As agências de rating, em grande parte responsáveis pela actual crise, por terem errado as avaliações de risco nos subprime, investimentos em empréstimos para habitação na América, estão agora a controlar a seu bel-prazer os mercados mundiais.
A política retira-se, funcionam os mercados com regras impostas por duas ou três empresas privadas.
É a guerra dos tempos modernos. E nem podemos defender-nos, apenas sucumbir.
É consensual que o corte da Moody's à dívida portuguesa é aleatório. Com isto, a bolsa de Valores baixa muito e os investidores (americanos, por exemplo) vão comprar acções das privatizações a preço de saldo, sendo que Portugal pouco ganha com elas. Assim, a profecia cumpre-se: a nossa economia continuará em queda, a encher os bolsos dos emprestadores de dinheiro, os bancos, dos investidores e, sobretudo, das agências de rating.
Que fazer então? Obviamente, exterminá-las. Mas como?
Com mais Europa.
A Europa tem sempre reagido às crises europeias com mais Europa, ou seja, com mais união entre os países europeus. É disso que precisamos agora. Talvez mesmo do tão falado federalismo.
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