segunda-feira, abril 18, 2016

Paraísos só para pecadores


O dinheiro dos portugueses, impostos, cortes salRiais, etc., foi parar a algum lado. Bancos? Paraísos só para pecadores e para criminosos? Vamos pagar mais? Quem é que quer mais? A Merkel? O FMI?

Onde está o dinheiro que pagamos?  

domingo, abril 03, 2016

Zaha Hadid













De repente, os habitantes do Facebook e das outras redes sociais foram deslumbrados por imagens feéricas de edifícios de que nunca tinham ouvido falar nem tinham visto. Também nunca tinham ouvido falar da sua autora, a arquiteta de origem iraquiana Zaha Hadid.

Imaginamos que os contos de fadas do futuro tenham como cenário edifícios como estes, até porque a arquiteta terá feito escola, entretanto.
No meio de tudo isto há "apenas" um fator triste: esta artista é notícia agora porque morreu agora.

Para além das construções arquitectónicas, era designer, também de jóias, sapatos e elementos decorativos.

Ficamos com a impressão de que gostaríamos de a ter conhecido, pois, a esta inundação de imagens, seguir-se-ia, necessariamente, uma inundação de entrevistas. Grandes, pequenas, profundas, ligeiras light... Chamam a atenção os olhos: olhos que viram muito, olhos que veem algo que ainda não existe, como os de todos os artistas. E força: a força de trabalhar com elementos duros e pesados, transformando-os em matéria dúctil, em matéria plástica.
Que pena ! 
Mas, se até cansa ver tantas imagens estranhas e deslumbrantes, como não a teria cansado tanta criatividade luxuriante e extravagante?

Que repouse em paz! RIP.

terça-feira, março 29, 2016

Histórias de Antiguidades









Anísio Franco, conservador do Museu nacional de Arte Antiga e curador de muitas exposições de arte e antiguidades em Portugal e no estrangeiro, lançou recentemente o seu livro Histórias de Antiguidades.

Aliando uma grande erudição, um grande conhecimento sobre arte e antiguidades e um enorme sentido de humor, como aventureiro e bon vivant que é, o livro presenteia-nos com histórias inesperadas, umas verdadeiras outras imaginadas, outras marginando as fímbrias entre uma coisa e a outra, Quase todas verdadeiras, mas todas revelando algo sobre antiguidades, tema e título.

Muito engraçada e verdadeira a história do Carneiro da Trofa, que poderia servir de ilustração à máxima muito referida atualmente "uma crise é uma oportunidade".
Então, o protagonista, que veio a ser uma grande e conhecido antiquário, começou por ser louceiro, ou seja, vendedor de louça, nas feiras.
Até que um dia lhe surgiu a crise: deixou cair a cesta que levava à cabeça com a loiça e partiu-a toda.
Como é que este episódio vai permitir que se transforme num antiquário de ricos?
É ler o livro.

Quem muito pensa no belo, pensa necessariamente muito na ausência da beleza e na possível estética do feio. E é assim que se compreende a foto da capa, que dá também origem à primeira estória.

sexta-feira, março 25, 2016

Amemos a paz, sem temermos a guerra






Exista Deus ou não, com ou sem a Sua ajuda, nao há duvida de que o Homem pode superar-se a si mesmo. 
E chorar quando julga cumprir a vontade de Deus. E a vontade do Homem.

Boa Páscoa! Que beijemos os pés uns dos outros, brancos, negros e de outras cores, e que isso nos traga a paz a todos.

E que amemos a paz sem temermos a guerra!

São os meus votos de Páscoa Feliz.
Porque o bem é mais forte do que o mal.

terça-feira, março 22, 2016

Domingos no Lux














Aconteceu ontem: Uma festa numa discoteca altamente sofisticada e elitista (não confundir elitista em Portugal com elitista no Brasil). Embora o acesso seja muito reservado, ontem todo o mundo pôde entrar, desde que pagasse 6 Euros.

Esse dinheiro seria utilizado para comprar uma pintura de grande pintor português, Domingos Sequeira, para figurar no Museu Nacional de Arte Antiga.

O que aconteceu ontem foi algo de completamente diferente: uma discoteca hipermoderna a dançar, para comprar uma obra de arte antiga, para o Museu de Arte Antiga.

A quem se deve esta mirabolância?
Às pessoas muito modernas que trabalham no Museu de arte Antiga, incluindo o seu presidente.

E porquê Domingos no Lux? 
Porque o domingo é um dia em que o Lux não trabalha.
Porque o pintor Sequeira se chamava Domingos: Domingos no Lux.


sábado, março 19, 2016

Natália Correia "Núpcias químicas" do disco "Improviso"




Neste dia da poesia, o blogue quer homenagear Natália Correia com o seu belo poema alquímico Núpcias Químicas, agora em áudio, dito por ela mesma.

Natália Correia*‎- "Núpcias químicas" do disco "Improviso" (LP 1973)

terça-feira, março 15, 2016

Olhos nos Olhos





Exposição Fotográfica de Monteiro Gil. "Olhos nos Olhos".
Esteve na Galeria Diferença, com fotos de Moçambique.
Como o nome indica, mostra-nos uma visão que procura entra na intimidade dos retratados, procurando colocar-nos imaginariamente no seu lugar.



terça-feira, março 08, 2016

Dia da Mulher - Professora de mulheres no Paquistão



Quero hoje homenagear as mulheres, através das professoras de mulheres em países em que a educação é desprezada e a das mulheres chega a ser proibida.
A mulher aqui homenageada sempre quis ser professora, mas a família considerava essa pretensão ridícula. Quando se formou, a família cortou relações com ela. 
Foi o marido que a incentivou, que a sustentou, num casamento moderno em que ele cozinha enquanto ela dá aulas. Não só a meninas, também ensina costura e bordado a mulheres adultas.

VER AQUI

domingo, março 06, 2016

A santidade também é uma condição humana




A santidade também é uma condição humana
A santidade é uma das condições humanas.

Este vídeo da irmã Guadalupe mostra-nos, entre outras coisas, que o amor é muito mais forte do que o medo é que se pode viver em santidade.

Também nos mostra que não devemos ficar indiferente ao que se passa no mundo.

segunda-feira, fevereiro 29, 2016

Eutanásia polémica? Polémico é o cartaz do Bloco de Esquerda sobre o sexo dos anjos.



Não entendo a polémicas com a bastonária dos enfermeiros, por ter afirmado que a eutanásia se pratica nos hospitais, quando toda a gente sabe que é assim é que em Portugal é assim que se resolvem as coisas. Estas e outras, sem polémicas nem ideologias. 
A ordem dos médicos não sabe o que toda a gente sabe?
De vezes em quando fingimos que temos uma polêmica importante, como a do cartaz do BE.

sábado, fevereiro 27, 2016

O Zica e o Papa e os católicos portugueses





Vocês sabem que eu adoro este Papa. Crucificamos o Antonio? Queimamo-lo vivo?

Os Charlies Hebdos que afinal são beatas de sacristia

Mas, Se calhar, afinal os Charlies Hebdos portugueses nem eram gente que dá a cara pela liberdade de expressão , mas apenas umas gentalhas que não aceitam outras religiões, como, por exemplo, a muçulmana. Porque este país  é uma anedota.

sexta-feira, fevereiro 26, 2016

Dois pais: um biológico, outro espiritual, ou seja, real



Antigos "je suis Charlie" viraram ratas de sacristia e benzem-se, com aquela de Cristo ter dois pais. Dentro de portas, que é isso de polémica? Lol. 
Há quem diga que Deus tem sentido de humor. Como não teria, se é um ser perfeito? 
Anda tudo a rir, mas... Este país é uma anedota.

( Imagem: cartaz do partido Bloco de Esquerda para defender que uma criança pode ser adotada por um casal de homossexuais: tendo dois pais ou duas mães)

quinta-feira, fevereiro 25, 2016

Que parolos!



Passos Coelho e Cavaco Silva assumiram uma direita quase extrema, não porque ganhassem muito mais com isso, mas porque eram parolos. 
Como uma pedinte das minhas terra que, após o 25 de abril, afirmava que "isto está muito mal, agora já nem se diferenciam os ricos dos pobres, até já se vestem todos da mesma maneira..."

Esquecemos que a parolice é o principal problema do país. Até vermos aquele vídeo que anda pelas redes sociais em que um homem, ao ser informado que lhe assassinaram a mãe a paulada, responde:
- Está bem, obrigado - E tornei-me a deitar. Só se preocupou realmente quando a irmã o acordou para lhe dizer algo que o deixou mais preocupado: o assassino da mãe estragou-lhe o carro. É que a mãe já tinha muita idade... 

domingo, fevereiro 21, 2016

Miniaturas esculpidas em caroços de fruta










Só poderia ser fruto da arte chinesa, esta escultura tão miudinha, que se realizava em caroços de fruta.
Poderia representar barcos, pássaros e flores, ou mesmo textos escritos e esculpidos. Usava-se como enfeite, particularmente num objeto de adorno masculino, chamado fan.

Dimensões:  3,4 centímetros de comprimento e 1,6 cm de altura. O autor terá sido Ch’en Tsu-chang.

O exemplar mais conhecido e espectacular destas esculturas é o barco escavado num caroço de azeitona, do século XVIII, mais exatamente de 1737. Tem janelas que abrem e fecham, o interior do barco tem mobília e até mesmo pratos, as várias figuras humanas têm expressões faciais que as individualizam. Por baixo está escrito, em miniatura, um texto.


VER AQUI (texto em Inglês)
OU AQUI (Outro texto em português)



Existe no Museu Nacional de Arte Antiga uma pequena exposição de alguns objetos do género, ou seja, de miniaturas.

quinta-feira, fevereiro 18, 2016

Acabo de inventar uma receita saborosa e vegetariana.
Caldeirada de Nada
Coloca-se na panela cebolas e batatas as rodelas e, em vez de peixe, põem-se outros legumes: pimentos, feijão verde, courgettes, couves. Deita-se azeite por cima, deixa-se um bocado ao lume e acrescenta-se água a ferver, aquecida na cafeteira elétrica. Um nadinha de sal e pimenta e coentros. Ficou bom.



- Meninos, o texto menciona uma igreja gótica. Como é uma igreja gótica?
- É uma igreja toda preta.
- Toda preta?! - digo eu, espantada.
- Toda preta por dentro e por fora - diz outra.
- E as pessoas que lá vão não são nada católicas - acrescenta um rapaz.
- Então porque é que vão à igreja, se não são nada católicas?
- vão rezar ao Diabo! 
- Ah, percebo-digo eu. - Mas não é nada disso. As igrejas góticas são muito, muito antigas. Esses góticos que vocês dizem são muito modernos...
- São nada modernos! Os góticos São buéda antigos!
- Porque é que a setôra se está a rir?! - perguntam uns aos outros.
- Sei lá!
Li este poema em criança num livro para meninas, sei de cor a tradução, recordo-a frequentemente, mas só hoje consegui encontrar o original. Era assim: a manhã radiosa já passou / todo o seu ouro puro consumiu/ densas sombras de um dia moribundo / mais uma vez se arrastam...


A manhã radiosa já passou
Todo o seu ouro puro consumiu

Densas sombras de um dia moribundo
Mais uma vez se arrastam.

A nossa vida é apenas uma aurora pálida
 É o meio dia vem depressa

Oh Cristo, quando tudo terminar
Conduzi-nos ao Porto 


The radiant morn hath passed away,
and spent too soon her golden store;
the shadows of departing day
creep on once more.

Our life is but an autumn sun,
its glorious noon how quickly past!
Lead us, O Christ, our life work done,
safe home at last.

O by thy soul inspiring grace
uplift our hearts to realms on high;
help us to look to that bright place
beyond the sky.

Where light, and life, and joy, and peace
in undivided empire reign,
and thronging angels never cease
their deathless strain.

Where saints are clothed in spotless white,
and evening shadows never fall;
where thou, eternal Light of light,
art Lord of all.

Godfrei Thring 1864

http://cyberhymnal.org/htm/r/a/radiantm.htm


A estupidez confundida com boa vontade e com grande bondade

Imaginem esta situação:
Um homem acorda de manhã para o informarem de que a mulher lhe matou as filhas. Fica também a saber que é agora uma personagem famosa no país, espécie de inimigo público número um, que todos o detestam e que a mulher é uma mártir. Logo a seguir, começa a receber ameaças de morte. 
Como se explica isto? Foi o que aconteceu.
Aparentemente, tudo se explica com uma atitude de grande tolerância do povo português, tudo só bons sentimentos. Ou a influência da comunicação social no seu pior. É a massa acrítica.

Sobre a tragédia de Caxias.
Precisamos de refletir mais e de reagir menos. É muito fácil ser muito bom e muito simpático, ao mesmo tempo que se destrói um ser humano.

terça-feira, fevereiro 16, 2016

Só temos dois Óscares



Nos Estados Unidos todos os anos se considera que houve, nesse ano, muitos artistas bons, maravilhosos: atores, realizadores, guionistas, etc. os Óscares, por exemplo. 
Em Portugal, em 500 anos, nós achamos que só houve dois bons: Camões e Fernando Pessoa. E ainda nos queixamos...