Anísio Franco, conservador do Museu nacional de Arte Antiga e curador de muitas exposições de arte e antiguidades em Portugal e no estrangeiro, lançou recentemente o seu livro Histórias de Antiguidades.
Aliando uma grande erudição, um grande conhecimento sobre arte e antiguidades e um enorme sentido de humor, como aventureiro e bon vivant que é, o livro presenteia-nos com histórias inesperadas, umas verdadeiras outras imaginadas, outras marginando as fímbrias entre uma coisa e a outra, Quase todas verdadeiras, mas todas revelando algo sobre antiguidades, tema e título.
Muito engraçada e verdadeira a história do Carneiro da Trofa, que poderia servir de ilustração à máxima muito referida atualmente "uma crise é uma oportunidade".
Então, o protagonista, que veio a ser uma grande e conhecido antiquário, começou por ser louceiro, ou seja, vendedor de louça, nas feiras.
Até que um dia lhe surgiu a crise: deixou cair a cesta que levava à cabeça com a loiça e partiu-a toda.
Como é que este episódio vai permitir que se transforme num antiquário de ricos?
É ler o livro.
Quem muito pensa no belo, pensa necessariamente muito na ausência da beleza e na possível estética do feio. E é assim que se compreende a foto da capa, que dá também origem à primeira estória.
Quem muito pensa no belo, pensa necessariamente muito na ausência da beleza e na possível estética do feio. E é assim que se compreende a foto da capa, que dá também origem à primeira estória.