Catroga: "Fartar vilanagem de Sócrates foi tragédia nacional"
Faço minhas estas palavras. Para quando ser isto evidente para todos?
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
sábado, abril 30, 2011
sexta-feira, abril 29, 2011
Casamento Big Brother e beatificação do Papa: Para quê ter opiniões?
Claro.
A mocinha casou com o príncipe e ficou tudo de boca aberta, a babar-se. Tão romântico!!!
Monárquicos, republicanos, latinos e nórdicos, orientais, se calhar...
Tal como Eça preconizava, vivemos numa sociedade romântica. Muito pior: vivemos numa sociedade dúplice, em que a fé e a falta de fé são exactamente idênticas, o que anula, se bem entendi, o livre arbítrio.
Pelo menos um nadinha. De nada. Tão pouco, que ninguém repara.
E amanhã, ou depois de amanhã, temos a beatificação do papa "comunista" e "anti-comunista".
Para crentes, descrentes e sobretudo para aqueles que são simultaneamente crentes e descrentes, monárquicos e anti-monárquicos...
Para quê ter opiniões?
Para quê ter opiniões, se podemos perfeitamente ter uma opinião e também a sua contrária?
Só é pena quando as pessoas votam num partido apesar de serem contra esse partido e não votam noutro, apesar de serem a favor do outro...
quinta-feira, abril 28, 2011
Activismo online: liberdade de expressão na China
Activismo online é algo que tenho / temos feito neste blogue.
Neste caso, o artista chinês Ai Weiwei foi feito desaparecer pelas forças de segurança da China.
Actualmente, as elites chinesas compram muita arte contemporânea, por esse motivo a organização de defesa e luta pelos direitos humanos, Avaaz, propõe que as galerias de arte e os artistas deixem de expôr na China, até que algo de novo aconteça. Podemos assinar a petição online, aqui:
Free Ai Weiwei!
Mas nós andamos tão subservientes a quem tem dinheiro... Os chineses têm muito... será que podemos fazer isso? Devemos? E o dinheiro?
- Você pediu alguma coisa a alguém? Eu, não.
"Governador do Banco de Portugal quer que políticos sejam responsabilizados por incumprimentos."
Porque é que não são?
Até há quem diga que não temos nada que pagar a dívida. Que a pague quem a contraiu.
terça-feira, abril 26, 2011
Primavera
Primavera no Douro
Nada nos pode estragar o prazer de viver mais uma Primavera.
Que se lixem os políticos, os FMIs, essa gentalha. A política segue dentro de meses, quando tivermos tempo para pensar nisso.
Quando chover.
(Apesar da beleza da paisagem, ela mostra também um outro lado: o abandono da agricultura - vê-se que a quinta foi abandonada e a "casa de lavoura" também).
A beleza da desordem.
Nada nos pode estragar o prazer de viver mais uma Primavera.
Que se lixem os políticos, os FMIs, essa gentalha. A política segue dentro de meses, quando tivermos tempo para pensar nisso.
Quando chover.
(Apesar da beleza da paisagem, ela mostra também um outro lado: o abandono da agricultura - vê-se que a quinta foi abandonada e a "casa de lavoura" também).
A beleza da desordem.
segunda-feira, abril 25, 2011
Esta mulher tem Pinta: tem feito muito pela Casa Fernando Pessoa. Resolveu agora ser polemista à maneira antiga
"A Ditadura Democrática Portuguesa elimina os que pensam e promove os Burros (peço desculpa ao animal, por quem tenho muito carinho e admiração)
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, em governação socialista, distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora continua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido.
Para garantir que vai continuar burro o grande "cavallia" (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo, e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituamo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Alguns até arranjaram cargos em organismos da UE.
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade.
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é MESMO o maior fracasso da democracia portuguesa!"
Clara Ferreira Alves, "Expresso"
Não admira que num país assim emerjam cavalgaduras, que chegam ao topo, dizendo ter formação, que nunca adquiriram, (Olá! camaradas Sócrates...Olá! Armando Vara...), que usem dinheiros públicos (fortunas escandalosas) para se promoverem pessoalmente face a um público acrítico, burro e embrutecido.
Este é um país em que a Câmara Municipal de Lisboa, em governação socialista, distribui casas de RENDA ECONÓMICA - mas não de construção económica - aos seus altos funcionários e jornalistas, em que estes últimos, em atitude de gratidão, passaram a esconder as verdadeiras notícias e passaram a "prostituir-se" na sua dignidade profissional, a troco de participar nos roubos de dinheiros públicos, destinados a gente carenciada, mas mais honesta que estes bandalhos.
Em dado momento a actividade do jornalismo constituiu-se como O VERDADEIRO PODER. Só pela sua acção se sabia a verdade sobre os podres forjados pelos políticos e pelo poder judicial. Agora continua a ser o VERDADEIRO PODER mas senta-se à mesa dos corruptos e com eles partilha os despojos, rapando os ossos ao esqueleto deste povo burro e embrutecido.
Para garantir que vai continuar burro o grande "cavallia" (que em português significa cavalgadura) desferiu o golpe de morte ao ensino público e coroou a acção com a criação das Novas Oportunidades.
Gente assim mal formada vai aceitar tudo, e o país será o pátio de recreio dos mafiosos.
A justiça portuguesa não é apenas cega. É surda, muda, coxa e marreca.
Portugal tem um défice de responsabilidade civil, criminal e moral muito maior do que o seu défice financeiro, e nenhum português se preocupa com isso, apesar de pagar os custos da morosidade, do secretismo, do encobrimento, do compadrio e da corrupção.
Os portugueses, na sua infinita e pacata desordem existencial, acham tudo "normal" e encolhem os ombros.
Por uma vez gostava que em Portugal alguma coisa tivesse um fim, ponto final, assunto arrumado.
Não se fala mais nisso. Vivemos no país mais inconclusivo do mundo, em permanente agitação sobre tudo e sem concluir nada.
Desde os Templários e as obras de Santa Engrácia, que se sabe que, nada acaba em Portugal, nada é levado às últimas consequências, nada é definitivo e tudo é improvisado, temporário, desenrascado.
Da morte de Francisco Sá Carneiro e do eterno mistério que a rodeia, foi crime, não foi crime, ao desaparecimento de Madeleine McCann ou ao caso Casa Pia, sabemos de antemão que nunca saberemos o fim destas histórias, nem o que verdadeiramente se passou, nem quem são os criminosos ou quantos crimes houve.
Tudo a que temos direito são informações caídas a conta-gotas, pedaços de enigma, peças do quebra-cabeças. E habituamo-nos a prescindir de apurar a verdade porque intimamente achamos que não saber o final da história é uma coisa normal em Portugal, e que este é um país onde as coisas importantes são "abafadas", como se vivêssemos ainda em ditadura.
E os novos códigos Penal e de Processo Penal em nada vão mudar este estado de coisas. Apesar dos jornais e das televisões, dos blogs, dos computadores e da Internet, apesar de termos acesso em tempo real ao maior número de notícias de sempre, continuamos sem saber nada, e esperando nunca vir a saber com toda a naturalidade.
Do caso Portucale à Operação Furacão, da compra dos submarinos às escutas ao primeiro-ministro, do caso da Universidade Independente ao caso da Universidade Moderna, do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa Benfica, da corrupção dos árbitros à corrupção dos autarcas, de Fátima Felgueiras a Isaltino Morais, da Braga Parques ao grande empresário Bibi, das queixas tardias de Catalina Pestana às de João Cravinho, há por aí alguém que acredite que algum destes secretos arquivos e seus possíveis e alegados, muitos alegados crimes, acabem por ser investigados, julgados e devidamente punidos?
Vale e Azevedo pagou por todos?
Quem se lembra do miúdo electrocutado no semáforo e do outro afogado num parque aquático?
Quem se lembra das crianças assassinadas na Madeira e do mistério dos crimes imputados ao padre Frederico?
Quem se lembra que um dos raros condenados em Portugal, o mesmo padre Frederico, acabou a passear no Calçadão de Copacabana?
Quem se lembra do autarca alentejano queimado no seu carro e cuja cabeça foi roubada do Instituto de Medicina Legal?
Em todos estes casos, e muitos outros, menos falados e tão sombrios e enrodilhados como estes, a verdade a que tivemos direito foi nenhuma.
No caso McCann, cujos desenvolvimentos vão do escabroso ao incrível, alguém acredita que se venha a descobrir o corpo da criança ou a condenar alguém?
As últimas notícias dizem que Gerry McCann não seria pai biológico da criança, contribuindo para a confusão desta investigação em que a Polícia espalha rumores e indícios que não têm substância.
E a miúda desaparecida em Figueira? O que lhe aconteceu? E todas as crianças desaparecida antes delas, quem as procurou?
E o processo do Parque, onde tantos clientes buscavam prostitutos, alguns menores, onde tanta gente "importante" estava envolvida, o que aconteceu? Alguns até arranjaram cargos em organismos da UE.
Arranjou-se um bode expiatório, foi o que aconteceu.
E as famosas fotografias de Teresa Costa Macedo? Aquelas em que ela reconheceu imensa gente "importante", jogadores de futebol, milionários, políticos, onde estão? Foram destruídas? Quem as destruiu e porquê?
E os crimes de evasão fiscal de Artur Albarran mais os negócios escuros do grupo Carlyle do senhor Carlucci em Portugal, onde é que isso pára?
O mesmo grupo Carlyle onde labora o ex-ministro Martins da Cruz, apeado por causa de um pequeno crime sem importância, o da cunha para a sua filha.
E aquele médico do Hospital de Santa Maria, suspeito de ter assassinado doentes por negligência? Exerce medicina?
E os que sobram e todos os dias vão praticando os seus crimes de colarinho branco sabendo que a justiça portuguesa não é apenas cega, é surda, muda, coxa e marreca.
Passado o prazo da intriga e do sensacionalismo, todos estes casos são arquivados nas gavetas das nossas consciências e condenados ao esquecimento.
Ninguém quer saber a verdade.
Ou, pelo menos, tentar saber a verdade.
Nunca saberemos a verdade sobre o caso Casa Pia, nem saberemos quem eram as redes e os "senhores importantes" que abusaram, abusam e abusarão de crianças em Portugal, sejam rapazes ou raparigas, visto que os abusos sobre meninas ficaram sempre na sombra.
Existe em Portugal uma camada subterrânea de segredos e injustiças, de protecções e lavagens, de corporações e famílias, de eminências e reputações, de dinheiros e negociações que impede a escavação da verdade.
Este é MESMO o maior fracasso da democracia portuguesa!"
Clara Ferreira Alves, "Expresso"
Vejam isto: antigo ministro das Finanças de José Sócrates afirma que
“Estamos a viver um filme de terror em que o drácula culpa a vítima”
Campos e Cunha, antigo ministro das Finanças de José Sócrates, diz que "esta crise governamental foi desejada e planeada pelo Governo".
"A situação económico-financeira é de tal descalabro que não pode haver eleições antecipadas sem haver uma crise política, económica e financeira de acordo com vários ministros, começando pelo primeiro. É a constituição e a democracia que estão em causa", alerta o mesmo responsável.
Interrompo as minhas divagações nortenhas, que seguem dentro de momentos, por me parecer isto muito importante.
Nadinha
Nadinha
domingo, abril 24, 2011
sábado, abril 23, 2011
Às Malvas
Para além de ser muito agradável mandar tudo às malvas, que é o que apetece fazer, também as próprias malvas são muito interessantes. Agora que comecei a estudar as ervas do campo, surpreendo-me ao constatar que quase todas elas têm utilidade e que muitas são ou foram importantes do ponto de vista medicinal.
As malvas podem ser comidas, flor e folhas, em salada e são-no desde o tempo dos romanos.
São usadas para chás, flor, folha e raiz e para fazer banhos de limpeza.
Não é incrível? E além disso são bonitas!
sexta-feira, abril 22, 2011
quinta-feira, abril 21, 2011
terça-feira, abril 19, 2011
Obrigada, de nada...
FMI lucra tanto (ou mais) do que UE com resgates *
FMI tenta que a UE baixe os juros para Portugal, mas lucra tanto, ou mais, do que ela...
Nós aqui a sentir que nos fazem um favor e eles a especularem com isto...
* In Jornal de Negócios
FMI tenta que a UE baixe os juros para Portugal, mas lucra tanto, ou mais, do que ela...
Nós aqui a sentir que nos fazem um favor e eles a especularem com isto...
* In Jornal de Negócios
segunda-feira, abril 18, 2011
sexta-feira, abril 15, 2011
16 de Abril
Como faço anos amanhã, 16 de Abril, decidi acordar à beira-mar, com o marulho das ondas, num pequeno hotel que me parece um navio.
Sem o balanço e sem o perigo, sem a aventura e sem a distância.
Não existe a possibilidade de ficar deprimida: corri o risco de morrer muito jovem: cada ano parece-me uma nova conquista, carregado, quando se completa, de imensos prazeres e de inúmeras alegrias.
Têm sido, até agora.
Já ninguém me pode tirar a beleza da luz que vi em tantos dias, nem o mistério que entrevi em tantas noites, em todos estes anos, desde então. Nem o amor, nem a amizade, nem a alegria, nem o brilho do Além, além do mar, além da terra, além do espaço...
Não receiem a carícia áspera e rugosa que o tempo nos imprime sobre a pele. Cronos só se inscreve naqueles que ama.
quinta-feira, abril 14, 2011
Todos os poemas são poemas de amor?
Esta pergunta ocupou a minha pobre cabeça durante vários anos. De facto, se eu escrevia um poema a outra pessoa, ou mesmo um texto bonito, ou uma carta que fizesse vagamente lembrar um poema, logo essa coisa era considerada uma declaração de amor, o que resultava numa situação embaraçosa. Sempre que escrevia bem, supunha-se que estava a declarar a alguém o meu amor. O que me fez desistir de escrever cartas bonitas. Ou, melhor, de as enviar.
Tudo ficou esclarecido, para mim, um dia.
Umas jovens contaram-me que uma delas tinha uma paixão assolapada por uma amigo, que não a deixava amar mais ninguém. Era muito gordinha, nenhuma beleza, o amigo namorava com outra. Um dia em que eu estava bem disposta, decidi abordar o assunto:
- Então você, ouvi dizer que tem uma paixão assolambada (termo meu) por um mocinho. É verdade?
De imediato a rapariga tirou do porta-moedas um papel muito dobrado, muito sujo, com as dobras a rasgar, de tanto ter sido aberto e lido e desdobrado e dobrado outra vez, e disse:
- Veja, ele escreveu-me um poema! Tenho-o aqui! Leia!
Li o papel e não consegui evitar um ataque de riso, que justifiquei depois muito bem... o melhor que soube enfim, mas que resultou.
O texto, muito simples e em prosa vulgar, cheia de erros, dizia apenas algo como isto: "Eu sou muito teu amigo, mas não te amo. Espero que tu encontres outro rapaz que goste muito de ti, porque tu mereces."
Foi o primeiro "poema" de não-amor que li. E mesmo assim, foi entendido como poema de amor.
Tudo ficou esclarecido, para mim, um dia.
Umas jovens contaram-me que uma delas tinha uma paixão assolapada por uma amigo, que não a deixava amar mais ninguém. Era muito gordinha, nenhuma beleza, o amigo namorava com outra. Um dia em que eu estava bem disposta, decidi abordar o assunto:
- Então você, ouvi dizer que tem uma paixão assolambada (termo meu) por um mocinho. É verdade?
De imediato a rapariga tirou do porta-moedas um papel muito dobrado, muito sujo, com as dobras a rasgar, de tanto ter sido aberto e lido e desdobrado e dobrado outra vez, e disse:
- Veja, ele escreveu-me um poema! Tenho-o aqui! Leia!
Li o papel e não consegui evitar um ataque de riso, que justifiquei depois muito bem... o melhor que soube enfim, mas que resultou.
O texto, muito simples e em prosa vulgar, cheia de erros, dizia apenas algo como isto: "Eu sou muito teu amigo, mas não te amo. Espero que tu encontres outro rapaz que goste muito de ti, porque tu mereces."
Foi o primeiro "poema" de não-amor que li. E mesmo assim, foi entendido como poema de amor.
quarta-feira, abril 13, 2011
"Sem amor, nada sou"
Há tempos, uma mulher brasileira, que é agora seguidora deste blogue, veio cá parar por eu ter afirmado que há mães que não gostam dos filhos. Fez-lhe bem ler isso, pois é uma dessas filhas não amadas e nunca tinha lido nada sobre o assunto, por ser tabu e por não termos propriamente o hábito do debate de ideias, tendência que, aparentemente, o catolicismo português levou para o Brasil. Lancem este debate e vejam a reação.
VER AQUI: Mãe odeia filha
Por estas e por outras razões, também pela minha imaginação ficcional, não me tem saído da cabeça uma notícia que li, por estes dias, num jornal português.
Uma mulher, habitante de Lisboa, com cinco filhos, foi encontrada na sua casa, onde estava morta há quatro anos. A porta da habitação esteve, durante todo esse tempo, enfeitada com decorações de Natal, o que significa que morreu no Natal e que a jovialidade e extravagância das decorações fora de época não despertou a curiosidade dos vizinhos. Foi descoberta pelos serviços das finanças, que a procuraram por não pagar impostos...
Um romance poderia começar assim. E eu gosto da personagem principal.
Se a senhora gostava tanto do Natal, era de esperar que pensasse nos filhos: por que razão os filhos não quiseram saber se estava viva ou morta, durante, pelo menos, quatro anos?
Há uma frase cínica, que se pergunta quando alguém afirma que uma família é muito feliz, que os irmãos se dão muito bem:
- Já fizeram partilhas?
Se houver amor na família, não há partilhas que o corrompam. Se não houver, tudo serve para desunir.
Vem-me à ideia a primeira carta de São Paulo aos Coríntios. O amor, aqui, refere-se àquele que sentimos, mais do que àquele que recebemos (ou não).
"Ainda que eu falasse todas as línguas do mundo, as dos homens e as dos anjos, se não tivesse amor, seria como sino ruidoso ou como címbalo estridente."
"Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse amor, nada disso me adiantaria."
"[O amor] tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta."
terça-feira, abril 12, 2011
A glória a riqueza, o repúdio, a miséria
Vou ao ponto de admitir que, com os actuais níveis de corrupção, pouca gente consiga resistir.
Haveria muita mais gente a resistir se corresse o risco de enfrentar a cadeia, a miséria e o repúdio.
Em vez de enfrentarem a fama e a glória a riqueza, a ostentação, a simpatia e o carinho de todo o mundo!
Haveria muita mais gente a resistir se corresse o risco de enfrentar a cadeia, a miséria e o repúdio.
Em vez de enfrentarem a fama e a glória a riqueza, a ostentação, a simpatia e o carinho de todo o mundo!
segunda-feira, abril 11, 2011
Tortura Psicológica
Parem! Parem de meter medos às Tropas! Eu confesso!
Confesso que os únicos que não se afligem com a situação económica e política do país são os políticos, que sorriem e riem alegremente como se nada fosse, como aconteceu no "Congresso" do PS.
São mesmo os do FMI que dizem que isto vai ser duro. Muito duro! Tão duro! O problema foi-se degradando porque o Governo deveria ter pedido ajuda há meio ano. Pelo menos. E não pediu.
Mas os votantes de Sócrates nem sabem dizer o nome dele, quanto mais perceber a situação!
- Sócras! - ouve-se nos comícios.
- Eu até gosto do Sócras! - afirmam as criaturas, com um imenso sorriso... demasiadas criaturas.
Também há quem lhe chame o Socas.
Confesso que os únicos que não se afligem com a situação económica e política do país são os políticos, que sorriem e riem alegremente como se nada fosse, como aconteceu no "Congresso" do PS.
São mesmo os do FMI que dizem que isto vai ser duro. Muito duro! Tão duro! O problema foi-se degradando porque o Governo deveria ter pedido ajuda há meio ano. Pelo menos. E não pediu.
Mas os votantes de Sócrates nem sabem dizer o nome dele, quanto mais perceber a situação!
- Sócras! - ouve-se nos comícios.
- Eu até gosto do Sócras! - afirmam as criaturas, com um imenso sorriso... demasiadas criaturas.
Também há quem lhe chame o Socas.
Para a Adê e para todos
"Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio.
Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos
Porque metade de mim é o que ouço,
Mas a outra metade é o que calo.
Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Pra me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também"...
Metade - Oswaldo Montenegro
Gosto de música brasileira. Esta, em particular, faz bem à alma e dá a coragem (por exemplo, de viver) que às vezes falta.
domingo, abril 10, 2011
Portugal assiste em directo, espantado e consternado, ao patético suicídio do PS.
Todas aquelas cabeças só tiveram uma ideia para o Congresso / Comício / Espectáculo: a culpa de tudo o que aconteceu nos últimos seis anos de Governo de Sócrates, é do PSD.
É esta a opinião que têm da inteligência e da cultura dos portugueses.
Mas o retrato da família não esconde que os sorrisos são todos muito amarelos. Ou seja, falsos. Que mais parecem esgares ou caretas. Estão todos a fazer fretes e a engolir sapos. Porquê? Por medo?
Só um militante desconhecido teve a coragem e o bom gosto de se opor a todos, afirmando que:
"o primeiro-ministro que nos conduziu a esta situação e que conduziu Portugal a uma situação de bancarrota não tem condições para nos fazer sair dela”
Ana Gomes também disse das suas, mas padece do mal de todas as mulheres que dizem o que pensam: é considerada arruaceira. A mulher deve estar caladinha e não fazer ondas, ou então, não é uma "senhora". É uma mulher, como a Ana Gomes. E a Natália Correia. E outras. Diz assim:
"Para continuar a merecer a confiança dos portugueses é preciso que o PS assuma que nem tudo foram rosas na governação e que nem sempre a rosa cheirou muito bem. O PS também cometeu erros e assumi-los será meio caminho andado para os corrigirmos” . Clicar para ver quais foram os erros, na sua opinião.
Neste interim, o Ministro das Finanças da Suécia acusa Sócrates de ter "enrascado" a Europa por não ter pedido mais cedo o resgate e de, com isto, ter aumentado os juros que pagam a Grécia e a Irlanda, como coloquei em post anterior.
Nunca a imagem de Portugal esteve tão baixo lá fora.
sábado, abril 09, 2011
O Camarada Zé
Numa oportuna viragem à esquerda, a que já nos habituou, o dito José Sócrates vai chamar-se, até às eleições, só Zé. À esquerda do nome dele, quero dizer...
Eu por mim, preferia "camarada socas". Para o distinguir do botas.
Eu por mim, preferia "camarada socas". Para o distinguir do botas.
As armas e os barões assinalados / Que não sei quê, não sei quê, não sei quê / Como dizem os nossos cultos eleitores...
E nem somos só nós a queixar-nos. Vejam:
O Governo português “tem uma grande responsabilidade” pela situação económica e financeira do país e colocou os parceiros europeus numa situação muito difícil por terem de decidir um programa de ajuda muito rapidamente e em condições tão complicadas", acusou o ministro sueco das Finanças, Anders Borg.
VER TAMBÉM
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Economistas, analistas e outros actores económicos de acordo: pedido chega tarde
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Mas, se já enrascámos a Europa inteira, pelo menos, não poderemos ao menos negociar um acordo em condições que nos sejam favoráveis? Ao menos aproveitar isso?
Estava tudo com o "credo na boca" à espera desta decisão...
Abstenção não, por favor!
E se os políticos fizessem o que têm a fazer e nos deixassem a nós a fazermos o que temos a fazer?
Por mim, tenho lutado por aquilo em que acredito, sem ligação a nenhum partido, mas gostaria de ter paz e sossego.
Vantagens dos 6 anos de governação de José Sócrates Pinto ( Sousa não, que eu ainda sou Sousa, não por ser chique, mas por causa do Rio Sousa - Nadinha Sousa):
- A legalização do aborto e do casamento homossexual - duas inovações da esquerda e da modernidade, que aprovo pois sou mesmo de esquerda, duas inovações sem as quais todos nós passávamos muito bem.
Desvantagens dos 6 anos de governação de José Sócrates Pinto ( Sousa não, que eu ainda sou Sousa, não por ser chique, mas por causa do Rio Sousa - Nadinha Sousa):
- *.* (Asterisco ponto asterisco: em linguagem informática quer dizer: tudo. Tudo mesmo). A título de exemplo:
- Gastou / Estourou o que temos e mais o que não temos.
- As políticas de direita ( com as quais os de direita não concordam, ao que parece).
- A submissão aos interesses económicos e financeiros dos bancos e quejandos.
- A legalização da corrupção ( o Boy da PT ganhou legalmente 4 milhões de Euros; um meu amigo estrangeiro pergunta-me no Facebook se a criatura está em liberdade. Qual é a resposta? Sim. Porquê? Ou melhor: porque não? Existe alguma lei que me proíba de ganhar balúrdios?)
- A ideia de que os outros políticos são tão incompetentes e tão corruptos como a criatura, o que leva muitas pessoas a absterem-se nas eleições.
- O inaudito descaramento, que leva jornalistas e adversários a calarem-se por pudor e por boa educação,
em vez de acusarem a criatura de estar a mentir.
- A vergonha que fez corar ao rubro muitos portugas, que se consideravam até então orgulhosos de serem portugueses.
- Até mesmo aqueles que exageravam e que se consideravam superiores por serem brancos e que estão, talvez, sujeitos ao espírito de denegação: os brasileiros, maioritariamente escuros e os timorenses, maioritariamente pardos, estão a pensar ajudar-nos. E a verdade é que nós nunca fomos assim tão brancos...
Aguardamos o próximo prémio Nobel da Literatura (ganho por uma só pessoa) ou a vitória no próximo campeonato mundial de futebol (talvez do Porto ou do Benfica) para recuperarmos a ideia de que somos...
Somos o quê?
Não ouvi:
- Somos o quê?
Somos, talvez, aqueles que elegem as criaturas que nos lixam ( a começar por um F)...
Somos demasiado "bem educados": afinal, todos nós desejamos ser tios e tias de Cascais, não é? E os tios são tão bem educados...
Sugestão / Proposta: e se votássemos nos outros partidos?
Abstenção é que não, por favor!
Por mim, tenho lutado por aquilo em que acredito, sem ligação a nenhum partido, mas gostaria de ter paz e sossego.
Vantagens dos 6 anos de governação de José Sócrates Pinto ( Sousa não, que eu ainda sou Sousa, não por ser chique, mas por causa do Rio Sousa - Nadinha Sousa):
- A legalização do aborto e do casamento homossexual - duas inovações da esquerda e da modernidade, que aprovo pois sou mesmo de esquerda, duas inovações sem as quais todos nós passávamos muito bem.
Desvantagens dos 6 anos de governação de José Sócrates Pinto ( Sousa não, que eu ainda sou Sousa, não por ser chique, mas por causa do Rio Sousa - Nadinha Sousa):
- *.* (Asterisco ponto asterisco: em linguagem informática quer dizer: tudo. Tudo mesmo). A título de exemplo:
- Gastou / Estourou o que temos e mais o que não temos.
- As políticas de direita ( com as quais os de direita não concordam, ao que parece).
- A submissão aos interesses económicos e financeiros dos bancos e quejandos.
- A legalização da corrupção ( o Boy da PT ganhou legalmente 4 milhões de Euros; um meu amigo estrangeiro pergunta-me no Facebook se a criatura está em liberdade. Qual é a resposta? Sim. Porquê? Ou melhor: porque não? Existe alguma lei que me proíba de ganhar balúrdios?)
- A ideia de que os outros políticos são tão incompetentes e tão corruptos como a criatura, o que leva muitas pessoas a absterem-se nas eleições.
- O inaudito descaramento, que leva jornalistas e adversários a calarem-se por pudor e por boa educação,
em vez de acusarem a criatura de estar a mentir.
- A vergonha que fez corar ao rubro muitos portugas, que se consideravam até então orgulhosos de serem portugueses.
- Até mesmo aqueles que exageravam e que se consideravam superiores por serem brancos e que estão, talvez, sujeitos ao espírito de denegação: os brasileiros, maioritariamente escuros e os timorenses, maioritariamente pardos, estão a pensar ajudar-nos. E a verdade é que nós nunca fomos assim tão brancos...
Aguardamos o próximo prémio Nobel da Literatura (ganho por uma só pessoa) ou a vitória no próximo campeonato mundial de futebol (talvez do Porto ou do Benfica) para recuperarmos a ideia de que somos...
Somos o quê?
Não ouvi:
- Somos o quê?
Somos, talvez, aqueles que elegem as criaturas que nos lixam ( a começar por um F)...
Somos demasiado "bem educados": afinal, todos nós desejamos ser tios e tias de Cascais, não é? E os tios são tão bem educados...
Sugestão / Proposta: e se votássemos nos outros partidos?
Abstenção é que não, por favor!
sexta-feira, abril 08, 2011
Como justificar a impunidade?
Prefiro mil vezes um ladrão de delito comum que me assalta a casa e ainda destrói os vidros das janelas e as telhas do telhado, a um ladrão político, que me rouba o ordenado, as férias, a futura reforma e todo o dinheiro que tenho no banco, ou porque o desvaloriza, ou porque o banco e o país vão à falência.
Incluo nesta categoria todos os que voltarem a votar nas criaturas que fazem isto.
Portugal foi, alegadamente, o primeiro ou o segundo país a abolir a pena de morte, no Sec. XIX, mas foi realmente um dos últimos a fazer isso, dado que a pena de morte existiu em Portugal até ao 25 de Abril, exclusivamente para militares que cometessem crimes de guerra. Sem ser aplicada.
E se instaurássemos uma pena de morte só para crimes políticos?
Afinal de contas, sempre houve a distinção: prisioneiros de delito comum / prisioneiros políticos, com diferenças significativas entre uns e outros.
Comparar um pobre serial-killer ou um pobre Zé dos Telhados a uma criatura que rouba o dinheiro e o orgulho dum país...
Convenhamos que somos só dez milhões. Ou mesmo menos.
Incluo nesta categoria todos os que voltarem a votar nas criaturas que fazem isto.
Portugal foi, alegadamente, o primeiro ou o segundo país a abolir a pena de morte, no Sec. XIX, mas foi realmente um dos últimos a fazer isso, dado que a pena de morte existiu em Portugal até ao 25 de Abril, exclusivamente para militares que cometessem crimes de guerra. Sem ser aplicada.
E se instaurássemos uma pena de morte só para crimes políticos?
Afinal de contas, sempre houve a distinção: prisioneiros de delito comum / prisioneiros políticos, com diferenças significativas entre uns e outros.
Comparar um pobre serial-killer ou um pobre Zé dos Telhados a uma criatura que rouba o dinheiro e o orgulho dum país...
Convenhamos que somos só dez milhões. Ou mesmo menos.
quinta-feira, abril 07, 2011
A cereja do bolo
Numa altura em que se prepara para dar ao país uma das piores notícias da história, que não há dinheiro para pagar os ordenados de Maio da função pública, a não ser se pedirmos ajuda externa, com que se preocupa o nosso ilustre varão assinalado? Vejam.
A propósito, quantas vezes é que eu disse neste blogue que a ajuda externa era inevitável e quanto mais tarde pior? Não sou economista nem profeta...
quarta-feira, abril 06, 2011
Porque silenciam a ISLÂNDIA?
Este texto circula pela net, por ser muito verdadeiro e interessante.
"(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo."
Por Francisco Gouveia, Eng.º
In Jornal Notícias do Douro
"(Estamos neste estado lamentável por causa da corrupção interna – pública e privada com incidência no sector bancário – e pelos juros usurários que a Banca Europeia nos cobra.
Sócrates foi dizer à Sra. Merkle – a chanceler do Euro – que já tínhamos tapado os buracos das fraudes e que, se fosse preciso, nos punha a pão e água para pagar os juros ao valor que ela quisesse.
Por isso, acho que era altura de falar na Islândia, na forma como este país deu a volta à bancarrota, e porque não interessa a certa gente que se fale dele)
Não é impunemente que não se fala da Islândia (o primeiro país a ir à bancarrota com a crise financeira) e na forma como este pequeno país perdido no meio do mar, deu a volta à crise.
Ao poder económico mundial, e especialmente o Europeu, tão proteccionista do sector bancário, não interessa dar notícias de quem lhes bateu o pé e não alinhou nas imposições usurárias que o FMI lhe impôs para a ajudar.
Em 2007 a Islândia entrou na bancarrota por causa do seu endividamento excessivo e pela falência do seu maior Banco que, como todos os outros, se afogou num oceano de crédito mal parado. Exactamente os mesmo motivos que tombaram com a Grécia, a Irlanda e Portugal.
A Islândia é uma ilha isolada com cerca de 320 mil habitantes, e que durante muitos anos viveu acima das suas possibilidades graças a estas “macaquices” bancárias, e que a guindaram falaciosamente ao 13º no ranking dos países com melhor nível de vida (numa altura em que Portugal detinha o 40º lugar).
País novo, ainda não integrado na UE, independente desde 1944, foi desde então governado pelo Partido Progressista (PP), que se perpetuou no Poder até levar o país à miséria.
Aflito pelas consequências da corrupção com que durante muitos anos conviveu, o PP tratou de correr ao FMI em busca de ajuda. Claro que a usura deste organismo não teve comiseração, e a tal “ajuda” ir-se-ia traduzir em empréstimos a juros elevadíssimos (começariam nos 5,5% e daí para cima), que, feitas as contas por alto, se traduziam num empenhamento das famílias islandesas por 30 anos, durante os quais teriam de pagar uma média de 350 Euros / mês ao FMI. Parte desta ajuda seria para “tapar” o buraco do principal Banco islandês.
Perante tal situação, o país mexeu-se, apareceram movimentos cívicos despojados dos velhos políticos corruptos, com uma ideia base muito simples: os custos das falências bancárias não poderiam ser pagos pelos cidadãos, mas sim pelos accionistas dos Bancos e seus credores. E todos aqueles que assumiram investimentos financeiros de risco, deviam agora aguentar com os seus próprios prejuízos.
O descontentamento foi tal que o Governo foi obrigado a efectuar um referendo, tendo os islandeses, com uma maioria de 93%, recusado a assumir os custos da má gestão bancária e a pactuar com as imposições avaras do FMI.
Num instante, os movimentos cívicos forçaram a queda do Governo e a realização de novas eleições.
Foi assim que em 25 de Abril (esta data tem mística) de 2009, a Islândia foi a eleições e recusou votar em partidos que albergassem a velha, caduca e corrupta classe política que os tinha levado àquele estado de penúria. Um partido renovado (Aliança Social Democrata) ganhou as eleições, e conjuntamente com o Movimento Verde de Esquerda, formaram uma coligação que lhes garantiu 34 dos 63 deputados da Assembleia). O partido do poder (PP) perdeu em toda a linha.
Daqui saiu um Governo totalmente renovado, com um programa muito objectivo: aprovar uma nova Constituição, acabar com a economia especulativa em favor de outra produtiva e exportadora, e tratar de ingressar na UE e no Euro logo que o país estivesse em condições de o fazer, pois numa fase daquelas, ter moeda própria (coroa finlandesa) e ter o poder de a desvalorizar para implementar as exportações, era fundamental.
Foi assim que se iniciaram as reformas de fundo no país, com o inevitável aumento de impostos, amparado por uma reforma fiscal severa. Os cortes na despesa foram inevitáveis, mas houve o cuidado de não “estragar” os serviços públicos tendo-se o cuidado de separar o que o era de facto, de outro tipo de serviços que haviam sido criados ao longo dos anos apenas para serem amamentados pelo Estado.
As negociações com o FMI foram duras, mas os islandeses não cederam, e conseguiram os tais empréstimos que necessitavam a um juro máximo de 3,3% a pagar nos tais 30 anos. O FMI não tugiu nem mugiu. Sabia que teria de ser assim, ou então a Islândia seguiria sozinha e, atendendo às suas características, poderia transformar-se num exemplo mundial de como sair da crise sem estender a mão à Banca internacional. Um exemplo perigoso demais.
Graças a esta política de não pactuar com os interesses descabidos do neo-liberalismo instalado na Banca, e de não pactuar com o formato do actual capitalismo (estado de selvajaria pura) a Islândia conseguiu, aliada a uma política interna onde os islandeses faziam sacrifícios, mas sabiam porque os faziam e onde ia parar o dinheiro dos seus sacrifícios, sair da recessão já no 3º Trimestre de 2010.
O Governo islandês (comandado por uma senhora de 66 anos) prossegue a sua caminhada, tendo conseguido sair da bancarrota e preparando-se para dias melhores. Os cidadãos estão com o Governo porque este não lhes mentiu, cumpriu com o que o referendo dos 93% lhe tinha ordenado, e os islandeses hoje sabem que não estão a sustentar os corruptos banqueiros do seu país nem a cobrir as fraudes com que durante anos acumularam fortunas monstruosas. Sabem também que deram uma lição à máfia bancária europeia e mundial, pagando-lhes o juro justo pelo que pediram, e não alinhando em especulações. Sabem ainda que o Governo está a trabalhar para eles, cidadãos, e aquilo que é sector público necessário à manutenção de uma assistência e segurança social básica, não foi tocado.
Os islandeses sabem para onde vai cada cêntimo dos seus impostos.
Não tardarão meia dúzia de anos, que a Islândia retome o seu lugar nos países mais desenvolvidos do mundo.
O actual Governo Islandês, não faz jogadas nas costas dos seus cidadãos. Está a cumprir, de A a Z, com as promessas que fez.
Se isto servir para esclarecer uma única pessoa que seja deste pobre país aqui plantado no fundo da Europa, que por cá anda sem eira nem beira ao sabor dos acordos milionários que os seus governantes acertam com o capital internacional, e onde os seus cidadãos passam fome para que as contas dos corruptos se encham até abarrotar, já posso dar por bem empregue o tempo que levei a escrever este artigo."
Por Francisco Gouveia, Eng.º
In Jornal Notícias do Douro
terça-feira, abril 05, 2011
Pourquoi me reveiller, o souffle du printemos?
Pourquoi me reveiller, o souffle du printemos?
Sur mon front je sens tes caresses.
Et pourtant bien proche est le temps
Des orages et des tristesses.
Demain, dans le vallon,
Se souvenant de ma gloire premiere,
Et ses yeux vainement chercheront ma splendeur:
Ils ne trouveront plus que deuil et que misere!
Helas! Pourquoi me reveiller, o souffle du printemps?
Massenet
domingo, abril 03, 2011
A crise e as ervas do campo
Os franceses e alemães descobriram as ervas do campo quando passaram fome devido às duas guerras mundiais.
Que já tinham sido descobertas por toda a tradição médica desde Esculápio ou Hipócrates. Ou mesmo pelo nosso grande Garcia de Orta, que introduziu as "drogas" da Índia na farmacopeia ocidental. Aliás, muito está para dizer sobre este autor de Os Simples ou Drogas da Índia, quase ignorado, desde que os portugueses resolveram votar em tipos que querem ser doutores e engenheiros, sem estudar nem saber nada. Pobre terra! Pobre Terra Imunda!
Vem isto a propósito da crise. Enquanto algumas pessoas passam necessidades, vivendo embora no campo, não lhes passa pela cabeça comer aquilo que consideram ervas daninhas, ao mesmo tempo que muitos outros, portugueses e não só, mas mais esclarecidos, as compram a preços disparatados.
Ontem, na Feira Biológica do Príncipe Real, vi umas ervas e quedei-me a ouvir as explicações. Dizia um comprador ao vendedor:
- Que é isto? ainda ontem arranquei muitas destas ervas do meu jardim e as deitei fora! Isto come-se?!!!
- Sim, como vê. Já viu a fortuna que deitou ao lixo?
Tratava-se de uma planta chamada borragem, uma erva daninha e infestante, que se vendia por um Euro num molhinho de três ervas. Sabe a pepino, pode comer-se crua, em salada, ou cozida, tem propriedades medicinais, mas não deve ser consumida em excesso.
Também havia urtigas, um molhinho por um Euro.
Perguntei na banca da Quinta do Poial, uma das melhores, senão a melhor, se havia Dente de Leão, ou Leitugas, Ou Pissenlit. Não há. Mas vai haver, porque já estão encomendadas as sementes.
No regresso a casa, que fiz a pé, porque já estou melhor do pé, encontrei muitas leitugas na borda de ruas, junto ao Largo do Rato, por exemplo. E até me lembrei da razão deste nome: a seiva é leitosa e pegajosa, parece leite, como a das figueiras. Era por isso que eu não gostava das leitugas.
E descobri também, ao ver umas folhas de chicória, que encontrei muitas daquelas na minha terra, quando, em criança e passeando com a minha mãe, apanhávamos algumas ervas pelos caminho e nos interstícios dos muros, para dar aos nossos coelhos e principalmente à minha coelha, de que já falei aqui, que me comia da mão. Ela e os filhos.
Ando a meditar um romance e já escrevi um conto, em que entram todas estas plantas, daí o meu interesse. E dos passeios que fazia com a minha mãe, em que colhíamos, esporadicamente algumas ervas. Essa, que julgo ser chicória, dizia ela que quando lha dávamos, "até os coelhos se riam". E de facto, a minha coelha ria-se quando eu lhe dava folhas de chicória. A minha mãe utilizava outra palavra, que não consigo recordar.
sábado, abril 02, 2011
Pissenlit / Dente de Leão
A erva daninha a que chamamos dente de leão, tem óptimos poderes medicinais, de que se destaca a acção diurética e laxativa. Pissenlit, o nome em francês, traduzir-se-ia pelo vernáculo, a culpa não é minha mas... bem... pissenlit quer dizer "mija na cama". Por aqui se vê...
Mas em França tem direito a grandes festas regionais, sem correspondência, acho eu, com as nossas romarias, onde se vende e se consome cerveja, vinho, mostarda, tudo de pissenlit. E sobretudo salada de toucinho com batatas e pissenlit. Imaginem!
Vejam bem como nós somos ricos, que não ligamos nenhuma a esta ervita daninha e andamos a comprar medicamentos caros, ou mesmo chá de dente de leão! mas agora, com a crise, podemos voltar-nos par as ervas do campo.
VER AQUI A FESTA
Vem a propósito porque é agora que floresce e a festa do link é já no próximo domingo.
Os Índios das Américas chamavam-lhe "pegada de europeu", pois onde passassem os europeus, nasciam leitugas. Levavam as sementes, talvez nos pés, ou nos sapatos.
Os Índios das Américas chamavam-lhe "pegada de europeu", pois onde passassem os europeus, nasciam leitugas. Levavam as sementes, talvez nos pés, ou nos sapatos.
sexta-feira, abril 01, 2011
A receita está na água
Já repararam que alguns produtos vegetais, como cebolas e tomates, estão este ano muito melhores?
Deve ser por causa da muita chuva que caiu este Inverno.
Os italianos, para se referirem ao facto de os pratos regionais às vezes não ficam bem se forem feitos noutra região, dizem que a receita está na água.
Talvez esteja na muita ou pouca chuva que caiu naquela terra, ou na água com que fizeram a comida.
Viva a chuva!
Deve ser por causa da muita chuva que caiu este Inverno.
Os italianos, para se referirem ao facto de os pratos regionais às vezes não ficam bem se forem feitos noutra região, dizem que a receita está na água.
Talvez esteja na muita ou pouca chuva que caiu naquela terra, ou na água com que fizeram a comida.
Viva a chuva!
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