É ao contemplar esta luz, em miríades de tons, que faço um voto de paz para a humanidade. Para a Ucrânia, para a Síria, para a Palestina, para o Iémen. Para todas essas terras e essas pessoas igualmente iluminadas pelo esplendor deste pôr-do-sol. E tudo parece tão fácil e tão simples. Mas é aos humanos, e não a Deus, que compete construir a terra.
O canto dos pássaros, ora harmonioso, ora aflito, que ouço desta janela, indica-me que todos lutamos pela vida. Todos os dias.
E se lutássemos todos em conjunto pela vida de todos e ainda pela vida dos pássaros?
E se lutássemos contra a hipocrisia, usando como armas a sabedoria, a justiça e a bondade? E o perdão e a coragem? Ou o amor?
E se usássemos a inteligência e a luz para lutar contra a escuridão e a sombra?
Peçam comigo hoje e sem pensar em mais nada: que a ideia da paz ilumine os nossos pensamentos e a nossa vida.
Talvez um dia tenhamos de responder a esta pergunta: o que foi feito da inteligência que te foi dada como ser humano que és? Do discernimento, da perspicácia, da capacidade de intervenção? Da coragem que te foi dada, como ser humano que és?
Graciete Nobre