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terça-feira, junho 14, 2016

Salvaterra de Magos









Salvaterra de Magos é uma terra lindíssima, carregada de pássaros de que tem grande variedade e enorme quantidade, mas ainda muito desconhecida. 


A 60 Km de Lisboa e com vários transportes regulares por dia, para quem lá vive poder trabalhar aqui, mesmo assim passa despercebida. Mas é um lugar importante para quem queira observar pássaros em plena natureza, ou navegar pelo Tejo, que ali é esplendoroso.

E por isso tem alguns aspetos muito provincianos, que se tornam engraçados. É difícil obter informações, as quais têm de ser pedidas de modo muito explicito e com o cuidado de não parecermos ignorantes ou estúpidos, cuidado que não tive.


Como os restaurantes nem têm ementa nem preços, embora a comida idêntica possa ter os preços mais diversificados, muito barata ou cara, podemos atrever-nos a perguntar. Resposta:

- O preço depende do que você comer e da quantidade que você comer. Se comer muito, paga mais , se comer pouco, paga menos.
- Como assim? Se comer muito pago mais?!
- Claro. Se comer meia dose, o preço é um, se comer uma dose, o preço é outro.


Eu nunca poderia imaginar uma coisa destas, mas saio de lá sem saber a ementa nem o preço, apesar de a senhora me olhar de alto a baixo  a tentar imaginar se como muito ou pouco e se tenho muito ou pouco dinheiro, o que aconteceu várias vezes em diferentes sítios.

Como me indicaram que há um restaurante onde se comem tainhas do rio, tainhas que vimos a saltar para fora da água e que chegam ao ponto de saltar para dentro dos barcos, pergunto se me indicam onde fica o Restaurante Magos.

- Magros?
- Magos.
- Magros? Não percebo...
- Como se chama esta terra? 
- Salvaterra de Magos.
- Então, por causa do nome, o restaurante chama-se Máááá - guuus. 
- Ah, não deve ser aqui. Volta-se para dentro e pergunta:
- Sabes onde fica o restaurante Magos? 
- Magros? 
- Magos!!!
- Magros? 

Pronto, o erro foi meu, afinal chamava-se Taberna dos Magos. Ou seria Taberma dos Magros? E lá comi a tainha, que não constava do cardápio, mas que havia. Frita e boa. O pior na comida desta terra são os acompanhamentos, um arroz grosso e empastelado, um bocado passado... mas o preço total do almoço... 6 Euros. Muito melhor e muito mais barato do que o almoço da véspera, noutro sítio.

Fotos: esta terra é conhecida pelas touradas, não se vendo aqui um único estrangeiro, apesar do boom turístico que Lisboa vive. Fotos do Campo de Touros, à beira do cemitério e da escultura de homenagem ao Campino Ribatejano, aquele rapaz que trata dos cavalos e dos touros.

Enfim, isto é a minha visão de Salvaterra de Magos. Ou será de Magros?

VER TAMBÉM AQUI

Passear Navegar pelo rio Tejo




Ilha das Garças



Íbis


Perto de Salvaterra de Magos, na margem do Tejo, existe uma pequena aldeia chamada Escaroupim ou Escaropim.

Olhando dessa terra para o rio, vemos uma ilha que parece completamente povoada de flores brancas. Olhando com mais atenção, as flores levantam-se e atravessam os ares. Pois não são flores. São aves.

É a Ilha das Garças. A colónia onde fazem ninho.

Dizem-me depois que estas centenas de garças pouca coisa são, pois ao pôr-do-sol há milhares. Dizem-me também que esta viagem será diferente ao pôr-do-sol, mais colorida e também será diferente em finais de julho e agosto, com cores provenientes das flores que desabrocham nessa altura.


Como fazer a viagem? Creio que há duas maneiras, neste post falarei da empresa recém criada Rio a Dentro. Dir-se-ia que o nome lhe vem por analogia com o filme Mar Adentro, mas é apenas uma coincidência. É que, para além das aves, também vemos a vida intensa, deslumbrante e ao mesmo tempo discreta do rio: as árvores, muitos salgueiros estendendo as suas barbas verdes para a água, alguns cortados de forma geométrica, sendo horizontais por baixo. Pergunto porquê.
O Rui, do Rio adentro, explica que são os cavalos que comem as folhas e os ramos até onde lhes chega o pescoço. E continua a explicar a enorme diferença, ao que parece, entre uma garça papa-ratos, raríssima, e uma vulgar garça não sei de quê. Ou mesmo uma garça vermelha, que só se vê no Egito. Noutras viagens tem uma clientela atentíssima, mas nós só gostamos de ver pássaros, pouco nos importa essas diferenças, próprias de biólogos e ornitólogos. Então muda o discurso, que um dia há-de ser poético de tanto o variar.
Também há bandos de Íbis, são aquelas aves pretas da imagem. Mas há também uma preta que é um milhafre, pássaro mau que come as garças e as crias e também uóutro pássaro mau, o colhereiro. Todos estão nestas fotografias, procurem e vão encontrar :)

Este senhor e o irmão formaram esta empresa, que já tem dois ou três barcos e que faz excursões para ver aves todos os dias, ou para ver o Tejo, aos fins de semana. Talvez muitas pessoas não conheçam o termo e a atividade Birdwatching. Consiste em fazer viagens para observar pássaros. 

E aqui, nesta parte do rio Tejo e nas margens, há tantos pássaros que só o som do seu canto é ensurdecedor. Até apetece às vezes desligar ou baixar o som :)

Bem, para fazer estes percursos, é ir a Salvaterra de Magos e deslocar-se até à aldeia de Escaroupim, não sem antes ter marcado a visita através deste site.

Como eu não tinha transporte próprio, o senhor foi-me buscar e levar de carro a Salvaterra de Magos, sem levar mais dinheiro por isso e entretendo-me ainda com uma conversa agradabilíssima. É gente que trabalha com uma missão e com um ideal. E que nos permite conhecer um mundo deslumbrante, até há pouco inacessível a nossos sentidos.


Continua... 


Onde ficar? Isso é o tema dos próximos posts. 







domingo, outubro 19, 2014

Tomar







No que diz respeito a elementos simbólicos...

Claro.

Por exempo, esta fivela fez-me lembrar a revista Caras.
Pois, pode ter a ver com a ordem da Jarreteira. Mas nós só vemos os que nos parece normal. E eu nunca teria reparado em tal coisa, tal como vós, não tereis notado. Depois explico melhor...

Buéda Giro.

Apenas receio que no século XVI ainda não existissem a Caras nem a VIP.


Convento de Cristo, em Tomar











Pois. Hoje fui passear para o Convento de Cristo, em Tomar, com o Grupo de Amigos do Museu Nacional de Arte Antiga e com a agência de viagens Touch Travel de Rui Nobre.


Depois ponho mais fotos e explicações. Tenho outras fotos no Ipad.

sábado, setembro 20, 2014

Boa noite de sábado na terra



Boa noite de sábado para os meus amigos e amigas: é fácil, basta saber que não estamos a afundar-nos
que debaixo da nossa cama não há tubarões... 
só não entende isto quem nunca navegou pelos mares.


domingo, maio 11, 2014

Antigo Real Asilo Militar de Runa








Este asilo militar, destinadoa militares pobres e inválidos, fundado em 1827 pela princesa D. Maria Francisca Benedita (irmã, nora, sobrinha e prima de D. maria I), que viveu numa parte do edifício.

Apresenta maravilhosas peças artísticas e artesanais, pois a princesa era muito culta, sendo ela mesma também artista.

Ainda hoje lá vivem militares, esposas, viúvas.

A capela é uma jóia, com particularidades muito interessantes, sendo que o trasepto se pode circundar, como se vê nas fotos.

(Continua. Para ver mais, clicar em Runa, na tag abaixo. Para ver melhor, ampliar as fotos.)

sábado, maio 10, 2014

Convento de Varatojo II





Fantásticos azulejos, alguns deles sobre as tentações, o mal e o bem (2ª e 3ª fotos), os outros dois sobre o amor a Deus.

Esquecemo-nos de que existem lugares como este, com gente isolada num belo e antigo local, a meditar, a rezar.

Esquecemo-nos de que existem painéis de azulejo como estes.

Esquecemo-nos de que os painéis de azulejo são a arte portuguesa por excelência.

Esquecemo-nos de que os painéis de azulejo não são fáceis de roubar e que podem até ser a única arte que não desaparece de lugares como este, que foi expropriado duas vezes: na revolução liberal e na revolução republicana. 

(Para ver mais, clicar nas Tags abaixo)

Convento de Santo António de Varatojo








Este convento é muito bonito. Fundado pelo rei D. Afonso V, que lá viveu no fim da vida.
Os claustros são lindíssimos e tem impressionantes paineis de azulejos.
Vou colocar outro post sobre este convento, nesta mesma data.


(Continua: para ver mais, clicar nas Tags)

domingo, março 09, 2014

Vila Nova de Cerveira




Passo às vezes alguns dias de verão nesta vila do norte, Vila Nova de Cerveira. Para além da Bienal de Cerveira, uma das mais importantes exposições de arte contemporânea em Portugal, parece que apresenta outros atrativos. Não se duvida. Toas as terras portuguesas estão mergulhadas em história, escondendo lugares e objetos carregados de significado.

Como se vê aqui, na Revista Fugas do jornal Público. Clicar por cima do título.

Cerveira tem muitos segredos à espera de quem os descubra

quarta-feira, março 05, 2014

Homenagem À Chuva


















(Veneza AQUA ALTA)

Para homenagear a chuva, que provavelmente vai abrandar com a primavera já anunciada pelos pássaros e pelas flores, pesquisei imagens no Google sobre a chuva.
Porque acho difícil e raro fazer imagens boas.




(As bagagens são um problema em Veneza, mesmo sem chuva. Chama-se Aqua Alta a esta situação em Veneza, retratada na foto, em que a maré sobe e  água também)





sábado, março 01, 2014

Os amores de pedra: de Pedro e Inês











Túmulos de Pedro e Inês: um amor de pedra.

Para quem não sabe, talvez só os não portugueses, o nosso rei medieval D. Pedro I apaixonou-se pela aia da sua legítima esposa. Após a morte desta última, afirmou ter casado em segredo com Inês de Castro, com quem teve filhos. Mas a família Castro, castelhana, era demasiado poderosa. Um casamento deste tipo poderia fazer Portugal perder a independência, o que estava sempre eminente com as sucessões dos reis e rainhas. Assim, o rei Afonso IV, pai de D. Pedro, mandou matá-la.

Fez bem, fez mal? Fez algo que levou o filho a ser um herói "romântico", apesar de ter obtido o cognome de Pedro o Cru, O Cruel e mesmo, o Justiceiro. E apesar de ter tido inúmeros filhos bastardos de outras mulheres, um dos quais virá a ser o nosso grande rei D. João IV.

Logo que tomou o poder, D. Pedro I matou os matadores de Inês, alegadamente com requintes de crueldade, se bem que tivessem apenas cumprido ordens do rei seu pai.

 Além disso, mandou desenterrar Inês, coroou-a rainha (equilíbrio talvez difícil, já que foi decapitada) e mandou toda a corte beijar-lhe a mão. Alguns desmaiaram. 

Depois, mandou construir estes dois magníficos túmulos, que devem ser os mais belos do mundo. Foram colocados um de cada lado da nave central do Mosteiro de Alcobaça.

A cabeceira do de Dom Pedro tem a roda da vida, não a budista e hindu, mas sim a cristã, como se vê nas quarta e quinta fotos. 

A parte posterior do túmulo de Inês de Castro representa o Juízo Final, com os Bem Aventurados vestidos de branco a entrarem pela porta da Jerusalém Celeste (à esquerda) e os maus a serem devorados pelo Leviatã (à direita).


Como se vê na última foto, realizam-se casamentos entre os dois túmulos, sendo frequente a noiva depositar o ramo de noiva no túmulo de Inês, que lá repousa tranquila, após as Invasões Francesas lhes terem destruído parte dos túmulos e lhes terem espalhado os ossos pela nave. Aparentemente foram os portugueses a fazer isso, esperando encontrar jóias lá dentro.

Creepy!!!


sábado, fevereiro 22, 2014

Santa Maria de Alcobaça






Mosteiro cistercense de Santa Maria de Alcobaça, a primeira obra gótica portuguesa.

O mosteiro é responsável pelo desenvolvimento da região, nomeadamente no aspeto agrícola.
Ainda hoje as melhores frutas portuguesas, ou as que têm mais fama, são as de Alcobaça, muitas delas destinadas a exportação.

Nesse aspeto, é semelhante ao Mosteiro de Tarouca.

A ordem de Cister tem, como figura de proa,  Bernardo ou Bernal de Claraval, ou São Bernardo, considerado Santo e Doutor da Igreja. Morre em 1153, em Claraval. O Mosteiro de Alcobaça é iniciado em 1178.

Alcobaça: o tempo de pedra








O tempo de pedra: as florestas de pedra, os amores tão duráveis como a pedra, enquanto a pedra existir.
Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça.