Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo.
Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
Para além das festas populares, temos ainda em Lisboa e em junho, as Procissões de Santo António e do Corpo de Deus. Delícias para os turistas, mas os participantes ostentam uma régia indiferença pelo turismo. Lisboa tem tradições. Muitas. Ao contrário de muitas das capitais do mundo. Para os turistas, o Santo António é apenas "A festa das Sardinhas". Mas pouco importa.
Fotos da procissão de 2019, foto de D. Manuel II pegando no pálio e foto de pintura de Amadeu de Sousa Cardoso sobre o tema. Houve também uma exposição no Museu de Lisboa intitulada Procissão de Corpus Christi. A foto que segue é da Câmara Municipal de Lisboa.
Engraçadíssima exposição sobre a Procissão de Santo António de Lisboa Já existem neste blogue muitas fotos dessa procissão real. Aqui ficam as fotos da exposição do Museu de Lisboa, que se reparte por vários núcleos, sendo este o de Santo António. Os bonecos são dos artesãos Irmãos Baraça, de Barcelos.
Tentando esquecer, talvez para sempre, a canção do bandido dos políticos em maré pré-eleitoral, ouçamos os cantos de todos os pássaros. Por letra alfabética em francês. Para compreendera harmonia e o esplendor que existe no mundo. VER AQUI
António Costa afirma que, se ganhar as eleições, vai aumentar os funcionários públicos e combater a corrupção.
Que engraçado, não foi o mesmo António Costa que ameaçou demitir-se por os outros partidos quererem dar aos professores o que o mesmo António Costa lhes tinha prometido?
Engraçada também esta ideia de combater a corrupção. Como os casos mais flagrantes de corrupção têm sido quase todos do PS, receio que o país fique logo sem governo.
Mas será que alguém ainda acredita nas promessas eleitorais, sejam do PS oi do PSD?
Se alguém acredita e não é muito jovem, então é muito pateta!
Um dia vamos dizer assim: -" Imaginem que, no meu tempo, usávamos uma vez uma faca uma colher, um grafo, um copo e um prato, tudo de plástico, cada uma destas coisas embrulhada num plástico e depois destacamos tudo fora. Tudo para o mar. Ou para a terra.
Vão responder: - "Impossível! "
Como somos atrasados!
Acabo de ter notícias de um do lugares onde trabalhei. Esse lugar era e é um retrato em miniatura do Portugal que temos: Umas poucas pessoas assaltam o poder e fazem tudo o que querem. Todas as outras pessoas, que são muitas, só fazem o que estas querem. Todos se queixam, ninguém toma nenhuma atitude. Continua tudo na mesma. "Ó Portugal, hoje és nevoeiro!" E máscaras. E camuflados. Fotos iniciais: militares camuflados, desfilando frente à tribuna presidencial (Portalegre). Foto final: desfile de máscaras carnavalescas ibéricas (Lisboa).
Todos os dias saem nos jornais notícias de corrupção de membros do PS. mesmo assim, o PSD e o CDS estão em queda, subindo o PS.
Ninguém quer ver em imagens ou ouvir falar do famigerado Passos Coelho, um tipo medíocre que nos enganou sem qualquer noção de ética. Prometeu mundos e fundos e acabou a gabar-se de ter ido para além da Troika. Casado com uma doce, do grupo musical As Doce, um dos primeiros grupos musicais a serem considerados pimba ou algo assim, fazendo rir toda a gente com a pobreza da letra e da música, mesmo assim chega a ser o primeiro primeiro-ministro pimba.
Ninguém quer também ouvir falar da líder do CDS, Assunção Cristas, que, por razões pessoais, cria anticorpos. É uma "tia de Cascais", criaturas fora do tempo, uma alta sociedade pobre mas intolerante, ou ainda rica mas intolerante e sem noção da realidade ou da modernidade, com uma mentalidade católica arcaica, essa mesma que a cantora Madonna conseguiu captar no seu novo disco, no vídeo Dark Ballet.
De facto, só pode gerar perplexidade ver uma figura pública como o Hermano José afirmar que esteve numa festa com a Madonna e que ela se comportou como se fosse filha de uma mulher a dias.
O que significa tal opinião? O que diz esta opinião acerca do opiniador?
Quererá isto dizer que os portugueses, votando maioritariamente PS, esqueceram Sócrates e ignoram a corrupção? Não. Dizem que não votam, ou que só votam naqueles partidos que não prestam, como atitude de protesto.
Um desses partidos que não prestam, o PAN, está quase a entrar para o governo, por causa dessa atitude. Apesar de o seu fundador já se ter demitido, desvinculando o partido de toda e qualquer ideologia.
Partido sem ideologia, o melhor para atrair a massa acrítica.
Quem votou PAN, partido que não é de direita nem de esquerda e vice-versa, não estava à espera que este partido fosse juntar-se a António Costa para viabilizar as suas políticas de direita, de esquerda e vice-versa, desde que António Costa lhe dê erva para os coelhos ou catnip para os lindos gatinhos facebookianos. Esta união do PAN ao PS acaba por ser uma anedota política, pois o voto no PAN era o voto de refúgio daqueles que eram contra o sistema, mas não pretendiam abster-se. Era um pouco, como numa das míticas telenovelas brasileiras antigas, o voto no jegue (jerico) Nicolau: como ninguém gostava dos candidatos a Prefeito para aquela pequena terra, a maioria votou nulo e todos estes votaram no Jegue Nicolau, um burrito que andava por lá. Talvez António Costa vá mesmo ao ponto de considerar, como o Primeiro ministro da Índia, que os animais também têm alma, aprovando esta resolução no parlamento. Ou mesmo vá ao ponto de proibir o engaiolamento dos pássaros, como também fez o PM indiano. A troco de... Que estará disposto a fazer o Jegue Nicolau?
O Museu de Lisboa, a parte situada no Palácio Pimenta, no Campo Grande, inaugurou uma exposição intitulada Lisboa Plural.
Lisboa Plural é a Lisboa, cidade mãe de cristãos, de mouros, de judeus, de escravos negros que cá nasceram ou que para cá vieram, de índios da Índia e de índios das Américas, que cá aportaram, talvez contra a vontade.
Como se pode ver em muitas imagens desta exposição, estiveram cá e coexistiram todas essas pessoas. E onde estarão agora? Talvez na nossa pele...
A escravatura é algo que não devemos esquecer, por muito que nos apeteça dizer que não tivemos culpa nenhuma.
Num poste antigo deste blogue sobre a abolição da escravatura, muitas pessoas se queixaram de se sentirem ofendidas, magoadas e tristes, pois dizer a verdade sobre o assunto é uma dor.
Começa-se agora a tratar claramente o assunto e a mostrar, com imagens, o que foi esse tempo, o que foi a escravatura, o que foi o tráfico de escravos, o modo como essas pessoas sobreviveram, o heroísmo de que deram mostras, a miséria em que viveram, etc.
Tudo isto se vê na Exposição Lisboa Plural. Com visitas guiadas que nos apaixonam por nos transportarem para outras épocas em que, apesar dos pesares, também existiu o amor, a alegria, a festa, a solidariedade de braço dado com a traição, enfim, a nossa pobre humanidade, comum a todos os povos.
Ao contrário do Papa Francisco, que veicula ideias de esquerda, ao contrário do cardeal esmoler do papa, que já foi considerado o Robin dos Bosques do Vaticano, a igreja portuguesa, muito "ingenuamente", aconselhou o voto na extrema direita, para logo bater a mão no peito e dizer "mea culpa, mea culpa, mea culpa..."
Como dizia Gil Vicente nas suas "comédias", a gozar com os padres e com a absolvição que podem dar a torto e a direito, ou negar a seu bel prazer: - Irmã, eu te assolverei co breviairo de Braga! - Que breviairo, ou que praga! Que não quero: aqui d'dl-rei!
Esta última frase: - "Que não quero: aqui del rei!" - é a opinião do povo português, a tornar-se irreligioso e pagão, a deixar de casar pela igreja, etc..
Tão adormecido pela hipocrisia e cinismo dos seus políticos e pela sua própria ingenuidade, parece que o povo português acordou de repente, ao ver a audição de Joe Berardo.
Obrigada, Berardo! Este homem fez mais pela opinião pública de Portugal do que todas as campanhas de sensibilização e do que todos os códigos de ética desta terra.
Poderemos talvez dividir a consciência cívica portuguesa em duas fases:
A primeira, desde D. Afonso Henriques até maio de 2019, que poderemos considerar a fase da ingenuidade pré-Berardo, em que muitos acreditavam e achavam normal que Sócrates vivesse à custa de um amigo numa casa emprestada por um primo,
A segunda fase, a da perspicácia pós-Berardo, iniciada em maio de 2019, em que ninguém acredita, nem por um segundo, que Berardo viva sem dinheiro, à custa dos amigos e numa casa emprestada por alguém, talvez por um primo, que não tenho dinheiro nem dívidas e que só possua de seu uma pequena garagem.
Grande avanço da mentalidade portuguesa!
Foi uma autêntica revolução, sobretudo se pensarmos que o momentos de viragem se deveu apenas a umas gargalhadas sarcásticas de Berardo, no Parlamento Português!!! Apenas um pouco mais sarcásticas do que as gargalhadas sarcásticas de D. Afonso Henriques, de Sócrates, de António Costa, etc. Se formos ver bem, os políticos portugueses são sempre fotografados a rir de forma sarcástica...
O português sempre foi pouco realista: o que está em causa são as gargalhas de uma criatura, ou o que está em causa é a corrupção política de várias décadas, de vários séculos, conhecidíssima de todos nós?
Antes do 25 de abril, o meu avô materno sempre foi anti-salazarista e muito democrático, com todo o perigo que implicava tal atitude.. Poucos meses depois do 25 de abril, o meu avô tornou-se salazarista e antidemocrático. Estranho? Nem por isso. Tornou-se anti 25 de abril, por ter percebido algo que, na altura, ninguém mais percebeu: os plásticos,introduzidos com a democracia, iam, obviamente, dar cabo do país. E do mundo. Por essa altura, o meu avô aderiu ao PPD (agora chamado PSD), a que a minha avó, sua esposa, sempre chamou TTB. - O teu avô anda de cabeça virada por causa do tal TTB! Aderiu ao TTB porque, como lhe explicaram de forma simples, quem tem alguma coisa de seu, vai para o TTB. Quem não tem nada de seu, vai para o PS e tenta apanhar alguma coisa. Queridos: isto faz algum sentido para vocês? Por mim, nem sou TTB nem PS, mas… vejamos...
Oensino e os ensinadores são desprezados pelo governo PS, não há segurança social, há muitíssimos impostos a serem oferecidos ao Joe Berardos e aos Espíritos Santos. Morrem muitos à espera de cirurgias.... Logo, aqui vamos nós a pé, ó Fatima! Há umas décadas, em vez de gastarmos as solas dos sapatos, gastávamos as solas dos pés... Grande evolução!
Depois de "resolver" a crise dos professores, ou seja, de mostrar ao país que o trabalho não vale a ponta de um corno, que, para o país progredir, os trabalhadores altamente qualificados devem ganhar o mesmo que os "ganhões", (trabalhadores não qualificados), e que os ganhões não valem a ponta de um corno, o PS de Costa mostra ser de direita. Dito de outro modo, qualquer trabalhador, qualificado ou não, está muito abaixo dos não trabalhadores como o Berardo. Ou dos polítquinhos. Populismo, ao pôr todo o mundo contra os professores?! Nã. Nã... Mas parece que o PS de Costa ganhou algumas décimas nas sondagens eleitorais, talvez umas décimas compradas! Qualquer dia vou presa por dizer estas barbaridades! Mas vou achar curtido conhecer, na cadeia, as vítimas da violência doméstica, armadas em criminosas. E depois escrevo um romance, não romântico, mas enfim... fadístico. Tipo "Isto é o destino"!
- Bandidos! Para a cadeia, já! A espantar o turismo? A destruir a nossa economia, tão baseada no turismo! Fora! - diz o povão.
Mas as carteiras dos turistas europeus só têm fotografias dos netinhos... e são quase todos turistas europeus...
E recibos para o IRS!
E cautelas do Euromilhões!
E portanto, estes terríveis delinquentes não têm direito a beijinhos do PR! Ao contrário do Berardo!
- Em vez de ganharmos dinheiro, perdemos mazé!
- Com tanta fotografia de netinhos e recortes de jornais, andam mazé a enganar a gente! - afirmaram os ditos carteiristas, em declarações ao canal Parlamento TV!
- Eu, uma vez saíram-me 6 euros num euromilhoes dum tipo belga, o resto eram só fotografias do netinho a mijar. O quê? Ah, parece que é uma estátua, ou lá o que é, uma estátua de um netinho a mijar, sei lá!
- Que mal fizemos a gente? A gente só queríamos trazer para Portugal as divisas estrangeiras, não estamos nada interessados em fotografias de canalha!
Embora pareça estranho, a pouca habilidade de linguagem destes arguidos, não se distingue particularmente da habilidade linguística do comendador Joe Berardo.