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quarta-feira, novembro 05, 2008

Barak Obama

Até que enfim uma boa notícia!
E ainda dizem que as boas notícias não são notícias.
Finalmente alguém que tem sonhos, ideais, ideias novas e que consegue convencer os outros de que esses sonhos e esses ideais são bons!
De futuro vou designá-lo aqui pelo termo carinhoso de Barraca Abana. (Para quem é ou vive no estrangeiro:uns cómicos da televisão chamam-lhe assim). Acho que ele vai abanar isto tudo.


A propósito: também temos um comentador novo no blogue, que também tem um blogue. Chama-se a si mesmo filomeno2006 e parece ser espanhol. Veio à procura do termo estafermo. Lembram-se? Se não se lembram podem escrever "estafermo" onde diz "pesquisar no blogue", acima da página e vão lá ter.
Beijinhos
Nadinha

sexta-feira, julho 18, 2008

De como os erros podem ser giros

Em resposta ao que pedi no post anterior, a Inteb enviou-me isto.

"Factura de um santeiro olhanense

"Nota: esta é uma factura de um santeiro de Olhão, chamado Joaquim Manuel Alfarrobinha, apresentada em 1853 por um conserto nas capelas do Bom Jesus de Braga, hoje arquivada na Confraria do Bom Jesus do Monte, naquela cidade."

"Por corrigir os Dez Mandamentos, embelezar o Sumo Sacerdote e mudar-lhe as fitas 170 réis
Um galo novo para S. Pedro e pintar-lhe a crista . 80 réis
Dourar e pôr penas novas na asa do Anjo da Guarda 120 réis
Lavar o criado do Sumo Sacerdote e pintar-lhe as suíças 160 réis
Tirar as nódoas ao filho de Tobias 95 réis
Uns brincos novos para a filha do Abraão .95 réis
Avivar as chamas ao Inferno, pôr um rabo novo ao diabo e fazer vários consertos aos condenados.185 réis
Fazer um menino ao colo da Senhora 210 réis
Renovar o Céu, arranjar as estrelas e lavar a Lua 130 réis
Retocar o Purgatório e pôr-lhe almas novas 355 réis
Compor o fato e a cabeleira de Herodes 35 réis
Meter uma pedra na funda de David, engrossar a cabeleira de Tobias e alargar as pernas de Saul.95 réis
Adornar a Arca de Noé, compor a burrica do filho pródigo e limpar a orelha esquerda de S. Tinoco.152 réis
Pregar uma estrela que caiu ao pé do coro 23 réis
Umas botas novas para S. Miguel e limpar-lhe a espada.255 réis
Limpar as unhas e pôr os cornos ao Diabo.185 réis
Total = 2.496 réis"

quinta-feira, julho 17, 2008

Língua Portuguesa e Petróleo

Falando de língua portuguesa, não sei se vocês leram uma notícia impressionante. Como raramente vejo o telejornal e nunca até ao fim, não sei se foi falada aí.

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP, que tem neste momento 8 países incluindo Timor, está a ter muitos pedidos de adesão. Adivinhem de quais países...

Argentina, Guiné Equatorial (foi colónia portuguesa, mas foi trocada com a Espanha por uma terra a sul do Brasil e parece que quer resolver agora esse problema), Ucrânia, Roménia, etc. Para não falar da Galiza e de Macau.
Uma das razões desta súbita paixão pela Língua Portuguesa é que 4 dos oito países que compóem a comunidade têm petróleo. Outra é um assunto actualmente em debate: o valor económico da língua portuguesa. Espero que a outra seja mesmo o amor à portuguesa língua.
como fomos nós, portugueses, que a inventámos e que a espalhámos pelo mundo, espero que sobre alguma coisa para aqui, apesar de não termos petróleo.
Afinal, o petróleo desaparece e a língua fica.
Um dia, com paciência, hei-de mostrar-vos que Camões em Os Lusíadas e mesmo Marco Polo no Livro de Marco Polo já falavam no petróleo, visto que ele existia em certas zonas à superfície da terra.

quarta-feira, julho 16, 2008

Continuando...

Em relação à última mensagem aqui postada, juro que nunca me teria passado pela cabeça que uma frigideira pudesse ser considerada um instrumento musical e muito menos que um jumento pudesse ser considerado uma ave canora (no caso, um pássaro de canto).
No entanto, uma minha amiga não demasiado inteligente, talvez tentasse convencer-me de que se pode fazer barulho com uma frigideira e que o jumento também emite um ruído, pelo que, apesar de não ser ave, pode ser considerado ave canora.
Por aqui se vêem várias coisas: que a língua portuguesa não está em vias de ser assassinada, já que sobreviveu em beleza a este tipo de atentado, muito mais frequente no passado que no presente. Que a falta de lógica, como eu sempre disse, não é uma questão de língua, embora se note muito facilmente através da língua. É mesmo uma questão de inteligência. Nem todos nasceram poetas.


Este texto fez-me lembrar um outro muito engraçado sobre a pintura duma igreja, em que as figuras nunca são referidas como imagens mas como realidades, por exemplo: "pintar os cornos ao Diabo e à vaca do presépio". Se alguém tiver ou encontrar esse texto, agradeço que mo envie CLICAR AQUI.
Encontrei também um muito engraçado como prefácio do autor a um livro de culinária publicado na 1ª década do século XX. Como tivemos uma reforma ortográfica em 1911, os textos desta época têm os erros ortográficos anteriores à reforma mais os da reforma. Vou procurar, mas não sei se encontro.
O diferente de hoje em dia é que os erros tinham muita graça, lidos hoje, e que eram publicados em jornais, algo impensável hoje.
Já agora, vejam os anúncios do google neste post.

terça-feira, julho 15, 2008

Que engraçado. LOL

Não resisto a reproduzir aqui um texto autêntico escrito por volta do ano de 1910 que encontrei no blogue Ad Libitum. É um anúncio a um cirurgião e faz-tudo.


Ainda dizem que os jovens agora não sabem escrever. De notar que um dos problemas da escrita é a falta de lógica dos relacionamentos e enumerações. Chama-se actualmente a isto (falta de) coesão textual, coesão lexical, interfrásica, etc. Mas este também dava aulas de escrita...

"Eu, Manuel Ferreira, surgião
Eu, Manuel Ferreira, surgião, rigedor, comerciante e agente de enterros. Respeitosamente informa as senhoras e cavalheiros que tira dentes sem esperar um minuto, apelica cataplasmas e salapismos a baixo preço, e vixas a 20 réis cada, garantidas. Vende pelumas, cordas, corta calos, joanetos, (br)aços partidos, tusquia burros uma vez por mez, e trata das unhas ao ano. Amolla facas e tizoiras, apitos a 10 réis, castiçais, fregideiras e outros instrumentos musicais a preços reduzidos. Ensina gramática e discursos de maneiras finas, acim como cathecysmo e oretographia, canto e danças, jogos de suciedade e bordados. Perfumes de todas as qualidades. Como os tempos vão maus, pesso licença para dizer que comessei também a vender galinhas, lans, porcos e outra criação. Camisolas, lenços, ratueiras, enchadas, pás, pregos, tejolos, carnes, chourissos e outras ferramentas (d)e jardim e lavoira, cirragos, pitrol, augardente e outros materiais inflamáveis. Hortaliças, frutas, músicas, lavatórios, pedras de amolar, sementes e loiças e manteiga de vaca e de porco.Tenho um grande çurtimento de tapetes, cerveja, velas e phosphoros, e outras conservas como tintas, sabão, vinagre, compro e vendo trapos e ferros velhos, chumbo e latão. Ovos frescos meus, paçaros de canto como moxos, jumentos, piruns, grilos e deposito de vinhos da minha lavra. Tualhas, cobertores e todas as qualidades de roupas. Ensino jiographia, aritmetica, jimnástica e outras chinezisses."

"(O texto deste prospecto histórico, mandado imprimir e distribuir por volta de 1910 pelo regedor da freguesia da Sertã, Manuel Ferreira, foi também publicado num número de 1960 da Revista da Polícia Portuguesa)."

sexta-feira, janeiro 04, 2008

O Tchaparro

Estive em Itália poucos meses depois da proibição de fumar, em 2005. Era completamente impossível fumar em lado nenhum, o que constatei por ir acompanhada de pessoa fumadora, que se queixava constantemente.

Pareceu-me que seria questão de meses até o mesmo acontecer aqui, claro.

Muito antes disso vivi dois anos no Algarve e vi coisas que não tinha visto no Norte nem voltei a ver em Lisboa. Por exemplo, o abuso da autoridade dos maridos e dos polícias... A mulher e a filha espancadas chamavam a polícia e os agentes achavam que o marido tinha feito muito bem. Houve um polícia que tentou "seduzir-me" ameaçando-me de me levar presa se eu não alinhasse com ele, imaginem! Até me mostrou os documentos...

Agora volta à baila O Chaparro. O dono do café, talvez por excesso de zelo chamou a polícia porque o cliente se recusava a apagar o cigarro.
A polícia não fez nada, por limitações que lhe são naturais: o fumador tinha-se pisgado em tempo útil.
O Chaparro, já que não podia exercer a autoridade sobre o fumador acusado, passou uma multa descomunal ao queixoso com excesso de zelo!

Este tipo de tipo, na minha terra chama-se "Choupo" - leia-se "Tchoupo".
E aqui mais a sul acho que se pode chamar "Chaparro" - leia-se "Tchaparro".

Também são do Norte as palavras murcão e padamão - leia-se "murcom e padamon". Mas não são bem o mesmo que choupo. O Murcom não reage, o tchoupo age e reage.

Embora eu seja uma nortenha convertida a lisboeta, às vezes sinto falta desta palavras. Ou de quem mas entenda. Esta portuguesa língua...

Melhor, só mesmo a palavra "Tchabouco" e o facto de algumas destas não terem feminino.

terça-feira, janeiro 01, 2008

Flanelinhas

"RIO - Praticamente todas as ruas de Icaraí foram invadidas por flanelinhas na tarde desta segunda-feira. Estão cobrando R$ 10 de cada motorista que estaciona para garantir vaga e, à noite, assistir à maior queima de fogos deste réveillon no estado, na Praia de Icaraí. Grupos de flanelinhas estã demarcando seus pontos de ação. "

Entenderam? Eu também não

É notícia do Globo Online de 31 /12 /2007
Esta portuguesa língua! Bem...

terça-feira, novembro 27, 2007

E Esta?!

Onde a cultura se despreza, há-de haver palavras e expressões que o demonstrem.

Descobri isto num site brasileiro. É o significado destas palavras:

CAGA-SEBO. Livraria. CAGA-SEBISTA. Vendedor de livros usados; dono de sebo. SEBO. Livraria onde se compram e vendem livros usados. SEBISTA. Que ou aquele que compra e vende livros usados ; proprietário de sebo.

Sebo, neste caso tem a mesma origem da palavra "Sebenta" - coisa suja, imunda.

sexta-feira, outubro 05, 2007

Proibido o Gerundismo

E já que falamos de língua, as anedotas não se ficam por aqui e chegam-nos também do outro lado do oceano. Vejam isto:

"O governador de Brasília, José Roberto Arruda, do Partido Democratas, proibiu por decreto o uso do gerúndio no funcionalismo público da cidade.
De acordo com seus assessores, José Roberto Arruda tomou a decisão porque já não suportava ouvir, quando questionava sobre resultados de projectos, respostas como: “Vou estar terminando”, “Vou estar concluindo” ou “Vou estar informando""
in "Correio da Manhã", 3/10/07

Bem, a gente aqui também vai conseguindo adiar e atrasar tudo, mesmo sem nunca usar o gerúndio.

quinta-feira, outubro 04, 2007

TLEBS: Elas aí tornam!!!!!!!!!

Filhos:

Lembram-se das Tlebs? Depois daquelas broncas e daqueles abaixo-assinados todos, o Ministério da Educação suspendeu-as, mas nunca foi muito claro nem explícito a esse respeito.

E elas cá estão de novo. Ainda não tive tempo para ler tudo com atenção, mas só o tamanho do documento já me assusta. É apenas uma lista de termos: imeeeeeensaaaaaaaa!

Ver aqui

E que coincidência com o acordo ortográfico de que ninguém ouviu falar... e que também aparece agora, vindo de nenhures...
Deveria também haver um acordo com os outros países lusófonos sobre os conceitos gramaticais, não acham? Alegadamente, uma das razões do acordo ortográfico é o ensino de português a estrangeiros, que será agora diferente se for feito por professores portugueses ou brasileiros.
Então, um professor brasileiro usa uma gramática e um português usa outra completamente diferente...

Não acham? Será isto uma coincidência de incompetências??? Ou é outra vez a nossa tão falada incapacidade de coordenar nada com coisa nenhuma?

terça-feira, outubro 02, 2007

Acordo Ortográfico (NOVO)

Filhos

Vocês já ouviram falar do acordo ortográfico que entra em vigor em 2008?
Porque é que ninguém ouviu falar disto?
Com medo que dê uma bronca igual à das TLEBS? (Aqui referidas várias vezes em tempo oportuno e com muito orgulho)...
Mas, se ninguém sabe que há um acordo, como vamos cumpri-lo? Talvez como cumprimos o da década de 40, creio que 48... não cumprindo, não havendo acordo nenhum, nunca...

Aqui vai uma amostra do que vai entrar em vigor em 2008:

•• Alfabeto deixa de ter 23 letras para ter 26, com a incorporação de “k”, “w” e “y”.
•• O acento deixará de ser usado para diferenciar “pára” (verbo) de “para” (preposição).
•• Haverá eliminação do acento agudo nos ditongos abertos “ei” e “oi” de palavras paroxítonas, como “assembléia”, “idéia”, “heróica” e “jibóia”.
•• Em Portugal, desaparecem da língua escrita o “c” e o “p” nas palavras onde ele não é pronunciado, como em “acção”, “acto”, “adopção” e “baptismo”.

Ver mais, por exemplo, em

http://falabonito.wordpress.com/2007/04/12/acordo-ortografico-entra-em-vigor-em-2008/

Ou CLICAR AQUI
Desconfio que vai correr muita tinta... lá para 2008!

segunda-feira, agosto 13, 2007

Portuguesa Língua

Há muito tempo já que não ouvia um diálogo num português tão curioso e macarrónico como este entre dois namoradinhos, no Norte:
- Tu abristezio - disse a noivinha.
- O quê?! Inquiriu o mocinho
- Deixastezio aberto!
- Eu?
- Sim
- Fechássezio!

Este modo de conjugação pronominal parece perpassar por todos os tempos e por todos os modos...
Esta portuguesa língua...

segunda-feira, junho 25, 2007

Como se chama uma vendedeira de peixe?

Andava eu a cirandar na secção do peixe do supermercado, a ver se conseguia tirar uma fotografia aos peixes, a que poria o título de "terra imunda", quando ouço uma conversa que sobremaneira me surpreendeu.
Dizia uma vendedora de peixe para as outras:
- O homem ofendeu-me, faltou-me ao respeito!
- Aonde?
- Aqui. Aqui mesmo, no meu local de trabalho, o homem insultou-me!
- Que te disse o homem?
- Chamou-me peixeira! "Ó sua peixeira!" - disse ele.


Já vi várias mulheres ofenderem-se por lhes chamarem peixeiras, mas nunca pensei que uma vendedeira de peixe se zangasse por lhe chamarem peixeira... esta língua portuguesa...

sexta-feira, junho 01, 2007

A Portuguesa Língua

Esta Língua Portuguesa é incrível! Europeia, tropical e universal, foi buscar palavras a tudo quanto é sítio... Só para dar um exemplo, os termos da Alquimia existem em latim, mas todos têm tradução para português e às vezes até com mais do que uma tradução, como "nigredo" e "obra ao negro". Quererá isto dizer que houve muitos alquimistas portugueses? Com tanta repressão ao longo dos séculos... pensem bem. Não é estranho? Se os houve, passaram. E no respeitante às falas dos animais? Quem ainda se lembra de como se chamam?: Balir, Barrir, Zurrar... Balir e Barrir não são parecidas? Uma é da pequenina ovelhinha e a outra é do horrendo elefante, bichos tão diferentes... e a palavra zurrar não parece mais assustadora do que a palavra barrir? Bem... E que dizer destes femininos irregulares? Reparem: felá-felaína rajá-rani píton-pitonisa (uma pitonisa é uma mulher, mas a palavra é o feminino de uma espécie de cobra) Quantas felaínas conhecem vocês? e quantas ranis? Para que queremos nós estas palavras? Em traduções de romances russos, encontrei muitas vezes as palavras Generala, Coronela, enfim... em Portugal ainda nem há Generalas, mas já existe o nome. Agora, e com esta me vou: Masculino- grou, feminino- grua. A minha mãe costumava dizer "sozinho como um grou". Desconheço se esta referência era literária, ou se há uma expressão popular assim. Neste último caso, não seria expressão de Portugal, pois não creio que houvesse grous por aqui. Mas, com semelhante fémea como uma grua, é natural que o grou prefira andar sozinho. Vocês não acham? Nadinha

sexta-feira, março 30, 2007

Provérbios sobre o bacalhau

Devo confessar que não gosto muito de bacalhau. Mas conheço um homem que, quando criança, o comia todos os dias e agora só não come todos os dias porque trabalha num restaurante.

Recentemente fiquei extasiada com a ideia de que o prato nacional português é um peixe que não existe nas costas portuguesas e, pelo contrário, é pescado muitíssimo longe de Portugal: vocês já viram num mapa onde ficam a Terra Nova e a Suécia?
É mesmo mania de nos irmos meter onde não somos chamados e, isso sim, é muito português.

Andei à procura de provérbios e expressões idiomáticas sobre o bacalhau. Quase todos se referem ao tempo em que este alimento era muito barato e era comida de pobres, pelo que ele é quase sempre referido com desprezo, como algo de enjoativo.
Muito haverá a dizer sobre esse desprezo, mas outros que o digam..

Águas de bacalhau:
“Ficou tudo em águas de bacalhau” é como o já aqui referido “foi tudo por água abaixo”


º-, que é um dos meus preferidos.
Para quem é bacalhau basta
Já ouvi “Para quem é, águas de bacalhau bastam”. Também me explicou, a senhora chiquérrima que o dizia, que antigamente se dava às empregadas domésticas batatas cozidas (a propósito, as batatas viera do novo mundo) em água de cozer bacalhau, o que me foi confirmado por uma senhora que foi empregada doméstica.

Continuando…

No dia de S. Silvestre, não comas bacalhau que é peste.
Dia de São Silvestre, nem no alho nem na reste.
Bacalhau quer alho
Apertar-lhe o bacalhau (quer dizer cumprimentar de mão)
Magro como bacalhau sueco (quando eu era magérrima diziam-me isto, inveja!)
Enterro do Bacalhau ou Enterro do Entrudo

E brasileiros que encontrei na net:

Magro como bacalhau de porta de venda

"Bacalhau é comer de negro e negro é comer de onça". Mais uma vez o desprezo pela comida de pobre, que devia enjoar… por ser repetida e de má qualidade.




ºº - “foi tudo por água abaixo” - referente aos naufrágios em que se perdia tudo.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Provérbios nossos na Holanda

Encontrei um sítio holandês com expressões idiomáticas e provérbios portugueses, alguns que eu não conhecia, como este:

É mais velho que o azeite e vinagre

(Há algumas falhas do português, mas estão traduzidos)

Só conhecia: é mais velho do que a Sé de Braga.

O meu provérbio favorito é o seguinte:
Morra Marta, morra farta

E o seu?

Clicar aqui

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Mar e Marinheiros: Passatempo

Todos nós usamos tantas expressões idiomáticas e tantos provérbios relacionados com o mar, como se fôssemos experimentados e velhos marinheiros. Não somos, mas herdámos dos que foram estas frases todas.


Vamos fazer aqui uma lista. Espero a vossa colaboração.


Há mais marés que marinheiros.
Foi tudo por água abaixo. (Tem como referência os naufrágios, mas aplica-se a tudo)
Quem foi ao mar, perdeu o lugar.
Há mar e mar, há ir e voltar.
Estou em maré de sorte... (ou o contrário)


etc. hoje não estou inspirada, mas pode ser que vocês estejam


E mais:


Quem vai ao mar avia-se em terra (contribuição da anónima Inteb).


E Mais:
Nem tanto ao mar nem tanto à terra.
Pela boca morre o peixe
Filho de peixe sabe nadar
Tudo o que vem à rede é peixe (ou o contrário).
Água mole em pedra dura, tanto dá até que fura.
Pássaros do mar em terra, sinal de vendaval.
Quanto maior é a nau, maior a tormenta
Quem nada não se afoga.
Vermelho para a serra, chuva na terra; vermelho para o mar, calor de rachar.
Nem tudo é um mar de rosas
Mais vale andar no mar alto, que nas bocas do mundo- (será provérbio?)
Arco-íris contra a serra, chuva na terra; arco-íris contra o mar, tira os bois e põe-te a lavrar ...
Mais pessoas se afogam no copo do que no mar - (será provérbio?)
Se o mar fosse de vinho, todo o mundo seria marinheiro (será provérbio?)
Gaivotas em terrra, tempestade no mar.
Marinheiro de água doce.
Lançar a âncora.
Águas mansas não fazem bons marinheiros.

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Estafermo e Estupor: Novo Concurso

Quem só me conhece há um ano, aqui do blog, nada sabe a meu respeito. Nem sabe que uma das minhas paixões é a língua portuguesa: claro, eu às vezes trato-a tão mal…
Não é possível ter uma língua boa e um país bom. Por exemplo, a Holanda é um país muito bom, mas a língua não vale a ponta de… e a Noruega é o país do mundo com mais qualidade de vida, mas a língua não presta. E alguém quer ir viver para a Noruega?
Nós temos uma língua fabulosa e uns países que não prestam.
Concurso: o que querem dizer as palavras estafermo e estupor? Não me refiro aos adjectivos que nós usamos. Não.


Prémio para quem acertar: fragmento da corda do Sadam, ou do Bush, ou daquele velhito de Cuba (alguém ainda se lembra como se chama o tipo?) ou até mesmo do [Cala-te boca].

Ver resposta a esta pergunta em 18 de Janeiro deste ano de 2007