terça-feira, outubro 14, 2008

Os meus fregueses

Os meus fregueses não têm feito comentários nenhuns: será por causa da crise? Será do Outono?
Mas só é Outono em alguns sítios...
De qualquer modo, apesar de não haver comentários, não tenho tido menos fregueses nos blogues.
Conselho / Sugestão útil:
Comprem ações da bolsa (portuguesa, francesa, japonesa) estão todas ao desbarato e em saldo...
Ou comprem fundos e neste caso é melhor internacionais. Enfim, os bancos que faziam os fundos já faliram quase todos, mas os fundos existem e persistem. E também estão em saldo...
Beijos
Nadinha

segunda-feira, outubro 13, 2008

Quem lucra com a crise?

Ouvi uma entrevista com o empresário Henrique Neto, que muito aprecio até porque o conheço pessoalmente.

Como sempre, deu uma visão muito lúcida sobre a actual crise, muito informada também, visto que sempre negociou com os Estados Unidos e conhece muito bem a situação.

E houve uma afirmação que me impressionou, sabendoa ainda por cima que ele é do PS.

Disse que o Governo teria de responder pelo descalabro da economia portuguesa e das contas do Estado, mas vai dar a desculpa de que tudo se deve à crise internacional, ou seja, é o Governo quem mais ganha com a crise.

Vi e ouvi esta entrevista enquanto caminhava na passadeira no ginásio, mas de repente vieram dizer-me que estava na hora de fechar e que eu tinha que sair: fecham sempre o ginásio meia- hora mais cedo da hora marcada....

Ora bolas, não ouvi o resto...

Mas a pergunta é: no meio de tudo isto, o Governo ainda quer fazer obras megalómanas para que o "Sócrates" fique na história?

Só se ficar na história como o homem que levou o país à bancarrota, na esperança de vir a ser presidente da ONU, ou da CEE, enfim, dessas coisas de que ninguém quer ser presidente, a não ser ele.

sábado, outubro 11, 2008

O medo é o verdadeiro perigo

Manuela Ferreira Leite afirmou, depois de muitos terem dito e inúmeros terem sentido o mesmo, que vivemos um déficit democrático, pois as pessoas têm medo de falar, de criticar seja o que for, de protestar.
Creio que sempre foi assim, mas também acho que agora é insustentável, sobretudo porque, como quase sempre acontece, o medo é maior que o perigo, ou por outra, o medo é o verdadeiro perigo. Já o tenho dito aqui a propósito de vários medos. Por exemplo, no Brasil, senti que as pessoas não andam nas ruas porque têm medo e portanto só andam nas ruas aqueles que são perigosos: se todo o mundo saísse à rua, podia até haver levantamentos de grupos para defender alguém...
Vem isto a propósito de notícias recentes que começam a levantar o imenso véu da corrupção: as casas da Câmara de Lisboa alugadas por 25 cêntimos a pessoas ricas e a empresas, um livro recentemente publicado dizendo que os portugueses toleram bem a corrupção. Depois digo o título, pois não o fixei.
Muitas vezes me surpreendi, depois de ter protestado contra isto e aquilo, por me terem dito que eu tive muita coragem. Coragem? Então qual foi o perigo? Corro algum risco por protestar? Normalmente não tenho essa noção e até fico assustada quando me dizem que fui muito corajosa...
Corajosa? Que é que eu fiz? Apenas exerci o direito à indignação e o dever cívico de criticar o que está mal.
Agora creio que compreendo melhor que, tal como o "respeitinho", o silêncio também é muito bonito. É que, para haver corrupção, é necessário haver cumplicidades. É que as cunhas são o sistema deste país e quase ningém está imune. É um silêncio cúmplice, é o silêncio de quem pensa que são todos iguais... na cunha.
E vocês acham que a CEE vai continuar a financiar um país em que os ricos pagam 25 cêntimos para viver num palácio em Lisboa e mostrar que são ricos e os remediados pagam 1000 Euros para viver numa casita vulgar? E mostrar que são pobres?
É que nós achamos tudo isto muito bem.

quinta-feira, outubro 09, 2008

Vem aí o dengue

Não, não é o Deng Xiao Ping. Não se assustem.
É só uma epidemia de dengue, que começou no Brasil e que ameaça chegar cá.
Creio que é aquilo que conhecemos por doença do sono.
Falando outro dia com uma brasileira do Sul, creio que do Paraná, ela disse que lá na terra dela não há dengue, porque: os polícias entram na casa das pessoas, regularmente, mesmo que seja contra a vontade delas.
Se tiverem jarras com a água já velha, obrigam a deitá-la fora, por exemplo. Depois vão aos quintais e jardins. Se encontrarem um pneu velho, por exemplo, levam-no para o destruir, pois o pneu há-de vir a juntar água, que se tornará um viveiro de mosquitos.
Enfim, se o dengue vier para cá, já sabemos o que fazer: evitar a água parada e tudo o que possa criar mosquitos.

quarta-feira, outubro 08, 2008

Abençoados aqueles que gastaram tudo o que tinham!

Porque deles foi aquilo que tiveram. Digo eu.
Afinal de contas, nós andávamos todos, em todo o mundo, a poupar para alimentar os bancos, que, por sua vez, alimentavam o sistema financeiro americano, o verdadeiro coração da América.
E agora corremos o risco de ficar sem a grana que juntámos ao longo da vida e ainda é possível que os ordenados sejam reduzidos por causa disso ( os subsídios de férias e de Natal já eram...).
Abençoado quem gastou todo o dinheiro que tinha, que herdou ou que ganhou!
Prometo que, se escapar desta, vou gastar muito mais e dar muito mais a quem me apetecer. Afinal de contas, está fora de causa eu trazer para casa as notas e escondê-las debaixo do colchão: os ratos, os ladrões e a desvalorização das moedas aconselham-me vivamente a não fazer isso: solução?
- Gastar! Curtir! Enquanto é tempo, enquanto há dinheiro, enquanto ainda há gente que sabe curtir!

domingo, outubro 05, 2008

Cunhas?!

Parece ser absoluto consenso que as cunhas são o normal no sistema português. Alguém que estudou muito, trabalhou muito e além disso é bom, normalmente, repito: normalmente é ultrapassado por um(a) baldas que não sabe nada, não tem grandes capacidades e que ainda implica e complica quando alguém lhe faz sugestões complicadas, ou críticas.
Já todos nos tínhamos habituado a isso: é a cultura portuguesa do nepotismo e do compadrio, que levámos para as antigas colónias, ao ponto de ainda hoje elas serem ingovernáveis, tal como a "pátria-mãe" (ouvi este termo "pátria-mãe" em qualquer parte das minhas andanças, não me lembro agora se era Portugal ou Espanha).
Estava tudo bem, até que...
Tchan tchan tchan tchan...........
Até que este governo resolveu pôr essas eminências pardas, que passaram à frente das outras por cunhas, a, ouçam bem, a...
A avaliar as outras.
Então e agora já está tudo mal. O equilíbrio é importante! O que é que acontece quando uma nação perde o equilíbrio, conquistado ao longo de séculos e até mesmo transportado para além-mar?
Veremos nas cenas dos próximos capítulos.

sexta-feira, outubro 03, 2008

Cunhas?!

Cunhas?!
Que grande novidade o haver cunhas em Portugal, ou mesmo serem elas quase o essencial do sistema português!!!!!!!!!!!
Vivi uns anos no Algarve. Conheci lá uma senhora extremamente simpática. À boa maneira portuguesa, convivia com ela e ela e eu com todo o mundo no café que frequentávamos. Como diz José Gil, os portugueses não convivem a não ser em famíla ou indo a sítios onde encontram os outros "por acaso". Encontrávamo-nos todos por acaso no café onde íamos todos todos os dias.
A senhora dizia que tinha sido rica e que tinha dado muitas coisas aos "amigos" (mais uma vez se dá razão a José Gil, livro: " Portugal Hoje, o Medo de Existir" já referido num destes blogues). Quando ficou pobre, entre aspas, ninguém lhe deu nada, dizia ela e acrescentava o exemplo: tinha dado uma cadeira linda e cara, uma antiguidade, a uma "amiga". Quando ficou pobre pediu-lha de volta mas a amiga recusou-se a devolvê-la.

Contava outra coisa, confirmada por várias pessoas com quem eu convivia nessa época e que me despertavam credibilidade. Era esta pérola:

Um dia num café, uma professora dessa pequena cidade do Algarve estava com os azeites e disse:
- Oh quem me dera ter um emprego porreiro, andar de terra em terra, viajar, não ter que aturar alunos.
A dita senhora, que tinha uma irmã a trabalhar no Ministério da Educação e que oferecia cunhas a todos os professores, com a mesma prodigalidade com que ofereceu a cadeira antiga à amiga:
- Se quiser alguma coisa, é só dizer-me, que eu peço à minha irmã e ela faz-me tudo o que eu lhe peço!
Dizia eu, a dita senhora, ao ouvir a professora aborrecida e frustrada, logo telefonou à irmã, que imediatamente criou um cargo assim: viajar de um lado para o outro, cirandar sobretudo pelo Algarve e ir às vezes a Lisboa, cargo este a ser desempenhado por uma professora algarvia da cidade de X.

Adivinhem o resto! Não, pensando bem, não conseguem, não têm imaginação para tanto, pois o resto é assim:

A rapariga, que tinha dito aquilo num momento de fraqueza e de fantasia, realmente desejava aquele emprego, mas não o queria, preferia uma coisa mais cómoda, ficar sempre no mesmo sítio... e portanto recusou.
Foi-me dito por várias pessoas que a dita senhora andava pelos cafés (recordar o que foi dito sobre José Gil) a pedir aos professores que encontrava que ficassem com aquele emprego, porque a irmã tinha-o criado de propósito para alguém daquela terra, alguém jovem, professor, ou professora de preferência e agora não sabia o que fazer a semelhante cargo, visto que ninguém o queria!

quarta-feira, outubro 01, 2008

Cunhas?!

Vocês já ouviram dizer que em Portugal havia cunhas? Sim? Pois parece que isso é actualmente a grande novidade do país, a julgar pelas notícias dos jornais!

Só é notícia o que é novo, novidade, não é?

É notícia que as casas da Câmara de Lisboa destinadas a pobres são atribuídas por cunha a pessoas que não são nada pobres. Pois isso já toda a gente sabia e mais estranho ainda: os bairros sociais construídos em Lisboa e destinados a pobres são atribuídos por cunha a pessoas que não são nada pobres. e muitas vezes são atribuídos pelas instituições de caridade, num caso evidente de auto-caridade, enfim, pessoas que têm pena delas próprias, coitadinhas...

Etc, etc, etc.

Talvez resulte o falar-se agora nos jornais destas coisas. Eu sempre disse que a CEE não ia continuar a dar-nos subsídios para nós mantermos o sistema das cunhas. Mas também dá vontade de rir a novidade destas notícias.

sábado, setembro 27, 2008

Animação na Rua de São Bento





É hoje o último dia.

Na Rua de São Bento há um antiquário porta sim porta não. juntaram-se e fizeram uma animação de rua com muito bom gosto. estão todos abertos até à meia-noite e a música que se toca e canta nas ruas é muito boa. ha´também holofotes voltados para aspectos bonitos da rua, a iluminá-los, como uma buganvília enorme trepando por uma árvore, ou imagens projectadas na parede representando água, acompanhadas pelo som tranquilo das águas do rio (Tejo).
O Tejo não está longe da Rua de São Bento, mas nunca é demais evocá-lo.

sexta-feira, setembro 26, 2008

segunda-feira, setembro 22, 2008

Mamma Mia!

É um daqueles filmes para gravar ou comprar e ver mil vezes com as amigas e os amigos.

Revivalista, embora eu não seja nada revivalista, agradou-me ouvir as músicas que dancei mil vezes, dos Abba, ver o que aconteceu aos hippies e outros que havia antigamente, o que foi feito do amor livre, das pessoas que o praticavam ou praticam, uns como filosofia de vida outros porque não têm filosofia nem sabem o que é nem querem saber...

É possível identificar os tipos, mais psicológicos que sociais, esta personagem faz lembrar esta pessoa e aquela e aquela...

A meio da sessão dou comigo a falar com a desconhecida que estava sentada ao meu lado. Há quantos milénios não fazia isso, nesta bendita Lisboa em que já ninguém fala com ninguém para imitar os países nórdicos, acho eu, sobretudo não se fala em certos sítios.

Dizia ela que o filme não trata de violência nem de mortes nem do que é chato e que só faz rir e lembrar bons velhos tempos.

Assino por baixo esta declaração.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Meteora


Nunca imaginei que pudesse existir um lugar como este. Acabo de descobrir na net que existe e fica na Europa: Grécia.
Chama-se Meteora e tem mosteiros como este no alto das rochas.
Há mais em

quarta-feira, setembro 17, 2008

Vigarice

Já me tinham avisado, mas é claro que eu não acreditei.
Disseram-me que quando pedimos o orçamento para uma obra em casa e depois mandamos acrescentar algum extra, por pequeno que seja, o preço aumenta logo para o dobro. E as pessoas pagam.

Embora eu não tenha acreditado, a amiga que me disse isto só se enganou em duas coisas:
1º- o preço aumentou, não para o dobro mas sim para o triplo, por uma coisita de nada que pedi.
2º- É claro que não paguei.

Hoje, finalmente, entendi-me com o empreiteiro, pagando cerca de metade do que me pediu.
Ficámos tão felizes e amigos para sempre, que o senhor até fez questão de que eu fosse ver uma remodelação que fez numa casa vizinha, e eu fui. Estava realmente muito bonita.

Só não entendo por que razão as pessoas pagam tudo o que lhes pedem...
Parecia aqueles vendedores que vi em Marrocos e na Tunísia: pedem uma exorbitância e ficam muito felizes com pouco... mas desses eu tenho pena, porque são pobres e às vezes dou mesmo o que pedem.
Só não tive pena de um taxista em Casablanca que me pediu 100 euros para ir da zona do porto em que estava o navio até ao centro da cidade, num carro completamente desconjuntado. Eram uns 2 minutos de caminho e aceitou fazê-lo por 5 Euros.
Convenhamos: aqui em Lisboa não custava mais de 3 e a vida lá não é tão cara.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Louros


Estas imensas ávores são loureiros das Índias, que o mesmo é dizer, da América. Há aqui muitos loureiros, mas estes ficam enormes.
Posted by Picasa

sábado, setembro 13, 2008

Tempo de Renovação

Estamos em tempo de renovação.
Meditemos sobre a mudança que queremos.
A mutação é inevitável sempre.
Ou mudamos como queremos ou mudamos de outra maneira qualquer.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Caçar com gato

Gosto de alguns ditados populares, sobretudo dos mais absurdos como este:

"Quem não tem cão, caça com gato".

Imaginem caçar com um gato, que não vai atrás das pessoas para lado nenhum e que não faz nada que lhe mandem...

Mas foi o que me aconteceu. Como a minha máquina fotográfica pifou, fui buscar uma velha.

A velha não é velha, tem três anos, é equivalente à nova, mas que diferença! Nem tem cartão de memória... e é só comparar as fotos de uma e outra...

Conclusão: as coisas ficam velhas em 3 anos.

Outra conclusão:
"Quem não tem cão, caça com gato".

terça-feira, setembro 09, 2008

Terra Imunda

Uma das minhas amigas Marias enviou-me por email este texto de Guerra Junqueiro sobre Portugal. Resolvi colocá-lo aqui para vocês me dizerem se tudo mudou desde 1886 até ao século XXI.

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..." Guerra Junqueiro escrito em 1886

sábado, setembro 06, 2008

Terra Imunda



Costa da Caparica: "favela" e praia, em 6-9-2008
Ampliar imagens. Esta terra podia ser melhor, não acham?
Posted by Picasa

quinta-feira, setembro 04, 2008

Negócios islâmicos

O Activo Banco 7 envia todas as semanas aos clientes uma newsletter muito interessante, com informações sobre economia e finança.
Vejam isto, sobre a lei islâmica, que proibe inúmeros investimentos e negócios.

Segundo a "Sharia" o dinheiro não pode gerar dinheiro, logo a cobrança de juros é considerada usura.

É proibido ("haram") investir na comercialização e produção de bebidas alcoólicas, tabaco, derivados de carne de porco, armamento, produtos financeiros convencionais, seguros e na generalidade das indústrias de lazer (actividades de jogo, hotéis, restaurantes, cinema e música, entre outros).

As empresas com um endividamento superior a 33,33% do total de activos ou da sua capitalização bolsista actual, não podem beneficiar dos serviços de um banco islâmico, nem são passíveis de investimento.

E portanto, há produtos financeiros próprios para quem quiser cumprir estas e outras leis da "Sharia" (lei que regula a vida privada, publica e financeira dos muçulmanos).

quarta-feira, setembro 03, 2008

Nefertiti

Ando a ler agora um livro, um romance histórico sobre Nefertiti e o rei Akhenaton.
Sei que já vi um filme sobre isto e até me parece que fosse antigo, talvez com a Sofia Loren? Se alguém se lembrar, agradeço que diga. Lembro-me bem da cerimónia dos mortos, retirada do livro dos mortos do Egipto antigo, um óptimo momento de cinema.
Quanto ao livro, lê-se com agrado, se ignorarmos que todos tomam banho todos os dias, escrevem em papiros tudo o que lhes vem à cabeça, amarrotam os papiros e deitam-nos ao lixo de cada vez que a mensagem lhes desagrada, enfim, o que vos tenho dito como defeitos do romance histórico.
Cada vez mais me convenço que o romance histórico não é literatura, como li num artigo cujo autor não fixei, mas que parece corresponder a uma teoria actual.
Será uma espécie de reportagem histórica, que poderá ser quase exacta na "pior das hipóteses" e delirante na melhor, ou seja, naquela versão que todos queremos ler.
E todos fazem massagens, só falta limparem o traseiro a papiros e usarem telemóvel, mas esta última também existe sob a forma de bola de cristal, ou algo mágico que faça as vezes da televisão e do telemóvel.
Como vêem, regressei. Mas ainda não definitivamente.