sábado, junho 17, 2017

Falar outras línguas sem um erro e com a pronúncia da capital? Provincianismo!

Este artigo faz-me lembrar o tempo em que, em sítios como a Gulbenkian, após uma palestra em francês, as pessoas receavam dar algum erro e, por isso, só se exprimiam brutamontes que não tinham percebido coisa alguma, causando imenso embaraço aos conferencistas. Era um vergonha, nesse tempo, dar o mais pequeno erro em francês ou inglês. Era uma sociedade muito provinciana, aqui em Lisboa, há 20 ou 30 anos.
Sim, como dizia Eça, como Fradique Mendes: “Um homem só deve falar, com impecável segurança e pureza, a língua da sua terra: – todas as outras as deve falar mal, orgulhosamente mal, com aquele acento chato e falso que denuncia logo o estrangeiro. (…) Falemos nobremente mal, patrioticamente mal, as línguas dos outros! “

sábado, junho 10, 2017

Unicef: gostamos muito de proteger as crianças bonitas, saudáveis, ricas e limpas!



Vejam como as pessoas reagem à presença da mesma menina, bem vestida e limpa e depois mal vestida e suja. 

Nada que não soubéssemos. 
Aa UNICEF não continuou com o vídeo porque a menina ficou muito triste.


Portugal é a Nova Califórnia e com a vantagem de ficar mais perto e de se falar português.


A ser verdade o que diz o Jornal Económici...



Portugal já é “a Califórnia europeia”, relata imprensa espanhola

Fátima e o SNS

Acabo de falar com uma vendedora de produtos de Mirandela, que foi a pé a Fátima desde lá porque a Nossa Senhora lhe curou as filha de um cancro. Não posso deixar de pensar na quantidade de dinheiro dos nossos impostos que o SNS pagou para "não curar" a menina. Tudo isto seria mais normal antes de haver SNS.
Uma minha amiga que se curou em jovem diz que gastou todos os impostos que vai pagar toda a vida, mais os meus de toda a vida  e os de outras pessoas mais.
O Papa referiu-se a isto, ao mencionar a santinha (a imagem) que faz favores baratos. Ir a pé é barato, comparado com os muitos milhares de euros que custam os tratamentos, mas que acabam por ser gratuitos.
As pessoas deveriam ir a Fátima q pé para agradecer o SNS, que os anteriores governos quase destruíram, Sócrates e Passos Coelho. 



Para não falar de pessoas como a Marie Curie, que levou uma vida de sacrifício e de pobreza para permitir que se façam radiografias, TACs, etc.

sexta-feira, maio 19, 2017

Madona: Exposição no Museu Nacional de Arte Antiga




Gostei muito desta pintura de Van Dick em que a virgem tem um aspeto muito humano e muito feminino. Ontem, no Museu de Arte Antiga.



O descanso na fuga para o Egito é sempre um tema muito leve e abundante de pormenores suaves graciosos e delicados, como neste caso as cerejas, o chapéu, a expressão do burrinho...

De destacar, também, imagem que serve de Ex-libris, Madona dei Flagelai (esta última com um aspeto não demasiado humano), uma réplica em gesso da Pietà e uma minúscula pintura de Fra Angélico.



segunda-feira, maio 15, 2017

Cristas e os pobrezinhos


A Cristas vai oferecer baldes, esfregonas e pás ao pessoal dos bairros sociais. Para poder ir visitar os pobrezinhos de sandálias, sem apanhar uma erizipela nos pés.

Citação da mesma (Assunção Cristas): "Tenho calçado botas e calças de ganga muitas vezes  para estar nos bairros sociais junto das pessoas". Que querida! E luvas, não? 

Estas declarações encontram-se aqui:

sábado, maio 06, 2017

Abstenção nas eleições: grande virtude democrática


Quem disse que a abstenção nas eleições é má?!?!

Pelo contrário, é óptima: os imbecis acham que não vale a pena votar e ainda bem que pensam assim. É o que se comprova nas eleições americanas, francesas, etc., em que a abstenção diminuiu e o resultado foi o que se viu.

Portugal é um exemplo para esses países: os palermas não votam e ninguém tenta convencê-los de que deveriam votar!

Muito pelo contrário!

De como os espanhóis nos vendem 500 quilos de gelo pelo preço de 500 quilos de polvo

Longe de ser uma dona de casa exemplar, em parte por ser demasiado inquieta, deparo-me com situações como  que vou contar, ao fazer as minhas agradáveis deambulações com fins culinários, ao sábado de manhã, com o Expresso numa mão e o Ipad na outra (metaforicamente).


Num dos mais caros mercados de Lisboa, deparo-me com um polvo maravilhosamente fresco por 7 euros e 90 cada kilo. Mas talvez este fim de semana me apeteça comer fora, ou fazer um dia vegetariano, portanto, talvez seja melhor comprar polvo congelado, que deve ser muito mais barato e também é bom. Com este desígnio, dirijo-me ao Pingo Doce, ali logo ao pé. O polvo fresco, tão fresco como o que vi, custa 10 Euros, (normalmente é mais barato para fazer concorrência), o congelado custa 9 Euros e 90 cêntimos. 

Pego na embalagem, que custa 10 Euros, constatando que tem um grande pedaço de gelo e, claro, o polvo congelado é mais pesado do que o fresco, porque parece uma pedra. Mas ainda é mais caro...


Intrigada, volto ao Mercado de Campo de Ourique, compro um grande polvo por 10 Euros e, enquanto espero que o arranjem, peço ao peixeiro, dono da banca que me explique este enigma. O objetivo é mais obter informação do que propriamente a deambulação culinária. Não parecia bem fazer esta pergunta sem comprar nada, embora a dona da banca me trate por querida e me mande beijinhos verbais.



A resposta talvez seja exagerada, mas é esta:



- Os espanhóis compram aos pescadores portugueses todo o polvo que conseguem. Então, levam para Espanha uma tonelada de polvo fresco a bom preço e trazem-nos para cá uma tonelada e meia de polvo congelado mais caro. A meia tonelada é gelo e conservantes. Pagos, claro, ao preço de polvo.



- Ah! - Exclamei eu. 
E vim logo contar-vos.

Como se designa quem diz inverdades?
Inverdadeiroso?

quinta-feira, maio 04, 2017

São Rosas. De Santa Maria





Em 1434 Gil Eanes conseguiu dobrar o Cabo Bojador, etapa importante dos descobrimentos portugueses.
Como não encontrou ninguém para lá do Cabo e queria trazer alguma coisa diferente para mostrar ao Infante Dom Henrique e ao rei, touxe este cato. Muitos são verdes, alguns têm este tom rosado aliado ao verde.

Deu-lhe o nome de Rosa de Santa Maria e o exemplar que trouxe reproduziu-se muito.

As pequeninas vieram assim dentro de um guardanapo e foram replantaram há 15 dias.

segunda-feira, maio 01, 2017

Portugal e a escravatura (ainda)

O nosso simpático Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou recentemente, num dos países que mais foram vitimas da escravatura, o Senegal, que Portugal foi dos primeiros países abolir a escravatura, em 1761. Isto veio abrir uma polémica que nunca tinha acontecido no país. 

A afirmação foi muito simpática do ponto de vista do Presidente, mas não do ponto de vista dos muitos milhares de escravos que existiram em Portugal até dois séculos depois dessa data, até 1961 ou mesmo 1974.

É uma das frases que toda a gente diz, porque não é verdade. Neste caso, só se diz em Portugal.

Este blogue tem um post antigo sobre este mesmo tema, é o seu post mais polémico, com acusações e insultos à sua autora. Os comentários estão online, exceto os mais insultuosos, porque eles também mostram a mentalidade dos portugueses em relação à sua própria história, em relação aos seus próprios mitos inventados pelo poder e pela versão oficial da sua história. De facto, esse post só é interessante pelos comentários. Cheguei a retirá-lo, a torná-lo invisível, quando me acusaram de magoar muita gente com as verdades que revelava. Não quero magoar ninguém..


VER AQUI

Como o debate se reacendeu, em parte devido a uma exposição no Museu de Arte Antiga, a qual incluía duas polémicas (tinham de ser) pinturas da Lisboa do Sec. XVI com muitíssimos negros, o post foi recolocado 2 ou 3 meses depois de ser ocultado.

E aqui vai a questão de novo: Portugal foi o primeiro país a abolir a escravatura? Ou Portugal tem uma das histórias mais inconfessáveis da escravatura? 

Quem conhece a data 1447 em que foi iniciado o tráfico de escravos africanos para Europa? Quem, de entre nós, portugueses, sabe que foi Portugal a  iniciá-lo? 

Ficaram aqui vários links de jornais recentes, abordando esta matéria, que tarda a ser debatida e reconhecida por Portugal e pelos Portugueses. A Bem da Nação :)

Clicar por cima: 


Sobre as coleiras usadas pelos escravos 

Portugal reconheceu injustiça da escravatura quando a aboliu em 1761, diz Marcelo

Portugal: evitando falar sobre escravatura desde 1761





Testemunhos da escravatura em museus e arquivos de Lisboa - Jornal Público







domingo, abril 23, 2017


Eu tenho e sempre tive muita dificuldade em lidar com pessoas que são insuportáveis.

terça-feira, abril 18, 2017

Amigos amorosos que nos passam à frente a sorrir

Tenho uma amiga amorosa. Tem um sentido muito critico da vida e do mundo, da sociedade em que nos inserimos. Mas só o diz quando quem tem o poder não está ouvir. Abraça, beija e bajula as pessoas que têm um nadinha de poder.
O resultado é ótimo: tem imensos privilégios, é homenageada, passa à frente de toda a gente em tudo e etc.
E você? Também tem uma amiga assim?

sábado, abril 15, 2017

Cores e sombras

M



Como deve ser belo poder comer as flores
Engolir a beleza do mundo, amarela, verde, azul, cor de malva rosa
Sentindo o aroma subtil da mistura das sombras
Numa tarde de primavera

Como fazem os cavalos

terça-feira, abril 11, 2017

Lisboa, a serena revolução

Há vinte anos seria impossível dizer tal coisa. Houve uma modernização geral, desde a pavimentação das ruas até a decoração e higiene no interior dos edifícios, restaurantes, etc. E, sim, desapareceram muitíssimos restaurantes fracos e imundos, com a crise.
É também perdemos um certo falalismo é uma certa propensão para a retórica.
E os vinhos, os queijos, os cozInheiros gourmet, etc., isso foi uma revolução.


É o que permite lermos agora opiniões internacionais, como está da CNN 


Lisboa é a cidade mais cool da Europa. As sete razões da CNN



https://www.publico.pt/2017/04/10/fugas/noticia/as-sete-razoes-que-levam-a-cnn-a-considerar-lisboa-a-cidade-mais-cool-da-europa-1768375

segunda-feira, abril 10, 2017

Ainda os estudantes portugueses expulsos de Espanha por mau comportamento.

Afinal já se percebeu o que aconteceu em Torremolinos, vendo e ouvindo múltiplas declarações.

Segundo um pai, os miúdos nem sequer tinham sopa, às refeições. E todos sabemos que os "miúdos" não podem passar sem sopa, portanto, revoltaram-se.


Não é nada falta de chá, é só mesmo falta de sopa.

E os estudantes não viram nada estragado: só uma frase escrita numa parede, uma outra parede riscada, um tecto falso destruído, coisas a arder dentro do hotel (que coisas?), mesas de cabeceira e sofás nos elevadores, só um extintor destruído, etc.. De resto, tudo bem.
Assim, os estudantes dizem o mesmo que o hotel, se somarmos as suas declarações, a diferença é não terem qualquer noção das responsabilidades ou dos custos monetários e morais dos estragos praticados.

E já têm mais que idade para terem a noção da responsabilidade.

É claro que nem todos colaboraram, mas os que nada fizeram de mal e que são vítimas dos outros têm a vergonha, o bom senso e os conselhos dos pais, que os levam a não se manifestarem em público.

domingo, abril 09, 2017

Pais e aluno portugueses castigados por polícia espanhola

Mil estudantes portugueses, que haviam pago alguns dias de estadia em Espanha, foram expulsos do país, por terem praticado distúrbios como: deitar televisores dentro de banheiras, partir portas e janelas de vidro, etc., num quantidade tal, que o seguro da agência de viagens não pode  cobrir estes prejuízos, segundo as notícias. 

Isto deve merecer uma reflexão púbica de todos: pais, professores, sindicatos, governo, alunos, etc., sobretudo numa ocasião em que o Ministério da Educação propõe um perfil do aluno tão exigente, que é muito semelhante ao que o Vaticano propõe para alguma criatura ser canonizada.

Tudo isto é um sinal dos tempos: são tantos os estudantes que pagam estas viagens, que é evidente a explicação: os pais sacrificam-se para pagar estas viagens, tal como se sacrificam ao usar os telemóveis velhos e de vidro partido dos filhos, para oferecerem Iphones aos piores alunos, sem qualquer consideração pelo mérito ou demérito dos mesmos. 

Sim, não são os pais que disciplinam o filhos, é a polícia espanhola que disciplina os pais e os filhos portugueses.

Não, não são os professores portugueses nem a polícia portuguesa a fazer o que fez a polícia espanhola.

É muito óbvio, por outro lado, que nem metade dos cerca de mil estudantes portugueses participou dos distúrbios que deram origem à expulsão. E isto levanta um novo problema, dos qual também ninguém fala.

Em cada turma de trinta alunos, haverá, na maioria dos casos, um máximo de 10 que boicotam as aulas, às vezes dois ou três, outras vezes um ou dois. As meninas raramente fazem grandes asneiras, mas as poucas que as fazem, conseguem ser piores que os rapazes.

Mas aqui, todos nós, elementos da sociedade portuguesa, pais, professores, alunos, tios e tias e vizinhos estamos de acordo: os colegas de estudo devem proteger-se uns aos outros. Quando um faz uma grande asneira, os outros devem ocultá-lo e nunca o denunciarem. 

É a chamada camaradagem, tão apreciada por todos nós.

Essas meninas que têm uma formação moral e humana normais na nossa sociedade tão humanista, juntamente com muito meninos que têm uma formação moral e humana normais na nossa sociedade tão humanista, têm o dever ético e moral de proteger os colegas, ainda que estes colegas os impeçam de estar com atenção nas aulas, de terem boas notas, de poderem escolher os cursos que querem. 

Como estes rapazes e raparigas se regem por valores, incluindo o da camaradagem, nunca denunciarão aqueles que o impedem de perseguir ou de cumprir os seus próprios sonhos...

Quando eu, Nadinha, aprendi a falar, creio que a primeira frase que disse, foi esta:

- Eu não suporto a estupidez desta gente! De quase toda a gente!


VER AQUI A NOTÍCIA

E AQUI

E aguarda-se conferencia de imprensa sobre o assunto, amanhã

Os pais dos alunos têm o direito de usar telemóveis novos, modernos, topo de gama?

Dito por um professora que conhecemos bem:

Como sou muito distraída, acontece às vezes o meu telemóvel tocar durante as aulas. Pedindo desculpa aos alunos, a sorrir, desligo-o sem atender. 

A reação deles é sempre de espanto, de tal modo que o recordam anos depois. Espanto, porquê? : porque o meu telemóvel é sempre da última geração, ao contrário do dos pais e restantes professores (também pais) que usam os telemóveis velhos que os filhos já não querem, ou seja, é muito estranho que um adulto, trabalhador e pagador de impostos que sustentam o ensino obrigatório, tenha um telemóvel tão bom como o dos miúdos. 

Os piores alunos têm mesmo telefones muito melhores do que os meus, sobretudo Iphones, mesmo quando os pais são pobres. E utilizam-nos para boicotar as aulas, impedindo os colegas de estarem com atenção, impedindo os professores de darem aulas.

sexta-feira, abril 07, 2017

Romance Dona Barbara do autor venezuelano Rómulo Gallegos


Não me sendo possível comprar todos os livros que leio, comprei este por um euro numa loja de caridade. Se não gostar, ofereço-o de volta, grátis. O mesmo se aplica a antigualhas, objetos. Mas estou a adorar. 
Passado na Venezuela, bebe da América latina a sua especificidade. Longe do realismo fantástico é anterior à ele, procura explicar a bruxaria pelo seu efeito nos ignorantes que não a põem em dúvida. Algum realismo, as saudades do "matão", que todos temos, mesmo sem sabermos que temos e a explicação filosófica e psicológica: se as gentes acreditam no efeito mágico, então há pessoas que manipulam esse efeito.




Excerto