sexta-feira, setembro 26, 2008

Cabo Espichel





Um dos cabos em que Portugal e o continente europeu terminam no mar

segunda-feira, setembro 22, 2008

Mamma Mia!

É um daqueles filmes para gravar ou comprar e ver mil vezes com as amigas e os amigos.

Revivalista, embora eu não seja nada revivalista, agradou-me ouvir as músicas que dancei mil vezes, dos Abba, ver o que aconteceu aos hippies e outros que havia antigamente, o que foi feito do amor livre, das pessoas que o praticavam ou praticam, uns como filosofia de vida outros porque não têm filosofia nem sabem o que é nem querem saber...

É possível identificar os tipos, mais psicológicos que sociais, esta personagem faz lembrar esta pessoa e aquela e aquela...

A meio da sessão dou comigo a falar com a desconhecida que estava sentada ao meu lado. Há quantos milénios não fazia isso, nesta bendita Lisboa em que já ninguém fala com ninguém para imitar os países nórdicos, acho eu, sobretudo não se fala em certos sítios.

Dizia ela que o filme não trata de violência nem de mortes nem do que é chato e que só faz rir e lembrar bons velhos tempos.

Assino por baixo esta declaração.

sexta-feira, setembro 19, 2008

Meteora


Nunca imaginei que pudesse existir um lugar como este. Acabo de descobrir na net que existe e fica na Europa: Grécia.
Chama-se Meteora e tem mosteiros como este no alto das rochas.
Há mais em

quarta-feira, setembro 17, 2008

Vigarice

Já me tinham avisado, mas é claro que eu não acreditei.
Disseram-me que quando pedimos o orçamento para uma obra em casa e depois mandamos acrescentar algum extra, por pequeno que seja, o preço aumenta logo para o dobro. E as pessoas pagam.

Embora eu não tenha acreditado, a amiga que me disse isto só se enganou em duas coisas:
1º- o preço aumentou, não para o dobro mas sim para o triplo, por uma coisita de nada que pedi.
2º- É claro que não paguei.

Hoje, finalmente, entendi-me com o empreiteiro, pagando cerca de metade do que me pediu.
Ficámos tão felizes e amigos para sempre, que o senhor até fez questão de que eu fosse ver uma remodelação que fez numa casa vizinha, e eu fui. Estava realmente muito bonita.

Só não entendo por que razão as pessoas pagam tudo o que lhes pedem...
Parecia aqueles vendedores que vi em Marrocos e na Tunísia: pedem uma exorbitância e ficam muito felizes com pouco... mas desses eu tenho pena, porque são pobres e às vezes dou mesmo o que pedem.
Só não tive pena de um taxista em Casablanca que me pediu 100 euros para ir da zona do porto em que estava o navio até ao centro da cidade, num carro completamente desconjuntado. Eram uns 2 minutos de caminho e aceitou fazê-lo por 5 Euros.
Convenhamos: aqui em Lisboa não custava mais de 3 e a vida lá não é tão cara.

segunda-feira, setembro 15, 2008

Louros


Estas imensas ávores são loureiros das Índias, que o mesmo é dizer, da América. Há aqui muitos loureiros, mas estes ficam enormes.
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sábado, setembro 13, 2008

Tempo de Renovação

Estamos em tempo de renovação.
Meditemos sobre a mudança que queremos.
A mutação é inevitável sempre.
Ou mudamos como queremos ou mudamos de outra maneira qualquer.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Caçar com gato

Gosto de alguns ditados populares, sobretudo dos mais absurdos como este:

"Quem não tem cão, caça com gato".

Imaginem caçar com um gato, que não vai atrás das pessoas para lado nenhum e que não faz nada que lhe mandem...

Mas foi o que me aconteceu. Como a minha máquina fotográfica pifou, fui buscar uma velha.

A velha não é velha, tem três anos, é equivalente à nova, mas que diferença! Nem tem cartão de memória... e é só comparar as fotos de uma e outra...

Conclusão: as coisas ficam velhas em 3 anos.

Outra conclusão:
"Quem não tem cão, caça com gato".

terça-feira, setembro 09, 2008

Terra Imunda

Uma das minhas amigas Marias enviou-me por email este texto de Guerra Junqueiro sobre Portugal. Resolvi colocá-lo aqui para vocês me dizerem se tudo mudou desde 1886 até ao século XXI.

" Um povo imbecilizado e resignado, humilde e macambúzio, fatalista e sonâmbulo, burro de carga, besta de nora, aguentando pauladas, sacos de vergonhas, feixes de misérias, sem uma rebelião, um mostrar de dentes, a energia dum coice, pois que nem já com as orelhas é capaz de sacudir as moscas..." Guerra Junqueiro escrito em 1886

sábado, setembro 06, 2008

Terra Imunda



Costa da Caparica: "favela" e praia, em 6-9-2008
Ampliar imagens. Esta terra podia ser melhor, não acham?
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quinta-feira, setembro 04, 2008

Negócios islâmicos

O Activo Banco 7 envia todas as semanas aos clientes uma newsletter muito interessante, com informações sobre economia e finança.
Vejam isto, sobre a lei islâmica, que proibe inúmeros investimentos e negócios.

Segundo a "Sharia" o dinheiro não pode gerar dinheiro, logo a cobrança de juros é considerada usura.

É proibido ("haram") investir na comercialização e produção de bebidas alcoólicas, tabaco, derivados de carne de porco, armamento, produtos financeiros convencionais, seguros e na generalidade das indústrias de lazer (actividades de jogo, hotéis, restaurantes, cinema e música, entre outros).

As empresas com um endividamento superior a 33,33% do total de activos ou da sua capitalização bolsista actual, não podem beneficiar dos serviços de um banco islâmico, nem são passíveis de investimento.

E portanto, há produtos financeiros próprios para quem quiser cumprir estas e outras leis da "Sharia" (lei que regula a vida privada, publica e financeira dos muçulmanos).

quarta-feira, setembro 03, 2008

Nefertiti

Ando a ler agora um livro, um romance histórico sobre Nefertiti e o rei Akhenaton.
Sei que já vi um filme sobre isto e até me parece que fosse antigo, talvez com a Sofia Loren? Se alguém se lembrar, agradeço que diga. Lembro-me bem da cerimónia dos mortos, retirada do livro dos mortos do Egipto antigo, um óptimo momento de cinema.
Quanto ao livro, lê-se com agrado, se ignorarmos que todos tomam banho todos os dias, escrevem em papiros tudo o que lhes vem à cabeça, amarrotam os papiros e deitam-nos ao lixo de cada vez que a mensagem lhes desagrada, enfim, o que vos tenho dito como defeitos do romance histórico.
Cada vez mais me convenço que o romance histórico não é literatura, como li num artigo cujo autor não fixei, mas que parece corresponder a uma teoria actual.
Será uma espécie de reportagem histórica, que poderá ser quase exacta na "pior das hipóteses" e delirante na melhor, ou seja, naquela versão que todos queremos ler.
E todos fazem massagens, só falta limparem o traseiro a papiros e usarem telemóvel, mas esta última também existe sob a forma de bola de cristal, ou algo mágico que faça as vezes da televisão e do telemóvel.
Como vêem, regressei. Mas ainda não definitivamente.

quarta-feira, agosto 27, 2008

Gigos


Estes cestos chamam-se gigos e antigamente eram utilizados para transportar tudo, incluindo as uvas das vindimas, à cabeça das mulheres ou aos ombros dos homens.
Até mesmo as pedras e a terra se transportavam assim.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Ainda a Boneca da Montra: Concurso

Ocorreram-me outras conclusões para a história da Boneca da Montra, dentro dos finais infelizes.

Terror:

Um dia, a menina foi ao aniversário da pior inimiga e um dos presentes que ofereceram à aniversariante foi a Boneca da Montra. Ainda por cima, a pior inimiga não ligou nenhuma à boneca, porque tinha outras maiores. Que horror!!!!!!!!!!

Suspense:
Oferecem à menina a Boneca da Montra, mas como era muito cara, não a deixam brincar com ela. Põem-na em cima do guarda-roupa da menina, que está proibida de trepar ao guarda-roupa, ou mesmo de lhe tocar, para não a estragar.
A menina continua a olhar para a Boneca da Montra como se a Boneca estivesse na montra.

Concurso:
Invente você outros finais, felizes ou infelizes para a Boneca da Montra.
Candidate-se! Incríveis prémios! (Eu não disse que eram bons...)

terça-feira, agosto 19, 2008

Lembra-se da Boneca da Montra?

A história era assim:
A menina passava sempre por aquela loja para ver a boneca da montra. Mesmo que tivesse que percorrer um caminho muito mais longo, todos os dias, para ir para a escola, ou que inventar algum pretexto para a levarem por aquela rua.

Os finais da história são variados:

Final mau: um dia, a menina olha para a montra e não vê a boneca, que foi vendida e não há outra igual (no mundo).
Final pior: um dia, a menina passa no mesmo sítio, mas não vê a boneca, nem a montra, nem a loja nem a rua, que já não existem: explicações: ou passou demasiado tempo, ou houve uma guerra, um terramoto, ou então a história é filosófica...
Final ainda muito pior: um dia oferecem à menina, como grande surpresa, embrulhada num papel bonito, com um laço bonito, dentro de uma caixa bonita, a boneca que estava na montra ao lado daquela, ou a que estava na montra da loja do lado. Porque é este final muito pior? Porque é o normal.
Final bom: um dia oferecem à menina, como grande surpresa, embrulhada num papel bonito, com um laço bonito, dentro de uma caixa bonita, a boneca da montra.
Final que não vem nas histórias: um dia a menina compra a boneca da montra.

Foi o que me aconteceu.

Este computador, realmente portátil, minúsculo e lindo, só existe à venda há cerca de um mês, mas eu já andava à procura dele pelo menos há 4 ou 5 anos.
Este era o que estava exposto para venda, o último.
UAU!!!!!!!!!!!
Comprei a boneca da montra!!!!!!!!!!!!!!!

Vou escrever nele para vocês.

Comprei a Boneca Da Montra.


Comprei a Boneca Da Montra.
Lembram-se da Boneca Da Montra?

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segunda-feira, agosto 18, 2008

Terceiro Capítulo: O Regresso

Bem, o regresso não teve história, pensando melhor, foi cheio de sensações invulgares e talvez mesmo únicas, que talvez um dia use para escrever qualquer coisa...
Um estranho e óptimo jantar num restaurante à beira da estrada, por exemplo...

domingo, agosto 17, 2008

Segundo Capítulo: Pont Mans

Ao chegar a Pont Mans, sem me parecer que valia a pena fixar o nome da terra, dado que estava a meio de sítio nenhum, resolvi cirandar pelas redondezas. E que vejo???!!!

Uma imensa igreja, talvez seja mais exacto dizer uma basílica, tão grande como feia, em tons de azul, se não me engano, atrás de uma enorme imagem escultórica de nossa Senhora igualmente feia e azul, tudo isto rodeado de um espaço muito amplo e muito dividido, como se fossem necessário tantos pátios, caminhos, muros, etc. Fiquei assombrada. O que era aquilo? Numa França tão cheia de catedrais sofisticadas e antigas, uma coisa daquelas...

Apesar de haver tanto espaço, não se via vivalma, o que adensava o mistério: para quê uma igreja tão grande numa terra sem ninguém?

De repente vejo aparecer uma senhora com todo o ar de ser muito religiosa e austera, o que aqui chamávamos uma "beata". Não era simpática, mas mesmo assim dirigi-me a ela e perguntei o que era aquilo.

Mirou-me consternada e ofendida. Eu falava muito bem francês e a senhora não podia sequer imaginar que uma francesa nunca tivesse ouvido falar de Pont Mans.
- Desculpe, é que eu sou estrangeira, na verdade, sou portuguesa...
- E portuguesa mas nasceu aqui?!
- Não, nada disso, sou mesmo estrangeira...
- Julga que me engana? Veio para cá em criança e quer-me convencer de que...
- Não, eu de facto estou aqui só há quinze dias...

Depois de a ter convencido, ela explicou-me: antes de ter aparecido em Lourdes, a Nossa Senhora apareceu em Pont Mans. Mas o santuário de Lourdes e o culto da Nossa Senhora de Lourdes acabaram por ofuscar a adoração de Nossa Senhora de Pont Mans, que, contudo, ainda era importantíssima em França. E concluiu perguntando-me com ar magoado:
- Mas vocês, lá em Portugal, nunca ouviram falar da Nossa Senhora de Pont Mans?
Pelo modo como falou, dir-se-ia que ela própria nunca tinha ouvido falar da Nossa senhora de Fátima, também concorrente da sua, mas nessa época, Fátima não tinha tanta fama internacional como tem hoje.
Tentando não a desiludir nem ofender mais, lá me escapei como pude, pedindo desculpa, dizendo que nunca ouvira falar... sumindo do mapa.

Alguns anos depois, ao estudar a poesia e a vida de Antero de Quental, descubro o seguinte.

Este nosso grande poeta, um dos primeiros ateus por obrigação, agnóstico, era torturado pela dúvida, sendo atraído pela religião católica, que contudo negava com veemência, como atitude filosófica.

Numa noite de tempestade, colocou-se à frente de uma igreja, ao cimo das escadas, afirmando que Deus não existia e desafiando-o a provar-lhe o contrário.

- Se existes, manda que um raio me destrua, a mim, que te nego! (Palavras minhas).

Não aconteceu nada, a não ser os seus amigos escritores e ateus, entre eles Eça de Queirós, terem-lhe posto o apelido de Santo Antero.
Então, Antero, aguardando uma prova, um sinal da existência de Deus, viu esse sinal na aparição da Nossa Senhora em Pont Mans, a primeira das "modernas" aparições.

Tão emocionado ficou, que se reconverteu ao catolicismo, creio que só temporariamente, como é próprio dos seres torturados pela dúvida, e escreveu então alguns dos mais belos poemas místicos da língua portuguesa.
Musicados posteriormente, são hoje muito conhecidos do grande público e vou transcrever aqui dois deles.

Cenas dos próximos capítulos (se os houver): De Pont Mans à cidade do Porto. (Continuação da minha viagem).






Sonetos de Antero de Quental

Na mão de Deus, na sua mão direita,
Descansou afinal meu coração.
Do palácio encantado da Ilusão
Desci a passo e passo a escada estreita.




Como as flores mortais, com que se enfeita
A ignorância infantil, despôjo vão,
Depus do Ideal e da Paixão
A forma transitória e imperfeita.




Como criança, em lôbrega jornada,
Que a mãe leva ao colo agasalhada
E atravessa, sorrindo vagamente,




Selvas, mares, areias do deserto...
Dorme o teu sono, coração liberto,
Dorme na mão de Deus eternamente!




Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/Na_m%C3%A3o_de_Deus"



Cheia de Graça, Mãe de Misericordia


N'um sonho todo feito de incerteza,
De nocturna e indizivel anciedade,
É que eu vi teu olhar de piedade
E (mais que piedade) de tristeza...


Não era o vulgar brilho da beleza,
Nem o ardor banal da mocidade...
Era outra luz, era outra suavidade,
Que até nem sei se as há na natureza...


Um mystico soffrer... uma ventura
Feita só do perdão, só da ternura
E da paz da nossa hora derradeira...


Ó visão, visão triste e piedosa!
Fita-me assim calada, assim chorosa...
E deixa-me sonhar a vida inteira!


Obtido em "http://pt.wikisource.org/wiki/%C3%81_Virgem_Santissima"