Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
terça-feira, abril 29, 2008
Entre as brumas
"Entre as brumas da memória
Ó pátria sente-se a voz
Dos teus igrégios avós
Que hão-de guiar-te à vitória"
in "Hino Nacional Português"
Fotografias: Bandeira de Portugal esfarrapada por negligência e patriotismo idiota
Mensagem
Vejo que tem andado nestes dois blogues uma pessoa que se encontra em
California, Mountain View.
Gostava que dissesse alguma coisa, ok?
California, Mountain View.
Gostava que dissesse alguma coisa, ok?
Vizinhos...
Tive, ou tenho tido, uns vizinhos muito simpáticos, com um jardim fantástico muitos metros abaixo da minha janela e com três cães que ladram de noite, mas que me fazem lembrar do campo, tal como os passarinhos que fazem ninho no cedro e na figueira e que quase me acordam na Primavera, de tanta chilreada.
Quando deixo cair alguma coisa da janela, ponho um saco pendurado num fio e desço-o até ao jardim. Quando regresso a casa tenho o saco cheio de coisas, que normalmente não são minhas e com umas frutinhas do jardim. Guardo as frutinhas e o que for meu, desço o saco com um presentinho e corto o fio. As nossas relações reduzem-se a isto e não são nada más. A minha empregada de limpeza fala mais com eles e conta-me muitos pormenores. Fez-me agora ver que sumiram os dois.
Só ficaram o jardim magnífico e os três cães. Agora, quando tenho ossos ou carne que não quero, assobio de certa maneira. Os três cães já conhecem o assobio e põem-se no sítio em que a comida cai, se eu tiver pontaria. Se não tiver, eles descobrem-na pelo faro.
As nossas relações reduzem-se a isto e não são nada más
Quando deixo cair alguma coisa da janela, ponho um saco pendurado num fio e desço-o até ao jardim. Quando regresso a casa tenho o saco cheio de coisas, que normalmente não são minhas e com umas frutinhas do jardim. Guardo as frutinhas e o que for meu, desço o saco com um presentinho e corto o fio. As nossas relações reduzem-se a isto e não são nada más. A minha empregada de limpeza fala mais com eles e conta-me muitos pormenores. Fez-me agora ver que sumiram os dois.
Só ficaram o jardim magnífico e os três cães. Agora, quando tenho ossos ou carne que não quero, assobio de certa maneira. Os três cães já conhecem o assobio e põem-se no sítio em que a comida cai, se eu tiver pontaria. Se não tiver, eles descobrem-na pelo faro.
As nossas relações reduzem-se a isto e não são nada más
domingo, abril 27, 2008
Ter medo é um perigo
Folheei agora, numa livraria, um livro interessante: defende a tese de que há mulheres que pensam demais. Neste caso, também se poderia afirmar que pensam de menos.
Trata-se de pensar excessivamente nos aspectos negativos da vida, nas más recordações...
Acho que é verdade que se pode pensar demais nestas coisas e comprometer com isso a felicidade presente e futura. Ocorreu-me, a propósito, um episódio remoto da minha vida.
Uma minha parente, que encontrei num velório, começou a contar a todo o mundo o seguinte: quando eu vivia no Algarve, há séculos, ela apareceu-me lá com o marido e com um barco a motor (talvez com o filho, não me lembro bem).
Contou a quem a quis ouvir que houve um grande problema com o barco no alto-mar, estivemos quase a morrer todos... foi horrível, diz ela.
Guardo desse episódio a recordação de um dia agradável, nem demasiado nem pouco, em que andámos de barco e em que foi necessário nadar um bocado, porque havia um pequeno problema, não me lembro qual. Recordo que foi preciso entrar e sair do barco a nadar, só isso... e que foi giro.
Quando lhe contei estas minhas memórias tão pouco dramáticas, respondeu:
- Pois, tu não tiveste medo nenhum, porque és inconsciente e não tens a noção do perigo!
- Obrigada! Já me têm dito que sou corajosa, mas inconsciente e sem a noção do perigo... de facto não...
- Conheço-te desde criança e sempre foste assim! -- declarou, perentória.
Concluo o seguinte, depois de folhear o livro ("Mulheres que pensam demais"): quem ficar a pensar em excesso nas situações em que teve medo, não sai de casa e só corre o risco de lhe cair o telhado em cima. Ou até mesmo o céu, como diz o Astérix.
Trata-se de pensar excessivamente nos aspectos negativos da vida, nas más recordações...
Acho que é verdade que se pode pensar demais nestas coisas e comprometer com isso a felicidade presente e futura. Ocorreu-me, a propósito, um episódio remoto da minha vida.
Uma minha parente, que encontrei num velório, começou a contar a todo o mundo o seguinte: quando eu vivia no Algarve, há séculos, ela apareceu-me lá com o marido e com um barco a motor (talvez com o filho, não me lembro bem).
Contou a quem a quis ouvir que houve um grande problema com o barco no alto-mar, estivemos quase a morrer todos... foi horrível, diz ela.
Guardo desse episódio a recordação de um dia agradável, nem demasiado nem pouco, em que andámos de barco e em que foi necessário nadar um bocado, porque havia um pequeno problema, não me lembro qual. Recordo que foi preciso entrar e sair do barco a nadar, só isso... e que foi giro.
Quando lhe contei estas minhas memórias tão pouco dramáticas, respondeu:
- Pois, tu não tiveste medo nenhum, porque és inconsciente e não tens a noção do perigo!
- Obrigada! Já me têm dito que sou corajosa, mas inconsciente e sem a noção do perigo... de facto não...
- Conheço-te desde criança e sempre foste assim! -- declarou, perentória.
Concluo o seguinte, depois de folhear o livro ("Mulheres que pensam demais"): quem ficar a pensar em excesso nas situações em que teve medo, não sai de casa e só corre o risco de lhe cair o telhado em cima. Ou até mesmo o céu, como diz o Astérix.
sábado, abril 26, 2008
Exames Médicos
Tenho andado a fazer exames médicos de rotina. Este ano e no ano passado paguei muitas vezes mais pelos exames do que pagava antigamente. E fiz menos... o aumento de preço dos exames que não são comparticipados há-de ser de 400 ou 500 por cento, pois lembro-me que antes pagava muito pouco.
Agora fui comprar dois medicamentos e paguei 60 Euros, só da minha parte.
Ainda bem que não estou doente! Para estar doente é preciso ser rico.
Li outro dia a explicação para isto: muito lógica.
Embora todos sejamos potenciais doentes, os que estão doentes no momento são sempre uma minoria. Essa minoria não tem a capacidade de protestar: não faz greves, não participa em manifestações... e os mortos também não.
Conclusão: é melhor protestarmos enquanto estamos vivos e de perfeita saúde, até porque estamos em maioria...
Quero dizer: a maioria viva!
Agora fui comprar dois medicamentos e paguei 60 Euros, só da minha parte.
Ainda bem que não estou doente! Para estar doente é preciso ser rico.
Li outro dia a explicação para isto: muito lógica.
Embora todos sejamos potenciais doentes, os que estão doentes no momento são sempre uma minoria. Essa minoria não tem a capacidade de protestar: não faz greves, não participa em manifestações... e os mortos também não.
Conclusão: é melhor protestarmos enquanto estamos vivos e de perfeita saúde, até porque estamos em maioria...
Quero dizer: a maioria viva!
sexta-feira, abril 25, 2008
Abril em Portugal
No meio das flores e dos cravos e com um enorme calor, contrastando com o frio da Páscoa, cá chegou outra vez mais um 25 de Abril.
Cada vez admiro mais aqueles que fizeram oposição ao regime salazarista. Vivemos há muito tempo em democracia e as pessoas morrem de medo. De tudo.
Há também a ideia de que é possível fazer a folha às pessoas, disfarçadamente... mas antigamente torturava-nas e matavam-nas...
"Não tenhais medo" - disseram recentemente os dois últimos Papas, repetindo as palavras de Cristo.
"Non habete paura" (em italiano)
Cada vez admiro mais aqueles que fizeram oposição ao regime salazarista. Vivemos há muito tempo em democracia e as pessoas morrem de medo. De tudo.
Há também a ideia de que é possível fazer a folha às pessoas, disfarçadamente... mas antigamente torturava-nas e matavam-nas...
"Não tenhais medo" - disseram recentemente os dois últimos Papas, repetindo as palavras de Cristo.
"Non habete paura" (em italiano)
quinta-feira, abril 24, 2008
Queixa-crime de professores contra alunos
Uma minha amiga (digamos assim) que é professora, foi insultada publicamente por um "aluno" (digamos assim). O dito cujo, embora escassamente fosse capaz de ler e escrever, mesmo assim, conseguiu injuriar a stôra na net e, fazendo um esforço, é quase possível entender o que ele quer dizer...
Naturalmente, a "minha amiga" foi à polícia perguntar o que poderia fazer. Informaram-na. Poderia fazer uma queixa simples. Nesse caso, a criatura nem ficava a saber, mas, se reincidisse, já estava marcado... acho estranho. Se fizerem queixa de mim na polícia, eu não sei, mas isso pode ser usado contra mim?
Segunda hipótese: a stôra pode apresentar uma queixa-crime contra o aluno, aliás, ex-aluno, que mal sabe escrever, mas sabe o suficiente para a denegrir em público como professora. Acrescento que se trata de uma professora de português, com uma relação amável e óptima e recíproca com os alunos. Desde que os tipos, no mínimo, tentem aprender o que ela ensina... Se não aprenderem muito, mesmo assim aprendem o que chegue para se fazerem entender e considerar... se não têm livro nem caderno nem lápis... se não fazem nada quando a professora manda fazer alguma coisa... se a stôra tem de o mandar, de cinco em cinco minutos, tirar os headphones dos ouvidos... (isto é vulgar hoje em dia)...
No caso de apresentar uma queixa-crime, a stôra tem de pagar 200 Euros, 4o contos. Porquê?
Diz-me (aliás diz-lhe) o polícia:
- Sabe, antigamente apareciam aqui vizinhos e familiares a apresentarem queixas-crimes uns contra os outros. Depois faziam as pazes e dava-nos um trabalhão medonho a fazer papéis para depois arquivar os papéis. Espero que compreenda...
Em resumo, se ela apresentar uma queixa-crime contra o seu ex-aluno, terá de pagar 200 Euros, 40 contos. Se depois vier a perdoar-lhe, estará a oferecer-lhe um pequeno presente de 40 contos.
Alternativa: perdoa-lhe, desde que ele (que tem 18 anos) ou o pai, lhe paguem 40 contos mais as outras custas do processo. Se tiverem dinheiro... quero dizer, dinheiro declarado...
Mas isto não interessa nada, pois não? A assim chamada "Ministra da Educação" considera que nada disto é importante. Pois se os vizinhos se zangam e logo a seguir fazem as pazes, o melhor é os professores não se zangarem quando são insultados pelos alunos... iam fazer as pazes...
Naturalmente, a "minha amiga" foi à polícia perguntar o que poderia fazer. Informaram-na. Poderia fazer uma queixa simples. Nesse caso, a criatura nem ficava a saber, mas, se reincidisse, já estava marcado... acho estranho. Se fizerem queixa de mim na polícia, eu não sei, mas isso pode ser usado contra mim?
Segunda hipótese: a stôra pode apresentar uma queixa-crime contra o aluno, aliás, ex-aluno, que mal sabe escrever, mas sabe o suficiente para a denegrir em público como professora. Acrescento que se trata de uma professora de português, com uma relação amável e óptima e recíproca com os alunos. Desde que os tipos, no mínimo, tentem aprender o que ela ensina... Se não aprenderem muito, mesmo assim aprendem o que chegue para se fazerem entender e considerar... se não têm livro nem caderno nem lápis... se não fazem nada quando a professora manda fazer alguma coisa... se a stôra tem de o mandar, de cinco em cinco minutos, tirar os headphones dos ouvidos... (isto é vulgar hoje em dia)...
No caso de apresentar uma queixa-crime, a stôra tem de pagar 200 Euros, 4o contos. Porquê?
Diz-me (aliás diz-lhe) o polícia:
- Sabe, antigamente apareciam aqui vizinhos e familiares a apresentarem queixas-crimes uns contra os outros. Depois faziam as pazes e dava-nos um trabalhão medonho a fazer papéis para depois arquivar os papéis. Espero que compreenda...
Em resumo, se ela apresentar uma queixa-crime contra o seu ex-aluno, terá de pagar 200 Euros, 40 contos. Se depois vier a perdoar-lhe, estará a oferecer-lhe um pequeno presente de 40 contos.
Alternativa: perdoa-lhe, desde que ele (que tem 18 anos) ou o pai, lhe paguem 40 contos mais as outras custas do processo. Se tiverem dinheiro... quero dizer, dinheiro declarado...
Mas isto não interessa nada, pois não? A assim chamada "Ministra da Educação" considera que nada disto é importante. Pois se os vizinhos se zangam e logo a seguir fazem as pazes, o melhor é os professores não se zangarem quando são insultados pelos alunos... iam fazer as pazes...
quarta-feira, abril 23, 2008
Taormina
Esta é a cidade mais bela que conheço.
Fica em Itália, na Sicília, perto do Estreito de Messina (já há neste blogue uma fotografia nocturna dele). Chama-se Taormina. Também fica perto de Siracusa.
A imagem está meio crestada porque é de um postal que esteve muitos anos colada numa das minhas paredes.
Vamos lá?
terça-feira, abril 22, 2008
domingo, abril 20, 2008
Surpresa
A surpresa que eu prometi para Março ou Abril é que vou publicar um livro escrito por mim. Não se parece nada com o estilo da Terra Imunda, mas quem gostar dos Escrevedoiros há-de gostar dele. Mais tarde publicarei um neste estilo...
Mas afinal não é em Março nem Abril, é em 10 de Maio. Quando faltar pouco tempo, convido todo o mundo para o lançamento.
sábado, abril 19, 2008
Finalmente alternativa a Sócrates!
Nunca entendi porque é que, até há dois dias atrás, toda a gente dizia, toda a gente incluindo jornalistas e comentadores políticos, que o actual primeiro-ministro iria ganhar de certeza as próximas eleições, ou com maioria absoluta, ou, na pior das hipóteses, com maioria relativa.
Nunca entendi, porque, com excepção de dois taxistas envergonhados e que se calaram logo, eu só ouço dizer mal deste governo.
Porque o PSD não estava em condições de assumir o poder, dizia-se, quando falatavam dois anos para as eleições... nunca votei PSD, mas ficaria envergonhada, na minha qualidade de nascida neste país, se só tivéssemos um partido a ser governo.
Porra! Será que os jornalistas e os comentadores políticos estão todos comprados? E mais quem????
Agora apareceram pelo menos três candidatos a primeiros-ministros que, não sendo perfeitos, são muito mais credíveis do que o actual.
Porque o PSD não estava em condições de assumir o poder, dizia-se, quando falatavam dois anos para as eleições... nunca votei PSD, mas ficaria envergonhada, na minha qualidade de nascida neste país, se só tivéssemos um partido a ser governo.
Porra! Será que os jornalistas e os comentadores políticos estão todos comprados? E mais quem????
Agora apareceram pelo menos três candidatos a primeiros-ministros que, não sendo perfeitos, são muito mais credíveis do que o actual.
P.S.: (Escrito em Janeiro 2012): realmente estava enganada, nunca pensei que o povo português fosse voltar a eleger Sócrates e que fossemos chegar ao que chegámos... Terra Imunda!
quinta-feira, abril 17, 2008
Político honesto
O que vou propor-vos parece descabido, mas não é. Façam tudo exactamente como diz aqui e verão... não é Verão, é verão... vocês.
1 - Entre no Google: http://www.google.pt/
2 - Escreva o seguinte: 'político honesto'
3 - Escolha 'Sinto-me com sorte' e não 'Pesquisa do Google'
4 - veja o resultado (ler TUDO com atenção)
1 - Entre no Google: http://www.google.pt/
2 - Escreva o seguinte: 'político honesto'
3 - Escolha 'Sinto-me com sorte' e não 'Pesquisa do Google'
4 - veja o resultado (ler TUDO com atenção)
quarta-feira, abril 16, 2008
Estremoz 2008
Estremoz, linda terra.
Sugere-se um passeio até lá.
Comer no sítio da 1ª fotografia
Nas outras há um museu de geologia num antigo claustro
O claustro também é interessante, por motivos vários...
Por favor, não pensem que isto é um poema. Só não consegui escrever isto tudo numa linha
segunda-feira, abril 14, 2008
Maria
A Maria está a convalescer duma operação que fez e que correu muito bem.
Como não tem nada para fazer (nem deve fazer nada) vem para aqui entreter-se e fazer pesquisa para nós.
Em jeito de comentário ao post anterior, colocou aqui um sítio muito giro do myspace, feito, se bem entendi, por uma algarvia de 80 e tal anos. Fala de coisas das quais nunca ouvi falar, (embora eu tenha vivido 2 anos no Algarve), mas de que vale a pena ter ouvido dizer qualquer coisa. Aliás, tenho muito para dizer sobre o mês de Maio, mas nada que se compare com isto.
Fica aqui a link
http://www.myspace.com/maiaalgarvia
Os votos de melhoras de todos nós para a Maria.
Nós, quero dizer eu e os meus leitores / fregueses, para quem reservo uma surpresa, tal como prometido.
Como não tem nada para fazer (nem deve fazer nada) vem para aqui entreter-se e fazer pesquisa para nós.
Em jeito de comentário ao post anterior, colocou aqui um sítio muito giro do myspace, feito, se bem entendi, por uma algarvia de 80 e tal anos. Fala de coisas das quais nunca ouvi falar, (embora eu tenha vivido 2 anos no Algarve), mas de que vale a pena ter ouvido dizer qualquer coisa. Aliás, tenho muito para dizer sobre o mês de Maio, mas nada que se compare com isto.
Fica aqui a link
http://www.myspace.com/maiaalgarvia
Os votos de melhoras de todos nós para a Maria.
Nós, quero dizer eu e os meus leitores / fregueses, para quem reservo uma surpresa, tal como prometido.
domingo, abril 13, 2008
Provérbios sobre o tempo: Em Abril Águas Mil
Ditado popular "Em Abril Águas Mil".
Como faço anos em Abril, tenho notado que normalmente chove muito pouco em Abril, nem me lembro de chover no dia do meu aniversário, pois normalmente está um sol lindo.
É um daqueles ditados que nos lembram que aquilo que é raro, não deixa por isso de ser normal: às vezes chove muito em Abril...
É como aquele outro provérbio:
"Em Maio comem-se as cerejas ao borralho"
Quer dizer que em Maio costuma estar calor, mas se estiver frio, não nos preocupemos, porque às vezes acontece.
Estes dois ditados são muito importantes hoje em dia porque nós achamos que o clima mudou de forma catastrófica sempre que alguma coisa está diferente do esperado.
Afinal, as conversas sobre o tempo são úteis e necessárias...
(Para encontrar neste blogue outros provérbios, clicar na palavra abaixo. Tem muitos)
Como faço anos em Abril, tenho notado que normalmente chove muito pouco em Abril, nem me lembro de chover no dia do meu aniversário, pois normalmente está um sol lindo.
É um daqueles ditados que nos lembram que aquilo que é raro, não deixa por isso de ser normal: às vezes chove muito em Abril...
É como aquele outro provérbio:
"Em Maio comem-se as cerejas ao borralho"
Quer dizer que em Maio costuma estar calor, mas se estiver frio, não nos preocupemos, porque às vezes acontece.
Estes dois ditados são muito importantes hoje em dia porque nós achamos que o clima mudou de forma catastrófica sempre que alguma coisa está diferente do esperado.
Afinal, as conversas sobre o tempo são úteis e necessárias...
(Para encontrar neste blogue outros provérbios, clicar na palavra abaixo. Tem muitos)
sábado, abril 12, 2008
quinta-feira, abril 10, 2008
Molho de Grelos
Comprei este molho de grelos e coloquei-o nesta jarra.
A natureza surpreendeu-me com toda a sua pujança e esplendor.
porque será que desvalorizamos as flores das plantas comestíveis?
Gostava de escrever um poema japonês "haiku", comparando a humilde beleza das flores da couve com a perecível e inútil beleza da orquídea. Por exemplo.
Ver poemas japoneses em Escrevedoiros, nesta data.
segunda-feira, abril 07, 2008
Dia dos Moinhos
Hoje é o dia dos moinhos. Resolvi postar aqui estas fotografias que tirei o ano passado a um antigo moinho recuperado, também na Espiunca, como algumas fotos aqui abaixo.
Já agora quero também homenagear "O Moinho à Beira do Rio" de george Elliot, para quem não sabe, uma mulher com pseudónimo masculino. É também um moinho de água como este e não de vento como os de D. Quixote.
Só de falar desse livro apetece-me procurá-lo e lê-lo outra vez, mas vocês podem encontrar outros comentários na net.
Para além do bucolismo do local e da descrição da vida e das mentalidades da região, a autora demonstra-nos, com grande perspicácia na caracterização das personagens, que as relações familiares, mesmo quando baseadas no amor e no afecto, podem ser sufocantes e intoleráveis.
É estranho pensar que uma mulher dessa época podia ser tão forte em termos de opinião e de crítica social... de vontade, etc.
Marcha Mundial Contra a Fome
No próximo dia 13 de Maio, vai realizar-se a Marcha Mundial Contra a Fome, uma manifestação global anual destinada a promover a sensibilização e recolher fundos para os programas que abordam o problema da fome infantil.
Promovida pela Amnistia Internacional e outras ONG.
VER AQUI
Promovida pela Amnistia Internacional e outras ONG.
VER AQUI
sábado, abril 05, 2008
De como o tratado de Lisboa é prejudicial a Lisboa
De como o tratado de Lisboa é prejudicial a Lisboa e ao resto da Europa.
É claro que não é prejudicial ao grande capital...
Andamos a poupar na saúde na educação.
Quem vive longe dos centros urbanos (incluindo as grávidas), está sujeito ao seguinte: se tiver uma hemorragia, será transportado de ambulância para aí uns 35 Kms por caminhos de cabras e chega ao hospital sem sangue. Mas o país poupou muito: não tem que lhe pagar a reforma nem os medicamentos nem a quimioterapia.
Quanto à educação é melhor nem falar, com tudo o que se tem falado.
Quanto ao desemprego....
Será que o tio Lérias está zangado comigo? Não tem aparecido... talvez por dissensões políticas?
Quando alguém se zanga comigo, eu pergunto-me sempre por que será que não se zangou muito antes... porque ainda não me conhecia bem?
Se demorou tanto tempo a conhecer-me, ainda bem que sumiu do meu mapa geopolítico... nunca apreciei a falta de perspicácia nem a falta de inteligência...
Mas não me refiro ao tio Lérias, neste caso.
Acabo de escobrir, no blogue Fonte Nova, que o Zé Lérias está de férias a conselho do oftalmologista. Boas férias e as melhoras, Tio Lérias!
É claro que não é prejudicial ao grande capital...
Andamos a poupar na saúde na educação.
Quem vive longe dos centros urbanos (incluindo as grávidas), está sujeito ao seguinte: se tiver uma hemorragia, será transportado de ambulância para aí uns 35 Kms por caminhos de cabras e chega ao hospital sem sangue. Mas o país poupou muito: não tem que lhe pagar a reforma nem os medicamentos nem a quimioterapia.
Quanto à educação é melhor nem falar, com tudo o que se tem falado.
Quanto ao desemprego....
Será que o tio Lérias está zangado comigo? Não tem aparecido... talvez por dissensões políticas?
Quando alguém se zanga comigo, eu pergunto-me sempre por que será que não se zangou muito antes... porque ainda não me conhecia bem?
Se demorou tanto tempo a conhecer-me, ainda bem que sumiu do meu mapa geopolítico... nunca apreciei a falta de perspicácia nem a falta de inteligência...
Mas não me refiro ao tio Lérias, neste caso.
Acabo de escobrir, no blogue Fonte Nova, que o Zé Lérias está de férias a conselho do oftalmologista. Boas férias e as melhoras, Tio Lérias!
Comentários com vírus
Ultimamente têm aparecido aqui comentários com publicidade e, o que é pior, alguma tem um vírus "Trojan" chamado XP Antivírus.
Tenho apagado esses comentários, mas não é fácil, pois para isso sou obrigada a apagar outros, se houver outros, ou a não permitir novos.
Creio que isto é temporário, peço a vossa compreensão, não cliquem onde eles dizem para clicar.
Tenho apagado esses comentários, mas não é fácil, pois para isso sou obrigada a apagar outros, se houver outros, ou a não permitir novos.
Creio que isto é temporário, peço a vossa compreensão, não cliquem onde eles dizem para clicar.
sexta-feira, abril 04, 2008
Dá-me o telemóvel Já
Já há um toque de telemóvel com a gravação da voz da rapariga do Carolina Michaelis. Como é possível fazer e dizer tanta asneira em tão pouco tempo sobre um vídeo que é tão claro como a água? A princípio a rapariga era considerada um monstro e toda a gente se irritava de ver as imagens (a mim irritava-me mais o tom agressivo da fala). A seguir, lendo o que se escreveu (as imagens vulgarizaram-se e passam agora sem som) constata-se que a rapariga não é tão má assim. Agora já vamos na fase em que é praticamente uma santa e ainda há-de vir a ser mártir. Porque os comentadores têm que escrever qualquer coisa original a respeito de qualquer coisa que esteja na moda. Mas já li mesmo algo de incrível, não só escrito por um, mas por dois: os jovens são mais avançados do que nós porque sabem usar muito bem as novas tecnologias. Pois. Nós não sabemos usar os telemóveis nem os computadores. E outra ainda mais nova: os jovens têm um conceito de liberdade mais moderno do que o nosso: do século XXI. Ou seja, eu faço o que me apetecer e prontos! Modernices!
quinta-feira, abril 03, 2008
terça-feira, abril 01, 2008
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