Motivos para a demissão dum ministro:
- Suspeita de Corrupção?
- Tás a gozar? E como teria chegado a ministro se fosse santo?
- Fortíssimas suspeitas de corrupção?
- Tás a gozar, minha?
- Acusações de roubar o estado e prejudicar o país?
- Ah? Não sejas ingénua, Nadinha.
- Fortes suspeitas de pedofilia?
- Não.
- Então não estou a ver nenhum motivo!
- Tás a gozar?
- Qual é o motivo?
- Fazer gestos. É parolo e fica mal. Só os italianos é que fazem gestos, porque são parolos e porque têm a máfia.
- Mas, o ministro fez algum gesto obsceno? Igual àquele do Pedro Abrunhosa? - Perguntei eu, pois raramente vejo o telejornal.
- Tás a gozar? Os políticos não fazem gestos obscenos. Para além de ser parolo e pouco europeu...
- Pouco europeu? Então tu não disseste que os italianos são os que fazem gestos?
- Mas não queiras comparar, os italianos...
- Quem me dera poder comparar. A Itália faz parte de G7 e G8, até recentemente os 7 e 8 países mais ricos do planeta (ainda sem incluir a China), é também um dos mais ricos, senão mesmo o mais rico em arte, música popular e erudita, tem uma cozinha que...
- O ministro foi demitido porque fez o gesto de corninhos.
- Corninhos? O que é isso? Coisas de criança?
Em resumo. Não sei se já repararam: a única coisa que se rejeita neste pequeno país das bananas, que nem sequer tem bananas a não ser na Madeira, que já pediu a independência várias vezes (lá se vão as bananas... e pouco mais), enfim
A única coisa que se rejeita , digo eu, é a falta de educação.
Que normalmente significa crítica. Chama-se mal educada a uma pessoa que tenha o hábito e expressar opiniões críticas. Sobretudo se o fizer de forma explícita e exuberante!
Todas as terras julgam chamar-se A Terra. Todas as terras são, para quem mora nelas, o Umbigo do Mundo. Sempre que desembarquei em terra, depois de ter navegado pelos mar, senti que a terra era imunda. E enjoei.
sexta-feira, julho 03, 2009
quinta-feira, julho 02, 2009
E Ainda...
Cá está o original, A Estalagem e mais uma peça, A Ilha das Cruzes. Uma tragédia seguida de uma comédia.
Andava há Séculos para publicar estes dois textos, mas há sempre um momento para tudo.
Agora que já não estou doente, vou descansar.
CLICAR AQUI
terça-feira, junho 30, 2009
Mais um dos meus livros: outros virão
Profecia do Papa
"O declínio dos valores éticos pode levar ao colapso das leis do mercado". Esta frase data de 1985 e foi escrita pelo Papa Bento XVI, na altura Cardeal Joseph Ratzinger. 24 anos após esta "profecia financeira", como lhe chamou o ministro das Finanças italiano, o Pontífice publica a primeira Encíclica sobre economia. "Caritas in Veritate".
"Caritas in Veritate" é o primeiro documento oficial do Papa Bento XVI sobre economia e deverá ser publicado ainda este mês (a data mais provável é 29 de Junho). A sua publicação tem sido adiada devido à grave crise económica e financeira que tem afectado o mundo inteiro.
Fonte: bpionline
"Caritas in Veritate" é o primeiro documento oficial do Papa Bento XVI sobre economia e deverá ser publicado ainda este mês (a data mais provável é 29 de Junho). A sua publicação tem sido adiada devido à grave crise económica e financeira que tem afectado o mundo inteiro.
Fonte: bpionline
segunda-feira, junho 29, 2009
O que é o amor?
Mil vezes me tenho feito esta pergunta, embora nunca a tenha feito aqui.
Surgiu-me de novo ao ler o artigo que refiro no post anterior, com a entrevista e a biografia de Jan Morris, antigo James Morris.
Quando era homem, amava as mulheres ao ponto de ter casado com uma. Quando se transformou em mulher, o que foi para ele um imperativo, como para todos os que o fazem, (um imperativo e não uma opção, segundo dizem), continuou a amar as mulheres, ou aliás, a mesma mulher.
Não menos interessante é o caso da sua esposa. Pessoa, digamos assim, normal, amava os homens e depois da transformação passou a amar as mulheres. Ou mais exactamente, continuou a amar a mesma pessoa, também. A mesma, ou outra?
Será assim, ou amamos pessoas e não homens ou mulheres?
Procuramos e sexo oposto porque é normal e portanto mais prático? Ou porque aquela pessoa está mais à mão? Será por amor que a maioria das pessoas se junta, ou por comodismo?
Como não sou muito vocacionada para o amor, posso levantar todas estas questões, dado que nada, nesta área e noutras, me parece ser evidente.
sábado, junho 27, 2009
Mutações
A Albânia fica aqui mesmo: na Europa. Mas o que vou contar e que vi na ARTE TV parece ocorrer noutro mundo ou noutra época.
Dado que a condição feminina na Albânia é muito subsidiária e dependente, algumas mulheres decidem viver toda a vida como se fossem homens.
Não vivem uma vida oculta, todos sabem que são (foram?) mulheres e elas assumem isso.
As razões são várias: tomar conta da família, sustentarem-se porque o marido as deixou, uma delas perdeu as mãos numa explosão e nunca arranjaria marido...
Não mudam nada no corpo e é claro que não podem ter relações sexuais... pelo menos com homens.
Imaginem isto!
VER AQUI (em francês).
Vou falar de um outro caso muito interessante e inverso, o de uma escritora de viagens que era homem e se transformou em mulher.
Trata-se de Jan Morris, de que se publica agora pela primeira vez em Portugal o livro "Veneza". Era casado, teve de se divorciar legalmente, mas, quando o casamento entre mulheres foi permitido, voltou a casar com a mesma mulher e mãe dos filhos que fez quando era homem. Viveram sempre juntas. Viajou muito, a princípio como homem, depois como mulher, o que é uma viagem ainda maior.
Parece-nos tão intransponível a barreira entre homem e mulher, e afinal há quem a transponha pelas mais variadas razões.
VER AQUI
Dado que a condição feminina na Albânia é muito subsidiária e dependente, algumas mulheres decidem viver toda a vida como se fossem homens.
Não vivem uma vida oculta, todos sabem que são (foram?) mulheres e elas assumem isso.
As razões são várias: tomar conta da família, sustentarem-se porque o marido as deixou, uma delas perdeu as mãos numa explosão e nunca arranjaria marido...
Não mudam nada no corpo e é claro que não podem ter relações sexuais... pelo menos com homens.
Imaginem isto!
VER AQUI (em francês).
Vou falar de um outro caso muito interessante e inverso, o de uma escritora de viagens que era homem e se transformou em mulher.
Trata-se de Jan Morris, de que se publica agora pela primeira vez em Portugal o livro "Veneza". Era casado, teve de se divorciar legalmente, mas, quando o casamento entre mulheres foi permitido, voltou a casar com a mesma mulher e mãe dos filhos que fez quando era homem. Viveram sempre juntas. Viajou muito, a princípio como homem, depois como mulher, o que é uma viagem ainda maior.
Parece-nos tão intransponível a barreira entre homem e mulher, e afinal há quem a transponha pelas mais variadas razões.
VER AQUI
sexta-feira, junho 26, 2009
O Grande Incompreendido
Sem nunca ter sido fã de Michael Jackson, dei por mim, inesperadamente, a lamentar a sua morte. É uma das pessoas que fazem falta neste mundo que, sem elas, ameaça tornar-se cada vez mais monótono e mais estandardizado.
Tenho a ideia de que todos nós somos até certo ponto incompreendidos. Digo mesmo que somos todos príncipes e princesas no exílio. Cada um à sua escala e à sua maneira.
Mas este foi ser incompreendido ao nível planetário e há grandeza nisto.
Só gostamos das pessoas brancas e, de entre as brancas, das pessoas belas. Um homem belo é alguém que parece uma mulher, ou melhor, uma menina.
Censuramo-lo por ter encarnado estes sonhos e estes pesadelos.
Brancos e negros acusavam-no de querer ser branco. Belos e feios, de querer ser belo.
Provavelmente foi ainda acusado injustamente de muitas outras coisas.
Mas é necessário que alguém encarne os sonhos de todos.
quinta-feira, junho 25, 2009
Nada mudou, afinal
Título da obra:
"Peixes grandes comem peixes pequenos"
Autor:
Pieter BRUEGEL O Velho
Sec. XVI
Ver Web Gallery of Art , o link está à direita neste Blogue.
"Peixes grandes comem peixes pequenos"
Autor:
Pieter BRUEGEL O Velho
Sec. XVI
Ver Web Gallery of Art , o link está à direita neste Blogue.
quarta-feira, junho 24, 2009
Está-se mesmo a ver
Neste país cor-de-rosa, cada vez são mais os casos de sucesso.
É o que diz esta notícia.
"O presidente do Observatório Permanente do Instituto da Adopção entende que a adopção em Portugal está a ser um sucesso. No Parlamento, alguns pais discordaram desta ideia, ao falarem em processos demorados e com pouca informação."
Todos os dias ouvimos casos horríveis de adopção, desde o caso Esmeralda ao da menina russa, muita gente nem pensa em adoptar por achar complicado e inviável e vem agora o Presidente de não sei o quê dizer que a adopção é um sucesso.
O auto-elogio e o elogio mútuo e recíproco sempre substituíram em Portugal a crítica e a auto-crítica.
É o que diz esta notícia.
"O presidente do Observatório Permanente do Instituto da Adopção entende que a adopção em Portugal está a ser um sucesso. No Parlamento, alguns pais discordaram desta ideia, ao falarem em processos demorados e com pouca informação."
Todos os dias ouvimos casos horríveis de adopção, desde o caso Esmeralda ao da menina russa, muita gente nem pensa em adoptar por achar complicado e inviável e vem agora o Presidente de não sei o quê dizer que a adopção é um sucesso.
O auto-elogio e o elogio mútuo e recíproco sempre substituíram em Portugal a crítica e a auto-crítica.
terça-feira, junho 23, 2009
Doentes falsos, doentes verdadeiros
Uma minha amiga foi recentemente operada por um dos melhores cirurgiões do país, medalhado no estrangeiro. Como tinha cinco dias úteis para apresentar o atestado, não se apressou a levá-lo aos serviços da Escola Secundária onde trabalha.
Não sendo obrigada a ficar de cama, levou-o ela mesma no quarto dia útil.
Qual não foi o seu espanto ao dizerem-lhe que aquele atestado não serve, que aquele médico fantástico não pode passar atestados para professores, que deverá submeter-se a nova consulta de um médico de clínica geral para este lhe passar o documento requerido.
Como não está habituada a estar doente nem a fingir-se de doente, a minha "amiga" não conhecia estas regras nem sabia onde dirigir-se para lhe passarem o papel.
Foi então informada de que uma conhecida clínica abriu um serviço de urgência quando esta lei foi inventada. Todos os que queiram ir passar uns dias ao Algarve como falsos doentes, só têm de ficar na fila para uma consulta paga pela ADSE.
A setôra deverá então ficar numa fila de espera atrás dessas pessoas, embora esteja doente, e ainda a mandam voltar às 20 horas, hora conveniente para quem não está doente...
Mas não é tudo. Os falsos doentes, para quem o primeiro ministro inventou esta lei (conseguiu evitar algumas baixas fraudulentas e causar os maiores incómodos aos verdadeiros doentes) já sabem como se faz para que o médico não vá a casa deles verificar se estão lá.
Os verdadeiros doentes, como esta, que não é obrigada a ficar sempre de cama, são obrigados a ir a uma consulta para o atestado e a ficar na fila de espera, mas, se sairem para espairecer, correm o risco de serem considerados falsos doentes.
Perceberam alguma coisa? Eu também não.
Em vez de se fazerem leis para proteger os doentes, fazem-se leis para apanhar os falsos doentes e ainda acabam por favorecê-los: antigamente ficava caro arranjar um atestado falso, hoje custa três Euros e a ADSE paga o resto.
segunda-feira, junho 22, 2009
Feliz Aniversário
Aung San Suu Kyi faz hoje 64 anos.
Refiro-me à lider da resistência da Birmânia e prémio Nobel da Paz, que "festeja" o seu aniversário na prisão.
Pessoas de todo o mundo, desde políticos conhecidos a cidadãos que aprovam a sua luta estão a enviar-lhe mensagens de parabéns para uma página do Facebook. Esta:
Envie-lhe também os parabéns ou uma mensagem de apoio. a democracia há-de vencer. E a paz.
Limites da Arte?
Creio que já aqui falei disto.
"Gillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede."
Isto passou-se o ano passado. Agora quer fazer a mesma coisa.
Compreende-se que estamos todos os dias a testar os limites da arte, também dá para entender que muitos dos nossos semelhantes morrem todos os dias de modo idêntico perante a nossa indiferença, que isto nos pode fazer reflectir de muitas maneiras, etc., mas chega!
Assine aqui a petição online para tentar impedir que isto aconteça.
"Gillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede."
Isto passou-se o ano passado. Agora quer fazer a mesma coisa.
Compreende-se que estamos todos os dias a testar os limites da arte, também dá para entender que muitos dos nossos semelhantes morrem todos os dias de modo idêntico perante a nossa indiferença, que isto nos pode fazer reflectir de muitas maneiras, etc., mas chega!
Assine aqui a petição online para tentar impedir que isto aconteça.
terça-feira, junho 16, 2009
Ainda Obama
Eu já me tinha apercebido que a situação do direito à saúde nos Estados Unidos é terceiro-mundista.
De facto, basta ver com atenção o Dr. House para constatar as teríveis falhas do sistema, mas é claro que ninguém quer ver isso nessa série, pois não é para isso que ela serve e sim para nos deixar tranquilos e felizes ao ver que o doente foi operado 5 vezes a doenças que não tinha, curou com aspirinas a que tinha e saiu do hospiotal muito saudável e feliz.
Também há algumas reportagens sobre o assunto, mas quem se interessa pelos problemas sociais e económicos da economia mais rica e mais próspera do mundo?
- "Se eles não se preocupam..." - Diremos nós...
Mas agora a realidade é revelada em toda a sua dimensão de hediondez e quase de crime:
50 milhões de norte-americanos, ou seja, 5 vezes a população de Portugal, não tem acesso a cuidados de saúde: ou seja: não vai ao dentista porque não tem como pagar, não se trata, não é operado, não cura as mais variadas doenças, incluindo as fáceis de curar... porque não tem seguro nem dinheiro para pagar aos médicos e às farmácias, aos hospitais, etc.
Obama pretende mudar drásticamente tudo isto.
E ainda diziam, antes desta crise e antes do 11 de Setembro, que o modelo Europeu do Estado -providência estava errado e que a Europa deveria imitar a América!!!!!!!!!!
De facto, basta ver com atenção o Dr. House para constatar as teríveis falhas do sistema, mas é claro que ninguém quer ver isso nessa série, pois não é para isso que ela serve e sim para nos deixar tranquilos e felizes ao ver que o doente foi operado 5 vezes a doenças que não tinha, curou com aspirinas a que tinha e saiu do hospiotal muito saudável e feliz.
Também há algumas reportagens sobre o assunto, mas quem se interessa pelos problemas sociais e económicos da economia mais rica e mais próspera do mundo?
- "Se eles não se preocupam..." - Diremos nós...
Mas agora a realidade é revelada em toda a sua dimensão de hediondez e quase de crime:
50 milhões de norte-americanos, ou seja, 5 vezes a população de Portugal, não tem acesso a cuidados de saúde: ou seja: não vai ao dentista porque não tem como pagar, não se trata, não é operado, não cura as mais variadas doenças, incluindo as fáceis de curar... porque não tem seguro nem dinheiro para pagar aos médicos e às farmácias, aos hospitais, etc.
Obama pretende mudar drásticamente tudo isto.
E ainda diziam, antes desta crise e antes do 11 de Setembro, que o modelo Europeu do Estado -providência estava errado e que a Europa deveria imitar a América!!!!!!!!!!
Obama português precisa-se
Só agora as pessoas se estão a dar conta do terrível equívoco em que têm vivido nos últimos anos.
Os portugueses votaram Ps nas últimas legislativas, sobretudo como voto útil para fugirem ao Santana Lopes. Por uma questão de personalidade narcísica, arrogante e despótica (vulgo apenas mau-feitio), O primeiro-ministro achou que tinham votado nele e que lhe tinham dado carta branca para fazer o que quisesse. Por razões ainda desconhecidas (a meu ver), conseguiu convencer a comunicação social de que era assim e de que, apesar da contestação de professores nunca vista (e outras), o povo continuava a apoiá-lo.
Temos agora a certeza de que não é assim, quando nos encontramos prestes a cometer o mesmo erro: dar um aval de aparente confiança cega a alguém que possa ganhar as próximas eleições em vez de José Sócrates.
Entretanto, foram gastos rios de dinheiro em projectos e obras e reformas para inglês ver, embora ninguém concordasse com esses projectos e obras e reformas.
O Presidente da República, tão calado antes das eleições Europeias, resolve agora criticar abertamente as políticas do governo e sobretudo as obras públicas.
Ñão admira: Sócrates e Cavaco partilham a ambição de ficar na história como aquele que fez mais obras, a seguir ao Fontes Pereira de Melo no sec. XIX, ou mesmo acima dele.
Mesmo que o país fique endividado para sempre e que as obras sejam muitas vezes redundantes, o importante é o ego destes indivíduos, a quem damos a nossa confiança...
À falta de melhor, reparem bem
Obama português precisa-se.
Os portugueses votaram Ps nas últimas legislativas, sobretudo como voto útil para fugirem ao Santana Lopes. Por uma questão de personalidade narcísica, arrogante e despótica (vulgo apenas mau-feitio), O primeiro-ministro achou que tinham votado nele e que lhe tinham dado carta branca para fazer o que quisesse. Por razões ainda desconhecidas (a meu ver), conseguiu convencer a comunicação social de que era assim e de que, apesar da contestação de professores nunca vista (e outras), o povo continuava a apoiá-lo.
Temos agora a certeza de que não é assim, quando nos encontramos prestes a cometer o mesmo erro: dar um aval de aparente confiança cega a alguém que possa ganhar as próximas eleições em vez de José Sócrates.
Entretanto, foram gastos rios de dinheiro em projectos e obras e reformas para inglês ver, embora ninguém concordasse com esses projectos e obras e reformas.
O Presidente da República, tão calado antes das eleições Europeias, resolve agora criticar abertamente as políticas do governo e sobretudo as obras públicas.
Ñão admira: Sócrates e Cavaco partilham a ambição de ficar na história como aquele que fez mais obras, a seguir ao Fontes Pereira de Melo no sec. XIX, ou mesmo acima dele.
Mesmo que o país fique endividado para sempre e que as obras sejam muitas vezes redundantes, o importante é o ego destes indivíduos, a quem damos a nossa confiança...
À falta de melhor, reparem bem
Obama português precisa-se.
domingo, junho 14, 2009
Aparência deste blogue
Pronto. Também já alterei a aparência deste blogue.
Neste caso, vai demorar muito tempo a ficar tão completo como era, mas estes novos modelos são muito mais fáceis do que aquele que estava a usar. Talvez vá mudando até acertar.
Vocês também se podem inscrever aqui como seguidores.
Neste caso, vai demorar muito tempo a ficar tão completo como era, mas estes novos modelos são muito mais fáceis do que aquele que estava a usar. Talvez vá mudando até acertar.
Vocês também se podem inscrever aqui como seguidores.
sexta-feira, junho 12, 2009
Estranhas Notícias
Presidente da Comissão Galega do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, José Luís Fontela, pede asilo político a Portugal
O advogado e poeta afirmou que desde os nove anos que lhe chamam “separatista”, por ser republicano, tal como o seu pai, e defender o Português como língua oficial e nacional da Galiza. “Defendemos a língua portuguesa como língua oficial da Galiza. É uma linha cultural. Aqui não há nada de político”, frisou, afirmando-se “republicano, federalista, democrata e socialista”.
O advogado e poeta afirmou que desde os nove anos que lhe chamam “separatista”, por ser republicano, tal como o seu pai, e defender o Português como língua oficial e nacional da Galiza. “Defendemos a língua portuguesa como língua oficial da Galiza. É uma linha cultural. Aqui não há nada de político”, frisou, afirmando-se “republicano, federalista, democrata e socialista”.
quarta-feira, junho 10, 2009
O Expresso de Cantão
Estou a ler um livro muito interessante.
Alguns dos últimos que li, sobretudo romances históricos, eram tão parvos, como aqui explicitei, que estive algum tempo sem ler nada, por enfado absoluto.
Este chama-se "O Expresso de Cantão". O autor é o italiano Giuliano da Empoli e a personagem principal é um seu antepassado com o mesmo nome, que viajou na armada de Afonso de Albuquerque e que andou pelo mundo inteiro há 500 anos, como mercador, viajante e aventureiro. O autor possui algumas cartas do antepassado e uma sólida e variada cultura que manifesta constantemente. Também se apresenta como personagem, numa alternância de épocas que confere colorido ao texto.
Em termos narrativos, a obra é enriquecida com episódios e faits divers históricos muito agradáveis de ler e de descobrir.
O exotismo oriental aliado ao exotismo do passado são mais duas das graças deste livro.
Alguns dos últimos que li, sobretudo romances históricos, eram tão parvos, como aqui explicitei, que estive algum tempo sem ler nada, por enfado absoluto.
Este chama-se "O Expresso de Cantão". O autor é o italiano Giuliano da Empoli e a personagem principal é um seu antepassado com o mesmo nome, que viajou na armada de Afonso de Albuquerque e que andou pelo mundo inteiro há 500 anos, como mercador, viajante e aventureiro. O autor possui algumas cartas do antepassado e uma sólida e variada cultura que manifesta constantemente. Também se apresenta como personagem, numa alternância de épocas que confere colorido ao texto.
Em termos narrativos, a obra é enriquecida com episódios e faits divers históricos muito agradáveis de ler e de descobrir.
O exotismo oriental aliado ao exotismo do passado são mais duas das graças deste livro.
domingo, junho 07, 2009
Eleições Europeias
Filhas / (os):
O que é que eu vos disse mil vezes aqui, umas vezes com toda a clareza e outras vezes insinuando de forma não muito (nem nada) subtil?
Que esta merda deste Partido Socialista e deste José Pinto nunca vão ganhar nada e muito menos com maioria absoluta. Mas porque é que se supunha o contrário, quando era evidente que seria assim?
Como sou de esquerda, dirigi-me à mesa de voto com um sentimento ambíguo: tinha decidido votar na Manuela Ferreira Leite.
Mas os símbolos são quase sagrados.
Quando cheguei à mesa de voto, a presidente da mesa teve uma atitude estrambólica. Reagiu de forma incompreensível e depois pediu milhares de desculpas e acabou por confessar que é minha Xará (tem o mesmo primeiro nome que eu, o que é invulgar, mas não inédito).
Como acredito que nada acontece por acaso e como tive mais tempo para pensar, acabei por votar no Bloco de Esquerda, tal como votei nas últimas eleições (nas últimas 3 ou 4 ).
Creio que os jovens que votam pela primeira vez e que são muitos votaram obviamente BE.
E estou a pensar inscrever-me nesse partido. Nunca estive em nenhum, alinhei nos "Cidadãos por Lisboa", o que não é incompatível com coisa nenhuma. Só hesito: continuo ou não nos Cidadãos por Lisboa, até às legisdlativas? Talvez não.
Não acredito muito no BE, só acredito que demitirmo-nos da política é uma cobardia que permite todas as vigarices: Freeports, Paraísos Fiscais, etc...
CHEGA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
PS: Aliás, contra o PS: ou seja, POST SCRIPTUM:
Vendo as estatísticas do blogue, constato que me aparece aqui muita gente, vinda do jornal Público, mas nem sei porquê.
Talvez eu seja como a DORI do Nemo, esqueço as memórias recentes...
VER SITEMETER
O que é que eu vos disse mil vezes aqui, umas vezes com toda a clareza e outras vezes insinuando de forma não muito (nem nada) subtil?
Que esta merda deste Partido Socialista e deste José Pinto nunca vão ganhar nada e muito menos com maioria absoluta. Mas porque é que se supunha o contrário, quando era evidente que seria assim?
Como sou de esquerda, dirigi-me à mesa de voto com um sentimento ambíguo: tinha decidido votar na Manuela Ferreira Leite.
Mas os símbolos são quase sagrados.
Quando cheguei à mesa de voto, a presidente da mesa teve uma atitude estrambólica. Reagiu de forma incompreensível e depois pediu milhares de desculpas e acabou por confessar que é minha Xará (tem o mesmo primeiro nome que eu, o que é invulgar, mas não inédito).
Como acredito que nada acontece por acaso e como tive mais tempo para pensar, acabei por votar no Bloco de Esquerda, tal como votei nas últimas eleições (nas últimas 3 ou 4 ).
Creio que os jovens que votam pela primeira vez e que são muitos votaram obviamente BE.
E estou a pensar inscrever-me nesse partido. Nunca estive em nenhum, alinhei nos "Cidadãos por Lisboa", o que não é incompatível com coisa nenhuma. Só hesito: continuo ou não nos Cidadãos por Lisboa, até às legisdlativas? Talvez não.
Não acredito muito no BE, só acredito que demitirmo-nos da política é uma cobardia que permite todas as vigarices: Freeports, Paraísos Fiscais, etc...
CHEGA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
PS: Aliás, contra o PS: ou seja, POST SCRIPTUM:
Vendo as estatísticas do blogue, constato que me aparece aqui muita gente, vinda do jornal Público, mas nem sei porquê.
Talvez eu seja como a DORI do Nemo, esqueço as memórias recentes...
VER SITEMETER
sábado, junho 06, 2009
Em busca da identidade: o desnorte
Por coincidência, ver post de Escrevedoiros, uma amiga ofereceu-me hoje o último livro do filósofo José Gil. Uma amiga que o conhece bem e o admira muito.
É um livro verdadeiramente demolidor, mais ainda do que o anterior "Portugal hoje, o medo de existir", de falei aqui, neste blogue ou no outro, há uns tempos. Foi considerado por uma revista francesa como um dos melhores pensadores do mundo e este livro critica a actual realidade, o ministro Sócrates, a Ministra de Educação, entre outros.
O livro intitula-se " Em busca da identidade: o desnorte"
Vou mesmo passar a palavra ao autor, embora seja muito difícil escolher a citação.
Para já, não posso pôr citação nenhuma porque ainda não sei lidar com a minha nova impressora multifunções. Ponho quando puder.
É um livro verdadeiramente demolidor, mais ainda do que o anterior "Portugal hoje, o medo de existir", de falei aqui, neste blogue ou no outro, há uns tempos. Foi considerado por uma revista francesa como um dos melhores pensadores do mundo e este livro critica a actual realidade, o ministro Sócrates, a Ministra de Educação, entre outros.
O livro intitula-se " Em busca da identidade: o desnorte"
Vou mesmo passar a palavra ao autor, embora seja muito difícil escolher a citação.
Para já, não posso pôr citação nenhuma porque ainda não sei lidar com a minha nova impressora multifunções. Ponho quando puder.
quinta-feira, junho 04, 2009
Anedota, mesmo
Não costumo aqui contar anedotas, mas constato que tenho escrito sem nenhum sentido de humor, ao contrário do que acontecia nos primeiros posts deste blogue.
Vou contar uma anedota de que gostei.
-Olá! Fazes anos hoje?
- Faço!
- Parabéns, minha querida. E então, fazes quantos aninhos?
- Quarenta e sete anos e oitenta e quatro meses.
Vou contar uma anedota de que gostei.
-Olá! Fazes anos hoje?
- Faço!
- Parabéns, minha querida. E então, fazes quantos aninhos?
- Quarenta e sete anos e oitenta e quatro meses.
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