domingo, fevereiro 10, 2013

Alguém tem medo da Serpente?





(Foto da Nadinha, pelos seus 30 anos e completamente magérrima, como foi até há pouco tempo, em Marrakech)

Começa hoje o Ano da Serpente de Água.

É exatamente do que precisamos! De uma opinião pública mais reivindicativa. Abençoada Serpente!!!

Homenagem ao ano da Serpente de Água


sábado, fevereiro 09, 2013

Tomates portugueses e outras "viandas"

"Em 1537, António da Silveira escreveu assim ao turco Suleimão Paxá, em resposta a uma proposta de rendição da fortaleza de Diu, onde um exército de 25.000 homens defrontava 600 Portugueses (note-se que Suleimão Páxá era um eunuco):

"Muito honrado capitão Paxá, bem vi as palavras da tua carta. Se em Rodes tivessem estado os cavaleiros que aqui estão neste curral podes crer que não a terias tomado. Fica a saber que aqui estão Portugueses acostumados a matar muitos mouros e têm por capitão António da Silveira, que tem um par de tomates mais fortes que as balas dos teus canhões e que todos os Portugueses aqui têm tomates e não temem quem os não tenha". "

"Diu permaneceu em mãos Portuguesas até 1961..."


Oh, Tanto orgulho pátrio!!! 
Para onde foi tanto legume português?

quinta-feira, fevereiro 07, 2013

Menino Prodígio: o Franklinzinho

Após ter sido expulso do infantário aos 4 anos por ter engravidado todas as contínuas, o atual secretário de estado Franklin Alves começou a trabalhar aos 16 anos como importante consultor da não menos importante empresa americana Ernst And Young, a qual empresa, só viria a ser fundada 19 anos mais tarde. Segundo consta do curriculum oficial deste maravilhoso eusebiozinho. (Também trabalhou no conceituado banco BPN).

Se lhe acrescentarmos uma "almazinha de bacharel", fica completo o prodígio.

É de génios como este que o país necessita. Será talvez o novo D. Sebastião?

Se dúvidas houver, não há como consultar aqui

Um dia a casa [veio] abaixo

"Nos e-mails, os analistas afirmam que darão a avaliação máxima a "qualquer produto financeiro, mesmo que tenha sido estruturado por vacas", enquanto dizem esperar estar "ricos e reformados" quando "todo este castelo de cartas desmoronar".".


É possível imaginar um filme oscarizado sobre o tema, daqui por uns anos: começa numa prisão de alta segurança, um velho de barbas brancas a recordar, nostálgico, sentado na tarimba, passa para o mesmo enquanto jovem, com outros jovens aos saltos e a cantar “a casa vem abaixo”etc. 

quarta-feira, fevereiro 06, 2013

Pobres políticos europeus! Tão medíocres!

Nós por cá ainda andamos com licenciaturas falsificadas ou obtidas a presuntos, pois os nossos ministros e primeiros ministros acham que devem ser dótores e não sabem como obter o diploma por vias legais.

Na Alemanha, a coisa já vai mais longe. Os ministros não querem ser só dótores, mas sim doutorados e, portanto, cometem plágio. Pelo menos, a culpa é só deles e não implicam uma estrutura universitária corrupta. Só uma estrutura universitária muito pouco atenta...

É o caso da atual ministra alemã da Educação, que perdeu o doutoramento por ter plagiado a tese, figura grada do Merkelianismo (será asim que se diz?). Antes dela, o ministro da defesa de Merkel, chamado precisamente Guttemberg, também perdeu o doutoramento e o cargo político, pelo mesmo motivo. Dessa vez, a Ministra da Educação foi das pessoas que mais acusaram o pobre do Guttemberg...

LOL! Pobres políticos europeus

terça-feira, fevereiro 05, 2013

Cabras com telemóvel


A "necessidade aguça o engenho", como dizia o Tio Luís (de Camões).
E aqui está um exemplo ilustrativo, em que o pastor, não sabendo das cabras, colocou um telemóvel no pescoço da líder e seguiu-a pelo Google, como se fosse um GPS.

Este pastor moderno é protagonista DESTA NOTÍCIA

(Ainda há pouco tempo se criticavam as pessoas que tinham telemóvel, considerando-as novas ricas, convencidas, ridículas... agora as cabras também têm. Tudo muda).


segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Então e nós? Vamos desculpar? E pagar?

EUA vão apresentar queixa contra agência S&ampoor

Isto era algo que não se compreendia! Como é que as agências de rating, que são responsáveis pela crise mundial, por terem falhado rotundamente a avaliação, rating, do subprime, têm ainda o direito de pôr e dispor dos países, avaliando-os, cortando-lhes o crédito, etc...

Agora os EUA vão apresentar queixa. E nós, muito mais prejudicados, o que vamos fazer?



Vejo agora: "Os EUA reclamam, pelo menos, cinco mil milhões de dólares por perdas de investidores devido a produtos "deliberadamente inflacionados", em particular em termos de hipotecas".

Só cinco mil milhões???

Tudo Muda.


PAUL KRUGMAN


NÃO EXISTE EXATAMENTE UM NOBEL DA ECONOMIA, MAS SIM UM PRÉMIO QUE É CONSIDERADO COMO TAL E PAUL KRUGMAN GANHOU-O.
VER O QUE DIZ SOBRE AUSTERIDADE.

No Austerity Has Helped Any Economy


Passos Coelho, Seguro, Cavaco e Cavaca em órbita

O Presidente do Irão (Clicar) deseja ir para o Espaço e entrar em órbita, sendo o primeiro iraniano austronauta nos ares, com todos os riscos que implica esta situação nova.

E se mandássemos para lá também o Passos Coelho, o Seguro e o Cavaco?

Ficava-lhes bem, pareciam até os antigos navegadores portugueses... e via-se a gente livre desta cambada!


sábado, fevereiro 02, 2013

Camões e a Merkel (continuação)




Também Camões, n' Os Lusíadas, nos diz e diz ao pateta do Rei D. Sebastião, qual é a situação de Portugal hoje:

"A pátria, [...] está metida
No gosto da cobiça e na rudeza
Duma austera, apagada e vil tristeza".

Gosto da cobiça? Verdade ou Mentira?
Rudeza? Será?
Austeridade?
Apagada e vil tristeza?

"Vil", porque é indigno continuarmos  a PERMITIR, 500 anos depois, que os cobiçosos corruptos, rudes e broncos nos continuem a saltar para as costas e a arrebanhar tudo para si! 

Sim, "vil tristeza"! Porque já tivemos tempo para seguir os conselhos de Camões. E os nossos!


sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Camões e a Merkel

Camões diz claramente, no final de Os Lusíadas, que os alemães não devem mandar nos portugueses. E aconselha-nos a evitar que esta situação, em que estamos, possa acontecer.

Cada vez me espanto mais com o Tio Luís, que previu quase tudo...

Vejam, diz ele:
Nem alemães, incluindo a Merkel, nem os Galos, incluindo o Sarkozy e o Hollande, nem o Prodi, nem o Draghi, nem os ingreses, nenhum deveria mandar nos portugueses.




"Fazei, Senhor, que nunca os admirados


Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses,


possam dizer que são para mandados,


mais que para mandar, os Portugueses.


Tradução para português: Fazei, Senhor, (Rei D. Sebastião), com que nunca os admirados Alemães, Franceses, Italianos e Ingleses possam dizer que os portugueses foram feitos para serem mandados, mais do que para mandarem.

Ou seja, nós deveríamos mandar no mundo, em vez de andarmos a ser mandados pela Troika.

Mais humor involuntário: vulgo: ridículo

Mais um caso de humor involuntário: subir os preços resolve o problema dos desesperados. 

Sabendo nós que a principal razão do desespero é a falta de dinheiro! E a excessiva abundância de dinheiro nos outros, devido à corrupção!

Burros! Chaboucos! Tamancos!


DGS quer restrições à venda de álcool para ajudar a prevenir suicídios.

(Lendo o texto, a principal medida é subir o preço das bebidas.)

É necessário ter um QI maravilhoso para tirar conclusões destas! Estes tempos que vivemos proliferam na estupidez, pelo que nunca houve tanto assunto para este blogue.

quinta-feira, janeiro 31, 2013

Chavões New Age, atribuídos a Fernando Pessoa (Apócrifos de Pessoa)

Circulam na net muitas frases apresentadas como poemas de Fernando Pessoa. Nem são de Fernando Pessoa e, muitas vezes, nem são poemas.

Pior, esses textos não parecem ser de Fernando Pessoa, pois não têm nada a ver com a sua personalidade, nem com o seu modo de escrever.

São quase sempre textos New Age, às vezes verdadeiros chavões.

Este blogger conta um caso curioso que lhe aconteceu: um dia em que estava irritado, magoado, escreveu estas frases:

"Pedras no caminho? Eu guardo todas. Um dia vou construir um castelo." 

Algum tempo depois, estas frases começam a aparecer na net como sendo de Pessoa. Um pouco mais tarde, aparecem coladas no fim de poema "Dez Leis para Ser Feliz", de Augusto Cury e, adivinhem... atribuídas a quem? a Fernando Pessoa. O caso é narrado pelo próprio blogger, AQUI

Outro caso, narrado no blogue Conexão Udi, é este (entre outros do mesmo género):

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo e esquecer os caminhos que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia; e se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos." 

(Autor: Fernando Teixeira de Andrade - 1946-2008)

E muitos outros.

English as she is spoke

English as she is spoke.

É o título de um livro escrito por portugueses que não sabiam inglês, para ensinar inglês a quem não soubesse inglês e (mal) falasse português.


Ficou de tal modo mal feito, que é o exemplo acabado do chamado HUMOR INVOLUNTÁRIO, ou seja, é ridículo, ou cómicio, sem intenção. Este conceito nem existe em língua portuguesa.



Nós somos cómicos ou ridículos, na maior ingenuidade...




Publicado em 1955 pelo autor pedro carolino, merece este comentário, de Mark Twain:

 “Nobody can add to the absurdity of this book, nobody can imitate it successfully, nobody can hope to produce its fellow; it is perfect.” 

quarta-feira, janeiro 30, 2013

Mais humor involuntário





Ai sim? Um tipo que se recusou aceitar politicamente a lei do "Enriquecimento ilícito", impedindo muitas criaturas do PS de irem parar à cadeia.

Há-de ir longe. Bué!

Enquanto os portugueses não estiverem todos a dormir que nem pedras!

Creio mesmo que não estão.

Com tanto problema e com tanta notícia perturbadora e aflitiva, quem consegue dormir?


A SOLUÇÃO

Tenho uma ideia ótima* para poupar dinheiro ao país: vender o palácio de Belém, o de São Bento e o da Assembleia da República, para fazer restaurantes chineses. Despachar os nossos políticos todos para a Grécia, para resolverem os problemas dos tadinhos dos gregos.

* Ótima = óptima. Tão boa como o daqueles do FMI. Por exemplo, o tipo que foi expulso do FMI, mas que tinha ideias maravilhosas para Portugal. ESTES QUE SE... eles que se lixem, ou pior

terça-feira, janeiro 29, 2013

Peste Grisalha e Malas Chanel: Humoristas?

Uma criatura, dessas da política, deputado do PSD, referiu a "Peste Grisalha" como a peste que grassa em Portugal.

É notícia nos jornais que vai haver baixas de impostos para os reformados da União Europreia que queiram vir viver para cá. Ou seja, vamos importar mais "peste grisalha".

VER AQUI: IRS mais baixo. Governo quer atrair reformados estrangeiros

São casos muito engraçados de humor involuntário.



Receita da Nadinha para combater a peste grisalha: que o Estade subsidie os produtos para pintar sos cabelos ou as idas à Queirós do Vale para esse fim!!! Não acham??? E as malas Chanel, claro.

QUE LATA!!! Quem poderá votar nesta escumalha?



OIÇAM O QUE DISSE ESTA CRIATURA, PEDRO PASSOS COELHO, ANTES DE SER PRIMEIRO MINISTRO.

NEGOU A NECESSIDADE DE TUDO O QUE VEIO A FAZER. E ACRESCENTA MESMO:

"NÃO DIZEMOS HOJE UMA COISA E AMANHÃ OUTRA".


segunda-feira, janeiro 28, 2013

Aldeia Comunitária





Este vídeo mostra o que aconteceu na aldeia comunitária de Linhares.
Uma boa ideia, que poderia ser posta em comum, também noutros lugares do país.

Ideias criativas geradas pela crise.


domingo, janeiro 27, 2013

Livros inspirados nas uvas e no vinho

Acabo de ler Ervamoira, um romance histórico abarcando várias gerações do fabrico do vinho do Porto e descrevendo a própria cidade do Porto em diferentes épocas.
Escrito com espantosa sensibilidade e com um surpreendente conhecimento da história cultural, económica e demográfica da região, aliados a uma inventiva que lhe permite narrar inúmeras estórias interessantes e originais, a obra de Suzanne Chantal consegue também mostrar o essencial da vida e do mundo, como se vistos através uma embriaguês, que apaga os contornos, sem ocultar a beleza do mundo, ignorando a monotonia dos dias e referindo vagamente, embora sem as esquecer, as partes menos belas da natureza humana.




Um outro livro que reli agora, foi O Catalão de Noah Gordon, também romance histórico, cuja ação principal decorre numa região vinícola espanhola, catalã, uma pequena quinta onde se cultiva uma vinha de fraca qualidade, que só serve para fazer vinagre. 



O protagonista vai viver para França, por razões políticas e / ou económicas, sem que exista grande diferença entre as duas razões, onde aprende como fazer vinho a sério, regressando à quintinha de vinagre, que já nem lhe pertencia... e mais não conto.





Nas duas obras, e talvez em muitas outras, o vinho serve de inspiração, tanto para a atitude dionisíaca perante a vida, como para o seu oposto, o trabalho duro, o dever...

É  a seiva, arrancada à pedra e à terra *, que circula pelos copos e pelos corpos, enchendo-os de prazer, moderado ou excessivo, a seiva pela qual o homem se supera a si mesmo, fazendo algo que a natureza não lhe ofereceu, e talvez mesmo Deus não lhe tenha oferecido.

Algo que se fabrica, de forma alquímica, com sangue, suor e lágrimas e riso e alegria e festa. E morte. E constante recomeço. Que são o resumo mesmo da vida. 


* O bom vinho só se dá em terrenos pedregosos e inóspitos. Ver a propósito uma improvável vinha que fotografei nas Canárias, em Lanzarote, em terreno vulcânico e seco. AQUI.