quarta-feira, dezembro 02, 2009

E o resto é mar

Sem ter qualquer garantia de veracidade, informaram-me que esta capela é visigótica e anterior à invasão dos árabes da Península Ibérica. Fica no Algarve, na zona de Armação de Pêra.
Seria aqui que "Eurico o Presbítero" pontificava antes da Invasão? Se tivesse existido...

domingo, novembro 29, 2009

Terra Imunda: Caminhos






A semana passada estive no Algarve, numa zona rural de paisagem protegida.
Havia muitos caminhos por toda a parte, coisa que já não se vê muito no Norte.
Gosto dos caminhos, que mantêm por algum tempo a memória dos pés, dos percursos e de quem os fez.
E estas ervas cinzentas também me agradaram, pelo inusitado da cor.

quinta-feira, novembro 26, 2009

STOCKMARKET

Não sei o que é isto, mas parece bom. Achei-o no Facebook.


STOCKMARKET

Será a 14ª edição e desta vez contará com mais marcas expostas. Em Lisboa, o palco deste mercado de compras a preços acessíveis será no Pavilhão Rio, do Centro de Congressos de Lisboa, de 27 a 29 de Novembro. No Porto, será o Pavilhão 6, da Exponor, o local escolhido para este evento a decorrer de 6 a 9 de Dezembro.


terça-feira, novembro 24, 2009

FIL ARTE LISBOA 2009




Também muito interessante esta instalação. O artista José Luís Serzo, de nacionalidade espanhola, julgo eu, inventa histórias que depois narra em várias pinturas, objectos e instalações.
Esta é do homem que se transforma como se vê e que voa sem asas. Narrada pelos ratitos que estão debaixo do estrado.

sexta-feira, novembro 20, 2009

Fil ARTE LISBOA 2009







Esta opinião pública também não está má...
Ficamos com a impressão de que a opinião pública depende de factores como: a digestão, os problemas laborais, a monotonia da vida, a curiosidade insatisfeita, enfim, as cruzes que cada um carrega e todos carregamos.
Autor: Andrew Benyei

FIL ARTE LISBOA 2009


Está muito interessante a FIL este ano. Comprei uma pintura, que depois mostro.

Este objecto artístico tem um título muito sugestivo, como se vê na outra foto que tirei, para não estar a escrever: "Sozinho com capuccino |café| e livro. É mais uma sátira à nossa incomunicabilidade e está muito interessante, não acham?
Autor: Andrew Benyei

O Sul da Europa

A nova Ministra da Educação queixa-se de que, no Sul da Europa se considera que os estudantes devem repetir o ano para aprender mais. Mas isso, na sua opinião, não deve ser assim, porque no Norte da Europa não é assim.
Claro! Como nós não vivemos no Sul da Europa, nada mais natural do que imitarmos o Norte da Europa. Aqueles que só comem queijo e pão escuro, trabalham como negros e se suicidam como Alentejanos. A nossa mentalidade é completamente diferente, a nossa é contra o trabalho e pelo lazer, a deles é pelo trabalho. e eles têm alternativas para a reprovação, que nós não temos.
Portanto, vamos imitar os nórdicos (que não têm nada para fazer senão trabalhar à semana e embebedarem-se ao fim-de-semana) deixando a criançada fazer (ou melhor, não fazer) tudo o que não lhe apetece, passemo-la todos os anos sem saber coisa alguma em direcção à universidade e esperemos um Futuro Melhor e mais civilizado, claro.
Porque nós aqui e em quase todo o Sul da Europa temos a tentação do sol, da vida ao ar livre, do calor e da praia. São demasiadas tentações para quem quer estudar, se não for obrigado a fazê-lo. Se não houver algo que assuste: notas más, reprovar, repetir...
E nós, os adultos, iríamos todos trabalhar e trabalharíamos muito se não fôssemos obrigados a fazê-lo? Pois é assim que se dá cabo da instrução neste país. Já nem falo de educação...

quarta-feira, novembro 18, 2009

Corrupção portuguesa noticiada em Espanha

Foi noticiado nos jornais espanhóis que os casos de corrupção com envolvimento político se sucedem em Portugal e que já vamos no eneésimo.
Pode ser que ver os espanhóis a criticarem-nos faça morrer de vergonha os portugueses que votaram nesta cambada. É caso para perguntar:
Quem será que ainda votou neles e porquê? Há gente ingénua, mas não deve ser assim tanta!

O Mário Soares deve achar que está acima de qualquer suspeita, pois vem sempre a terreiro para defender esta gente e com cada argumento!
Numa época em que muitos portugueses vivem na penúria, o argumento é que dez mil euros é pouco dinheiro. Quando foi do caso Melancia também a quantia lhe parecia pequena.

A minha mãe costumava dizer que os ricos são ricos porque dão muito valor a cada centavo, ao ponto de darem aos pobres menos do que os outros, só as moedas mais pequeninas. Dez mil euros é pouco? E muitos dez mil euros, também são poucos?

terça-feira, novembro 17, 2009

Violência doméstica e casamento homossexual

Os nossos honoráveis ministros e restantes admiráveis e admirados políticos andam tão preocupados com o funeral dos homossexuais (ditado popular: "casou-se, matou-se") que deixam de lado outras questões legais bem mais importantes e urgentes. Já aqui disse o que vou expor, mas repito.
Todos os anos morrem em Portugal (e no mundo) muitas mulheres que são vítimas de violência doméstica. Para não esquecer as que morrem aparentemente por outras causas, mas que também são vítimas de violência doméstica não denunciada e portanto impune. Restrinjamo-nos aos casos em que há condenação.

Quem herda os bens da vítima? Sabem? É o assassino.
Ainda há pouco tempo saiu na Visão uma horrível reportagem, em que o marido fez à mulher um seguro milionário e a seguir mandou matá-la. Mesmo assim, a família dela não aceitou o divórcio.
Esta questão da herança no caso do marido que mata a mulher, do filho que mata o pai, etc., foi debatida há uns meses em Espanha e em Itália, mas aqui estamos todos muito preocupados com assuntos mais polémicos, que façam esquecer as faces ocultas dos nossos honoráveis representantes políticos

segunda-feira, novembro 16, 2009

Vara pau nos lombos

Do que esta gente precisa é dum Vara pau nos lombos.

Um varapau ou mesmo o cilício fazem melhor à alma desta gente do que o nosso dinheiro lhes faz aos bolsos.
E também nos fazia bem a nós zurzir esta cambada. Não há dinheiro para nada, porque é todo para eles.


A despropósito: aproveito este post para lembrar que começa na próxima quinta-feira a Fil de Arte Contemporânea de Lisboa 2009


sábado, novembro 14, 2009

Água na lua

O Google comemora, com imagem apropriada, a descoberta de água na lua.
Não é que interesse muito ao nosso país, ávido de descobertas bem mais prosaicas e que nunca se fazem...

Viva a água da lua! A água é sempre boa em toda a parte. E se já lá há água, não tardará muito a haver vinho...

sexta-feira, novembro 13, 2009

Alçar a Alçada II

E depois do entusiasmo despertado pelo contraste entre a anterior ministra da educação e a nova, surgem as perguntas:

Se quer ser tão diferente da anterior ministra, irá o Sócrates concordar? Andará demasiado distraído com a face oculta? Será melhor limpar a cara? Servem os professores para tudo?
Uma coisa é certa: depois de tanta luta , os professores ainda tinham à sua espera uma SURPRISE!!!!!
É que quem tinha poderes para os avaliar não hesitou, nesta fase final, em avaliá-los à Lagardaire, pensando que tudo é para durar e que não haverá "tudo se paga neste mundo". Avaliar iguais é impossível, a não ser que o ser humano não fosse a besta que é.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Alçar a Alçada

Acabo de ver a entrevista com a nova ministra da educação, Isabel Alçada.
Ao contrário do que esperava, a primeira impressão é francamente favorável.
Situo-me, não tanto ao nível das intenções e das promessas, mas sobretudo ao nível semiótico: aquilo que perpassa através da comunicação, às vezes até involuntariamente.
A outra ministra, uma inconcebível megera que despertava o que há de mais irracional em toda a gente, tinha sempre como sujeito de todas as frases que proferia a palavra "checolas". Exemplo: "é preciso que as checolas tracem os seus objectivos..."
Quando ouvi os sindicatos usarem também checolas como sujeito das frases, escrevi um email para o SPGL, aconselhando-os a escolherem um sujeito "humano" para as suas frases - isto de sujeito humano é da linguística, digamos da gramática. Quem souber falar e escrever saberá usar sujeitos humanos ou não-humanos conforme a sua intenção. Ou então fala sem saber o que diz. Fiquei seriamente preocupada ao ouvir os sindicatos fazerem eco das palavras e da sintaxe da sujeita. E foram os representantes dos professores, e não os sindicatos, que tomaram todas as iniciativas.

Esta Isabel Alçada colocou sempre, nesta entrevista, como sujeito das frases, os sujeitos professores (no plural) e alunos (no plural); alunos apareceu mais como complemento directo e professores como sujeito. O outro sujeito que usou frequentemente foi: o entusiasmo (dos professores).

Sim. É entusiasmo que falta. No ensino e em toda a parte. E nem a anterior ministra, nem os recentes e decepcionantes acontecimentos da avaliação feita "à Lagardaire" por qualquer idiota, nada disto conseguiu em certos casos coarctar o entusiasmo dos professores, que sabem muito bem o seguinte: à sua volta há mesquinhez e ignorância, mas são os alunos que os irão avaliar no futuro. O que os alunos irão contar durante o resto das suas vidas a respeito dos professores que tiveram, não tem nada a ver com questões institucionais. Muito menos com o poder.

Sob suspeita

Vocês acham normal termos um primeiro-ministro que está constantemente sob suspeita? Disto e daquilo e depois mais isto e depois mais aquilo...
Como já nos habituámos...
Não se augura nada de bom deste exemplo para o país.

sexta-feira, novembro 06, 2009

As Rainhas de Copas: Avaliação dos professores

Os professores são avaliados de forma severa, divertida ou saudosa, mas definitiva, na memória dos seus antigos alunos, muito mais do que em qualquer outro fórum. E acontece que o tempo faz esta avaliação dar voltas de muito graus, pois são às vezes os professores mais malucos e irritantes que se recordam melhor e com mais benevolência.
Há muitos que são esquecidos para sempre, quase no mesmo ano em que estiveram no activo. Quase durante o ano, ao ponto de nunca nenhum aluno saber o seu nome. Há aqueles que influenciam o futuro dos jovens, que querem ser como eles. A diferença entre uns e outros é tão abissal que não cabe numa escala normal de avaliação, pois é uma diferença de grau e não de quantidade. Só por isso já era evidente que uma avaliação de professores seria um ponto muito sensível, até porque os preferidos dos alunos nem sempre (quase nunca) são os preferidos do poder que os avalia. Até por uma simples questão de ciúmes e inveja. Quem não gostaria de ter a preferência de todos os alunos, sabendo que isso lhe é impossível e que é fácil para outros?

E agora os professores andam a ser avaliados/torturados há mais de um ano.
Como tudo mudou nas escolas, incluindo a relação de poder, as simpáticas presidentes de outrora, eleitas pelos colegas, estão agora transformadas em Rainhas de Copas, impulsivas e caprichosas, dispostas a dar as piores notas aos colegas que lhes fazem sombra e / ou lhes não elogiam os loiros cabelos, os sapatos novos e sobretudo os pés. Usam para isso um modelo de avaliação que permite todas as arbitrariedades e na maior parte dos casos são exactamente as mesmas antigas afáveis presidentes, que assim se vêem radicalmente mudadas pela atracção (aparentemente irresistível) do poder.

quinta-feira, novembro 05, 2009

A Modéstia

Almeida Garrett disse, se não me engano nos detalhes, pois cito de cor, que a modéstia é a pior de todas as virtudes.
Não sendo um homem modesto, viu bem e antecipadamente o que quer dizer esta "virtude".
Século volvido, o caso parece mais óbvio, por exemplo quando foi levantada a questão das avaliações de todo o mundo:

Claro!

A modéstia é muito natural e na nossa pequena sociedade portuguesa "fica bem".
Fica muito melhor e é bastante mais fácil a quem não tem qualidades invulgares...
Claro, como vivemos numa sociedade bué igualitária, a modéstia fica igualmente bem a quem tem grandes qualidades e grandes capacidades, e a imodéstia fica igualmente mal aos dois grupos.

É por isso que Portugal não sai da mediocridade pardacenta. Porque o respeitinho e a modéstia são muito bonitos... são mesmo giríssimos.

Uma gabarolice infundada até pode ter graça, mas os que são mais cultos, mais experientes, mais sábios, esses deveriam ter sido mais modestos. Claro. Evitando assim sobrepor-se àqueles que, por motivos vários e todos decentíssimos, não "tiveram tempo" para ler, escrever, etc... e se tivessem tido tempo, não teriam sabido fazê-lo. Porque são modestos.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Tempos presentes, ou seja, tempos futuros

Não sei se vocês já se aperceberam disto, talvez não... também é para isso que servem os blogues.

A Internet, na sua primeira juventude ou mesmo infância, creio ter mais de 10 anos e menos de 15, menos ainda aqui em Portugal, mesmo assim já passou por várias fases.
E esta última é a melhor, claro, a última é sempre melhor que a anterior. Vejamos:

Lembro-me das absurdas objecções que se faziam à Internet quando ela surgiu. Como sempre que surgiu alguma coisa e este final de Século XX foi pródigo em surgirem coisas inteiramente novas, a primeira reacção é a da rejeição.

A fase em que acabamos de entrar é esta:
As pessoas passam da comunicação "solitária" via Internet, que alegadamente as afastaria dos outros, para uma fase de encontro com as pessoas que se conheceram via net.

Na passada Sexta-feira fui, como sabem, a um jantar de Bloggers, ou seja, com pessoas que eu conhecia virtualmente e outras que não conhecia de todo, sendo todos bloggers como eu.
Na Segunda-feira seguinte, fui a um almoço num navio, com pessoas que conhecia virtualmente, mas que já tinha visto noutro navio e outras que não conhecia e fiquei a conhecer.

Neste último caso, está previsto juntarem-se todas estas pessoas para fazerem juntas um cruzeiro. Digamos que, pessoas que têm algo, bastante ou muito em comum, juntam-se por esse motivo.
Esta é apenas uma das fases incipientes da net. Imaginem o resto!
Aparentemente e se bem entendi, passámos muito rapidamente do isolamento ensimesmado para o encontro puro e simples.

VIVÍSSIMA

A propósito dos posts que aqui coloquei, com a palavra "vivíssimas", uma amiga contou-me o seguinte:
Uma mulher que ela conhece confessou ao seu mestre espiritual:


- Mestre! Tenho tanto medo da morte!
- Medo de quê? - respondeu o mestre - morta já tu estás há muito tempo!

(Ver mais clicando na tag vivíssimas)

segunda-feira, novembro 02, 2009

Navio Zénith





Fui almoçar a bordo do navio Zénith fundeado na Doca do Conde de Óbidos, também chamada Cais da Rocha: Cais da Rocha do Conde de Óbidos, com o grupo Infocruzeiros.. Este navio é gémeo, ou seja, é quase igual àquele em que naveguei em Agosto, o Pacific Dream.
OOOOHHHH! Que saudades do mar! E de navegar! Aqui estão algumas fotos.