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segunda-feira, abril 22, 2019

Cozinhar?! É fazer o quê?

Durante décadas comi em restaurantes ao jantar, sanduíches ao almoço, nada ao pequeno almoço, era magríssima.

Descobri a cozinha recentemente.

O essencial, penso eu, é apreciar a boa comida, pelo gosto. Depois é só provar, acrescentar um nadinha disto, retirar um nadinha daquilo.

Também tem a ver com cultura: a negra canela, o sal da terra, o açafrão das Índias, o amargo e o doce, o agridoce...

A terra, o mar, o céu...

Comer o mundo? Temos o direito de comer o mundo?

Que parte do mundo temos o direito de comer?
Mas isso são grandes alturas. Não sei...

domingo, novembro 06, 2016

Que saudades do tempo em que os pategos não se interessavam por arte!!!




Em maio, um estudante decidiu dependurar-se na estátua de Dom Sebastião, na estação do Rossio. para tirar uma selfie. O resultado é que se vê na segunda foto!
Em novembro, alguém decide tirar uma selfie com o Arcanjo São Miguel e o resultado é que se vê na primeira foto.
Que saudades do tempo em que os pategos não se interessavam por arte!!!
Não fica pedra sobre pedra com esta "democratização" da cultura. Mais um sinal dos tempos.
Seriam eleitores do Trump, se vivessem nos Estados Unidos.

(Curiosamente, o penultimo post deste blog é sobre a ausência de Dom Sebastião, que notei ontem.)

sábado, outubro 08, 2016

Há ou não há público para a cultura, em Portugal?




Existe um novo fenómeno na sociedade lisboeta: a afluência em massa a eventos culturais gratuitos, como a inauguração do novo museu, visitas ao Palácio de São Bento, ou a adesão, também em massa, a campanhas como a do "crowdfunding" para comprar o quadro do Sequeira, promovido pelo Museu Nacional de Arte Antiga, para só dar dois exemplos. 

Alguns veem com consternação ou com ironia esta gente, que consideram movida pelas televisões, quando se veem  às moscas tantos outros produtos e equipamentos culturais...

Mas também é caso para perguntar por que razão nem uma décima dessas pessoas está disposta a gastar tempo e dinheiro, ou só tempo, ou só dinheiro naquilo a que chamamos cultura. 
Comeu muito gato por lebre?
Os eventos e os produtos culturais são caros? 
São feitos para uma elite que não existe? 
São um subproduto de outros subprodutos, como os livros portugueses comerciais e light, ou parte do teatro?  
Creio que cada uma destas respostas é verdadeira, caso a caso.

Muitas pessoas que frequentavam os teatros e outros eventos, agora ficam em casa e não sentem a falta das grandes e inúmeras secas que apanharam.
Por baixo, por cima ou ao lado, floresce uma sociedade que lá vai fazendo evoluir o país.

Caso para perguntar: 
Há ou não há público para a cultura, em Portugal?
Público é o que não parece faltar.

terça-feira, fevereiro 04, 2014

Quando o Governo Se Dedica à Cultura... Socorro!!! HELP CHRISTIE'S!





Toda esta história dos quadros de Miró é lamentável.
Mais lamentável é ter sido a leiloeira inglesa a resolver o problema que em Portugal não se resolvia. Com vantagem para ela mesma e prejuízo para nós, portugueses.

Não sei se sabem que Camões critica muito a ignorância, a falta de cultura dos portugueses, incluindo a de Vasco da Gama e respetiva família.

Enfim: se 85 obras do mesmo autor fossem a leilão ao mesmo tempo, iriam imediatamente desvalorizar a obra do autor. Não há quem explique ao Governo estes princípios elementares?

VER AQUI

Christie's cancela leilão da colecção Miró

Se tivermos um museu com esta enorme coleção, isto vai aumentar o turismo e rentabilizar a coleção e o museu onde estiver e mesmo o país, muito mais do que se a vendêssemos ao desbarato. O que ia acontecer, se a Christie's não tivesse cancelado o leilão. Porque os ingleses sabem ganhar dinheiro. E a
Christie's ainda vai ganhar 5 milhões, sem fazer nada


terça-feira, novembro 09, 2010

Chupa-cabra e Sebo - Oh, esta portuguesa língua...

Chupa-cabra - expressão brasileira muito "curiosa", "bué curtida", senão vejamos.

A Polícia Federal investiga a autoria do crime de tentativa de furto qualificado praticado contra a Caixa Econômica Federal em Rio Branco, no Acre, consistente na instalação de equipamentos de captura de senhas e de dados magnéticos de cartões bancários, conhecidos como "chupa-cabra", em terminais de auto-atendimento.

Sebo - muito semelhante à nossa antiga palavra Sebenta. Sebenta, acho eu que significa sujíssima, mesmo nojenta, como eram os cadernos de apontamentos dos universitários no tempo da ditadura: quase passavam de pais para filhos. Queria dizer, julgo eu, muito usada...
Sebenta designava também umas publicações improvisadas com tudo o que tinha ensinado o professor. se o setôr dizia, era porque era verdade. Mesmo que a verdade se apresentasse de forma sebenta, digamos, nojenta. Verdade nojenta? E porque não?
Porque não. Direis vocês. Porque o que era sebento e imundo há muitos anos atrás, não era nojento. As pessoas não sentiam nojo por algo que era perfeitamente vulgar: sujo, imundo e a cheirar mal.


Então, os brasileiros chamam sebo aos alfarrabistas. Os livros velhos têm tanta gordura: das mãos, dos pés, de tudo, têm sebo. São sebentos!
VER SEBO NA WIKI

terça-feira, novembro 27, 2007

E Esta?!

Onde a cultura se despreza, há-de haver palavras e expressões que o demonstrem.

Descobri isto num site brasileiro. É o significado destas palavras:

CAGA-SEBO. Livraria. CAGA-SEBISTA. Vendedor de livros usados; dono de sebo. SEBO. Livraria onde se compram e vendem livros usados. SEBISTA. Que ou aquele que compra e vende livros usados ; proprietário de sebo.

Sebo, neste caso tem a mesma origem da palavra "Sebenta" - coisa suja, imunda.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Estado da Nação: A Cultura

A escritora Carolina Salgado é um dos muito poucos escritores portugueses que conseguem ganhar a vida com a sua obra.
Estamos sempre a tentar morder a cauda da Europa, mas vamos sempre por maus caminhos!