Mil vezes me tenho feito esta pergunta, embora nunca a tenha feito aqui.
Surgiu-me de novo ao ler o artigo que refiro no post anterior, com a entrevista e a biografia de Jan Morris, antigo James Morris.
Quando era homem, amava as mulheres ao ponto de ter casado com uma. Quando se transformou em mulher, o que foi para ele um imperativo, como para todos os que o fazem, (um imperativo e não uma opção, segundo dizem), continuou a amar as mulheres, ou aliás, a mesma mulher.
Não menos interessante é o caso da sua esposa. Pessoa, digamos assim, normal, amava os homens e depois da transformação passou a amar as mulheres. Ou mais exactamente, continuou a amar a mesma pessoa, também. A mesma, ou outra?
Será assim, ou amamos pessoas e não homens ou mulheres?
Procuramos e sexo oposto porque é normal e portanto mais prático? Ou porque aquela pessoa está mais à mão? Será por amor que a maioria das pessoas se junta, ou por comodismo?
Como não sou muito vocacionada para o amor, posso levantar todas estas questões, dado que nada, nesta área e noutras, me parece ser evidente.