Não deixarei aqui de insistir sobre a renovação e sobre a inovação de Francisco, o Papa Mario Bergoglio.
Apos o 25 de Abril, deu-se em Portugal uma viragem à esquerda, que afastou quase toda a gente da Igreja Católica. Digo quase toda a gente pois muitos continuaram a frequentar a igreja, sendo que muitos outros, a maioria, só lá vai a casamentos, batizados, funerias e missas por alma. Alguns ainda se dizem católicos, outros se dizem cristãos, outros agnósticos, ateus... acho que nem eles (nós) sabem já o que são... pois isso não depende deles.
Do que não me tinha apercebido e julgo que vocês também não, é que essa viragem à esquerda da sociedade portuguesa coincidiu (mais coisa menos coisa) com a viragem à direita da Igreja católica, empenhada, com João Paulo II, em combater o comunismo. Compreende-se esse zelo da parte de alguém que viveu num país obrigado a ser comunista, refiro-me a
Karol Voitijla, mas não se comprende tão bem da parte de um Papa que querem canonizar ( o mesmo
Karol Voitijla), porque os grandes homens e mulheres não podem ter ficado cegos pelas suas circunstâncias pessoais. Deixemos isso para o povo comum. Não por acaso existe hoje um movimento contra a sua canonização, por ter ignorado e, portanto, protegido, os padres e bispos, talvez cardeais, que eram pedófilos. A Onu, ao tentar investigar estes casos, esbarrou com o silêncio do Vaticano, que escondeu os seus próprios dados, em vez de se empenhar na justiça.
É assim que a igreja perde quase toda a gente, sobretudo os cristão católicos de boa vontade, contra uma minoria direitista e mesquinha, empenhada em criticar e acusar de pecadores todos os outros.
Enquanto "todos os outros" cada vez se estão mais nas tintas para as noções de pecado e outras que tais.
É claro que esta minoria direitista e sectária leva atrás de si uma juventude carente de valores e de fé. Ingénua, claro. Como se fosse possível ser cristão e estar perfeitamente enquadrado na atual sociedade, que promove uma elite corrupta e minoritária.
Como se fosse possível ser um ser humano, humano, e continuar perfeitamente enquadrado na atual sociedade, que promove uma elite corrupta e minoritária.
Este artigo do público mostra bem o que eu não saberia explicar. escrito por frei Bento Domingues, intitula-se
Católicos não cristãos e é completamente corrosivo contra um tipo de católico: o tipo normal.