Mostrar mensagens com a etiqueta Arquitectura. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Arquitectura. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, julho 31, 2014

Nantes







A atual Cidade de Nantes é atravessada por dois rios, que parecem três.
O Loire está dividido em dois, tendo pelo meio uma parte seca e já construída, a Ilha de Nantes.
Tem ainda este, o rio afluente Esdres, o afluentes Cense o afluente Sèvre.

As fotos do post anterior foram tiradas dentro da própria cidade.


Os barcos chamam-se Péniches e são habitados. Fazem lembrar o livro Chocolate, da joane Harris, em que uma das personagens vive num. Arco de rio.
O que inicia o post anterior é um barco lavadouro. Servia, antigamente, para as mulheres lavarem a roupa dos ricos.

Bonito, este talho biológico.

terça-feira, julho 29, 2014

Un petit peu de mer





Tinham-nos  dito que ia haver un "petit peu de mer", o que poderíamos chamar, talvez, um nadinha de mar, mas os franceses sao muito modalizantes: talvez nem seja possível regressar de barco e não podemos embarcar muitas pessoas, por questões de segurança, ec..
- "Un petit peu, ou beaucoup?" - pergunta uma passageira-
- "Ahahah! Beaucoup!"
Na verdade, mais parecia uma montanha russa. Mas os passageiros gritavam como na montanha russa e viajavam na proa, inundada pelas ondas.
Para cá, foi possível regressar de barco. Só un "petit peu", um nadinha, pior.
Mas não é desagradável tomar um pequeno banho de chuveiro salgado no alto mar.
Miraculosamente, ninguém enjoou.
Pena que os portugueses, país de marinheiros, tenham tão pouca relação com o mar.

Ah, e não foi possível ir ao Chateau D'If, pela mesma razão. Aquele castelo do Conde de Monte Cristo e do Cavaleiro da Máscara de Ferro. Mas parece mais interessante visto de longe, até porque as prisões nunca são grande coisa vistas de perto (primeira foto).

Enfim, como perdi os óculos de ver, ou mais provavelmente mos roubaram (num dos sítios onde perguntei por eles, o empregado olhou para um velho cliente árabe como quem aponta com o dedo), aproveito para olhar e ver com menos pormenor. De qualquer modo, já estavam velhos e até rachados... Uma minha amiga muito New Age diz que só perdemos as coisas para aprendermos que não precisamos delas.

P.S.: com os meios de que disponho aqui, não consigo diminuir as fotografias.

segunda-feira, julho 28, 2014

Marselha







Quando cheguei, só com uma pequena mala de cabine, meti me num autocarro chamado 'navette' tal como vi fazer a muitas pessoas acabadas de chegar ao aeroporto. A viagem é gratuita, aparentemente paga pelos hotéis.

Chegando ao fim, descobri que a navette era para levar as pessoas aos parques onde tinham deixado o automóvel.

O motorista ralhou comigo e com duas raparigas francesas por termos embarcado sem perguntar para onde ia a naveta e aconselhou me a ir atrás delas para onde elas fossem. Como eram despachadissimas e iam pouco carregadas, fartei me de correr até poder falar com elas. 

As duas, que são marselhesas marselhesas, começaram logo a falar comigo num brasileiro muito engraçado, tratando me por minha querida, pois estavam convencidas que em português todas as pessoas se tratam por meu querido e minha querida.

Trataram me dos bilhetes, correram imenso para apanhar o comboio e como eu ia mais carregada, agarraram se à porta do comboio até eu chegar. 

Engracadissimas, estiveram no Brasil seis meses a aprender danças brasileiras e creio que as ensinam em Marselha.

Lol. Gente simpática. Adoraram Lisboa e também querem ir para lá viver, pelo menos uns tempos.

Depois, no metro, onde há uns ferros que se deslocam com a apresentação do bilhete, umas jovens passam por baixo, outros saltam por cima, nas barbas das simpáticas vendedoras de tickets e de toda a gente. Num país rico, para quê ser mesquinho? 

Fico num hotel no Vieux Port, um sítio de cortar a respiração, que já foi um dos portos mais importantes do Mediterrâneo, com uma história assombrosa.


Como em todo o lado, não são simpáticos nem normais os  que trabalham com turistas: nos restaurantes, etc.

P.S.: entendi depois que era necessário ter bilhete para entrar na navette, não sendo necessário mostrá-lo. Mas há várias coisas gratuitas em Nantes: um ferry boat, por exemplo, em todo o país a água da torneira às refeições... imaginem o que seria aqui, em Portugal, se nos colocassem sempre em cima da mesa uma grande garrafa ou caneca de água, inteiramente gratuita! Pior, só se obrigassem os restaurantes a pagar impostos :)

Que terra é esta?






É mais ou menos como estar em casa, com a diferença de que tudo funciona melhor e as pessoas não têm o dramatismo do fado acrescentado com o dramatismo da crise.

domingo, outubro 06, 2013

Amoreiras: Open Day










Quem frequenta as Amoreiras assiduamente, nunca viu o que este fim de semana se pôde ver, no âmbito do Open Day. Visitas guiadas que levaram os visitantes ao cimo das torres, por exemplo.

E explicações. 

Integrando-se na Pop Art, como a arte de Warhol e outros, as torres conjugam elementos arquitetónicos modernos e antigos, como a Cruz de Santo André do Gótico, as colunas gregas ou as portas abobadadas. 

Numa inspiração medieval, as três principais estão dispostas do seguinte modo: duas de aros retangulares e quadrados, uma de cada lado de outra de formas arredondadas, simbolizando os guerreiros que protegem a dama. A dama é da altura dos cavaleiros e um nadinha mais avantajada  :)

Para poupar espaço e abrir perspetivas, não estão colocadas com as paredes paralelas, mas sim como se tivessem rodado sobre si, com as esquinas voltadas umas para as outras.

Também nos interiores foram feitas muitas inovações, atitudes que eram inéditas em Portugal. Para dar um exemplo:  os escriórios ocupam um piso totalmente em open space. São alugados e o inquilino pode mandar dividir esse espaço como preferir, mas, ao entregá-lo, deverá deixar tudo como estava. 

As cores interiores, que eram o cor-de-rosa e o azul, como no exterior, foram quase todas substituídas por beijes e outras cores mais suaves. Quando as Amoreiras foram fundadas, era um dos aspetos que mais chocava, o terem cores muito garridas.

É uma arquitetura que integra tudo, até mesmo os reflexos de tudo: sol, por do sol, luzes da cidade...

Há muito tempo queria fazer um post sobre as Amoreiras.

(Os dois guindastes que se vêem, pertencentes à torre da quarta imagem, entrada do Centro Comercial, servem para içar os lavadores das janelas).

sábado, junho 29, 2013

Dividir o nada









Gosto de arquitetura, que consiste, essencialmente, em dividir o nada. 

Onde era um campo de milho, sem nada por cima, é hoje um palácio com 1000 salas ou um arranha-céus com 1000 apartamentos. tudo dividido, tudo muito exato e separado, em vez do nada anterior.

Nas imagens: 
Foto 1 - Maravilhoso Castelo Vischering, Alemanha
Foto 2 - Palácio Sanssouci (em francêssem preocupação), Alemanha 

(Fotos retiradas da Internet)

E podemos ver AQUI os 10 mais belos castelos (palácios) à beira da água.

sexta-feira, dezembro 07, 2012

Parabéns, Óscar Niemeyer




Imagens retiradas da net


Óscar Niemeyer, arquiteto brasileiro, idealizador da cidade de Brasília, que acaba de morrer aos 104 anos.

Muitos de nós arriscam-se a viver, pelo menos, até aos 104 anos. Como Óscar Niemeyer, como Manoel de Oliveira, que já tem 102... e ativos. (Já teriam morrido 
há décadas, se não estivessem ativos).

Este homem é uma inspiração, não só por ter vivido, por ter amado a vida, também por não ter cedido, por não se ter submetido a ninguém, a nada nem a coisa nenhuma... Pela independência das suas ideias.

Ao contrário de outros artistas, soube também viver o tempo suficiente para recolher os louros da sua rutura com a tradição.

Parabéns, Óscar Niemeyer! Palmas para Óscar Niemeyer.


Nota: Camburão quer dizer caixote do lixo, em português europeu.

sexta-feira, julho 02, 2010

LX Factory







É claro que já tinha ouvido falar da LX Factory, tinha lido listas de eventos lá realizados, mas não estava preparada para que fosse assim e muito menos para que este "mundão" ficasse num dos sítios onde passo todos os dias. E onde agora me apetece ir todos os dias.

Situa-se num antigo complexo industrial (fábricas de têxteis) e o espaço foi aproveitado, sem grandes alterações, para um polo que agrupa as mais diversas coisas: empresas de arquitectura, o Forum Dança, bares, restaurantes, a Livraria Ler Devagar, etc. É também um novo centro da "night". Curiosamente, mantém um ar decrépito, que lhe fica bem. Deve ter sido uma imitação do que aconteceu à antiga zona industrial de Nova Iorque.

A arquitectura industrial não é muito bonita, pelo menos numa primeira impressão e tende a ser menosprezada. Mas Lisboa já tem bons exemplos de conservação, como o Museu da Electricidade.
Sem esquecer os antigos armazéns das docas, hoje convertidos em elegantes bares e discotecas.

N.B.: Todos os prédios que se vêem na primeira foto estão ocupados, com interiores muito modernos. Segunda e terceira fotos: Livraria Ler Devagar, mantendo o espaço original e algumas máquinas. Podem comprar lá os meus livros.


N.B.: Por alguma razão que desconheço, têm tentado colocar aqui publicidade, sempre neste post. Por esse motivo, bloqueei os comentários. Podem fazê-los nos outros posts do blogue. ( Pormenor só escrito em 23/2/ 2014)