa data. Quanto os postais deixaram de ser recebidos, não foi necessária outra informação adicional. Era como se fosse um Facebook primitivo.

    Quase sempre escrevia lápis, por ser difícil encontrar tinta. Devia ser tudo difícil, nesta época, mas os milagres existem e fazem-se. Às vezes. Por amor.

    A Rosarinho Rodrigues continua esse milagre da comunicação por amor, selecionando, partilhando, dando a conhecer esta história, doando o espólio do combatente. Como se pode ver aqui:

    Eduardo da Fonseca Guerreiro - as palavras de um combatente caído em La Lys

    * A Batalha de La Lys, ou o "O Desastre de La Lys", deu-se entre 9 e 29 de abril de 1918, no vale da ribeira da La Lys, na região da Flandres, Bélgica. Nela foram mortos. Considerada a maior catástrofe militar portuguesa, depois da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578.  Morreram 7.000 homens, entre soldados e oficias e foram feitos seis mil prisioneiros.

    Ver também aqui: Desastre de "La Lys"
    Ou no Jornal Público 
    Contem-nos como foi a Primeira Guerra Mundial

    P.S.: Dir-se-ia que foi para este rapaz que Fernando Pessoa escreveu o poema "O Menino de Sua mãe", 
    poema que ficaria perfeitamente ilustrado com os três primeiros postais. Provavelmente inspirou-se neles.

    Será que os atuais políticos ainda não conseguiram acabar de vez com a democracia? Será que devemos agradecer-lhes por isso?


    A presidente da assembleia da república diz que os Capitães de Abril podem ficar bonitinhos na comemoração do 25 de abril, mas não podem falar. E se não gostam disso, o problema é deles. Deles? De quem? Nosso?

    Logo a seguir, o secretário de estado da cultura afirma que a escritora que ganhou o prémio APE deveria estar grata por estar em democracia, em vez de criticar o regime.

    Grata por estar em democracia? Agradecida a estes políticos? É um favor que nos fazem, o não terem ainda acabado com a democracia?

    VER AQUI


    Secretário de Estado da Cultura ofende escritora Alexandra Lucas Coelho

    "O problema é deles", diz Assunção Esteves sobre exigência da Associação 25 de Abril

    Escritora diz que o seu Portugal não é o de Cavaco Silva

    quinta-feira, abril 10, 2014

    A NOSSA HERÓICA DERROTA EM LA LYS (FAZ AGORA 100 ANOS, A GUERRA DE 14-18)





    Não muitos portugueses ouviram falar deste episódio trágico da nossa história recente, a batalha de La Lys, embora esta derrota portuguesa seja comparada à de Alcácer Quibir. Pelo desastre que foram as duas.

    Primeira foto: Soldados portugueses feitos prisioneiros pelos alemães. "São capturados cerca de seis mil portugueses da segunda divisão e quase 100 peças de artilharia". Fotografia de Anselmo Franco

    Segunda Foto: Corpo expedicionário português (CEP), ainda em Lisboa.

    Para citar alguns pormenores, o corpo expedicionário português (CEP), com precisamente um ano de trincheiras sem repouso ou rendição, mal apetrechado desde a origem, esperava ser substituído, já no fim da guerra, em 1918, após a colaboração americana com os aliados. 

    Os alemães decidiram atacar por saberem o estado em que se encontravam as tropas. 

    Foi uma derrota esplendorosa.

    Salazar, na impossibilidade de a admitir, determinou que se consideravam heróis todos os que caíram nessa "batalha". Que foi esquecida. Ao ponto de muitos portugueses ignorarem tudo sobre o assunto. 

    Este episódio situa-se num período rocambolesco da nossa história, pouco após a queda da monarquia, 1910, sendo que existia uma propaganda contra esta participação, que levou muitos a desertarem. Como o meu avô, que já tinha um filho e uma esposa.
    Esta é a minha pessoal colaboração, contar a história do meu (heróico) avô.


    Consultar os links abaixo
    Europeana 1914-1918 – untold stories & official histories of WW1 Momentos de História
    Contem-nos como foi a Primeira Guerra Mundial
    Lisboa de Antigamente (Fotos)

    (Este assunto continua noutros posts deste blogue - clicar em baixo nos temas).

    quarta-feira, abril 09, 2014

    Sorteio do Audi deteta fraudes e combate a corrupção

    Agora já percebem para que serve o sorteio do Audi??? Foi a única maneira de generalizar o pedido de faturas. Considero uma ideia genial e gostava de saber quem a deu.
    Só os funcionários públicos e os aposentados é que devem pagar a crise?
    Por uma vez alguém acertou. Deve ter sido alguém da Troika que deu a ideia. 
    Ou talvez uma empregada de limpeza, que estava a ouvir a discussão dilemática: "como detetar as fraudes nos impostos?", enquanto esperava para limpar os copos e os cinzeiros.

    Herança da ditadura, os portugueses nunca fazem queixa, só protestam entre dentes e entre si em voz baixa, ou em voz alta se ninguém importante estiver a ouvir. Todos sabemos que muitos negociantes não pagam impostos e que essa é uma das razões da crise.

    A brincar com o concurso dos Audis, o problema vai-se resolvendo. 
    Mas são muitos os comentários, caricaturas, desenhos cómicos que se preocupam com  hipótese de um Audi sair a um pobre.

    Parece que estamos no século XVII, a sortear uma carruagem puxada a oito cavalos, que pode sair a um pobre. O pobre não faria mais nada que não fosse pastorear os cavalos. E caíam os parentes na lama, aos legítimos proprietários de tais mordomias. Mas não vivemos em democracia? Os pobres não deixam de ser pobres?

    Esta nossa sociedade portuguesa tem aspetos ridículos. 

    Fisco detecta mais de 5000 casos de empresas e singulares que não registavam facturas

    Mas fugir aos impostos não é considerado fraude. Já que ninguém faz segredo disso.


    terça-feira, abril 08, 2014

    Plágio

    Existe um motor de busca que deteta plágios

    PLAGIUM - www.plagium.com

    Descobri-o no contador de visitas deste blogue. Aparece com alguma frequência, o que significa que sou plagiada com não menos frequência.

    sábado, abril 05, 2014

    ESQUERDA! DIREITA! E VOLVER!

    A direita nunca teve grande ideologia, a menos que seja inconfessável, a esquerda não é capaz de se adaptar à realidade contemporânea. Nem de criticar coisa nenhuma,a  não ser "a direita".
    Vem isto a  propósito da recente decisão de Marine Le Pen de acabar com as refeições próprias para muçulmanos (Hallal) que têm as escolas francesas.

    De facto, em França, existem idiossincrasias estranhas, a respeito da religião e do laicismo: ninguém pode entrar numa escola com uma cruz a o pescoço, porque isso é uma afirmação de cristianismo, nem com um lenço na cabeça, neste caso as raparigas, por ser afirmação de religião muçulmana, mas as refeições escolares respeitam as diferentes religiões.

    A atual atitude de Marine Le Pen, de acabar com essas exigências alimentares, se, por um lado, parece ser uma inequívoca afirmação de direita e de rejeição do outro e do estranho e das minorias, própria da extrema direita, por outro levanta questões pertinentes, que a esquerda também deveria questionar.


    De facto, se formos ao Irão, não temos de usar aquelas vestes pretas e lenços na cabeça (no caso das mulheres)? Podemos beber álcool? Podemos ser gays, ou somos condenados à morte por isso? 

    Se temos de nos adaptar a outras civilizações, por que não hão-de as outras civilizações fazer o mesmo?

    Recentemente, no Iraque e por via da religião muçulmana, pretende-se permitir o casamento forçado de meninas a partir dos 9 anos. Vamos também respeitar isto?

    Porque há-de este debate radicalizar-se à direita?


    LER 
     Les municipalités Front national n’accepteront "aucune exigence religieuse dans les menus" scolaires.

    O Islão na Europa: um problema real


    Iraque discute lei que permite casamento com crianças de 9 anos